Lição 3
10 a 16 de outubro
A Lei como professor
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Mt 17-20
Verso para memorizar: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6:5).
Leituras da semana: Dt 6:5; Dt 31:9-27; Rm 3:19-23; Ap 12:17; 14:12; Mc 6:25-27; Hb 5:8

Ao advertir os gálatas contra o legalismo, Paulo escreveu: “Se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria
procedente de lei” (Gl 3:21). Evidentemente, se alguma lei pudesse “dar vida”, seria a lei de Deus. Contudo, o argumento de Paulo é que, para nós, pecadores, nem mesmo a lei de Deus pode dar vida. Por quê? “A Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem” (Gl 3:22).

No entanto, se a lei não pode conceder vida aos pecadores, qual é o propósito dela, além de nos mostrar nossa necessidade de graça? Então, a lei teria apenas uma função negativa, existindo somente para nos mostrar nossos pecados?

Não! A lei também existe para nos indicar o caminho à vida, que é encontrada somente em Jesus. É disso também que se trata a verdadeira educação, conduzindo-nos a uma vida de graça, de fé e de obediência a Cristo. Por essa razão, estudaremos, nesta semana, a função da lei de Deus em toda a questão da educação cristã. Embora a lei não nos salve, veremos o que ela ainda nos ensina sobre fé, graça e o amor de Deus pela humanidade caída.



Domingo, 11 de outubro
Ano Bíblico: Mt 21-23
Amar e temer a Deus

O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés a uma nova geração em Israel, aquela que finalmente entraria na Terra Prometida. Mas, antes que os israelitas entrassem, Moisés tinha algumas palavras e instruções muito claras a dar.

1. Leia Deuteronômio 31:9-13. O que significa temer ao Senhor? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Simplesmente ter medo de Deus.

B.( ) Reverenciá-Lo e respeitá-Lo como Senhor.

Deus foi intencional nas maneiras de comunicar Sua lei a Israel. Ele tomou todas as providências para que Suas leis não fossem esquecidas. Assim, Deus é um educador longânimo. Ele ensinou, repetiu, enviou profetas e usou Seus servos para transmitir Sua mensagem. E fez isso repetidas vezes. Muitos dos escritos do Antigo Testamento são essencialmente o esforço de Deus para ensinar Seu povo a seguir o caminho da vida.

Observe nesses versos como Moisés enfatizou a importância do ensino da lei às futuras gerações. Moisés o descreveu como um processo de duas etapas. Primeiramente, os filhos ouvem a lei e depois aprendem “a temer o Senhor”, seu “Deus” (Dt 31:13).

Aprender a lei pressupõe que o temor não seja um resultado natural de conhecer a lei. O processo de temer a Deus deve ser aprendido. Moisés sugeriu que o conhecimento e o temor são um processo, não uma relação imediata de causa e efeito.

Além disso, o que significa “temer a Deus” quando também foi dito ao povo: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6: 5)? Talvez possamos comparar essa situação com a maneira pela qual um filho ama e teme um bom pai, que revela seu amor e cuidado falando a verdade e cumprindo o que diz. Com um pai assim, se cometemos algum erro, de fato sofreremos as consequências da transgressão. Podemos e devemos amar e temer a Deus ao mesmo tempo. Essas não são ideias contraditórias. Quanto mais aprendemos sobre Deus, mais O amamos por Sua bondade; ao mesmo tempo, quanto mais conhecemos a Deus, mais O tememos, pois podemos ver a Sua grande justiça e santidade em contraste com nossa grande injustiça e pecaminosidade, e que somente pela graça, mérito imerecido, não somos destruídos.

Para você, o que significa amar e temer a Deus ao mesmo tempo?


Segunda-feira, 12 de outubro
Ano Bíblico: Mt 24-26
Uma testemunha contra ti

Quando Moisés ficou sabendo que estava prestes a morrer, ele estava ciente da situação que deixaria para trás. Sabia que, após sua morte, os israelitas entrariam na prometida terra de Canaã e que eles se rebelariam quando alcançassem o destino almejado havia tanto tempo.

2. Leia Deuteronômio 31:14-27. Quais preparativos Moisés fez antes de sua morte? Quais eram suas principais preocupações e como ele lidou com elas?

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O tom de Moisés nesse texto parece o de um professor se preparando para ser substituído. Ele sabia que seus alunos haviam se comportado
mal em sua presença na sala de aula; e não estava iludido a ponto de pensar que eles não se rebelariam na sua ausência. Moisés instruiu os levitas que carregavam a arca da aliança a colocarem o livro da lei ao lado da arca para que fosse uma “testemunha”. Ele não estava simplesmente entregando um plano de aula para seu substituto, mas transmitindo um testemunho. Moisés falou do livro da lei como se fosse um ser vivo com poder para reprovar o coração dos homens.

3. Pense na lei como uma “testemunha contra” eles. Como entendemos essa ideia no Novo Testamento? (Veja Rm 3:19-23). Ou seja, como a lei indica nossa necessidade de graça?

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Em Deuteronômio 31, Deus instruiu Moisés a escrever um cântico que o Senhor lhe havia ensinado. Moisés devia ensinar o cântico aos israelitas para que, conforme declarado no verso 19, “este cântico” fosse “testemunha” para Deus “contra os filhos de Israel”. Novamente, vemos as ordens de Deus personificadas. Um cântico, ao ser entoado, é mais facilmente compartilhado e difundido. E, sendo ele uma testemunha, tem a capacidade de fazer com que as pessoas avaliem a si mesmas e vejam o que ele revela sobre elas.

Quando buscamos obedecer à lei com a ajuda de Deus, ela funciona como “testemunha contra” nós? O que essa testemunha ensina sobre nossa necessidade do evangelho?


Terça-feira, 13 de outubro
Ano Bíblico: Mt 27, 28
Para que sejas bem-sucedido

Em toda a Bíblia, vemos outros resultados de conhecer e obedecer à lei de Deus.

4. Leia Josué 1:7, 8. O que o Senhor disse a Josué? Como os princípios encontrados no texto se aplicam a nós hoje? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Que ele devia ser forte e corajoso para obedecer à lei.
B.(  ) Que ele devia adaptar a lei à cultura da terra de Canaã.

O Senhor disse a Josué na entrada de Canaã: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que Meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (Js 1:7).

Essa noção de sucesso derivado da obediência pode parecer contrária à maneira pela qual o sucesso é medido no mundo hoje. Muitos acreditam que as marcas de sucesso sejam inovação, criatividade e autoconfiança. Para ter sucesso em determinado setor, muitas vezes é necessário talento extraordinário e assumir riscos.

No entanto, aos olhos de Deus o sucesso requer uma série de recursos diferentes.

5. Leia Apocalipse 12:17; 14:12; Romanos 1:5; 16:26; Tiago 2:10-12. O que esses versos nos revelam sobre obediência à lei de Deus? Ou seja, mesmo que não sejamos salvos pela obediência à lei, por que é tão importante que ainda a obedeçamos? Assinale a alternativa correta:

A.( ) A lei é uma garantia de que seremos salvos um dia.
B.( ) Somos salvos para a obediência. A lei de Deus ainda é válida hoje.

Antigo Testamento, Novo Testamento, Antiga Aliança, Nova Aliança, não importa: como cristãos que creem na Bíblia, somos chamados a obedecer à lei de Deus. A transgressão da lei, também conhecida como pecado, apenas leva à dor, sofrimento e morte eterna. Quem já não experimentou ou viu os resultados do pecado, da transgressão da lei de Deus? Assim como o antigo Israel prosperaria obedecendo à lei de Deus (mesmo que eles também precisassem da graça), nós também prosperamos. Portanto, como parte da educação cristã, precisamos manter a lei de Deus como um componente central do que significa viver pela fé e confiar na graça de Deus.

Qual tem sido sua experiência e aprendizado com as consequências do pecado? O que você pode contar aos outros para que, talvez, eles não cometam os mesmos erros?


Quarta-feira, 14 de outubro
Ano Bíblico: Mc 1-3
As lutas e dificuldades dos guardadores da lei

Existem grandes benefícios em obedecer à lei, evidenciados na vida das pessoas abençoadas por Deus. Josué obedeceu aos preceitos do Senhor e liderou bem o povo de Israel. Repetidas vezes, o Senhor disse a Israel que, se obedecesse à lei, prosperaria.

6. Leia 2 Crônicas 31:20, 21. Quais foram as principais razões para a prosperidade de Ezequias?

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Seja qual for o espaço de educação em que estejamos, devemos enfatizar a importância da obediência. No entanto, nossos alunos não são tolos. Mais cedo ou mais tarde, eles perceberão o duro fato de que algumas pessoas são fiéis, amorosas e obedientes e que, mesmo assim, o desastre também as atinge. Como explicamos isso?

O fato é que não podemos explicar. Vivemos em um mundo de pecado, de maldade, um mundo assolado pelo grande conflito, e nenhum de nós está imune a isso.

7. O que os seguintes textos ensinam sobre essa questão difícil? Mc 6:25-27; Jó 1; 2; 2Co 11:23-29

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Evidentemente, pessoas boas e fiéis, cumpridoras da lei, nem sempre prosperaram, pelo menos no sentido em que o mundo entende a prosperidade. E aqui também pode haver uma resposta parcial a essa questão difícil, que certamente surgirá quando buscarmos ensinar a importância da lei. O que exatamente queremos dizer com “prosperidade”? O que o salmista disse? “Prefiro estar à porta da casa do meu Deus a permanecer nas tendas da perversidade” (Sl 84:10). Não há dúvida de que, pelos padrões do mundo, mesmo os fiéis a Deus e obedientes à Sua lei nem sempre “prosperam”, pelo menos por enquanto. Prestamos um desserviço aos nossos alunos se dissermos o contrário.

Leia Hebreus 11:13-16. De acordo com esse texto, por que os fiéis ainda sofrem?


Quinta-feira, 15 de outubro
Ano Bíblico: Mc 4-6
Jesus, nosso Exemplo

Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi o único ser humano a viver em perfeita obediência ao Pai, em perfeita obediência à lei de Deus. Ele fez isso para que pudesse ser não apenas nosso Substituto, o que Ele era, mas também nosso Exemplo.

8. Leia as seguintes passagens: Lc 2:51, 52; Fp 2:8; Hb 5:8; Jo 8:28, 29. Como elas nos relembram a obediência de Cristo ao longo de Sua vida?

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Talvez João tenha explicado da melhor maneira quando escreveu o seguinte: “Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou” (1Jo 2:6). Quando fixamos nossos olhos na vida de Cristo e em Seu ministério na Terra, é fácil vermos como Ele agradou ao Pai por Sua obediência. Cristo de fato cumpriu a profecia e confirmou as leis de Deus durante toda a Sua vida.

Assim como Deus mandou Moisés escrever Sua lei para que ela fosse uma testemunha para Israel, Cristo era a personificação do testemunho aos Seus apóstolos, discípulos, a pecadores e santos. Hoje, em vez de apenas termos um conjunto de regras a seguir, temos também o exemplo de Jesus, um ser humano de carne e osso.

Como professores, há modelo melhor a apresentar aos alunos do que Jesus e Sua obediência ao Pai?

“A suposta fé em Cristo que alega liberar as pessoas da obrigação de obedecer a Deus não é fé, mas presunção. ‘Pela graça sois salvos, mediante a fé’ (Ef 2:8). Entretanto, ‘a fé, se não tiver obras, por si só está morta’ (Tg 2:17). Jesus Cristo disse acerca de Si mesmo, antes de vir à Terra: ‘Agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; dentro do Meu coração, está a Tua lei’ (Sl 40:8). E antes de subir ao Céu, Ele declarou: ‘Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço’ (Jo 15:10). Diz a Escritura: ‘Sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos. [...] Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou’” (1Jo 2:3-6; Ellen G. White, ­Caminho a Cristo, p. 61).

Como você pode seguir fielmente o exemplo de Cristo em todas as áreas da sua vida e, assim, ser um professor melhor para os outros? Embora seja uma ideia antiga e trivial, por que nossas ações falam muito mais alto do que nossas palavras?


Sexta-feira, 16 de outubro
Ano Bíblico: Mc 7-9
Estudo adicional

O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. Isso se evidencia na lei que Deus deu como guia da vida. O primeiro e grande mandamento é: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento’ (Lc 10:27). Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada.

“Semelhante ao primeiro é o segundo mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22:39). A lei do amor pede a consagração do corpo, da mente e da alma ao serviço de Deus e de nossos semelhantes. E esse serviço, ao mesmo tempo em que faz de nós uma bênção aos outros, traz sobre nós mesmos as maiores bênçãos. A abnegação é a base de todo verdadeiro desenvolvimento. Por intermédio do serviço abnegado, cada habilidade adquire o mais elevado desenvolvimento. De maneira cada vez mais plena, nos tornamos participantes da natureza divina. Somos habilitados para o Céu, pois o recebemos em nosso coração” (Ellen G. White, Educação, p. 16).

Perguntas para consideração

1. Assim como o antigo Israel, devemos ao mesmo tempo amar e temer a Deus (Mt 22:37; Ap 14:7). Como fazer isso? Por que esses dois mandamentos não estão em conflito?

2. Qual é a diferença entre estabelecer um padrão e criar uma regra? Em sua experiência, o adventismo está mais preocupado em estabelecer altos padrões dentro da comunidade de cristãos ou em criar regras que unam a comunidade? O que as Escrituras revelam sobre estabelecer padrões elevados para si mesmo, para a família e para a igreja?

3. Como alcançar o equilíbrio ao expor a importância da obediência à lei de Deus e, ao mesmo tempo, mostrar por que essa obediência não é a fonte da nossa salvação?

4. Leia o Salmo 119 e observe quantas vezes são declaradas noções de obediência, liberdade, leis, regras e mandamentos. O que o autor do Salmo 119 desejava comunicar acerca desses temas?

Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Moisés reuniu Josué e escreveu em um livro um cântico e as leis do Senhor. Esses escritos deviam ser lidos ao povo a fim de que não se rebelassem. 3. “Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”. Por causa da lei sabemos o que é desejável aos olhos de Deus e o quanto estamos longe dessa realidade. 4. A. 5. B. 6. Ele obedeceu à lei do Senhor, fazendo o que era bom, reto e verdadeiro. 7. Até os fiéis sofrem dores e perseguições. Isso revela o quanto o pecado é injusto. 8. Jesus foi obediente e submisso desde a Sua infância até a Sua morte na cruz.



Resumo da Lição 3
A Lei como professor

 

ESBOÇO

A lei tem um problema de relações públicas. Isso é lamentável, pois a lei e o Deus que a deu têm muito a nos ensinar. Os cristãos ficam confusos a respeito de como a lei atua na vida por causa da ênfase paulina em não sermos “justificados” pela lei, mas pela fé (Gl 2:16). Mas dispensar a lei apenas porque ela não funciona em um aspecto seria como se livrar da sua torradeira porque ela não aspira bem o chão. Parece que as pessoas se contentaram em simplesmente saber o que a lei não faz em vez de também buscar saber o que ela faz.

Mas aqueles que têm um relacionamento com Deus devidamente fundamentado na aliança não têm motivos para sofrer de ansiedade ou aversão à lei. Ser capaz ou não de dizer como Davi, “Quanto amo a Tua lei!” (Sl 119:97), é um bom teste para saber se temos um relacionamento saudável com Deus e a lei. Se a pessoa protestar com “E quanto ao amor, ou à graça, ou a Jesus?”, ela pode se surpreender. A lei mais importante de todas, a elite de todas as leis, é a do amor: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Essa é a maior de todas as leis, pelo menos essa era a opinião de Jesus (Dt 6:5; Mt 22:36, 37). Se alguém tem problemas com a lei, também discorda dessa lei do amor? Portanto, é seguro dizer que há suficiente apoio do rei Davi e do rei Jesus para que consideremos a lei um instrutor para a vida e uma revelação do Deus que a deu.

COMENTÁRIO

Aliança quebrada e renovada

Ao planejar uma noite com os amigos, é improvável que alguém sugira: “Vamos nos reunir para que possamos ler e estudar algumas leis”. É compreensível que a maior parte das pessoas tenha aversão ao assunto da lei na Bíblia. Na maior parte das vezes, o que se vê é um ciclo deprimente de: (1) leis dadas ou repetidas; (2) leis transgredidas; e (3) a ira de Deus como resultado da transgressão e as terríveis consequências que se seguem.

Esse ciclo acontece repetidamente, a ponto de nós, leitores, nos perguntarmos frustrados: “Qual era o problema de Israel? Era o grupo de pessoas mais teimoso e rebelde da face da Terra!” Ficamos chocados com as falhas de Israel, mas em poucos instantes algo interessante acontece. Lentamente desviamos o olhar da nação de Israel e, contemplando o notório espelho, vemos o reflexo de nossas histórias pessoais. Se formos honestos, vemos algumas semelhanças notáveis entre nós e Israel, e, assim como o rei Davi se condenou sem querer ao ouvir a parábola de Natã, também ouvimos a lei declarar para nós: “Tu és o homem” (2Sm 12:7).

O que podemos aprender com esse ciclo fatalista de lei, pecado e condenação, um ciclo que muitos cristãos solucionam simplesmente ignorando o assunto da lei bíblica e saltando prematuramente para os temas do perdão, graça e salvação? A resposta encontra-se na fala de Deus a Moisés e Israel, ao prever sua rebelião: “Este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos […] e Me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele” (Dt 31:16). Assim, os filhos de Israel aprenderam um cântico de 43 versos (Dt 32), do qual jamais deveriam se esquecer (Dt 31:21), um cântico que detalha em pormenores essa previsão, e isso aconteceu quando estavam prestes a entrar na terra prometida e receber as inúmeras bênçãos decorrentes disso.

O que aprendemos aqui é algo fundamental sobre o próprio Deus, um Ser que, voluntariamente, fez aliança com um povo mesmo sabendo de antemão que esse povo Lhe seria infiel. Que tipo de Deus é esse?

Muitos dos nossos relacionamentos se baseiam em riscos e probabilidades. Casamo-nos com a expectativa de que nosso cônjuge nos seja fiel até a morte. Se tivéssemos certeza da infidelidade futura, definitivamente não nos comprometeríamos. Amizades se formam com a suposição de que as partes não se atacarão pelas costas. No entanto, o Deus dos hebreus nos abraça, mesmo sabendo que será traído pelo nosso pecado e rebelião contra Ele. Isso é uma graça incrível.

Mas essa graça se torna ainda mais notável quando vista por meio desse ciclo “deprimente” do povo da aliança chamado a um relacionamento com Deus, governado por Seus mandamentos e leis, mas que incorreu em desobediência flagrante. Essa perspectiva revela a grandeza do amor e da graça de Deus antes mesmo que as promessas da salvação e do perdão fossem apresentadas. O simples fato de Ele Se relacionar com pessoas como nós é um milagre. Suas promessas posteriores de salvação, perdão e restauração são consequência de um coração divino que calcula o custo de nossa rebelião e pecado e conclui que o saldo é pequeno comparado à oportunidade de estar em nossa companhia por toda a eternidade.

Comente com a classe: Aprendemos que esse Legislador não é demasiadamente ambicioso e que simplesmente tenta dominar Sua criação. Ele Se dispôs a fazer aliança com pessoas que quebrariam o acordo. O que isso nos ensina sobre Seu caráter?

Escrituras

A lição de segunda-feira mostra como, antes de Moisés morrer, Deus lhe deu um cântico para que o povo de Israel o memorizasse (Dt 31:21). Esse cântico tinha uma função interessante: depois que o povo entrasse na terra e estivesse satisfeito com a sua abundância, o Senhor diz que ele se voltaria para outros deuses e quebraria a aliança com Ele. Como esperado, os desastres e as maldições da aliança se seguiriam. Pode-se imaginar a experiência trágica de desfrutar de tamanha prosperidade e na sequência ser dizimado pela fome e pela guerra (Dt 32:23-25). “Por que isso está acontecendo conosco?” – quase se pode ouvi-los chorar em desespero. “Oferecemos nossos sacrifícios aos deuses, que estavam nos abençoando e protegendo” (Dt 32:17; Os 2:5, 8). Nesse momento de desorientação, quando Israel estivesse colhendo toda a ira de Deus por sua desobediência, seria a hora de cantar esse cântico.

Tal cântico é de grande intensidade (Dt 32). Conta a história da bondade divina contrastada com a iniquidade de Seu povo. Convida-os a se recordarem do passado: “Lembra-te dos dias da antiguidade” (Dt 32:7), quando Deus supria suas necessidades e cuidava deles, estendendo “as asas e, tomando-os” os levava “sobre elas” (Dt 32:11). Ao final, em meio à superabundância, eles se esqueceriam do Senhor, O abandonariam e sacrificariam a demônios (Dt 32:17). Os versos comoventes falam das consequências desastrosas.

No entanto, há indícios de que Deus não abandonaria por completo Seu povo: “Porque o Senhor fará justiça ao Seu povo e Se compadecerá dos seus servos”; “Eu mato e Eu faço viver; Eu firo e Eu saro”; e “fará expiação pela terra do Seu povo” (Dt 32:36, 39, 43).

Deus ensinou ao Seu povo um cântico que, embora severamente honesto, responderia a todas as suas perguntas. Contaria sobre suas origens como povo, sobre o Deus que rejeitariam, sobre os deuses impotentes pelos quais O substituiriam, sobre o motivo do caos em que estariam e sobre a esperança para o futuro.

O cântico deve ter sido entoado por gerações e servido como um aviso e impedimento contra o afastamento do Deus de seus pais. Mas, no auge da prosperidade e da segurança presunçosa, deve ter soado estranho e irrelevante para os ouvidos, se é que era cantado. No momento em que enfrentassem um caos criado por eles mesmos, o cântico que sairia de sua própria boca serviria como “testemunha” contra eles (Dt 31:19). Deus colocou na mente do povo de Israel qual seria seu destino, a menos que resistissem à idolatria das nações vizinhas.

Esse cântico é trágico, mas ao mesmo tempo brilhante para instruir. Indica claramente as consequências de quebrar a aliança. Explica os porquês por trás da terrível situação de ser devastado pela guerra e por outros instrumentos. Põe a culpa nos ombros de Israel e justifica Deus da responsabilidade pela destruição quase completa do Seu povo. Alguém pode pensar em um método melhor para evitar um desastre nacional do que inculcar um cântico profético na tradição oral de um povo, contando o que será de sua terra natal se rejeitarem o Deus que a deu a eles?

Comente com a classe: Quem já não desejou poder visualizar o futuro para tomar decisões melhores no presente? Deus atendeu esse desejo em grande medida ao compartilhar conosco as profecias. A ironia é que, mesmo com o cântico profético nos lábios de Israel, o povo ainda caminhava direto para o pior cenário (Dn 9:13-15). O que esse resultado nos ensina sobre os prós e os contras de se conhecer o futuro?

Aplicação para a vida

O primeiro passo para realmente pôr em prática a lei é ler e refletir sobre ela em espírito de oração. E não estamos falando apenas dos Dez Mandamentos; eles sempre terão um lugar sagrado nos círculos cristão e judaico. A Lei definida como Torá ou os cinco primeiros livros de Moisés é o que os antigos mencionavam ao falarem em lei. Uma vez que percebemos isso, o termo “Lei” assume uma definição que exige ampliação: a história do Jardim do Éden, a vida de Abraão, a abertura do Mar Vermelho e tantas outras histórias fazem parte da Lei. Por esse motivo, a Lei também é traduzida adequadamente como “ensino” ou “instrução”. Esse entendimento torna o título da lição um tanto redundante (embora necessário) – a Lei como professor. Sim, esperamos que a instrução divina possa nos ensinar alguma coisa. É estranho quando pensamos de outra maneira e rejeitamos a Instrução (isto é, a Lei). É lamentavel quando a Lei é o último lugar em que as pessoas (até mesmo os cristãos) buscam orientação. Seria engraçado se não fosse tão trágico. A leitura do contexto das leis bíblicas, com espírito de oração, fazendo uso diligente de referências paralelas do Novo Testamento, manterá o leitor em um caminho equilibrado para aprender, viver e amar a Lei de Deus.


O bebê milagre

Nós desejávamos um bebê. Depois de dois anos de casada, eu disse ao meu esposo, Daryl: “Não conseguimos engravidar. Vamos ao médico descobrir o motivo.” Daryl concordou, embora não quisesse me acompanhar. No hospital, falamos com a médica: “Não consigo engravidar, você pode nos ajudar?” Ela aceitou, porém Daryl disse: “Sabe, não oramos por isto. É verdade que enfrentamos este dilema há dois anos, mas gostaria de orar primeiro e, depois, retornar.”

A médica perguntou quando tempo o casal levaria para orar. Daryl, que é pastor, respondeu que orariam durante um mês. Então, eu orei e engravidei. Ficamos tão entusiasmados! Corri para a médica e ela confirmou que eu estava grávida. Entretanto alertou que o bebê não estava desenvolvido.

“Mas não se preocupe”, ela disse. “Alimente-se bem e o bebê ficará bem.” Fiz exames regulares e, mesmo depois de cinco meses, a médica disse que o bebê não estava crescendo normalmente. Daryl e eu ficamos preocupados. “Não se preocupe”, a médica disse, “Vamos receitar alguns medicamentos que ajudarão o bebê a ganhar peso.”

No exame seguinte, ganhei peso, mas o bebê permaneceu igual. “Volte em algumas semanas”, a médica orientou. No exame seguinte, o radiologista ficou preocupado. “Algo está errado”, ele disse. “Não creio que o bebê sobreviverá.” A médica deu a segunda opinião. Ela também pensava que o bebê não sobreviveria e recomendou o aborto. Daryl e eu ficamos com o coração dilacerado. Então oramos: “Senhor, temos Lhe servido. Mostre-nos o que devemos fazer.”

Daryl telefonou para o irmão gêmeo que trabalhava como pediatra na Índia. Ele recomendou visitar outro hospital. No novo hospital, uma médica recomendou uma bateria de exames. “Ouça”, ela disse. “O bebê parece normal. Veremos quanto tempo vamos prolongar esta gravidez.” Então, Daryl perguntou: “Quais são nossas chances?”, ao que a médica respondeu: “Você é pastor e acredita na oração. Ore. Há poder na mão de Deus.”

Eu fui hospitalizada. A cada hora, um enfermeiro examinava o bebê. Naquela noite, um jovem médico residente aproximou-se de nós e disse: “Vocês parecem com um casal feliz. Por que estão preocupados?” Nós contamos a ele o que estava acontecendo, e ele disse que havia nascido em uma família não-cristã, mas aceitara a Jesus. E perguntou: “Posso orar por você?” Ele inclinou a cabeça e orou: “Se Tu tens poder para parar o sol, podes realizar um milagre na vida desta família pastoral.” Essa oração nos deu confiança que Deus realizaria Sua obra.

Duas semanas depois, a médica expressou preocupação. “O bebê é muito pequeno e as chances de sobreviver são mínimas”, ela disse. ‘Mas não se preocupe. Faremos nosso melhor.”

O bebê nasceu em uma manhã de sábado. E pesava somente 680 gramas. O médico ficou muito feliz quando o bebê começou a chorar e, em seguida, o colocou no ventilador. Ela não sabia que garantias nos dar, então só disse, “Faremos nosso melhor.”

No sábado à tarde, alunos adventistas de uma faculdade de medicina próxima vieram e cantaram para nós. Nós ficamos muito felizes e confiamos que Deus faria o necessário para salvar a vida do menino. Era muito difícil ver um bebê tão pequeno ligado a muitos tubos. Não podíamos tocá-lo. Só podíamos cantar e orar. “Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti”, Daryl e eu cantamos.

Em três dias, o peso do bebê baixou para 600 gramas. A médica ficou preocupada sobre uma cirurgia que havia agendado para salvar a vida do bebê. Eu pedi que um médico adventista orasse, e ele me atendeu: “Senhor, humanamente não sei se este bebê sobreviverá. Mas, Tu és um Deus que opera milagres. Se for da Tua vontade, podes aumentar o peso dele. Que este bebê seja um testemunho.”

No dia seguinte, o bebê ganhou 10 gramas. Diariamente, ele ganhava peso. Após  três meses, o bebê pesava 1,6 kg e a médica anunciou que ele poderia ir para casa: “Seu companheirinho ficou hospitalizado por um bom tempo. Creio que ele está pronto para ir para casa.”

O outro médico ficou maravilhado de que o bebê sobreviveu. “Este foi o resultado de suas orações”, ele disse. “Foi a mão de Deus operando.”

O bebê ganhou o nome de Neshaun, que significa “milagre”, em hebraico. Esperamos que ele nunca se esqueça de que é um milagre. Nós o dedicamos para que, no futuro, sirva a Deus como pastor. Em Salmos 150:6, lemos: “Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia!” Em cada respiração, Neshaun testemunha que ele está louvando ao Senhor. Louve o Senhor!

A oferta desse trimestre ajudará a construir duas igrejas na cidade que Neelam mora, Bengaluru. Muito agradecemos pelas generosas ofertas.


Dicas de história

• Peça a uma mulher para contar esta história, na primeira pessoa, como uma

mulher de 34 anos, indiana, chamada Neelam.

• Pronúncia de Neelam: .

• Pronúncia de Neshaun: .

• Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq).


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2020
Tema Geral: Educação e redenção
Lição 3 – 10 a 17 de outubro de 2020

A Lei como professor

Autor: Pr. William Oliveira
Supervisor: Adolfo Suárez
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisor (a): Josiéli Nóbrega

Na Bíblia, amar e obedecer podem ser considerados intercambiáveis (Dt 7:9; Jo 14:15). O ser humano é convidado a amar nos moldes de Deus e isso significa obedecer aos Seus mandamentos. É ele quem ama primeiro (Dt 4:37; 5:10; 6:5; 10:18). A medida do amor não é a ação do homem, mas o ato de Deus. O amor dos humanos precisa refletir o amor de Deus. A lei ensina sobre o amorável caráter de Deus e o desejo Dele de permanecer em relacionamento com Suas criaturas.

Amar e temer a Deus

O que é amor na Bíblia? Enquanto alguns autores sugerem o contexto de obediência imperial, o Antigo Testamento pressupõe o contexto familiar como mais adequado para a compreensão da linguagem do concerto (Dt 1:31; 8:5; 14:1; 32:5,19). A relação pai-filho ilustra a relação de Deus com Israel (Dt 8:5; 14:1) e é um indicativo da importância do afeto no contexto do que é amar no AT.

A variações de amor (no contexto do Dt 5–11) são usadas denotando mais do que afetos naturais, mas certamente não menos do que afeto. É basicamente uma palavra doméstica. É o termo mais natural para a afeição genuína entre seres humanos, cônjuges, pais e filhos e amigos. Amar em Deuteronômio não é apenas cognitivo, como a tradição interpretativa vinda do Iluminismo fez pensar (cumprimento de ordens), mas há elementos afetivos incluídos.

Nessa mesma direção, Deuteronômio 6:5 menciona o coração. A palavra para coração, em hebraico, representa toda a vida interior em todos os seus aspectos de vontade, pensamento e emoção, de forma individual ou coletiva . A peregrinação no deserto (Dt 8:2), ainda fora da terra prometida, serviu como um teste para o povo substituir a servidão escrava imposta no Egito por uma relação de obediência amorável, autêntica e voluntária a Deus.

"Amor" implica ter afeto baseado em uma relação próxima. Pode se referir ao amor de família, romântico ou atração (Dt 21:16, 30). Mesmo os filhos da mulher repudiada em relações poligâmicas, a exemplo da história de Jacó e suas duas esposas (Gn 29:30), têm o direito ao amor do pai.

O imperativo de amar (Dt 6:5; Lv 19:18) refere-se a um conteúdo afetivo, uma verdadeira emoção humana ligada ao amor. O verbo amar é geralmente usado em hebraico no caso acusativo, como em Deuteronômio 6:5, com o artigo, o que significa uma relação mais direta e próxima. Guardar os mandamentos não é uma tarefa dissociada de afeto, mas a expressão da resposta do ser humano ao amor divino.

Para que sejas bem-sucedido

Amar não envolve apenas sentimento, mas também comportamento e por isso pode ser tratado como um mandamento, fazendo com que Israel precise tomar uma decisão (Dt 30:15). Deus fez atos grandiosos, que leva o povo à afeição, cuja resposta é a obediência. Amar, longe da concepção grega de amor como ideia, em Deuteronômio é um verbo, uma palavra que expressa ação, um comportamento. Não é algo abstrato, mas concreto e vivido nas relações do cotidiano e facilmente observável. A relação entre amar a Deus e guardar os mandamentos (Dt 7:9) permite definir também o que é amar a Deus, o que vai redundar em bênçãos sobre o povo conforme sua decisão (Dt 30:16, 20), e também aquilo que não é amar a Deus, que resulta em maldições. A observância da lei está na base da religião judaica.

Em Deuteronômio, “amar” a Yaweh “é apresentado como uma condição para bem-estar futuro, bênção divina e segurança (Dt 11:13, 22), por causa da ação regenerativa de Javé (Dt 30:6)” .

As lutas e dificuldades dos guardadores da lei

A aliança não é um compromisso efêmero, ao contrário, repousa sobre o caráter fiel de Deus. E para prover mais segurança à aliança (Dt 28:15-19), adiciona bênçãos e maldições que estão conectadas à disposição da nação em relação a Deus. Por outro lado, o relacionamento com Deus deveria oferecer segurança ao povo de Deus, mesmo em face à prosperidade do ímpio (Salmo 73) ou ao sofrimento do justo (Jó 19:25). Há uma dimensão escatológica, final, na qual todos receberão seu galardão, para o bem ou para o mal (Mt 25:15-46).

É a vitória de Cristo e nosso relacionamento com Ele que nos sustentam e nos permitem tomar decisões em sintonia com Sua vontade. Segui-lo não significa que não teremos aflições, mas que Ele nos concederá a paz na Sua constante presença (Jo 16:33).

Jesus, nosso exemplo

Diante da pergunta de um fariseu quanto ao maior mandamento (Mt 22:36), Jesus se reportou ao Antigo Testamento para responder-lhe. Combinar o mandamento de amar a Deus (Mt 22:37; Dt 6:5) e ao próximo (Mt 22:39; Lv 19:18), citados por Jesus, não era uma novidade para Seus ouvintes. O resumo da lei na forma desses dois mandamentos não era algo estranho aos judeus no tempo de Cristo. O mandamento de amar não é apenas um resumo da lei, mas desses dois “dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22:40). Ao longo da história do povo de Deus, os profetas denunciaram o perigo de uma religiosidade formal, sem misericórdia ou amor, mas também apresentaram o cerne da verdadeira religião (Is 36:15, 16; Mq 6:8; Am 5:4; Hb 2:4). A lei continua válida, mas deve ser entendida e aplicada à luz do grande mandamento assim como no Antigo Testamento.

Ao longo do Seu ministério Jesus repetiu Levítico 19:18, em que o amor ao próximo tem por base o amor a si mesmo. Mais para o fim do ministério, diante do Seu grande sacrifício, o amor passou a ter um novo paradigma: “Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim como Eu os amei, que também vocês amem uns aos outros” (Jo 13:34).

Conheça o autor dos comentários para esta semana: Willian Wenceslau de Oliveira é esposo de Tchana, e pai de William (8 anos) e Lana (6 anos). Formação: Bacharel em Teologia (FADBA), graduação em Psicologia (UFBA), Mestrado em Liderança (Andrews University/UNASP), Mestrado em Ensino e Interpretação da Bíblia (FADBA), doutorando em Educação Religiosa e Discipulado (Andrews University). Atualmente é professor na FADBA.

 

1 William L. Moran, "Ancient near Eastern Background of the Love of God in Deuteronomy," The Catholic Biblical Quarterly 25, no. 1 (1963): 77-87, http://catholicbiblical.org/publications/cbq (Publisher's URL:).

2 Jacqueline E. Lapsley, "Feeling Our Way: Love for God in Deuteronomy," The Catholic Biblical Quarterly 65, no. 3 (2003), http://catholicbiblical.org/publications/cbq (Publisher's URL:);

http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=rfh&AN=ATLA0001370310&lang=pt-br&site=ehost-live.

Moshe Weinfeld, Deuteronomy and the Deuteronomic School (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1991).

Lawrence E. Toombs, "Love and Justice in Deuteronomy, a Third Approach to the Law," Interpretation 19, no. 4 (1965), http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=rfh&AN=ATLA0000704841&lang=pt-br&site=ehost-live.

5 Bill T. Arnold, "The Love-Fear Antinomy in Deuteronomy 5–11," Vetus testamentum 61, no. 4 (2011 2011), https://dx.doi.org/10.1163/156853311X560754.

6 Arnold.

7 Toombs.

8 Toombs.

Enhanced Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon.

10 Duane L. Christensen, Deuteronomy 21:10–34:12, vol. 6B (Dallas: Word, Incorporated, 2002), 480.

11 Shubert Spero, Morality, Halakha, and the Jewish Tradition, vol. 9 (New York: KTAV Publishing House, Inc., 1983).

12 Theological Dictionary of the Old Testament, Revised Edition ed., s.v. "“?????,”".

13 De acordo com um mestre jasídico, a observância da lei nos liga a Deus. A observância dos mandamentos é a religião em ação, uma “teologia prática”. Byron L. Sherwin, "Law and Love in Jewish Theology," Anglican Theological Review 64, no. 4 (1982): 471, http://www.anglicantheologicalreview.org/.

14  Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, s.v. "???.", p. 278.