Lição 13
23 a 29 de junho
A volta do nosso Senhor Jesus
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 51–55
Verso para memorizar: “Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:27).
Leituras da semana: Is 13:6, 9; Mt 24:30, 31; Dn 2:34, 35; 2Tm 4:6-8; 2Ts 1:7-10

O poeta T. S. Eliot começou um de seus poemas com a seguinte frase: “Em meu princípio está meu fim.” Por mais sucintas que sejam, suas palavras trazem uma verdade poderosa. Nos inícios existem finais. Vemos ecos dessa realidade em nosso nome, adventistas do sétimo dia, que apresenta dois ensinamentos bíblicos fundamentais: o “sétimo dia”, em referência ao sábado dos Dez Mandamentos, um memorial semanal da criação da Terra em seis dias; e a palavra “adventista”, que aponta para a segunda vinda de Jesus, na qual serão cumpridas todas as esperanças e promessas da Bíblia, inclusive a promessa de vida eterna.

Por maior que seja o intervalo de tempo entre a criação do mundo (nosso princípio) e a segunda vinda de Jesus (nosso fim, pelo menos o fim dessa existência pecaminosa), esses eventos estão ligados. O Deus que nos criou (Jo 1:1-3) é o mesmo que voltará e, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta” (1Co 15:52), trará nossa redenção suprema. Em nosso princípio, de fato, encontramos nosso fim.

Nesta semana, falaremos sobre o último de todos os eventos finais, pelo menos no que diz respeito ao nosso mundo atual: a segunda vinda do nosso Senhor Jesus.


Incentive os jovens de sua igreja a dedicar as próximas férias à colportagem evangelística e a estudar em nossos internatos.

Domingo, 24 de junho
Ano Bíblico: Sl 56–61
O Dia do Senhor

Por mais que tenhamos a tendência de pensar na segunda vinda de Jesus como um ensinamento exclusivo do Novo Testamento, isso não é verdade. É evidente que recebemos uma revelação mais completa e substancial da verdade em torno da segunda vinda de Cristo apenas após a primeira vinda, morte, ressurreição e ascensão de Jesus. Entretanto, como ocorre com tantas outras coisas no Novo Testamento, o Antigo Testamento revela alguns indícios e prenúncios dessa verdade fundamental muito antes desse acontecimento. Ao falar da segunda vinda de Cristo, os autores do Novo Testamento não revelaram uma verdade nova. Em vez disso, eles ampliaram uma verdade que já havia sido revelada na Bíblia. Somente hoje, à luz do Salvador crucificado e ressurreto, a promessa da segunda vinda de Jesus pode ser mais plenamente compreendida e apreciada.

1. Leia Isaías 13:6 e 9, Zacarias 14:9 e Daniel 12:1. O que esses textos ensinam sobre a segunda vinda de Jesus? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Os pecadores serão destruídos pela ira divina.

B.(  ) O povo de Deus será destruído juntamente com os pecadores.

Certamente o “dia do Senhor” será um dia de destruição, sofrimento e confusão para os perdidos. Mas também será um dia de libertação para todo o povo de Deus, os que forem achados inscritos no livro (veja também Fp 4:3; Ap 3:5; 13:8). Esse tema – o “dia do Senhor” como um momento de juízo contra os ímpios, mas também um tempo em que os fiéis de Deus serão protegidos e recompensados – encontra-se no Antigo Testamento. Alguns enfrentarão “o furor da ira do Senhor”; no entanto, aqueles que atenderem ao chamado para buscar a justiça e a humildade encontrarão “abrigo no dia da ira do Senhor” (Sf 2:1-3, NVI).

2. Leia Mateus 24:30 e 31. Como esses versos mostram a mesma separação entre os perdidos e os salvos na segunda vinda de Jesus?___________________________________________________________________________________________________________________

À medida que os eventos finais se desenrolam, o lado em que estamos se tornará cada vez mais evidente. Quais escolhas devemos fazer hoje para que estejamos do lado certo?

“Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/”

Segunda-feira, 25 de junho
Ano Bíblico: Sl 62–67
Daniel e a segunda vinda de Cristo

Muitos judeus no tempo de Cristo esperavam que o Messias derrotasse os romanos e estabelecesse Israel como a nação mais poderosa do mundo. No entanto, esse não era o propósito do primeiro e do segundo advento de Jesus. Deus tem algo muito maior para Seu povo fiel do que apenas uma reorganização deste mundo pecaminoso e caído.

Talvez nenhuma outra passagem do Antigo Testamento revele tão claramente quanto Daniel 2 a verdade de que o novo mundo não será uma evolução do antigo, mas uma criação nova e radicalmente diferente.

Daniel 2 revela o surgimento e a queda de quatro grandes impérios mundiais – Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e, finalmente, Roma, que depois se divide nas nações da Europa moderna. Contudo, o sonho de Nabucodonosor a respeito da estátua (que simboliza a sucessão desses quatro grandes poderes mundiais) termina de maneira espetacular, revelando a grande diferença entre este mundo e o que virá após a volta do nosso Senhor Jesus Cristo.

3. Leia Daniel 2:34, 35, 44 e 45. Qual será o destino deste mundo? Qual será a natureza da nova Terra? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) Este mundo será transformado pela humanidade e evoluirá para melhor.

B.(  ) Deus destruirá e recriará este mundo. A nova Terra será eterna.

Não há ambiguidade nesses versos acerca do que ocorrerá quando Jesus voltar. Em Lucas 20:17 e 18, Jesus Se identificou com a pedra que esmiuçará tudo o que resta deste mundo. O texto aramaico de Daniel 2:35 diz que, depois que o ouro, a prata, o bronze, o ferro e o barro foram esmiuçados, eles “se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios.” Ou seja, após o retorno de Cristo, nada restará deste velho mundo.

Entretanto, a pedra que destruiu todos os vestígios deste nosso mundo “se tornou em grande montanha, que encheu toda a Terra”. E o novo reino, que surgirá como resultado da segunda vinda de Jesus, “não será jamais destruído” e “subsistirá para sempre” (Dn 2:44).

Apenas um desses dois destinos aguarda todo ser humano que viveu neste planeta. Ou estaremos com Jesus pela eternidade, ou seremos reduzidos à inexistência, desaparecendo com a palha deste mundo. De uma maneira ou de outra, a eternidade aguarda todos nós.



Terça-feira, 26 de junho
Ano Bíblico: Sl 68-71
Perspectivas em longo prazo

4. De acordo com Tito 2:13, qual é a nossa grande esperança? Por quê? Complete as lacunas:

Aguardamos “a bendita _______________________ e a ____________________ da glória do nosso grande _______________________ e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13).

Descrevendo suas crenças sobre a origem do Universo, um palestrante explicou que há cerca de 13 bilhões de anos, “uma minúscula massa infinitamente densa surgiu do nada. Essa massa explodiu e dessa explosão surgiu o Universo”. No entanto, o palestrante não disse como essa “minúscula massa infinitamente densa” pôde simplesmente surgir do nada. Ele simplesmente supôs, pela fé, que isso tenha acontecido.

Como observamos na introdução da lição desta semana, em nossa origem encontramos nosso fim. Por essa razão, de acordo com esse palestrante, nosso fim não será muito esperançoso, pelo menos em longo prazo. O Universo, criado a partir dessa “minúscula massa infinitamente densa”, está condenado à extinção juntamente com tudo o que há nele, o que inclui, obviamente, a humanidade.

Em contrapartida, o conceito bíblico acerca da nossa origem não é apenas muito mais lógico do que essa visão, mas também muito mais esperançoso. Graças ao Deus do princípio, nossas perspectivas em longo prazo são muito boas. Temos muitas razões para ter esperança no futuro, e essa esperança está fundamentada na promessa da segunda vinda de Jesus.

5. Leia 2 Timóteo 4:6 a 8. Sobre o que Paulo falou nesse texto? Em que ele colocou sua esperança?

Paulo estava para ser executado; contudo, ele viveu na certeza da salvação e na esperança da volta de Cristo, que ele chamou de “Sua vinda” (2Tm 4:8). A “coroa da justiça” o aguardava, certamente não a sua própria justiça (1Tm 1:15), mas a justiça de Jesus, sobre a qual repousava sua esperança na promessa da segunda vinda de Cristo. Independentemente de suas circunstâncias imediatas, que, na melhor das hipóteses, eram sombrias (ele se encontrava na prisão, aguardando sua execução), Paulo sabia que suas perspectivas em longo prazo eram muito boas, pois contemplava o quadro completo, não apenas sua situação imediata.

Não importando as nossas circunstâncias imediatas, como podemos ter a mesma esperança que Paulo tinha? Como contemplar o quadro completo e a confiança que ele nos oferece?


Quarta-feira, 27 de junho
Ano Bíblico: Sl 72–77
Nas nuvens do céu

Por mais que a segunda vinda de Jesus seja fundamental e decisiva, de acordo com a Bíblia, nem todos os cristãos entendem o evento como um retorno literal e pessoal do próprio Jesus. Alguns argumentam, por exemplo, que a segunda vinda de Cristo não ocorrerá quando o próprio Jesus voltar à Terra, mas quando Seu Espírito for manifestado em Sua igreja na Terra. Em outras palavras, a segunda vinda de Jesus acontecerá quando os princípios morais do cristianismo forem revelados em Seu povo.

Contudo, graças a Deus, esse ensinamento é falso. Se fosse verdadeiro, que esperança realmente teríamos em longo prazo?

6. O que os seguintes textos do Novo Testamento revelam sobre a natureza da segunda vinda de Cristo?

Mt 24:30 ____________________________________________________________________

1Ts 4:16 ____________________________________________________________________

Mt 26:64____________________________________________________________________

Ap 1:7 ____________________________________________________________________

2Ts 1:7-10____________________________________________________________________

“O firmamento parece abrir-se e fechar-se. Pode-se dizer que a glória do trono de Deus atravessa a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade prestes a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está se quebrando. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniquidade, tornaram-se como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, “para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 637).

A volta de Jesus será um acontecimento tão grande e intenso que trará literalmente um fim ao mundo como o conhecemos. Quando isso ocorrer, todos também saberão. O que Cristo realizou por nós em Sua primeira vinda será plenamente manifestado na segunda

Como a realidade da segunda vinda de Cristo deve impactar nossa vida hoje e nos revelar as coisas que realmente são importantes?


Quinta-feira, 28 de junho
Ano Bíblico: Sl 78–80
Os vivos e os mortos

Antes de ressuscitar Seu amigo Lázaro, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). No entanto, em vez de apenas pedir às pessoas que acreditassem nessa Sua declaração tão impressionante, Ele então ressuscitou Lázaro, que já estava morto havia tempo suficiente para que o cadáver estivesse cheirando mal (Jo 11:39).

Os que acreditam em Jesus, de fato, morrem. No entanto, como Ele disse, ainda que morram, eles tornarão a viver. Esse é o significado da ressurreição dos mortos. Ela torna a segunda vinda de Jesus essencial à nossa esperança.

7. Leia Romanos 6:5; 1 Tessalonicenses 4:16; 1 Coríntios 15:42-44, 53-55. Na volta de Cristo, o que acontecerá com os mortos fiéis? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Ressuscitarão para receber uma nova chance de pagar pelos seus erros.

B. (  ) Serão ressuscitados e transformados para se encontrar com Jesus.

A grande esperança da segunda vinda de Cristo é que, assim como o próprio Jesus ressuscitou, Seus fiéis seguidores de todos os tempos também serão trazidos de volta à vida. Na ressurreição de Jesus, eles têm a esperança e a certeza de sua própria ressurreição.

8. De acordo com Filipenses 3:21 e 1 Tessalonicenses 4:17, o que ocorrerá com os fiéis que estiverem vivos quando Cristo voltar? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (   ) Serão transformados e arrebatados para o encontro com Cristo nos ares.

B. (  ) Ficarão na Terra até morrer. Depois, serão ressuscitados.

Os fiéis que estiverem vivos por ocasião do retorno de Jesus, manterão um corpo físico, mas não em seu estado atual. De maneira sobrenatural, o corpo deles será transformado no mesmo tipo de corpo incorruptível dos ressurretos. “Os justos vivos são transformados ‘num momento, num abrir e fechar de olhos’. À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 645).

Você preferiria perder a vida eterna se tivesse que sacrificar algo muito importante e que o prende a este mundo?


Sexta-feira, 29 de junho
Ano Bíblico: Sl 81–85
Estudo adicional

segunda vinda de Jesus não é o epílogo, nem o apêndice, nem o posfácio da triste história do pecado e do sofrimento humano neste mundo caído. Em vez disso, a segunda vinda de Cristo é o grandioso clímax, a maravilhosa esperança da fé cristã. Sem ela, o que seria de nós? A história da humanidade continuaria com suas sucessivas tragédias e cenas miseráveis, até que tudo terminasse na morte. Sem a esperança do retorno de Cristo, a vida é, como escreveu William Shakespeare, “uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.” Contudo, temos essa esperança porque a Palavra de Deus a reafirma repetidamente; porque Jesus nos resgatou com Sua vida (Mc 10:45) e voltará para buscar aqueles que Ele comprou. As estrelas no céu não falam da segunda vinda do Senhor. Os pássaros que gorjeiam nas árvores não a anunciam. Essas coisas podem até revelar algo bom e animador sobre a realidade, mas elas não ensinam que um dia, quando Jesus retornar, “a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co 15:52). Elas não mostram que um dia olharemos para o céu e veremos “o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu” (Mc 14:62). Conhecemos essas coisas porque a Palavra de Deus nos revela, e confiamos em suas promessas.

Perguntas para discussão

1. Se a segunda vinda de Jesus fosse apenas a manifestação plena dos princípios cristãos na vida dos seguidores de Cristo, por que, no final, estaríamos sem esperança?

2. Por que é tão absurda a ideia popular de que o Universo surgiu do nada e de forma espontânea? Por que as pessoas promovem essa noção e por que alguns acreditam nela? Por que a crença em um Deus eterno que criou do nada todas as coisas é uma explicação muito mais lógica e racional para a origem do Universo?

3. Como saber se estamos sacrificando a salvação pelas coisas deste mundo? Faça uma lista das coisas que poderiam nos levar a renunciar à eternidade e comente com a classe.

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Leia o texto e pergunte: Qual será a reação dos infiéis e a dos fiéis? Como podemos nos preparar para estar do lado de Jesus naquele grande dia? 3. F; V. 4. Esperança – manifestação – Deus. 5. Pergunte: Qual era o sentimento de Paulo diante da morte que se aproximava? Como estava a consciência dele em relação ao cumprimento da missão? Por que ele não tinha medo da morte? 6. Peça que os alunos leiam os textos. Pergunte: A volta de Jesus será visível? O que ocorrerá com os mortos? O que acontecerá com os maus? 7. B. 8. V; F.



Resumo da Lição 13
A volta do nosso Senhor Jesus

TEXTO-CHAVE: Daniel 7:13

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: A realidade e a importância da segunda vinda de Jesus.
Sentir: Aguardar e alegrar-se com a expectativa de encontrar o Senhor face a face.
Fazer: Viver com esperança, apesar da perspectiva da morte e da presente condição de desespero em que se encontra o mundo.

ESBOÇO

I. Conhecer: O fim é o começo

A. Por que o reino celestial implica a destruição dos reinos terrestres?
B. Por que a segunda vinda de Cristo é real e não apenas uma parábola espiritual?
C. Por que a segunda vinda de Jesus faz sentido?

II. Sentir: Anseio de vê-Lo

A. Que sentimentos você tem quando pensa na segunda vinda de Cristo?
B. Como a esperança na volta de Jesus afeta seu modo de pensar?
C. Por que o regresso de Cristo é a única solução real para o nosso sofrimento?

III. Fazer: Esperança contra o desespero

A. Como a esperança na segunda vinda de Cristo o ajuda a lidar com a injustiça?
B. Como a esperança na volta de Cristo o ajuda a lidar com a morte?
C. Como a esperança no retorno do Salvador o ajuda a tomar as decisões certas na vida?

RESUMO

A segunda vinda de Cristo é a crença fundamental que dá sentido a todas as religiões cristãs. Esse acontecimento finalmente concretizará todos os sonhos e esperanças da humanidade.

Ciclo do aprendizado

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: 2 Timóteo 4:7, 8

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A crença na segunda vinda de Jesus constitui mais do que uma verdade dogmática a ser repetida em nossa confissão de fé. Ela é o fundamento da nossa vida espiritual. A súplica de Jesus: “Venha o Teu reino” (Mt 6:10) é o ápice da oração modelo. Os antigos israelitas oravam na direção de Jerusalém (Dn 6:10), pois a oração era a expressão de sua esperança.

Para o professor: A crença na segunda vinda de Cristo engloba todos os outros princípios de fé. Analise com seus alunos o significado do nome “adventista do sétimo dia”. Peça-lhes que meditem sobre o significado de cada componente do nome e sobre a tensão entre eles. Em seguida, compartilhe a seguinte citação: “Nosso nome é formado por duas entidades opostas [...]. Enquanto o termo ‘sétimo dia’ nos liga à existência terrestre e à história humana, a palavra ‘adventista’ nos remete ao futuro, ao que está além da história humana e pertence ao domínio profético, que aponta para a esfera celestial. Enquanto o termo ‘sétimo dia’ nos confronta com a realidade presente da cidade terrestre e nos faz respirar ao ritmo do tempo ‘debaixo do céu’ (Ec 3:1), a palavra ‘adventista’ nos tira daqui e nos faz sonhar, orar e aguardar a vinda do reino celestial, e fortalece em nosso coração o sentido de ‘eternidade’” (Ec 3:11; extraído de Jacques Doukhan, The Tension of Seventh-day Adventist Identity: An Existential & Eschatological Perspective” [A Tensão da Identidade Adventista do Sétimo Dia: Uma Perspectiva Existencial e Escatológica], Journal of the Adventist Theological Society, 26 de Janeiro, 2015, p. 29, 37

Discussão e atividade inicial: Examine a ligação entre a doutrina da segunda vinda de Jesus e as demais doutrinas adventistas do sétimo dia. Se você não tivesse essa esperança, como as outras crenças subsistiriam? Qual é a relação entre a esperança na volta de Cristo e o mandamento do sábado?

Perguntas para discussão

1. Por que a Bíblia começa com a criação e termina com o reino de Deus? Que outros exemplos bíblicos demonstram essa mesma relação?

2. Por que não seria possível ser um bom adventista sem o sábado, e por que não é possível ser um bom adventista do sétimo dia sem a esperança da segunda vinda de Jesus?

2 Compreensão

Para o professor: Um palestrante zombou dos ingênuos cristãos que acreditavam na segunda vinda de Jesus: “Vocês acham que Jesus virá num paraquedas?” As pessoas riram, e o palestrante alcançou seu objetivo. Nos últimos anos, muitos teólogos cristãos têm enfatizado a importância de se ter um encontro com Jesus Cristo. Argumentam que o que importa é nosso relacionamento pessoal com Ele, nossa ética e nossa fé no Seu amor por nós na vida presente. Esta lição fala sobre essa perigosa maneira de pensar. A esperança bíblica não tem a ver com este mundo, mas envolve um mundo radicalmente novo, que terá início com uma real interrupção divina na história, que trará uma nova vida totalmente diferente da nossa presente condição mortal.

Comentário bíblico

I. O reino do futuro

(Recapitule com a classe Dn 2:34, 35.)

As profecias de Daniel deixam muito claro que o reino celestial será diferente de todos os outros reinos terrestres. A história profética dos reinos da Terra é descrita como uma contínua sucessão de reinos, que desaparecem um após outro, embora cada um ainda retenha algo dos reinos anteriores.

Por outro lado, o reino de Deus surgirá repentinamente do céu e não terá absolutamente nenhuma ligação com os reinos terrestres anteriores. De fato, o estabelecimento do reino de Deus implica a destruição total e radical de todos os outros reinos, como está escrito: “E deles não se viram mais vestígios” (Dn 2:35). Observe que essa operação não será resultado de guerras humanas nem de um desastre ecológico. Assim como a criação do mundo foi um ato unicamente divino, a destruição do mundo acontecerá “sem auxílio de mãos” (Dn 2:45). Em contrapartida, “o Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído” (Dn 2:44). Enquanto os reinos terrestres não duram nem têm futuro, o reino de Deus é o único que se abre ao futuro e à eternidade.

Essa perspectiva futura do reino de Deus contém o segredo da sabedoria bíblica. Enquanto a sabedoria do mundo está orientada para o presente, a sabedoria do reino celestial está voltada para o futuro. Tudo que fazemos deve ser avaliado com base nesse assunto. Como aconselha Ellen G. White: “Não pode ser integral nem completo nenhum projeto de negócios ou plano para a vida que apenas inclua os breves anos da existência presente, e não tome providências para o interminável futuro. Que os jovens sejam ensinados a tomar em consideração a eternidade” (Educação, p. 145).

Pense nisto: Quais são as diferenças entre os reinos terrestres (representados pelos metais) e o reino celestial (representado pela pedra) na visão de Daniel 2? Por que a segunda vinda de Jesus e a teoria da evolução são incompatíveis?

II. Como ladrão

(Recapitule com a classe 1Ts 5:4; Ap 3:3; 16:15).

O ponto de vista bíblico e as teorias humanas sobre esperança são radicalmente diferentes. Enquanto todas as filosofias humanas sobre esperança advogam que a solução para as misérias humanas vem deste mundo e do esforço humano, a Bíblia promete que a solução dos nossos problemas vem de Deus. Por essa razão, o Messias, nosso Salvador, é descrito como “vindo com as nuvens do céu” (Dn 7:13; Mt 24:30; Ap 14:14). Assim como não podemos criar a nós mesmos, não podemos salvar a nós mesmos.

De igual maneira, não podemos prever o momento da volta de Cristo. De acordo com a Bíblia, o “fim” não será um processo gradual, resultado de um amadurecimento progressivo. A palavra hebraica para “fim”, qets, é derivada do verbo hebraico qatsats, que significa cortar (Dt 25:12) e sugere um evento repentino, que não tem ligação com eventos anteriores. Portanto, a vinda de Jesus irá surpreender e atingir como um desastre violento e inesperado.

A Bíblia compara a vinda de Cristo à chegada de um ladrão. Essa comparação sugere que o mundo que Ele tomará não está em Suas mãos no presente; e sim nas mãos de um inimigo (Mt 13:28, compare com Jó 1:11, 12). Para nos salvar, Deus terá que arrombar e tomar, assim como fez quando tirou Israel de Faraó ou quando tomou do diabo o possesso pelo demônio (Mt 12:28, 29).

Perguntas para discussão

1. Por que o ser humano não pode se salvar?

2. Quais filosofias humanas de esperança você conhece? Como e por que elas falharam ou falharão?

3. O povo de Deus e todos os demais serão surpreendidos pela segunda vinda de Cristo?

4. Deus salvará muitas pessoas do mundo. A salvação implica violência?

5. O que a comparação da volta de Cristo com a chegada de um ladrão sugere para os que aguardam a segunda vinda de Jesus? (Mt 24:44).

III. Novos céus e nova Terra

(Recapitule com a classe Is 65:17-25.)

Deus não irá apenas “tomar” das mãos do inimigo. Ele dará coisas novas. O reino de Babilônia será destruído e, em seu lugar, será criada a Nova Jerusalém. A morte será substituída pela vida eterna. A ressurreição dos mortos será a primeira manifestação da segunda vinda de Cristo. Daniel é o livro do Antigo Testamento que mais reflete essa esperança (Dn 12:2, 3, 13). A vida eterna será desfrutada completamente em nosso corpo transformado. Nossa imaginação é incapaz de conceber como será o reino de Deus, um lugar que Deus preparou para nós (1Co 2:7-9).

O fato de que o reino de Deus está além da nossa capacidade de imaginação não quer dizer que essa nova ordem escape totalmente do nosso entendimento. Em vez disso, significa que a promessa divina é verdadeira, mesmo que não possamos imaginá-la por inteiro, pois o Libertador não surgiu de nossa mente nem de nossos sonhos. O Céu é um lugar real que Ele tem preparado para nós (Jo 14:2). Nesse reino, a vida terá outra forma, como nunca teve neste mundo, porque pela primeira vez depois do jardim do Éden teremos uma vida livre da sombra da morte.

Pense nisto: Por que não conseguimos imaginar completamente como será o reino de Deus? Por que a ressurreição dos mortos exclui a ideia da imortalidade da alma?

3 Aplicação

Para o professor: Certa vez, o autor da edição para professores deste trimestre foi entrevistado numa rádio pública francesa. Durante o programa, ele falou de sua esperança no reino de Deus. Em contraste com seus comentários sobre a esperança no Deus dos Céus, o técnico de música, um ateu, transmitiu uma música popular que retratava um pássaro voando pelo céu, sugerindo que a fé do entrevistado não estava em coisas reais. Para o técnico, o Céu significava apenas pássaros num céu literal. Contrário ao que essa música sugeria, por que a esperança na segunda vinda de Cristo está em coisas reais, embora não possam ser vistas?

Perguntas para reflexão

1. Por que não é possível testemunhar do reino celestial de Deus se não vivemos como cidadãos dele aqui e agora? Qual é a importância de viver agora como cidadãos do reino de Deus?

2. Em nossa vida, quais coisas nos desviam a atenção do reino celestial?

4 Criatividade

Para o professor: Discuta com a classe os desafios que enfrentamos ao compartilhar a verdade da volta de Jesus com os que não creem nessa verdade.

Atividades

1. Peça aos membros da classe que compartilhem durante a semana a sua esperança na segunda vinda de Cristo. Na semana seguinte, peça que eles relatem a reação das pessoas ao seu testemunho.

2. Encoraje os alunos a fazer esta reflexão pessoal: Quais mudanças farei na minha vida após o estudo desta lição?

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Programa do Décimo Terceiro Sábado

Hino Inicial - “Saudai o nome de Jesus” HA, nº 71
Boas-vindas - Diretor ou professor da Escola Sabatina
Oração 
Programa - “Dói, quando você menciona este nome”
Oferta
Hino Final - “Cantarei do meu Jesus”, HA, nº 183
Oração Final

Nota: O narrador não precisa decorar a história, mas deve estar familiarizado com o material para que não precise ler em público. Lembre-se: você pode complementar a história utilizando fotos disponíveis na página Mission Quartelies no facebook.

Durante o trimestre, conhecemos pessoas da Ilha de Ebeye, a Escola Mamawi Atosketan em Alberta, Canadá; Virginia Ocidental e Escola Adventista Indigena de Holbrook, Arizona. Hoje, ouviremos mais uma história que aconteceu em Holbrook, e que comprova a realidade do grande conflito e a proximidade da vinda de Jesus.

“Dói, quando você menciona este nome”

A menina de 14 anos foi convidada ao gabinete do pastor para explicar a razão pela qual havia faltado às aulas. Em vez de se concentrar no mau comportamento, a reunião se transformou em um vívido desdobramento do grande conflito entre Cristo e Satanás. A coordenadora Giselle Ortiz percebeu que algo não estava certo, depois de ser convocada para o encontro entre Dezba, aluna do oitavo ano, e Phil Vecchiarelli, naquela época, pastor da Escola Adventista do Holbrook no Arizona. Quando o Pastor Phil mencionou o nome de Jesus, o corpo da menina sacudiu violentamente e ela gritou: “Cale a boca!” Então, relaxou um pouco e sussurrou: “Pastor, dói quando você diz o nome dele”.

O pastor Phil abriu a Bíblia e começou a ler promessas sobre o poder de Jesus para vencer demônios. Toda vez que ele mencionava Jesus, a menina reagia com força e gritava: “Cale a boca!” Então, interrompeu o pastor, dizendo:

“Tenho uma voz interior e ela está me dizendo que você está mentindo e este é um livro de mentiras."

“Jesus é o Senhor!”, disse o pastor Phil, calmamente. “Você pode ser liberta, e essa voz a deixará para sempre se você aceitar Jesus como Senhor."

Era como uma partida de boxe, com a garota gritando, e o pastor sem medo empurrando o inimigo para trás. Giselle orou silenciosamente, reivindicando as promessas bíblicas e agradecendo a Jesus pela iminente vitória. Enquanto o pastor lia outra promessa, Dezba se contorceu de dor e caiu no chão.

“Por que você acha que nada acontece comigo?”, disse o Pastor Phil. “É porque Jesus é mais poderoso, mas você precisa render-se a Ele”.

Dezba rolava no chão, gritando: “Dói! Isso dói!”

Então, levantou-se e fugiu pela porta no corredor do prédio da administração do internato. Giselle correu atrás dela, temendo que a garota tentasse fugir do campus. Dezba se virou e olhou para Giselle. A expressão em seu rosto era indescritível. Giselle sabia que não era a garota olhando para ela, e engoliu o medo que subia pela garganta.

O maligno derrotado

Do lado de fora do edifício, Giselle sentou-se com Dezba nos degraus de concreto. O Pastor Phil logo se juntou a elas.

“Você só precisa reivindicar o nome de Jesus”, disse o pastor. “Até você reivindicar o nome de Jesus, isso não vai deixar você.”

Dezba caiu na grama, gritando.

Finalmente, ela disse: “Eu aceito! Eu aceito!”

“Você aceita Jesus em sua vida?”, perguntou o pastor. “Sim, aceito!”, ela disse, com a voz cheia de dor.

Em um instante, tudo acabou. O espírito maligno a deixou e Dezba ficou imóvel.

“Você se sente cansada?”, perguntou o pastor Phil.

“Sim”, ela disse quase sussurrando.

Giselle estava dominada por emoções e choro.

“Foi lindo viver esta vitória!”, disse ela mais tarde.

Depois de algum tempo, Dezba foi ao dormitório das meninas e, com a ajuda de Giselle, dedicou o quarto para Jesus. As duas copiaram promessas da Bíblia em cartazes e os penduraram nas paredes.

Esse não foi o único incidente no qual Giselle, uma formanda de 27 anos da Southwestern Adventist University, e outros funcionários da Holbrook presenciaram o grande conflito em primeira mão. Certa ocasião, durante uma reunião no escritório de Giselle, uma menina começou a brincar com os lábios e a olhar para o canto. A menina disse que via seu padrasto morto. Giselle sentiu um estranho frio inundar a sala. Imediatamente orou e repreendeu o espírito maligno, que deixou a menina.

Os alunos relataram ocorrências sobrenaturais – ver e ouvir coisas – nos dormitórios. Certa noite, quando Giselle entrou pela primeira vez na escola, trabalhando como monitora no dormitório das meninas, sentiu uma presença escura encher seu apartamento. Ela ouviu como que uma voz na mente dizer: “Você precisa orar agora!” Assim ela fez: “Senhor, não sei o que está acontecendo, mas peço-Lhe que me proteja e as meninas com Seus anjos.”

Na parte da manhã, a preceptora das meninas, que morava no pavimento superior ao de Giselle, disse-lhe que na noite anterior sentira presença de algo em seu quarto e uma invisível mão pressionando-a. Ela estava aterrorizada e não conseguia se mover. Então, em um instante, a mão foi retirada. A presença havia saído após a oração de Giselle.

Missionários privilegiados

Tais eventos recordam a Giselle que o grande conflito é real e que Jesus está vindo em breve.

“Até chegar aqui, eu não percebia que cada vez que estamos ausentes ou não avançamos para o reino de Deus, o mal avança”, disse ela. “Posso ver isso em nossos alunos. Se não transmito constantemente luz em suas vidas, a escuridão toma conta e eu tenho que começar tudo de novo."

Giselle diz que ama a obra missionária e não troca seu trabalho por outro.

“Não basta falar na igreja de vez em quando”, disse ela. “Somos chamados para caminhar e chorar com as pessoas. O trabalho missionário pode ser exaustivo, mas nunca me senti mais viva. Essa é a beleza de trabalhar com Deus. Ele fará coisas que você achava impossíveis. É uma bênção ser parte da Sua Obra e realmente se conectar com pessoas que precisam Dele.”

Jesus em breve voltará! Neste trimestre, ouvimos histórias sobre como o Espírito Santo está sendo derramado em escolas no Canadá, nas Ilhas Marshall e nos Estados Unidos. Ouvimos sobre o poder das reuniões evangelísticas. Hoje, a questão é: O que você está fazendo para a missão? Como Giselle na escola de Holbrook, você está entusiasmado com a missão e se sente mais vivo do que nunca? Vamos fazer nossa parte hoje, dando uma generosa oferta!

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2018

Tema Geral: Preparação para o Tempo do Fim

Lição 13: 23 a 30 de junho

A volta do nosso Senhor Jesus 

Autor: Flávio da Silva de Souza

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Na última semana deste trimestre estudaremos o tema e o evento mais aguardado da história da Terra: a volta do nosso Senhor Jesus.

1. O Dia do Senhor

A volta de Cristo não é uma doutrina somente do Novo Testamento, mas já estava presente também no Antigo Testamento. A expressão “Dia do Senhor” foi usada por muitos profetas para anunciar juízos locais e específicos sobre Israel (Am 5:18), Judá e Jerusalém (Lm 2:22; Ez 13:5; Sf 1:7, 14, 18; 2:2, 3; Zc 14:1), Babilônia (Is 13:6, 9), Egito (Jr 46:10; Ez 30:3), Edom e os pagãos em geral (Ob 1:15). Essas profecias de um “Dia do Senhor” local também descrevem geralmente o Dia do Senhor universal e final. Isaías 13:13, por exemplo, está descrevendo a queda de Babilônia, que ocorre de forma literal, mas que serve como símbolo do juízo final (Hb 12:26; Ap 6:14; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 99). Joel claramente aponta para o juízo final (Jl 2:1, 11, 31; 3:14; cf. Mt 24:29; At 2:20; Ap 6:12), assim como Zacarias (14:1, 9; cf. Ap 11:15). Ademais, os escritores do Novo Testamento compreendiam que essa expressão apontava para a volta de Cristo, pois adotaram-na para se referir à volta de Cristo (At 2:20; 1Co 5:5; 1Ts 5:2; 2Pe 3:10). Sendo assim, fica claro que a volta de Cristo já era anunciada antes mesmo de Sua primeira vinda.

2. Daniel e a segunda vinda de Jesus

No Antigo Testamento, o profeta que melhor explica a volta de Jesus é Daniel. Ele separa claramente a primeira vinda de Jesus e Sua volta. Em Daniel 9:24, a missão do Messias é descrita com a linguagem de Isaías 53, demonstrando que o Messias viria como o Servo Sofredor e não como Rei, e ainda afirma que após a morte do Messias, Ele “já não estará” (Dn 9:26), ou seja, o reino não seria nesse momento, mas no futuro. Em Daniel 2:44, o profeta avisou que o reino de Cristo será estabelecido após os reinos de barro e ferro. Em Daniel 7 foi profetizado o domínio eterno do Filho do Homem (Dn 7:14; cf. Ap 11:15), o reino dos santos para todo o sempre (Dn 7:18, 27; cf. Ap 22:5) e o juízo (Dn 7:26; cf. Ap 18:20; 19:2). Em Daniel 12, é relatada a chegada de Miguel para salvar todo aquele que for achado inscrito no livro (Dn 12:1; cf. Ap 19:11-16; 21:27). Cerca de 600 anos antes da primeira vinda do Messias, Daniel já profetizava Sua volta, e com muitos detalhes.

3. Perspectivas em longo prazo

Paulo havia passado por muito sofrimento em sua vida missionária (1Co 4:10-13; 2Co 11:23-27). Agora que estava próximo de ser morto, o apóstolo não lamentou, ao contrário, declarou que aguardava a bendita esperança (Tt 2:13; 2Tm 4:6-8). Ainda que não soframos como Paulo sofreu, muitas vezes perdemos a esperança. Paulo entendia que nossa esperança não podia se limitar a esta vida (1Co 15:19). Ele tinha a esperança da ressurreição e da vida eterna (At 24:15; 1Ts 4:13; Tt 1:2; 3:7), e da restauração da criação e remoção da mancha do pecado (Rm 8:21), mas, sobretudo, considerava Cristo a Esperança de Israel (At 28:20; cf. Sl 39:7; Jr 14:8; 17:13) e a sua esperança (1Tm 1:1).

Além de Paulo ter vivido a esperança, ele ensinava como mantê-la. O conselho que ele deu para a igreja de Roma (Rm 12:12), com certeza é valioso para nós hoje. Quando olhamos para a frente, para o futuro, para a eternidade, e comparamos tudo isso com o que temos hoje, isto é, dor, sofrimento, insegurança, tristezas, enfermidades e morte, devemos nos alegrar na esperança. Como toda tribulação, luta e dor são passageiras, pois aqui não é a nossa realidade final, devemos ser pacientes. E por fim, perseverantes na oração para não desviarmos o foco da Canaã celestial. Quanto tempo a cada dia você tem pensado na nova Terra? Ou todo o seu tempo é gasto com esta vida passageira? Sigamos o conselho de Paulo e tenhamos uma perspectiva em longo prazo.

4. Nas nuvens do Céu

A Bíblia é muito clara ao afirmar que Cristo virá nas nuvens do céu. Cristo virá assim como para o Céu subiu (At 1:11), assentado à direita do Todo-Poderoso (Mt 26:64), com poder e muita glória (Mt 24:30) e todo olho o verá, até quantos o transpassaram (Ap 1:7). Será um alívio para os fiéis, mas para os que rejeitaram o evangelho será a penalização da eterna destruição (2Ts 1:7-10). Cristo virá com os santos anjos (Mc 8:38). Será, sem sombra de dúvidas, o maior evento da história do Universo. Será um evento glorioso em que o Todo-Poderoso Rei do Universo estará aqui. Será infinitamente maior que qualquer coisa grandiosa produzida pelo homem. A volta de Jesus será para você motivo de alegria ou de medo? Isso dependerá das escolhas que você fizer agora. Deus nos fala do mesmo modo que falou ao povo de Israel em Deuteronômio 30:19.

5. Os vivos e os mortos

A primeira promessa da volta de Jesus é sobre a ressurreição dos mortos que aceitaram o plano da salvação, pois “se fomos unidos com Ele na semelhança da Sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da Sua ressurreição” (Rm 6:5). Ao som da voz do Arcanjo e da trombeta de Deus os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (1Ts 4:16). A ressurreição será muito mais do que voltar a viver, pois os mortos serão transformados. Como Paulo afirmou: “Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória” (1Co 15:42). A segunda promessa é que a incorruptibilidade será dada também aos salvos vivos, “num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta” (1Co 15:52). O que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá da imortalidade (1Co 15:53). Por fim, seremos arrebatados juntamente com os ressuscitados para nos encontrarmos com o Senhor nos ares e estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4:17).

Imagine o que significa o Céu se mover para vir buscar você! Pense nas promessas do evangelho se cumprindo na sua vida. Agora, pense no encontro com os queridos que até esse evento estiverem descansando no Senhor. Imagine o encontro com parentes e amigos que estavam separados pela morte. E então haverá o maior dos encontros, o encontro com o nosso Salvador. Depois disso teremos a eternidade para conhecer mais a respeito do amor de Deus. Existe algo neste mundo que vale mais do que isso? Claro que não! Então, não troque essas promessas por nada deste mundo, pois no final das contas tudo aqui é “vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:14).

Chegamos ao final do último comentário deste trimestre, e quero agradecer o privilégio que tive de estudarmos juntos esta lição, nos preparando para o tempo do fim. Meu desejo sincero é que continuemos firmes nesta jornada e que estejamos juntos naquele dia quando nos encontraremos com o Senhor nos ares. Que a bênção de Deus envolva sua vida e sua família.