É fácil não dar o devido valor a algumas coisas, pincipalmente àquilo que você sempre teve ou experimentou. Por exemplo, para as crianças é fácil não dar o devido valor aos pais, que sempre estiveram com elas durante toda sua breve vida? É muito fácil para nós, também, ser indiferentes ao sol, ao céu, ao ar ou ao chão sob nossos pés.
No entanto, já parou para pensar o quanto somos indiferentes à nossa própria existência? Quantas vezes nos fazemos a famosa pergunta filosófica: por que existe algo em vez de nada?''
Por que existe o Universo com toda a sua majestade e a grandeza de suas criaturas surpreendentes? Que grande contradição lógica haveria se o Universo, e nós que estamos nele, não estivéssemos aqui? De acordo com a mais recente teoria científica (elas tendem a mudar), o Universo não existia antes. Em outras palavras, a nossa existência seria acidental, e seria um milagre estarmos aqui. E apesar de todos os tipos de mitos sobre o surgimento do Universo a partir do nada, ou de algum tipo de equação matemática, o Universo existe porque Deus, o Criador, o fez, bem como tudo o que nele há.
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Após Sua ascensão (At 1:9), Jesus visitou o último apóstolo vivo, João, na ilha de Patmos, onde ele havia sido exilado pelo cruel imperador romano Domiciano.
1. Leia Apocalipse 1:9; Mateus 13:21; Atos 14:22 e João 16:33. Qual é a mensagem para todos os que procuram seguir Jesus?
Separado do apoio da família, dos amigos e da comunidade cristã, João não foi deixado sozinho nas tribulações e problemas que enfrentava como seguidor de Jesus. O ministério dele não tinha terminado; seu testemunho não estava completo. Um ser angelical de brilho deslumbrante o visitou naquela ilha solitária e lhe trouxe uma mensagem diretamente do trono de Deus. Essa mensagem de Jesus ecoaria pelos corredores do tempo através dos séculos. Era uma mensagem de esperança para todas as gerações, mas especialmente para preparar o povo de Deus nos últimos dias para a volta de Jesus. É uma mensagem séria de advertência, bem como de encorajamento para o tempo do fim, à medida que nos preparamos para enfrentar as provas dos últimos dias (ou mesmo ao enfrentar as provas da atualidade).
Se você entrasse na caverna onde se afirma que João recebeu a visita do anjo com a visão profética, notaria estas palavras inscritas em uma placa à entrada resumindo o Apocalipse: “Temam a Deus e deem glória a Ele, pois é chegada a hora em que Ele vai julgar. E adorem Aquele que fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7).
A questão central do Apocalipse é a adoração. Fomos criados como adoradores. Cada um de nós adora algo ou alguém. A verdadeira adoração, a adoração ao Criador, nos permite descobrir o real propósito da vida. Ela não só nos dá algo pelo que morrer, mas, mais importante, nos dá algo pelo que viver e, se necessário, suportar tribulações. E, à medida que as crises finais surgirem, entenderemos melhor as palavras: “através de muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14:22).
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2. Como termina a mensagem do primeiro anjo? Qual é o apelo final dessa mensagem da hora do juízo? Ap 14:7; Is 40:26; Jo 1:1-3; Rm 1:20
Apocalipse 14:7 termina com um claro apelo para adorar o Criador. Esse convite é especialmente importante no presente, quando grande parte do mundo científico e até mesmo do mundo cristão aceitou a evolução, um ensino que ataca o cerne de tudo o que é bíblico e cristão. Se a evolução fosse verdade, nossa fé seria uma mentira.
O apelo final do Apocalipse se baseia no primeiro livro da Bíblia, Gênesis. Nunca entenderemos completamente as questões nessa batalha cósmica sobre a adoração, a menos que entendamos o significado da criação. “No princípio, Deus criou os céus e a Terra” (Gn 1:1). Esse verso é a base das Escrituras. “No princípio, Deus criou”. A palavra hebraica para “criar” nessa passagem é bara’, verbo usado apenas e exclusivamente com o próprio Deus como sujeito.
Para termos uma pequena ideia de quão ilimitado é o poder de Deus, consideremos apenas um objeto de Sua criação, o Sol, que produz mais energia em um segundo do que a humanidade produziu por meio do petróleo, gás, carvão ou fogo desde o início dos tempos.
O Sol tem um diâmetro de aproximadamente 1.392.000 km e poderia conter um milhão de planetas do tamanho da Terra. Mas ele é apenas uma das cerca de 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea. Uma estrela chamada Pistola emite 10 milhões de vezes a energia gerada pelo nosso Sol. Um milhão de estrelas do tamanho do nosso Sol podem facilmente caber dentro da esfera da estrela Pistola. Como pode nossa mente compreender a criação?
A criação revela um Deus de força incrível e de poder ilimitado. Seu poder criativo não só trouxe os céus e a Terra à existência, como também atua em favor do Seu povo através dos séculos. Ele é o Deus que começou este mundo, que está sempre presente nele e que nunca abandonará Seu povo.
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O Deus da criação, que trouxe à existência o Sol, a Lua e as estrelas, cujo incrível poder criou este planeta e o encheu de seres vivos, também Se interessa por nós. Ele libertou Seu povo da escravidão egípcia, os guiou nas andanças pelo deserto, fez chover maná do céu, derrubou os muros de Jericó e derrotou os inimigos de Israel. Esse Deus que usou Seu poder infinito para criar o Universo, o usa para derrotar as forças do mal que lutam por nossa alma.
3. Leia 2 Coríntios 5:17; Salmo 139:15-18; Atos 17:27 e Colossenses 1:17. O que esses versos nos ensinam sobre a proximidade de Deus conosco?
Teólogos falam sobre a transcendência divina. Esse é o conceito de que Deus existe acima e sobre toda a criação. Mas também falam sobre a imanência divina, isto é, que Deus também, de alguma forma, existe dentro do nosso mundo e, como mostra a história bíblica, está envolvido com o planeta de forma profunda e inerente. Embora o Senhor habite “no alto e santo lugar”, Ele também está “com o contrito e abatido de espírito” (Is 57:15). Como o próprio Jesus afirmou, ao falar sobre Seus seguidores fiéis: “Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim” (Jo 17:23). Não há como ser mais íntimo e próximo que isso.
A excelente notícia sobre Deus é que Sua grandeza e poder são tão vastos que alcançam a cada um de nós em todo o cosmos. Ele promete nos recriar, moldar e transformar à semelhança de Sua imagem. Pense no que isso significa. O Deus que criou e sustenta bilhões de galáxias é o mesmo não só em quem “vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28), mas também que atua em nós para nos dar novo coração, para nos limpar do pecado e nos transformar em novas criaturas em Cristo. É reconfortante saber que Deus, que é tão grandioso em poder, ama e cuida de nós.
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Observe a mensagem do primeiro anjo: evangelho eterno, hora do juízo, adoração ao Criador. Veja como esses conceitos estão intimamente relacionados. Quando estivermos diante do Criador no juízo, somente o evangelho nos dará esperança (Rm 8:1, ARC). Agora nenhuma condenação há – e certamente não haverá no juízo.
A mensagem de Deus como Criador é central para a verdade presente, em especial quando a evolução, mesmo vestida em trajes “cristãos”, ameaça destruir todo o fundamento da fé cristã.
No entanto, em meio ao ataque do pensamento evolucionista, Deus suscitou uma igreja, um povo cujo próprio nome é testemunha contra a crença da evolução – um povo que deve proclamar a verdade de Deus como nosso Criador e Redentor.
4. Leia Efésios 3:9; Colossenses 1:13-17; Apocalipse 4:11 e Romanos 5:17-19. O que esses textos ensinam sobre Jesus como Criador e Redentor?
Note o quanto Jesus como Criador está intimamente ligado a Jesus como Redentor. Quando Seu papel como Criador é enfraquecido, o que ocorre inevitavelmente em resultado da teoria da evolução, Seu papel como Redentor também é questionado. Jesus nos redime do pecado, da morte, do sofrimento e da violência, ao contrário do que ensina a ideologia da evolução, que afirma que o pecado, a morte, o sofrimento e a violência são os próprios instrumentos da criação. Deus nos redimiria do processo que Ele teria usado para nos criar? Essa é uma mentira perigosa.
O que piora tudo é que a evolução zomba da crença da morte de Jesus. Por quê? Para Paulo (Rm 5:17-19), a introdução do pecado por Adão está inseparavelmente ligada à morte de Jesus. Há uma ligação entre Adão e Jesus. Contudo, em nenhuma das teorias evolucionistas um Adão sem pecado poderia ter introduzido a morte, pois milhões de anos de morte foram, supostamente, as forças necessárias para criar Adão.
Assim, desde o começo, a evolução destrói o fundamento bíblico da cruz. Por outro lado, os adventistas do sétimo dia, ao chamarem o mundo a adorar o Criador, se posicionam como testemunhas vivas contra esse erro.
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Não importa o quanto admiremos e adoremos o Senhor como Criador, Ele é mais que isso. Como já vimos, o Criador é também Redentor. O Deus que nos criou é o mesmo que nos remiu. O Deus que disse: “Façamos o ser humano à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gn 1:26), é o mesmo que na cruz exclamou: “Eli, Eli, lemá sabactani [...] Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46). Isso realmente nos motiva a temer a Deus e, mais ainda, a glorificá-Lo e adorá-Lo!
Sendo seres humanos caídos, como reagir adequadamente a uma verdade tão incrível como essa? O que fazer em resposta? A mensagem do primeiro anjo nos diz o que fazer (Ap 14:7).
5. Leia em João 19:16-30 o relato sobre Jesus na cruz. Pense nos textos bíblicos que vimos sobre Jesus como Criador, como Aquele em quem “foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele” (Cl 1:16). Como devemos reagir a essa incrível expressão do amor de Deus?
A mensagem do primeiro anjo chamando para adorar o Criador foi dada após a cruz, depois que o Universo expectante e os seguidores de Cristo tiveram conhecimento de que Aquele que “fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas” é o mesmo que, embora sendo Deus, tomou “a forma de servo, tornando-Se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, Ele Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:7, 8).
Que espetáculo incrível esse deve ter sido para aqueles que conheciam Jesus antes de Ele vir à Terra como ser humano. Não é de admirar que os seres celestiais também O adorem. Quanto a nós, redimidos pelo Seu sangue, o que poderíamos fazer a não ser adorá-Lo como Criador e Redentor?
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A adoração a Deus é central nas Escrituras e sempre motivou discussões entre o povo de Deus e na sociedade. No AT, os profetas repreenderam Israel por adorar outros deuses ou por adorar a Deus usando práticas pagãs. O conflito entre adorar a Deus ou adorar outros deuses é o centro do conflito cósmico e envolve a decisão de obedecer ou não à lei.
“A adoração aborda o aspecto mais fundamental da existência humana, pois tem a ver com o que os seres humanos como criaturas viventes devem fazer quando confrontados com a presença do Criador [...]. Somente os vivos podem adorar o Senhor; os mortos não podem louvá-Lo nem adorá- Lo [...]. Aquele que nos criou nos convida a entregar nossa vida no ato de adoração, a fim de recebê-la de volta enriquecida por Ele, para ser usada em benefício dos outros. A adoração tem a ver com a própria natureza e propósito de nossa existência e com a necessidade de ter um centro fora de nós mesmos que nos liberte do egoísmo. Não adorar a Deus é perder a razão de nossa existência; é existir em um estado de desorientação e, consequentemente, estar morrendo, caminhando para a extinção total por estarmos desconectados da própria fonte de vida” (Ángel Manuel Rodríguez, The Closing of the Cosmic Conflict: Role of the Three Angels’ Messages, manuscrito não publicado, p. 42).
Perguntas para consideração
- Por que, em um mundo caído, ser criado por Deus não é o suficiente? Por que também precisamos da promessa de redenção?
- Você já experimentou o poder de Deus de um modo que lhe mostrou o amor de Deus por você? Lembre-se de que esse é o Deus que criou tudo! Ele ama você e Se importa com sua vida. Essa realidade reconfortante nos conduz à submissão?
- Se a evolução fosse verdade, como seríamos chamados a adorar um Criador que usou bilhões de anos de morte, violência, destruição, sofrimento e extinção em massa para nos criar, ao mesmo tempo em que nos deu uma história completamente diferente em Gênesis sobre como fomos criados? Por que deveríamos adorá-Lo? Deveríamos adorá-Lo por mentir a nós durante milhares de anos sobre a maneira pela qual chegamos aqui?
Respostas e atividades da semana: 1. Neste mundo, os verdadeiros adoradores de Deus enfrentarão sofrimentos e tribulações. 2. Com um claro apelo para adorar o Criador. 3. Deus nos ama, cuida de nós, Se importa conosco e está próximo de nós. 4. Por Seu poder e amor, Jesus nos criou. Por Seu humilde sacrifício de amor, Ele nos redime do pecado. Por isso, Cristo é digno da nossa adoração. A teoria da evolução anula os papéis de Cristo como Criador e Redentor. 5. Nossa reação deve ser de gratidão e adoração, pois mesmo sendo Deus, nosso Criador todo-poderoso Se tornou semelhante a nós e deu a vida para nos salvar.
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PARTE I – VISÃO GERAL
O fato de que Deus criou este mundo em sete dias literais é uma das verdades fundamentais das Escrituras. A Bíblia começa com as palavras “no princípio, Deus criou os céus e a Terra” (Gn 1:1). O último livro da Bíblia, o Apocalipse, nos chama a adorar “Aquele que fez o céu e a Terra” (Ap 14:7). Deus é digno da nossa adoração porque Ele nos criou. Não evoluímos. Não somos apenas um acidente genético. Somos muito mais do que um membro avançado da espécie animal. Somos seres humanos de um valor incrível porque Deus nos criou. Cada um de nós é único aos Seus olhos.
A lição desta semana explora o significado do sábado no que se refere à criação. O sábado nos fala sobre o nosso valor aos olhos de Deus. Corretamente entendido, o sábado destrói qualquer sentimento de inferioridade e baixa autoestima. Somos de Cristo por causa da criação. O sábado também fala de nosso descanso em Cristo. No sábado, descansamos do trabalho exaustivo do sistema de valores deste mundo. O sábado nos convida a parar e refletir sobre os valores eternos. Esse dia nos convida a descansar em Cristo para nossa salvação e confiar em Seu poder criativo para nos transformar, a fim de sermos mais semelhantes a Ele a cada dia.
A lição desta semana também nos levará a uma compreensão mais profunda do sábado como um lembrete eterno da comunhão do Céu com Cristo. À medida que adoramos no sábado a cada semana, ele se torna uma antecipação do Céu. O Apocalipse, como veremos, revela a importância do sábado à luz da eternidade.
PARTE II – COMENTÁRIO
Em novembro de 1998, Charles Colson escreveu em um artigo intitulado Astronauts Who Found God: A Spiritual View of Space [Astronautas que encontraram Deus: uma visão espiritual do espaço]: “O retorno do astronauta John Glenn ao espaço sideral, 36 anos após sua inspiradora órbita ao redor da Terra, é um lembrete do tipo de heroísmo que possibilita a exploração espacial. [...] [Glenn disse a repórteres em 1998, logo após retornar, aos 77 anos, de sua última viagem ao espaço]: ‘É impossível para mim olhar para esse tipo de criação e não acreditar em Deus. Isso só fortalece a minha fé’” (Charles Colson, Breakpoint Commentary, 5 de novembro de 1998).
As pessoas podem não estar cientes do fato de que muitos dos primeiros heróis astronautas tinham uma profunda fé religiosa. A visão do espaço infinito só aumentou a sua fé. “Neil Armstrong e Buzz Aldrin são mais conhecidos como [dois] dos primeiros astronautas a pousar na Lua e dar aquele ‘grande salto para a humanidade’. Contudo, você provavelmente não sabe que, antes de saírem da espaçonave, Aldrin pegou uma Bíblia, um cálice de prata, pão e vinho sacramentais. Lá na Lua, seu primeiro ato foi celebrar a Santa Ceia.
“Frank Borman foi o comandante da primeira tripulação espacial a viajar para fora da órbita da Terra. Olhando para a Terra a mais de 400.000 quilômetros de distância, Borman transmitiu uma mensagem pelo rádio, citando Gênesis 1: ‘No princípio, criou Deus os céus e a Terra’. Como ele explicou depois: ‘Tive uma enorme sensação de que deveria haver um poder maior do que qualquer um de nós – que havia um Deus, que havia de fato um começo’” (Charles Colson, Breakpoint Commentary, 5 de novembro de 1998). Todos os astronautas aqui mencionados sentiram que este mundo não é resultado do acaso. Tampouco a vida é um acidente cósmico. Os astronautas perceberam a verdade de Gênesis 1:1 de que este mundo foi criado por um Deus onisciente e onipotente.
As mensagens dos três anjos de Apocalipse 14 proclamam em “alta voz” a mensagem da criação e de um Deus onisciente. Ele nunca é pego de surpresa. Ele vê eventos que ainda irão se desenrolar antes que eles ocorram. A tríplice mensagem angélica é especificamente projetada por Deus para responder aos desafios humanísticos e pós-modernos desta geração. Não é por acaso que, ao mesmo tempo em que a teoria da evolução se desenvolveu, Deus enviou uma mensagem ao mundo chamando as pessoas para adorar o Criador.
No século 19, surgiram três grandes forças filosóficas e políticas que influenciaram o mundo inteiro. A evolução impactou a comunidade científica e influenciou milhões. O comunismo e o marxismo desvalorizaram a vida humana, impactando política e socialmente outros milhões. Os ensinamentos de Sigmund Freud mudaram o pensamento de milhões no campo da psicologia.
O sábado permanece como um monumento ao nosso Criador em uma era sem Deus e de crescente secularismo. Como a lição desta semana aponta, o sábado é um símbolo da nossa fidelidade Àquele que nos criou. O sábado é um reconhecimento de que a vida não é um acidente genético. Nós existimos pela vontade e plano de Deus. Fomos trazidos à existência por uma razão. A compreensão da criação, conforme revelada na adoração no sábado, nos liberta dos grilhões desumanizantes da evolução. A guarda do sábado comunica valor a cada vida. Cada ser humano conta para Deus por que toda pessoa é uma criação única, especialmente moldada por nosso Criador para cumprir um propósito específico em Seu plano.
Um plano para cada vida
Quando Bruce Olson tinha 19 anos, ele foi para a selva na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela para levar o evangelho à tribo Barí. Os barís eram um povo primitivo, aborígene, isolado nas densas selvas da América do Sul. Eles eram conhecidos por sua capacidade de luta brutal e suas táticas violentas e bárbaras quando guerreavam contra outras tribos. Bruce não se incomodou com a reputação perigosa deles e, se necessário, estava disposto a dar a vida para compartilhar o evangelho com eles. Bruce passou semanas tentando ganhar a confiança deles. Nenhum ocidental havia entrado no território desse povo antes. Lentamente, com o tempo, os barís aprenderam a amar esse estrangeiro gentil e atencioso. Quando Bruce compartilhou o evangelho com esses nativos, eles experimentaram uma nova vida em Cristo. O Criador todo-poderoso mudou a vida deles. Essa tribo, outrora guerreira e violenta, tornou-se uma força de paz em toda a região.
Quando Bruce fazia um progresso real em favor do evangelho, o inesperado aconteceu. Guerrilheiros colombianos o sequestraram e o mantiveram em um esconderijo secreto nas profundezas da selva. Posteriormente, o exército colombiano tentou recrutar os barís para a guerra contra os guerrilheiros. Eles recusaram, dizendo: “Violência só gera violência”.
Bruce foi mantido por meses em condições desumanas; ainda assim, ele conseguiu superar o horror de suas circunstâncias. Ele ganhou a confiança de seus sequestradores. Por fim, eles lhe deram uma Bíblia. Dia após dia, ele compartilhava a Palavra de Deus com eles. Mais de 100 desses combatentes rebeldes aceitaram a Cristo e romperam com a força guerrilheira, depuseram suas armas e voltaram à sociedade como cidadãos colombianos produtivos.
Apesar das forças do mal terem se unido contra Bruce Olson, Deus tinha um plano para a vida dele e todos os poderes do inferno não poderiam destruí-lo. Nosso Criador não tinha apenas um plano para a vida de Bruce Olson, Ele tem um plano para a nossa vida, mas a realidade é ainda melhor. Nosso Criador não tem apenas um plano para a nossa vida, mas por meio do Espírito Santo, Ele nos guiará em Seu plano. Compreender a riqueza do sábado nos dá uma compreensão mais profunda do plano de Deus para nós e um propósito mais profundo para a nossa vida.
Como a lição desta semana aponta, a palavra hebraica bara significa algo que somente Deus pode fazer. Os seres humanos podem fazer algo com os materiais existentes disponíveis, mas somente Deus pode fazer algo a partir do nada. Quando Deus fala, a matéria física aparece (Sl 33:6, 9; Hb 1:1, 2). Quando Deus fala, tudo o que Ele diz acontece, mesmo que nunca tenha existido antes, pois a Palavra de Deus tem poder criativo. Quando adoramos o Criador do Céu e da Terra no sábado, reconhecemos o fato de que Ele é todo-poderoso.
Se Ele é poderoso o suficiente para criar este mundo e tudo o que nele há, certamente Ele é poderoso o suficiente para mudar a nossa vida. O sábado é um símbolo tanto da justificação (nosso descanso somente em Cristo) quanto da santificação (nossa força somente em Cristo). O profeta Ezequiel afirma esse conceito de forma clara: “Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez 20:12). Quando adoramos a cada sábado, o Criador nos recria. Aquele que nos fez nos refaz. Aquele que nos formou nos reforma.
O conflito final sobre a adoração, conforme descrito no livro do Apocalipse, ocorre precisamente porque Cristo nos criou, nos redimiu, nos transformou e em breve voltará para nos buscar. O diabo odeia o sábado porque odeia tudo o que ele representa. O sábado é um símbolo da autoridade de Cristo, de Seu domínio, de Sua graça e de Seu poder. Se Satanás pode enganar as pessoas para que acreditem que o sábado não tem importância, ele pode minar a autoridade do Criador e desviar a fidelidade de milhões para si mesmo. Portanto, Deus enviou Sua mensagem dos últimos dias em Apocalipse 14 para preparar o nosso mundo para o retorno do nosso Criador e Redentor, que recriará este planeta em um esplendor edênico.
PARTE III – APLICAÇÃO À VIDA
Para reflexão pessoal: O Deus da Criação trouxe à existência o Sol, a Lua e as estrelas. Seu incrível poder criou este planeta e o encheu de coisas vivas. Esse mesmo Deus libertou Seu povo da escravidão egípcia, guiou-os em suas peregrinações no deserto, fez chover maná do céu, fez com que os muros de Jericó caíssem e derrotou os inimigos de Israel. Esse mesmo Deus está interessado em você e em mim. Em nosso favor, Ele libera o poder da criação para derrotar o inimigo que luta pela nossa alma. Nossa compreensão e aceitação dessa verdade bíblica faz toda a diferença.
Cada um de nós enfrenta batalhas contra a tentação todos os dias. Essas são as maravilhosas boas-novas: o mesmo Deus, que liberou Seu poder infinito para criar o mundo, libera esse mesmo poder infinito para derrotar as forças do inferno que travam as batalhas pela nossa alma. Jesus tem muito mais a oferecer do que uma derrota frustrante. Ele tem muito mais a oferecer do que repetidos fracassos. Ele tem muito mais a oferecer do que falhar repetidamente no mesmo obstáculo. A quem servimos? Ao Criador todo-poderoso com poder ilimitado e infinito. Esse poder é nosso quando o agarramos pela fé. Somos transformados, mudados e renovados pelo poder do Criador.
Discuta e ore: Peça a um voluntário que leia 2 Coríntios 5:17: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (NVI).
Discuta com a classe o que significa ser uma nova criação.
Para encerrar, ore pelos alunos, pedindo a Deus que os ajude a entender mais profunda e completamente como o poder criativo de Deus pode mudar a vida deles.
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O homem da Bíblia
Remus
Espanha | 6 de maio
Remus é conhecido como “o homem da Bíblia”.
Ele era enfermeiro, e sua esposa, arquiteta. Eles tinham uma vida confortável com três filhos na França. Aparentemente, eles tinham tudo o que precisavam para serem felizes. Mas algo estava faltando.
Remus ansiava por poder repetir a oração de Jesus a Seu Pai: “Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer” (João 17:4, NAA). Remus queria glorificar a Deus com sua vida. Mas como?
Ele se perguntou se sua missão deveria ser semelhante à de Jesus quando Ele proclamou em uma sinagoga: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4:18, 19).
Remus leu as instruções de despedida de Jesus aos Seus discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês” (Mateus 28:19, 20).
Em seguida ele leu no livro de Ellen White, O Colportor Evangelista, o seguinte: “A obra da colportagem, devidamente dirigida, é uma obra missionária da mais elevada espécie” (p. 6).
Remus decidiu se tornar um colportor evangelista. Ele queria ser alguém que, em suas próprias palavras, “tenta vender livros para pessoas que não querem comprá-los”.
Remus e sua família se mudaram para a Galícia, uma região altamente secular na Espanha. Dentre uma população de quase 3 milhões, há apenas cerca de 500 adventistas adorando em cinco igrejas.
Remus começou a vender Bíblias e outros livros em mercados ao ar livre, onde as pessoas se reúnem para comprar produtos da fazenda, roupas, brinquedos, livros e itens de segunda mão. Enquanto ele vendia livros em uma banca, as pessoas começaram a chamá-lo de “o homem da Bíblia”.
Em um mercado ao ar livre, Remus viu um vendedor de livros. Ele foi até o homem e começou a conversar.
O homem claramente não queria conversar, mas não parecia conseguir se afastar.
“Há algo incomum em você”, o homem finalmente reconheceu. Depois de muitas conversas no mercado, o homem concordou em colocar vários livros de Remus à venda em sua banca.
Como um presente de agradecimento, Remus o presenteou com uma Bíblia.
O homem lia a Bíblia em casa e pediu estudos bíblicos a Remus. Depois de alguns meses, ele entregou seu coração a Jesus. Hoje, o homem está tentando convencer sua filha, irmã e mãe a também aceitar Jesus. Ele e Remus são amigos, e, sempre que se encontram, ele grita: “Olá, homem da Bíblia!”
Às vezes, os livros de Remus se vendem sozinhos. Uma vez alguém o parou enquanto ele carregava várias Bíblias na rua.
“Isso é uma Bíblia?”, perguntou o desconhecido.
“Sim, estou vendendo Bíblias”, disse Remus.
“Quanto custa uma?”
“Dez euros”, disse ele, ou cerca de R$ 50,00.
“Dê-me uma, por favor. Eu vou comprar uma.”
Nesse caso, Remus não precisou fazer nada para fechar a venda. Ele apenas tinha que sair de sua casa. “Foi Deus que vendeu a Bíblia”, disse ele. Outra vez, uma mulher literalmente pulou de alegria quando viu que Remus estava vendendo Bíblias.
“Eu tenho orado a Deus por uma Bíblia!”, ela exclamou e então beijou sua nova compra. “Esta é uma resposta de Deus!”
Em outra ocasião, Remus viajou 120 km para chegar a um mercado ao ar livre. Para sua alegria, ele vendeu muitos livros naquele dia. Mas quando a noite chegou, ele percebeu que não havia vendido livros suficientes para cobrir os custos da gasolina para a viagem.
Ele se perguntou: “A viagem valeu a pena?” Então, um senhor de 90 anos veio até a banca de livros.
“Você tem uma Bíblia?”, o homem perguntou.
O homem queria saber se Jesus poderia amá-lo. Remus falou alegremente sobre Jesus e Seu amor. Com lágrimas nos olhos, os dois homens contemplaram o amor de Jesus. O homem então comprou uma Bíblia. Realmente nunca é tarde demais para conhecer Jesus. Conhecer aquele senhor e compartilhar o amor de Jesus com ele valeu a pena o custo da viagem ao mercado. Remus espera ver o homem com Jesus no Céu.
Remus está feliz por servir a Deus na Espanha.
“Há muitas pessoas procurando o Pão da Vida”, diz ele. “Nós podemos ajudá-los, dando-lhes a Bíblia.”
Ele também está feliz por ser conhecido como “o homem da Bíblia”.
A Espanha tem muitas cidades e vilas sem presença adventista do sétimo dia. Obrigado por sua oferta do décimo terceiro sábado de três anos atrás que foi para o Colégio Adventista de Sagunto para ajudar a treinar pessoas a espalhar as boas-novas da breve volta de Jesus no país e além.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2023
Tema Geral: Temam a Deus e deem glória a Ele
Lição 7 – 6 a 13 de maio
Adorando o Criador
Autor: Moisés Mattos
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Esther Fernandes
Introdução
Entender o significado de adoração é crucial para captar a essência das três mensagens angélicas. Aliás, adoração é o tema central do Apocalipse. Nesta semana, estudamos um pouco sobre a expressão de Apocalipse 14:7: “Adorai Aquele que fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas”. Qual é o significado desse apelo e quais são as implicações para a nossa vida?
I – Um apelo: Adorem o Criador
O livro do Apocalipse é um apelo reiterado à adoração. O apelo tem como base o fato de Deus ser o Criador. Essa é uma mensagem relevante hoje, quando a crença em um Deus Criador tem sido questionada e rejeitada até nos círculos cristãos. A crença em um Deus originador de todas as coisas é substituída pela teoria de um mundo que surge da evolução. Esse questionamento ao Criador leva pessoas a rejeitar também o Redentor. Questiona-se a própria salvação em Jesus Cristo e até a divindade do Filho de Deus. Jesus é reduzido a um bom mestre cheio de recursos éticos para nos ensinar, mas seria incapaz de nos salvar de nossos pecados.
O desenvolvimento desse tipo de pensamento afeta a questão central do Apocalipse, que é a adoração. Fomos criados como adoradores. Cada um de nós adora algo ou alguém. Pode-se afirmar que há no ser humano a necessidade intrínseca de extravasar adoração a alguém ou a alguma coisa. Por isso, a verdadeira adoração, a adoração ao Criador, nos permite descobrir o real propósito da vida. Ela não só nos dá algo pelo que morrer, mas, ainda mais importante, nos dá algo pelo que viver e, se necessário, suportar tribulações. Como bem ponderou Fiódor Dostoiévski em Os Irmãos Karamazov, “o mistério da existência humana não reside apenas em permanecer vivo, mas em encontrar algo pelo que viver.”
II – As bases da adoração
Apocalipse 14:7 diz que devemos adorar a Deus porque Ele é o Criador. Por outro lado, além de Criador, Ele é mantenedor: “Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Cl 1:16).
Com o surgimento do pecado, o Criador Se torna também o Redentor. A salvação do ser humano (por Cristo) pode ser chamada de “nova criação”. “Se alguém está em Cristo, é nova criação” (2Co 5:17).
O fato de Deus criar, manter e salvar os humanos o credencia para ser adorado. Essa é a base de nosso relacionamento com Ele.
III – A ligação entre adoração, evangelho, juízo e criação
Considerando que as três mensagens angélicas se relacionam com adoração, evangelho, juízo e criação, como fazemos a conexão entre elas?
Pode-se começar com a adoração, elemento essencial dentro de nossa relação com Deus.
Ao reconhecer Deus como Criador somos levados a adorá-lo como o Deus poderoso que também pode nos recriar. Isso conduz ao tema do evangelho, que inclui a recriação ou regeneração. A regeneração é a promessa do evangelho, o poder de Deus para a salvação (Rm 1:16, 17). O Criador foi à cruz em nosso lugar: prova suprema de amor. Essa promessa de “recriação” é justamente a oferta do evangelho (2Co 5:17). Isto posto, os fiéis adoradores transformados pela graça agora enfrentam o juízo com serenidade, porque “nenhuma condenação há” para os que estão em Cristo (Rm 8:1).
Conclusão
O teólogo William Temple sintetizou a definição de adoração quando afirmou: “Adoração é a submissão de todo o nosso ser a Deus. É tomar consciência de Sua santidade; é o sustento da mente com Sua verdade; é a purificação da imaginação por Sua beleza; é a abertura do coração ao Seu amor; é a rendição da vontade aos Seus propósitos”.
A adoração não está circunscrita a um momento de culto, ao cantar de um hino ou ao balbuciar de uma oração. Ela nos define. A adoração não faz parte da vida; ela é a própria vida.
“A adoração tem a ver com a própria natureza e propósito de nossa existência e com a necessidade de ter um centro fora de nós mesmos que nos liberte do egoísmo. Não adorar a Deus é perder a razão de nossa existência; é existir em um estado de desorientação e, consequentemente, estar morrendo, caminhando para a extinção total por estarmos desconectados da própria fonte de vida” (Ángel Manuel Rodríguez, The Closing of the Cosmic Conflict: Role of the Three Angels’ Messages, p. 42).
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Moisés Mattos é mestre em Teologia e pós-graduado em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há mais de 30 anos em diferentes funções. Atualmente exerce sua atividade como pastor na Igreja Central de São Carlos, SP, e produz os comentários da Lição da Escola Sabatina para o canal Classe de Professores, no YouTube. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires e Lucas.