Lição 8
19 a 25 de maio
Adore o Criador
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Cr 29–31
Verso para memorizar: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6).
Leituras da semana: Ap 14:6-12; Mt 24:14; Gl 3:22; Lc 23:32-43; Gn 22:12

Como cristãos adventistas do sétimo dia, acreditamos no conceito bíblico de “verdade presente” (2Pe 1:12). É basicamente a ideia de que Deus revela a verdade à humanidade no momento em que ela é necessária, dando-nos cada vez mais luz ao longo dos tempos. A primeira promessa do evangelho, em Gênesis 3:15, revelou ao casal caído que a esperança viria por meio da semente (ou descendente) da mulher. A promessa a Abraão, de que ele “certamente” viria “a ser uma grande e poderosa nação, e nele” seriam “benditas todas as nações da Terra” (Gn 18:18), é uma revelação mais completa da promessa do evangelho. A vinda de Jesus, que proclamou que o “Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45), é evidentemente uma revelação ainda maior da verdade do evangelho.

Hoje acreditamos que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6 a 12 são a “verdade presente” para os que vivem nos últimos dias antes da volta de Cristo e também o cumprimento de todas as nossas esperanças como cristãos.

Nesta semana, vamos nos concentrar especialmente na primeira mensagem angélica, pois ela contém verdades essenciais aos que buscam permanecer fiéis em meio aos perigos do tempo do fim.


No dia 27 de maio realizaremos o Impacto Esperança, entregando milhões de livros O Poder da Esperança! Alcancemos lugares ainda não alcançados e com grande circulação de pessoas. Com cada livro, podemos também oferecer abraços.

Domingo, 20 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 32, 33
A universalidade do evangelho

1. Leia Apocalipse 14:6, Mateus 24:14 e 28:19. Qual tema é encontrado nesses textos? A pregação do evangelho e o testemunho são importantes para nosso propósito como igreja? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) A pregação do evangelho e o testemunho, que são muito importantes.

B.(  ) A identidade dos 144 mil, que é fundamental para o cumprimento da missão.

Em certo sentido, pode-se dizer que a primeira mensagem angélica é a Grande Comissão (Mt 28:19), dada hoje no contexto dos últimos dias. Ela é, de fato, a “verdade presente”.

Observe que todos os três textos enfatizam a pregação do evangelho a todo o mundo, a “todas as nações” e “a cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Em outras palavras, essa mensagem é de âmbito universal. Toda pessoa precisa ouvi-la!

2. Leia Gálatas 3:22. Por que todo o mundo precisa ouvir o evangelho? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) Porque todos pecaram e precisam da salvação em Jesus Cristo.

B.(  ) Porque Deus deseja forçar a humanidade a aceitar Sua graça.

A universalidade do pecado explica a universalidade da nossa missão e do nosso chamado. “Toda nação, tribo, língua e povo” pecaram (Ap 14:6, NVI); transgrediram a lei de Deus e foram encerrados debaixo do pecado (Gl 3:22, NVI). A queda de Adão no Éden afetou todo ser humano; nenhuma nação, tribo nem povo estão imunes. Todos nós enfrentamos as consequências imediatas do pecado e, a menos que uma solução fosse apresentada, todos nós enfrentaríamos a consequência suprema: a morte eterna.

Essa solução foi providenciada por meio da vida, morte e ressurreição de Jesus, e Seu ministério no santuário celestial. Ele é a única solução para o problema do pecado. Todos precisam conhecer a grande esperança do que Deus lhes ofereceu em Jesus Cristo. Por essa razão, os adventistas do sétimo dia têm ido a todo o mundo, buscando levar a mensagem de Jesus aos que ainda não a ouviram.

Por que a pregação do evangelho traz muitos benefícios espirituais para quem prega? Alcançar pessoas seria uma das melhores maneiras de se preparar para a volta de Jesus?

Viva em comunidade: Convide uma família do seu bairro para almoçar em sua casa. Convide também amigos da igreja. Semeie o amor e multiplique esperança

Segunda-feira, 21 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 34–36
O ladrão na cruz e o “evangelho eterno”

A mensagem a ser proclamada ao mundo é o “evangelho eterno” (Ap 14:6), que transmite esperança às pessoas em um mundo que não oferece nenhuma solução para o sofrimento.

3. Leia Lucas 23:32 a 43. Como essa história revela a grande esperança do “evangelho eterno” para todos os pecadores?

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Escrevendo sobre o ladrão na cruz, Ellen G. White disse que, embora não fosse um criminoso endurecido, ele estivera “procurando abafar a convicção” sobre Jesus, e “havia imergido mais e mais fundo no pecado, até que foi preso, julgado como criminoso e condenado a morrer na cruz” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 749).

No entanto, o que aconteceu com ele? Enquanto estava pendurado na cruz, o ladrão teve um vislumbre de quem era Jesus, e então clamou: “Jesus, lembra-Te de mim quando vieres no Teu reino” (Lc 23:42).

E como Jesus respondeu? Será que Ele disse: “Bem, amigo, Eu gostaria de ajudá-lo, mas você não deveria ter abafado suas convicções, imergindo mais e mais fundo no pecado!” Por acaso Jesus citou um de Seus sermões anteriores: “Porque” te “digo que, se a” tua “justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais” entrarás “no reino dos Céus” (Mt 5:20)? Será que Jesus, de alguma forma, “ressuscitou” os erros passados do ladrão?

Não. Em vez disso, Ele Se voltou para aquele criminoso, aquele ladrão de caráter defeituoso que não tinha nada a oferecer em termos de justiça e que, anteriormente, havia amaldiçoado a Cristo (Mt 27:44). Ao vê-lo como um novo homem, Jesus basicamente declarou: Estou lhe dizendo agora, estou lhe dando a certeza hoje de que seu pecado, seus crimes e suas faltas estão perdoados e, portanto, “estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).

Aqui está o “evangelho eterno”, o fundamento da primeira mensagem angélica. Sem essa verdade, o que ensinamos sobre a lei, o sábado ou sobre o estado dos mortos não tem importância. Qual proveito esses ensinamentos teriam se o “evangelho eterno” não estivesse no centro de todos eles?

Essa história lhe traz esperança?

“Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/”

Terça-feira, 22 de maio
Ano Bíblico: Ed 1–3
Temei a Deus e dai-Lhe glória

Após falar sobre a proclamação do “evangelho eterno” a todo o mundo, a primeira mensagem angélica se expande nesta mensagem: “Temei a Deus e dai-Lhe glória”. Ao proclamar o “evangelho eterno”, devemos incluir as verdades que fazem parte da mensagem do evangelho para este tempo. Em outras palavras, a “verdade presente” para os últimos dias inclui Apocalipse 14:7.

4. De acordo com Apocalipse 14:7, o que significa temer a Deus e dar-Lhe glória? Como podemos fazer isso? Como esses conceitos se encaixam com o evangelho?

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Temer a Deus e dar-Lhe glória são conceitos relacionados. Se realmente tememos a Deus no sentido bíblico, damos glória a Ele. Uma coisa deve levar à outra.

5. Leia os textos seguintes. O que significa “temer a Deus” e como isso se relaciona com “dar-Lhe glória”? (Gn 22:12; Êx 20:20; Jó 1:9; Ec 12:13; Mt 5:16).

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Nesses textos, a ideia de temer a Deus está ligada à obediência, e quando obedecemos ao Senhor, quando fazemos o que é certo, nós O glorificamos. Embora muitas vezes seja dito que temer a Deus é admirá-Lo e reverenciá-­Lo, devemos ir além disso. O Senhor nos manda temê-Lo. Somos pecadores caídos. Merecemos a morte. Quem já não percebeu a maldade espantosa de seus atos e o que merecia por eles nas mãos de um Deus justo? Esse é o temor de Deus. É o temor que nos leva primeiramente à cruz para obter perdão e, em segundo lugar, faz-nos reclamar Seu poder para nos purificar do mal que, se não fosse pela cruz, faria com que nos perdêssemos (veja Mt 10:28).

Qual tem sido sua experiência com o temor de Deus? Uma boa dose desse temor poderia nos fazer bem espiritualmente e nos ajudar a levar mais a sério nossa fé e o que Deus nos pede?


Quarta-feira, 23 de maio
Ano Bíblico: Ed 4–6
É chegada a hora do Seu juízo

Na primeira mensagem angélica, a ideia de temer a Deus e dar-Lhe glória está relacionada ao juízo (Ap 14:7). Se existe um assunto claro na Bíblia, é o conceito de que o Senhor é um Deus de justiça e de juízo. Um dia, o juízo e a justiça que faltam neste mundo realmente virão.

Não é de admirar que as pessoas necessitem temer a Deus. Por isso, o “evangelho eterno” também inclui a realidade do juízo. Qual é a relação entre esses dois elementos? Se o evangelho significa “boas-novas”, isso quer dizer que, embora sejamos pecadores e tenhamos transgredido a lei de Deus, quando o dia do juízo chegar, como o ladrão na cruz, não enfrentaremos a pena e o castigo que merecemos pelos nossos pecados e pela transgressão da lei.

6. Leia os seguintes textos e depois pergunte a si mesmo: Eu me sairia bem confiando em meus próprios méritos? (Mt 12:36; Ec 12:14; Rm 2:6; 1Co 4:5).

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O Deus que conhece o número de fios de cabelo da nossa cabeça julgará o mundo. Precisamente por isso, o “evangelho eterno” é uma boa notícia. O juízo virá, mas não há nenhuma “condenação” para os fiéis seguidores de Jesus, lavados, santificados e justificados em Seu nome (veja 1Co 6:11), pois Jesus Cristo é a sua justiça e a justiça Dele os fará vencer nesse juízo.

“Não pode o homem por si mesmo se defender dessas acusações. Em suas vestes manchadas de pecado, confessando sua culpa, ele está perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta uma súplica eficaz em favor de todos os que, mediante arrependimento e fé, a Ele confiaram a guarda de sua vida. Defende-lhes a causa e derrota seu acusador, com os poderosos argumentos do Calvário. Sua perfeita obediência à lei de Deus, mesmo até à morte de cruz, conferiu-Lhe todo o poder no Céu e na Terra, e Ele pleiteia de Seu Pai misericórdia e reconciliação para o homem culpado” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 471).

O que a realidade do juízo ensina sobre nossa absoluta necessidade de perdão? Como você pode oferecer aos que lhe fizeram mal a graça e o perdão que Deus nos oferece por meio de Jesus?


Quinta-feira, 24 de maio
Ano Bíblico: Ed 7–10
Adorai Aquele que fez o céu e a Terra

7. Leia Apocalipse 14:6 e 7. Quais elementos específicos se encontram na primeira mensagem angélica e como eles se relacionam entre si? Complete as lacunas:

“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um _________________ eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: __________________ a Deus e dai-Lhe _______________, pois é chegada a hora do Seu _______________; e ______________ Aquele que fez o céu, e a _____________, e o mar, e as fontes das águas”.

Juntamente com o evangelho, o chamado para testemunhar ao mundo e para temer a Deus e dar-Lhe glória, vem também o chamado para adorar o Senhor como Criador. E não é de admirar. Qual é o significado de todos esses outros aspectos da “verdade presente” – o evangelho eterno, o chamado para testemunhar e o juízo – sem Deus como nosso Criador? Essas e todas as outras verdades surgem da verdade fundamental de que o Senhor é Aquele que fez todas as coisas. Ao adorá-Lo como Criador, estamos voltando ao princípio básico, ao fundamento do que significa ser humano, estar vivo e, diferentemente de outras criaturas terrestres, ser feito à imagem de Deus. Ao adorar o Senhor como Criador, reconhecemos que dependemos Dele para existir e para ter a esperança quanto ao futuro. Por essa razão, a observância do sábado é tão importante. É um reconhecimento especial de que somente Deus é nosso Criador, e que adoramos apenas a Ele. Isto é, juntamente com o evangelho e o juízo, o chamado para adorar o Senhor como Criador é ressaltado nessa mensagem.

8. De acordo com Apocalipse 14:8 a 11, por que é importante adorar o Senhor como Criador?

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À medida que os eventos finais se desenrolam, a pressão para que adoremos a besta e a sua imagem, em lugar do Criador, virá sobre todo o mundo. Se considerarmos a terrível advertência sobre o destino dos que adoram a besta e a sua imagem, podemos entender melhor a ênfase em adorar a Deus como Criador, o Único digno da adoração humana. Na crise final, essa verdade se tornará mais crucial do que nunca.

Medite nas incríveis maravilhas do mundo criado. O que elas ensinam sobre Aquele que criou todas as coisas? Por que só Ele é digno da nossa adoração?


Sexta-feira, 25 de maio
Ano Bíblico: Ne 1–4
Estudo adicional

Os estudiosos da Bíblia há muito tempo perceberam uma relação entre o chamado para que adoremos “Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas”, em Apocalipse 14:7, e o quarto mandamento, em Êxodo 20:11, no qual o sábado nos remete ao fato de que “em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há”. Por mais que a linguagem esteja intimamente relacionada, há uma mudança: o texto de Apocalipse aponta para o Senhor como Aquele que criou “as fontes das águas”.

John Baldwin escreveu: “Supondo que exista intencionalidade divina por trás da expressão ‘fontes das águas’, por que Jesus fez com que o mensageiro quebrasse o paralelo das coisas mencionadas em Êxodo 20:11? Por que o anjo mencionou as ‘fontes das águas’ e não outra espécie de criatura, como árvores, pássaros, peixes ou montanhas?

“Talvez a referência às ‘fontes das águas’, no contexto de um anúncio da chegada de um período singular de juízo divino, busque dirigir a atenção do leitor para um período anterior de juízo […]. Talvez a intenção de Deus fosse que a possível alusão ao dilúvio, pelas palavras ‘fontes das águas’, ressaltasse a verdade de que Ele é realmente um Deus de juízo, bem como de fidelidade eterna e graça (ambos evidenciados na narrativa de Gênesis sobre o dilúvio). Se for assim, as implicações pessoais e espirituais da conotação do dilúvio, desencadeada pela expressão ‘fontes das águas’, podem encorajar o leitor a levar a sério a importante chegada de um novo processo de juízo divino individual já anunciado pelo primeiro mensageiro de Apocalipse 14” (John Baldwin, Creation, Catastrophe and Calvary: Why a Global Flood is Vital to the Doctrine of Atonement [Criação, catástrofe e calvário: Por que um Dilúvio global é vital para a doutrina da expiação. Hagerstown, Md.: Review and Herald®, 2000, p. 27).

Perguntas para discussão

1. Leia Isaías 53:6. A palavra em hebraico para “todos nós” é cullanu. Isaías disse que o Senhor fez cair sobre Jesus “a iniquidade de todos nós”. A palavra “todos nós” aqui também é cullanu. Como isso nos mostra que, não importando a gravidade do problema do pecado, a solução é mais do que suficiente para resolvê-lo?

2. Quais lições extraímos da história do ladrão na cruz? Suponha que o ladrão obtivesse perdão, fosse retirado da cruz e sobrevivesse. A vida dele teria sido diferente? O que a sua resposta revela sobre o poder de Cristo para mudar nossa vida?

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. V; F. 3. Peça a um aluno que faça a leitura da passagem bíblica. Discuta com a classe a relação entre essa história e o “evangelho eterno”. 4. Peça a opinião dos alunos. Discuta com eles maneiras de temer a Deus e dar-Lhe glória em seu dia a dia. 5. Peça que os alunos leiam os textos em voz alta e apresentem sua opinião sobre a questão. 6. Peça que os alunos reflitam em silêncio e encontrem sua resposta pessoal. Depois, pergunte a eles quais lições esses textos nos ensinam sobre humildade e temor a Deus. 7. Evangelho – temei – glória – juízo – adorai – Terra. 8. Peça que um aluno leia o texto em voz alta. Comente a questão com a classe. Se não adorarmos o verdadeiro Criador, a quem corremos o risco de adorar?



Resumo da Lição 8
Adore o Criador

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 14:6

O aluno deverá

Conhecer: A mensagem do primeiro anjo e relacioná-la à “verdade presente” do tempo do fim.

Sentir: Temor a Deus, a fim de aprofundar e intensificar o senso de admiração e reverência.

Fazer: Proclamar essa mensagem ao mundo e adorar a Deus como Juiz e Criador.

Esboço

I. Conhecer: A verdade presente do primeiro anjo

A. Qual é a verdade presente do primeiro anjo?

B. Por que a mensagem do primeiro anjo é a “verdade presente” para o tempo do fim?

II. Sentir: Temor a Deus

A. O que significa temer a Deus? Por que deveríamos temê-Lo?

B. O fato de que Deus é o Criador do mundo e o Juiz de todos inspira admiração e reverência? Por quê?

III. Fazer: Proclamar a mensagem

A. Como devemos proclamar a mensagem do juízo?

B. De que maneira precisamos anunciar a verdade da criação?

Resumo

A mensagem do primeiro anjo é relevante e universal porque tem a ver com o destino do mundo.

Ciclo do aprendizado

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: Apocalipse 14:7; Daniel 7:9-11, 26

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Se a adoração é a essência da vida espiritual, ela deve nos inspirar e nutrir nossa fé diariamente, ao orarmos, estudarmos as Escrituras e adorarmos em grupo.

Para o professor: A primeira mensagem angélica ordena: “temei a Deus”. Um componente do temor a Deus envolve profunda percepção da presença divina. Impressione o coração dos alunos com o fato de que essa percepção deve afetar nosso dia a dia em todos os momentos e lugares.

Discussão e atividade inicial: Como a mensagem do juízo se aplica à história humana?

2 Compreensão

Para o professor: Na primeira mensagem angélica se encontram duas exortações seguidas de uma explicação. A primeira exortação é “temei a Deus e dai-Lhe glória” (Ap 14:7) por causa do juízo iminente. A segunda exortação é “adorai” por causa dos atos divinos de criação. Analise o verdadeiro significado dessa referência ao juízo e à criação. Que lições estão implícitas nessas duas noções no contexto dessa passagem? Explore também os componentes existenciais das verdades do juízo e da criação e como eles podem ser refletidos no nosso cotidiano. Pense na mensagem do primeiro anjo no contexto de Daniel 7 a fim de compreender a intenção apocalíptica direta da mensagem. O que significa a associação entre “juízo e criação”?

Comentário bíblico

I. A mensagem do juízo

(Recapitule com a classe Ap 14:7.)

Ambas as declarações, “temei a Deus” e “dai-Lhe glória”, transmitem a mesma verdade: devemos levar Deus a sério. O conceito bíblico de temor a Deus nada tem a ver com sentimentos supersticiosos, nem com a ideia absurda de que devemos servir a Deus por medo. A expressão “temei a Deus” é usada com frequência nos versículos de sabedoria para encorajar o discípulo a estar ciente da presença divina em todas as suas atividades (Pv 3:7); é a ideia de que não podemos esconder nada de Deus, pois Ele vê tudo. De fato, os dois verbos “ver” e “temer” parecem vir da mesma raiz (yra/raah). As duas noções estão relacionadas: “Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem” (Sl 33:18). Visto que Deus pode ver tudo, até mesmo o que está oculto, Ele está apto a julgar: “Teme a Deus [...]. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ec 12:13, 14).

O conceito bíblico de “dar glória” se refere à palavra hebraica kabod, que significa “pesado”. Portanto, a primeira mensagem angélica é um apelo para dar “peso” [importância] a nossa religião. A razão para esse apelo é o dia do juízo. Contudo, a primeira mensagem angélica não é apenas sobre o anúncio do acontecimento: “a hora do Seu juízo”. Em vez disso, a mensagem é um chamado urgente para a justiça. Mais adiante, na mesma passagem, o texto se refere aos “santos”, caracterizados pela obediência aos mandamentos de Deus (Ap 14:12; compare com Ec 12:14).

Pense nisto: Por que o evento do juízo é uma boa notícia?

II. A mensagem da criação

(Recapitule com a classe Ap 4:11; Sl 95:6, 7; 100:3.)

Segundo a Bíblia, a criação é a razão pela qual adoramos. No livro de Neemias, a adoração se justifica pela criação: “Só Tu és Senhor, Tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército [...] o exército dos céus Te adora” (Ne 9:6). Isso se dá também no livro do Apocalipse. Em um contexto de adoração, os 24 anciãos declaram: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4:11). Não é por acaso que os Salmos – que refletem a vida espiritual de Israel e expressam seus sentimentos nos atos de adoração – colocam a criação no centro da adoração. O verbo hebraico para adorar (hishtakhaweh), que aparece 25 vezes nos salmos, sempre se encontra no contexto de adoração. Para o salmista, somente Deus pode ser adorado, pois “foi Ele que nos fez, e não nós a nós mesmos” (Sl 100:3, Almeida Corrigida e Revisada Fiel).

O primeiro relato bíblico de adoração é uma resposta direta ao ato divino da criação. A adoração não foi apenas o primeiro ato humano, mas a primeira reação humana à criação (Gn 2:3). Por esse motivo, a primeira mensagem angélica faz referência ao mandamento do sábado, usando exatamente as mesmas palavras do mandamento (Êx 20:8-11). A partir desse momento, de sábado a sábado, os seres humanos recordariam que a criação era o motivo fundamental para a adoração. Como declara Ellen G. White: “A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo pelo qual se deve render culto a Deus” (O Grande Conflito, p. 437).

Pense nisto: Por que a adoração está relacionada à criação? Se entendemos que a adoração expressa nossa fé na criação, como esse fato deve direcionar nossa maneira de adorar? Em que sentido a observância do sábado é uma resposta à criação? Como essa relação entre sábado e adoração afeta nossa experiência com o sábado?

III. A mensagem do juízo e da criação

(Recapitule com a classe Ec 11:1, 6; 12:13, 14; Ap 14:6-13).

A associação entre juízo e criação remete ao Dia da Expiação, único festival que associa as duas noções e nos remete ao contexto de Daniel 7. Para os israelitas, o Dia da Expiação simbolizava a purificação do mundo, a verdadeira recriação. Na passagem de Levítico 16, o texto-chave do Dia da Expiação, a expressão “todos os seus pecados” mantém-se como ideia central e recorrente, ou tema predominante (Lv 16:21, 22, 30, etc.). O Dia da Expiação era o momento em que os pecados de “todo” Israel eram perdoados. Esse dia era a única ocasião em que todo o povo de Israel e todo o espaço do santuário eram purificados por completo (Lv 16:17, 33, 34).

Com esse sentido de recriação em mente, Daniel usou a expressão “tardes e manhãs” para designar o Dia da Expiação final no término das 2.300 tardes e manhãs (Dn 8:14). Essa expressão técnica ocorre somente no contexto da criação (Gn 1:5, 8, 13, 19, 23, 31). Contudo, a passagem faz referência a algo além da criação. A menção inesperada de fontes das águas em contraste com o padrão regular dos três componentes tradicionais da criação (céus, terra e mar) é particularmente significativa. As fontes das águas designam a Nova Jerusalém aonde o Cordeiro guia Seu povo (Ap 7:17; 22:17). Da mesma forma, o livro de Ezequiel descreve a Nova Jerusalém onde abundam fontes de água (Ez 47:1-12).

Outra característica interessante do texto apocalíptico que contém as três mensagens angélicas é que sua disposição no livro do Apocalipse é paralela à do texto apocalíptico em Daniel 7. É muito impressionante o fato de que a visão das três mensagens angélicas no livro do Apocalipse está em paralelo com a visão do juízo em Daniel! Na sequência do Apocalipse, a visão das três mensagens angélicas se localiza na mesma posição que corresponde à localização do juízo na sequência do livro de Daniel, após a mesma visão terrestre dos quatro animais (Ap 13:2-18; compare com Dn 7:1-8) e antes da vinda do Filho do Homem (Dn 7:13, 14; Ap 14:14). Essa disposição significa que a proclamação das três mensagens angélicas na Terra é paralela ao Dia da Expiação no Céu.

Perguntas para discussão

1. Quais lições estão implícitas no fato de que a proclamação das três mensagens angélicas na Terra seja paralela ao Dia da Expiação no Céu?

2. O que significa a afirmação de que o tempo do fim é um Dia da Expiação?

3. Por que João acrescentou a expressão incomum “fontes das águas”?

3 Aplicação

Para o professor: Mostrar que vivemos no período do Dia da Expiação não é uma tarefa simples. Explique as características do Dia da Expiação e mostre as ricas lições dessa verdade. Enfatize seus aspectos existenciais e práticos. Analise Daniel 12:12 e discuta a dimensão da felicidade na mensagem do Dia da Expiação.

Perguntas para reflexão

1. Como a mensagem do Dia da Expiação se aplica ao cotidiano do cristão?

2. Essa verdade significa que devemos levar uma vida de privações? Explique.

4 Criatividade

Para o professor: As doutrinas do santuário e do Dia da Expiação são duas das crenças mais difíceis e abstratas para se ensinar. Esteja ciente do fato de que muitos jovens e pastores evitam ensiná-las. Não ensine esses assuntos de forma dogmática, mas encontre formas de torná-las esclarecedoras e surpreendentes.

Atividades

1. Se possível, leve para a classe uma gravura do santuário, ou construa uma maquete do santuário com os alunos.

2. Organize uma visita a uma sinagoga no dia em que é celebrado o Dia da Expiação. Depois, pergunte aos alunos quais elementos mais os impressionaram.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Encontro no posto de gasolina

Certa noite, uma falha técnica interrompeu o funcionamento do posto de gasolina onde John Peña trabalhava, no estado de West Virginia. Não havia uma hora pior para acontecer isso. O negócio estava crescendo nas 23 bombas do posto de gasolina na cidade de Mount Hope, mas repentinamente agora as máquinas de cartão de crédito deixaram de funcionar, só estava disponível pagamento em dinheiro. Para piorar a situação, o caixa eletrônico do posto de gasolina parou de liberar dinheiro.

John e uma colega de trabalho observavam enquanto um grande Cadillac parou ao lado de uma bomba e o motorista, um homem bem vestido, encheu o tanque. Momentos depois, ele entrou na loja do posto. “Senhor, você deve 40 dólares e, hoje, só podemos aceitar em dinheiro”, John disse. O homem olhou desanimado e falou com um sotaque que John não conseguia definir: “Só tenho cartão de crédito”. John falou com o gerente, que sugeriu que o cliente deixasse o carro no posto enquanto buscava dinheiro. O cliente, entretanto, disse que não tinha como conseguir dinheiro em espécie naquela noite.

John percebeu que o homem era confiável, então, disse: “Eu empresto o dinheiro para pagar seu combustível. Deixe sua carteira de motorista e eu devolverei quando me devolver o valor.” O homem agradeceu com um aperto de mãos. “Voltarei amanhã”, prometeu. Quando ele saiu, a colega de John o olhou como se ele tivesse perdido a razão. “Você perdeu seu dinheiro!”, ela alertou-o.

“Creio que ele voltará”, foi a resposta de John.

No dia seguinte o homem voltou com os 40 dólares. “Há algo que posso fazer?”, perguntou enquanto entregava o dinheiro. John não queria recompensa pelo favor. “Não, nós estamos bem”, disse, “Deus o abençoe. Tenha um lindo dia!”

“Deus o abençoe também”, o homem disse.

Encontro inesperado

Naquela noite, John compartilhou a rara experiência com a esposa, Sharon. Mas logo se esqueceu do assunto, quando o sogro, Jim, começou a falar sobre a Bíblia. Jim era adventista do sétimo dia e, fazia algum tempo, convidava John para visitar a igreja. Ao saber que o genro não trabalharia no sábado seguinte, repetiu o convite, obtendo como resposta a aceitação por parte do genro. John nasceu em uma família que guardava o domingo em Cleveland e frequentava uma igreja adventista algumas vezes com a esposa, uma ex-adventista. Porém, nunca visitara a igreja do sogro em Beckley, Virgínia Ocidental.

Na manhã do sábado, John se sentou ao lado de Jim, esperando o início do culto. Depois de alguns minutos, Jim viu o pastor andar na parte de trás da igreja e disse: “John, quero muito que você conheça o pastor.”

“Claro, afinal de contas, tenho algumas perguntas da Bíblia para fazer”, disse John. Quando o pastor entrou pelo corredor, John pensou: “Eu o conheço de algum lugar!” Então, o pastor cumprimentou Jim e depois olhou para John, intrigado. “Conheço você de algum lugar?”, perguntou.

Os dois homens se olharam por um momento. Então, John exclamou: “Você é o cara no posto de gasolina!”

“Oh!”, disse o pastor. “Você é o cara que pagou pela minha gasolina!”

Após o culto, John e o pastor Samuel Simuzoshya, nativo da Zâmbia, explicaram a Jim o que havia acontecido no posto de gasolina na semana anterior. Para mim, foi uma bênção”, disse John em uma entrevista. “Eu costumava dizer que as coisas aconteciam por sorte, mas isso foi uma bênção!”

Final feliz

O encontro com o pastor adventista causou profunda impressão em John. Ele começou a frequentar os cultos aos sábados em Beckley e, mais tarde, em Spencer, mais perto de sua casa. A esposa foi rebatizada. Então, em 2015, a igreja de Spencer recebeu parte da oferta trimestral. Entre os projetos daquele trimestre estavam 35 séries evangelísticas na Virgínia Ocidental.

A igreja de Spencer, que abriga 30 membros aproximadamente, destinou a oferta para o aluguel um grande salão por duas semanas de reuniões evangelísticas, lideradas por um dos seus anciãos, William Lannacone. John se uniu aos membros da igreja na distribuição de literatura e visitas domiciliares durante a campanha evangelística, mas não solicitou o batismo no final das reuniões.

Dois dias antes do batismo, o pastor da igreja, Daniel Morikone, visitou John em casa para saber o que o impedia de entregar o coração a Jesus. “Olho para outras pessoas que transmitem o caráter de Cristo e não sei se estou suficientemente limpo”, disse John. “Se você continuar olhando os outros e não Cristo, você nunca desejará ser batizado”, respondeu o pastor. As palavras tocaram o coração. No dia seguinte, ele chamou o pastor e perguntou: “O que devo levar para ser batizado amanhã?” E assim foi.

Ao refletir em sua trajetória até o batismo, João disse que foi conquistado ao ver a bondade de Cristo nos membros da igreja. John, 57 anos e agora diácono na igreja de Spencer, espera abençoar sua comunidade de maneira semelhante. “Moro aqui há 30 anos e as pessoas me conhecem”, disse ele. “Elas veem como eu mudei após minha conversão. Quero alcançar essa comunidade para Cristo.”

*Assista ao vídeo sobre John no link: bit.ly/John-Pena


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2018

Tema Geral: Preparação para o tempo do fim

Lição 8: 19 a 26 de maio

Adore o Criador

Nesta semana estudamos a primeira mensagem angélica.

1. A universalidade do evangelho

Quando lemos Apocalipse 14:6, notamos sua semelhança com Mateus 24:14 e 28:19. Nas três passagens é apresentada a universalidade do evangelho que deve ser levado a “todo o mundo” ou “a cada nação, e tribo, e língua e povo”. Alguns dizem que no Novo Testamento o evangelho deixou de ser só dos judeus e passou a ser universal. Mas, quando olhamos para o Antigo Testamento o que encontramos? Note que o protoevangelho de Gênesis 3:15 foi anunciado aos descendentes da mulher, portanto universal. Em Gênesis 12:3, a bênção dada a Abraão alcançaria todas as famílias da Terra ou todas as nações (Gn 18:18; 22:18). O mesmo se daria com Isaque (Gn 26:4), logo universal. Salmos 22:27, 67:2-7, 86:9, 102:15, Isaías 66:18-20 e Jeremias 3:17 também falam de um evangelho universal.

Por que esse evangelho é universal desde o princípio? Por que não há um justo sequer (Rm 3:10), todos se extraviaram, não há quem faça o bem, nenhum sequer (Rm 3:12), todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23). A justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo é para todos e sobre todos os que creem (Rm 3:22). Deus é Deus de todos (Rm 3:29) e justificará pela fé tanto judeus como gentios (Rm 3:30). O que significa para você ter um Deus que ama a todos, que estende a mão a todos? Como isso revela o amor de Deus por você e como isso o motiva a amar todos, os iguais e os diferentes, os amigos e os inimigos?

2. O ladrão na cruz e o “evangelho eterno”

Jonhsson (Apocalipse 12-14, a Vitória dos Santos no Tempo do Fim) observa que “somente em Apocalipse 14 o evangelho é denominado eterno”. Isso se dá para apresentar o contraste com os ensinos de Babilônia que são falsos e passageiros. O poder do evangelho eterno pode ser visto na história do ladrão na cruz. Não sabemos nada sobre ele até sua crucificação. É possível que tenha começado com pequenos delitos, até que um dia se tornou um malfeitor digno da morte de cruz, segundo as autoridades romanas. Ele começou aquela sexta-feira como um escarnecedor (Mt 27:44) e terminou como um salvo (Lc 23:43). O que aconteceu em tão pouco tempo? O evangelho eterno o alcançou. Agora ele não era mais um ladrão, mas um justo. O curioso é que quase dois mil anos depois, ainda o chamamos de ladrão ou de “bom ladrão”. Como temos dificuldade para esquecer o passado que Deus por Sua graça apagou! No último momento da vida Aquele malfeitor foi justificado pela graça mediante a fé em Jesus. Querido amigo, ninguém está tão longe que não possa ser alcançado, mesmo nos últimos instantes. Às vezes imaginamos que fomos longe demais ou que já não há mais tempo. Quando esse tipo de pensamento vier à sua mente, lembre-se da história do “salvo na cruz.”

3. Temei a Deus e dai-Lhe glória

“O desafio de Apocalipse 14 é o desafio do primeiro mandamento”. A questão é: “Permitirão os seres criados que Deus seja seu Deus? O povo de Deus tem Seu nome escrito em suas frontes e sua mensagem para a última geração da Terra começa com: Temei a Deus” (JOHNSSON. Apocalipse 12-14, a Vitória dos Santos no Tempo do Fim). O assunto do “temor a Deus” aparece dezenas de vezes na Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse. A igreja do Novo Testamento, por exemplo, temia ao Senhor (At 2:43; 9:31; 13:16, 26; 2Co 7:1; Ef 5:21; 1Pe 2:17). O temor do Senhor é sabedoria (Jó 28:28; Sl 111:10; Pv 1:7, 29; 9:10; 15:33).

Em muitas passagens, a orientação é temer a Deus e servi-Lo (Gn 22:12; Dt 6:13; 10:12, 20; 13:4; Js 24:14; 1Sm 12:24; Sl 2:11). O conceito de temer a Deus está ligado às seguintes ideias: andar nos caminhos do Senhor (Dt 8:6; 10:12; 2Cr 6:31; 19:9; Sl 25:12; 86:11; 128:1; Pv 14:2; Jr 32:29), cumprir a lei (Êx 20:20; Dt 6:2; 8:6; 13:4; 17:19; 28:58; 31:12; Sl 112:1; 119:63, 79; Ec 12:13), não fazer o mal (Lv 19:4; 25:17, 36, 43; Dt 13:11; Pv 3:7; 8:13), fazer a vontade de Deus (Jo 9:31) e fazer o que é justo (At 10:35). Por outro lado, quem não teme ao Senhor não cumpre a lei (2Rs 17:34; Jr 44:10; Ml 3:5; Lc 18:2). Steffanovic entende que dar glória a Deus é o efeito posterior a temer a Deus, pois quando uma pessoa teme a Deus, sua vida glorifica a Deus ao guardar a lei (Jo 15:8; 17:4; La Revelación de Jesucristo: Comentário del Libro del Apocalipsis, p. 449). Os que temem ao Senhor O glorificam (Sl 22:23; 135:20; Is 25:3; Ap 15:4; 19:5). Você tem glorificado a Deus com sua vida?

4. É chegada a hora do Seu juízo

A primeira mensagem angélica é dada no contexto da chegada da hora do juízo, o clímax do Apocalipse. Esse é o tempo pelo qual o povo de Deus tem clamado (Ap 6:10). Assim como Deus enviou mensagens de advertência nos juízos do passado, como o Dilúvio, as pragas do Egito e a destruição de Jerusalém, no juízo final Deus envia mensageiros para alertar a todos. O tema do juízo não está de acordo com o pensamento moderno, mas é bíblico e verdadeiro (JOHNSSON. Apocalipse 12-14, a Vitória dos Santos no Tempo do Fim).

Mas, qual é a relação entre o juízo e temer a Deus? Para quem teme ao Senhor há bênçãos (Sl 34:9; 111:5; 128:4), perdão (Sl 130:4), misericórdia (Sl 33:18), proteção (Sl 34:7), salvação (Ml 4:2), justiça divina (2Cr 19:7), e a vida é prolongada (Pv 10:27). Em contrapartida, os que não temem ao Senhor sofrem (Jr 2:19). Normalmente, ao se falar sobre o juízo, temos uma ideia negativa, pensamos em condenação. Mas, a principal função do juízo é a salvação (1Rs 8:32; 2Cr 6:23). O juízo verdadeiro é uma bênção para os humildes (Sl 103:6; Pv 31:9). Davi clamou pelo juízo (Sl 7:8; 35:24), bem como Jeremias (Lm 3:59) e os cristãos (Ap 6:10). Em Daniel o tribunal se levanta para defender o povo de Deus (Dn 7:26, 27). O juízo faz parte do evangelho da salvação! A boa notícia é que neste juízo você não será julgado por seus méritos, mas pelos méritos de Cristo, a propiciação pelos nossos pecados (Rm 3:23-26; Hb 2:17; 1Jo 2:2; 4:10). Como essa boa notícia pode ajudar você a aguardar o juízo divino com alegria?

5. Adorai Aquele que fez o Céu e a Terra

O livro do Apocalipse apresenta Deus não apenas como o Juiz que vai nos salvar no final. Deus é também nosso Criador (Ap 10:6). Os vinte e quatro anciãos nos dão o exemplo (Ap 4:10, 11) assim como toda criatura (Ap 5:13). No final a humanidade terá que escolher se adorará a criatura ou o Criador. A linguagem de Êxodo 20:11, vista no apelo à adoração apresentado na primeira mensagem angélica (Ap 14:7), aponta para a importância da adoração ao Criador no dia que Ele escolheu e santificou. Devemos adorar a Deus segundo a vontade Dele e não a nossa. Como você tem adorado a Deus? Apenas superficialmente ou em Espírito e em verdade? Hoje Deus está nos chamando para tomar posição ao Seu lado. Qual é sua resposta?