Lição 3
11 a 17 de janeiro
Agradando a Deus
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: GL 3
Verso para memorizar: “Pois o Senhor, seu Deus, está em seu meio; Ele é um Salvador poderoso. Ele Se agradará de vocês com exul- tação e acalmará todos os seus medos com amor; Ele Se alegrará em vocês com gritos de alegria!” (Sf 3:17, NVT).
Leituras da semana: Lc 15:11-32; Sf 3:17; Ef 5:25-28; Is 43:4; Rm 8:1; 5:8; Mc 9:17-29

Imagine este cenário: um menino de cinco anos se aproxima de seu pai no Dia dos Pais, segurando um presente mal embrulhado. Entusiasmado, o garoto entrega o presente ao pai. 

Agora, imagine que o pai responda dizendo: “Filho, eu não preciso desse presente. Afinal, qualquer coisa que você pudesse me dar, eu mesmo poderia comprar. E tudo que você me der é comprado com meu próprio dinheiro ou feito com objetos que eu já tinha. Então, guarde seu presente. Eu não pre- ciso dele, nem o quero. Mas lembre-se de que eu sempre o amarei, porque você é meu filho.” 

Como você vê a reação desse pai? Sem dúvida, vêm à mente expressões como “sem coração”, “frio” e “insensível”. Será que é assim que Deus reage diante de nós? Podemos realmente agradá-Lo? Por mais difícil que seja imaginar, mesmo nós, seres decaídos, corrompidos pelo pecado e propensos ao mal, podemos agradar a Deus! Ele não olha para nós ou para aquilo que levamos a Ele com a atitude daquele pai. Pelo contrário, realmente podemos agradar a Deus, mas somente por meio de Cristo. 

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Domingo, 12 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: GL 4
Mais valiosos do que podemos imaginar

Não há ninguém que Deus não ame – nem mesmo o pior pecador ou o pior malfeitor. O Senhor valoriza cada pessoa mais do que podemos imaginar. Por isso, Deus Se entristece com o pecado, pois nos ama e compreende o mal que ele nos causa. 

1. Leia Lucas 15:11-32. O que a parábola do filho pródigo revela sobre a compaixão e o amor de Deus? Que advertência ela dá àqueles que, assim como o filho mais velho, permanecem na “casa do Pai”? 

Nessa história contada por Jesus, o filho mais novo solicitou antecipadamente sua herança, rejeitando, na prática, seu pai e toda a família. O filho pródigo passou então a esbanjar aquela herança e foi reduzido à pobreza e à fome, chegando a invejar a comida dos porcos. Ao perceber que os servos da casa de seu pai tinham comida mais do que suficiente, decidiu voltar na esperança de se tornar um mero servo. 

O que vem a seguir é impactante. Alguns pais rejeitariam um filho que tivesse agido assim e depois voltasse. Alguns pais diriam: “Você recebeu sua herança e foi embora de casa. Não há mais lugar para você aqui.” Essa atitude poderia perecer lógica e razoável, não é? Aos olhos de muitos pais humanos, o filho teria ultrapassado todos os limites para ser aceito de volta em casa, especialmente como filho. 

Na parábola, o pai (que representa o próprio Deus) não respondeu de nenhuma dessas formas convencionais. Em vez disso, “vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou” (Lc 15:20). Embora naquela época fosse considerado inconveniente o dono da casa sair correndo para encontrar alguém, o pai, em sua grande compaixão, correu ao encontro do filho. E o mais surpreendente é que ele não apenas o recebeu de volta em casa, mas também fez uma celebração em sua honra. Essa atitude impensável ilustra a profunda compaixão de Deus por cada pessoa rebelde e a alegria que Ele sente quando até mesmo uma única pessoa volta para casa. Que imagem poderosa de Deus! 

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Por que o filho mais velho reagiu daquela forma tão humana, baseada em parte na ideia de justiça, e tão compreensível? Os conceitos humanos de justiça não são incapazes de capturar toda a profundidade do evangelho ou do amor de Deus por nós?


Segunda-feira, 13 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: GL 5
Alegrando-Se com júbilo

Por mais difícil que seja imaginar, Deus considera cada pessoa de valor incalculável, e é por isso que Ele Se alegra com a salvação de uma única pessoa. 

2. O texto de Sofonias 3:17 lança luz sobre a parábola do filho pródigo? 

Sofonias 3:17 revela o prazer de Deus por Seu povo redimido. O texto original contém algumas das palavras hebraicas mais importantes relacionadas à alegria e ao prazer, enfatizando a satisfação que o Senhor encontra em Seu povo redimido. É como se nenhum termo isolado fosse suficiente para descrever a imensidão do prazer que Deus terá naquele dia. 

Observe também que, segundo esse versículo, Deus está “no meio” de Seu povo. A reconciliação que surge da relação de amor vem com a presença imediata de Deus. Assim como o pai, que, ao avistar o filho ao longe, sai correndo, Sofonias 3:17 descreve Deus no meio de Seu povo. 

Em Isaías 62:4, ideias semelhantes são apresentadas usando a analogia do casamento. Jerusalém “será chamada Hefzibá”, que significa “O Meu prazer está nela”, e sua terra será chamada de “Beulá”, que significa “Casada”. Por quê? O texto responde: “Pois o Senhor terá prazer em você, e a sua terra estará casada” (Is 62:4, NVI). O auge da alegria de Deus está reservado para o dia da restauração, quando Ele receberá o Seu povo e Se alegrará por nós, assim como o pai se alegrou com o filho pródigo. 

3. Que tipo de amor também somos chamados a demonstrar? Ef 5:25-28 

Nessa passagem, o marido é exortado a amar a esposa, “como também Cristo amou a igreja e Se entregou por ela”, e a amá-la “como ama o próprio corpo” (Ef 5:25, 28). Esse texto não apenas destaca o tipo de amor altruísta e sacrifical que um marido deve ter por sua esposa, mas também demonstra que o próprio Cristo ama Seu povo (a igreja) como parte de Si mesmo. 

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Terça-feira, 14 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: GL 6
Podemos agradar a Deus?

Como é possível que o Soberano do Universo encontre prazer em seres humanos, que são apenas bolhas efêmeras de protoplasma habitando um pequeno planeta num Universo tão vasto? Como podem os seres humanos ser tão valiosos para Deus, que é todo-poderoso e não precisa de nada? Essas questões podem ser analisadas em dois aspectos: (1) Como Deus poderia ser agradado? (2) Como os seres humanos podem agradá-Lo, especialmente diante da nossa pecaminosidade? A lição de hoje discute o primeiro aspecto dessas questões, enquanto a de amanhã abordará o segundo. 

4. Leia Isaías 43:4; Salmo 149:4; Provérbios 15:8, 9. O que esses textos nos dizem sobre o prazer de Deus em Seu povo? 

Deus pode ser agradado pelos seres humanos porque Ele os ama de tal maneira que busca o bem deles. É como alguém que ama os outros e cuida deles. 

Por outro lado, Deus fica descontente com Seu povo quando ele pratica o mal. Embora o Senhor deteste o “sacrifício” e o “caminho” dos ímpios, a “oração dos retos é o Seu prazer”, e Ele “ama o que segue a justiça” (Pv 15:8, 9). Deus não apenas Se desagrada com o mal, mas Ele Se deleita na bondade. O texto também coloca o prazer e o amor divinos em relacionamento direto um com o outro, mostrando a profunda conexão que existe entre o amor de Deus e o Seu prazer, que aparece em toda a Bíblia. 

“O Senhor ama os justos” (Sl 146:8). Em 2 Coríntios 9:7, Paulo diz: “Deus ama quem dá com alegria.” É importante notar o que esses textos não dizem. Eles não ensinam que Deus ama exclusivamente os justos ou apenas quem dá com alegria. Deus ama todos. No entanto, para que esses textos sejam levados a sério, devem significar que Deus ama os “justos” e aquele que “dá com alegria” em algum sentido especial. O que vimos em Provérbios 15:8 e 9 dá uma pista: Deus ama esses indivíduos no sentido de encontrar “prazer” neles, ou seja, de ficar feliz com suas atitudes. 

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A conexão que existe entre o Céu e a Terra é tão profunda que o Criador do Universo Se envolve de modo próximo conosco, até mesmo em nível emocional. Que esperança extraordinária essa verdade lhe oferece, especialmente em momentos difíceis?


Quarta-feira, 15 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: EF 1
Pedras vivas

De que maneira nós, seres pecadores e decaídos, podemos agradar a um Deus santo? 

5. Como podemos ser aceitos por Deus? Rm 8:1; 5:8 

Deus nos oferece graça antes mesmo de qualquer resposta nossa. Antes de qualquer coisa que possamos dizer ou fazer, Ele nos estende Sua mão, concedendo-nos a oportunidade de aceitar ou rejeitar Seu amor. “Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:8; compare com Jr 31:3). Pela fé, por meio da obra de nosso Redentor, podemos ser reconciliados com Deus e nos tornar agradáveis aos Seus olhos. 

6. Leia 1 Pedro 2:4-6 e compare com Hebreus 11:6. O que esses textos nos dizem sobre como podemos agradar a Deus? 

Sem a intervenção de Deus, as pessoas caídas são incapazes de apresentar algo valioso para Ele. No entanto, o Senhor, em Sua graça e misericórdia, abriu um caminho por meio da obra de Cristo. É só “por meio de Jesus Cristo” que podemos nos tornar pedras vivas e oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus” (1Pe 2:4, 5). Embora seja verdade que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6), Ele, por meio da obra mediadora de Cristo, aperfeiçoa os crentes “em todo o bem, para que possam fazer a vontade Dele”. Com isso, Deus opera “em nós o que é agradável diante Dele, por meio de Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!” (Hb 13:21). Os que respondem a Deus pela fé são considerados justos aos Seus olhos pela intercessão de Cristo, cuja justiça é a única aceitável. E os que respondem ao convite amoroso de Deus são considerados dignos pela obra de Cristo como Mediador (Lc 20:35), sendo transformados à Sua semelhança (1Co 15:51-57; 1Jo 3:2). Deus realiza a Sua obra redentora não apenas por nós, mas também em nós. 

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Por que a verdade de que Cristo é o seu Mediador no Céu é tão encorajadora?


Quinta-feira, 16 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: EF 2
Um alvo digno

Como resultado da misericórdia de Deus e da mediação de Cristo, o Senhor tem prazer até mesmo nas menores manifestações de resposta ao Seu amor. Por meio do Único que merece o nosso amor e é perfeitamente justo, somos considerados justos e incluídos entre os amados de Deus, que viverão com Ele em amor pela eternidade. Essa é a esperança da redenção, que inclui a obra que Cristo realiza por nós no Céu. 

Você pode indagar: “Será que isso se aplica a mim? Eu também sou incluído nisso? E se eu não for bom o suficiente ou não tiver fé suficiente?” 

7. Leia Marcos 9:17-29. Como Jesus reagiu ao pai do menino? Quanta fé é necessária? 

Os discípulos não conseguiram expulsar o espírito imundo, e a esperança parecia perdida. Mas Jesus exortou o pai vacilante, o qual, emocionado, respondeu com lágrimas: “Eu creio! Ajude-me na minha falta de fé!” (Mc 9:23, 24). 

Observe que Jesus não disse ao homem: “Volte quando tiver mais fé”. Em vez disso, a exclamação do pai: “Ajude-me na minha falta de fé!” foi o suficiente. 

“Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6). Ainda assim, Jesus aceita até mesmo a menor fé. E, por meio da fé, pela mediação de Cristo, e pela obra de Cristo em nosso favor, podemos agradá-Lo em nossa resposta a Ele, da mesma forma que um pai fica satisfeito quando um filho lhe traz um presente aparentemente sem valor. 

Referindo-se a Deus, Paulo disse que devemos ter o “propósito de Lhe agradar” (2Co 5:9, NVI; Cl 1:10; 1Ts 4:1; Hb 11:5). Devemos pedir a Deus que nos transforme, de modo que o nosso interesse seja o bem daqueles que amamos, e que Ele aumente nosso amor para que esse amor alcance outras pessoas. “Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros. Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos. Sejam fervorosos de espírito. [...]” (Rm 12:10-13). 

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Se Deus nos aceita em Cristo, quanto mais devemos aceitar os outros? A ordem de amar o próximo como a si mesmo (Lv 19:18; Mt 22:39) e a regra de ouro, de fazer aos outros o que queremos que nos façam (Mt 7:12), nos ajudam a entender essa verdade?


Sexta-feira, 17 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: EF 3
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 533-549 (“Não se turbe o vosso coração”). 

“O Senhor fica decepcionado quando Seu povo pensa que tem pouco valor. Deseja que Sua herança escolhida seja avaliada segundo o preço que Ele lhe deu. Deus a desejava, caso contrário não enviaria Seu Filho em uma missão que custaria um preço tão alto, a fim de redimi-la. Ele tem um propósito para cada um e Se agrada muito quando Lhe fazem os maiores pedidos, para que glorifiquem Seu nome. Podem esperar grandes coisas, se têm fé em Suas promessas. 

“No entanto, orar em nome de Cristo significa muito. Quer dizer que aceitamos Seu caráter, revelamos Suas atitudes e fazemos Suas obras. [...] Ele salva as pessoas, não em pecado, mas do pecado; e aqueles que O amam mostrarão seu amor por meio da obediência. [...] 

“Se permitirmos, Ele Se identificará de tal forma com nossos pensamentos e propósitos, moldará de tal maneira nosso coração e mente em conformidade com Sua vontade, que, quando Lhe obedecermos, estaremos apenas seguindo nossos próprios impulsos. [...] Mediante a comunhão com Deus, o pecado se tornará abominável para nós” (O Desejado de Todas as Nações, p. 536, 537). 

Perguntas para consideração 

1. O que significa “receber de maneira altruísta”? Como você acha que será a relação entre dar e receber no Céu e na nova Terra? 

2. Chegando de longe, de um ponto talvez além do alcance do Telescópio Espacial James Webb, os seres celestiais se dirigiram a Daniel como hamudot, que significa “amado”, “desejável”, “precioso”. E fizeram isso três vezes. Em Daniel 9:23, Gabriel diz: ki hamudot attah, “porque você é muito amado” (NVI). Em Daniel 10:11, um ser celestial (talvez Gabriel novamente) o chama de ish hamudot, “homem muito amado”, uma expressão repetida depois (Dn 10:19). O que isso diz sobre Deus? Ele está próximo de nós? Isso lhe traz esperança? 

Respostas às perguntas da semana: 1. Deus Se alegra quando o pecador se arrepende. Mesmo sem rejeitar abertamente o Pai, podemos estar perdidos. 2. Deus Se agrada dos que se arrependem e manifesta alegria indescritível em relação a eles. 3. Somos chamados a manifestar o mesmo tipo de amor que Cristo demonstrou por nós, semelhante ao amor de um marido por sua esposa. 4. Somos preciosos para Deus, e Ele Se agrada grandemente de nós. 5. Por meio da obra redentora de Cristo, somos totalmente aceitos por Deus. 6. É somente por meio da fé em Cristo que podemos agradar a Deus. 7. Jesus não disse que ele precisava ter mais fé. A fé necessária é aquela que reconhece a sua insuficiência. 

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Resumo da Lição 3
Agradando a Deus

TEXTO-CHAVE: Sofonias 3:17

FOCO DO ESTUDO: Sofonias 3:17; Lucas 15:4-32

ESBOÇO 

Introdução: Nosso Deus amoroso Se alegra e sente prazer em desenvolver um relacionamento de amor com Suas criaturas. 

Temas da lição: A lição desta semana destaca três pontos fundamentais. 

1. O prazer de Deus em Suas criaturas mostra o quanto somos valiosos aos Seus olhos – Para o Senhor, cada pessoa é preciosa e de valor e dignidade incalculáveis. Por essa razão, Ele Se agrada e tem prazer em Seus filhos e filhas quando eles se arrependem e O buscam. As parábolas de Lucas 15 destacam a alegria e a celebração de Deus pela salvação de uma pessoa que estava perdida. Seu prazer em nossa salvação mostra quanto somos valiosos aos Seus olhos. 

2. O prazer de Deus é a razão da alegria e do louvor humanos – O Senhor deseja levar nosso coração a transbordar de alegria, e Ele próprio sente prazer na alegria e no louvor dos seres humanos. Deus convida Seu povo a encontrar prazer Nele ao adorá-Lo alegremente por meio de orações e cânticos. Além disso, os louvores dirigidos a Deus nos ajudam a vislumbrar o prazer e a alegria que Ele terá com o Seu povo na eternidade. 

3. Precisamos de Cristo para agradar a Deus – Somos convidados a agradar ao Senhor, oferecendo-Lhe sacrifícios espirituais por meio do louvor de nossos lábios, expresso em forma de ação de graças, e pela prática de fazer o bem e de compartilhar com os outros o que temos. No entanto, só podemos fazer isso pela obra de Cristo como nosso Mediador. Nossa fé pode agradar a Deus somente por meio da obra de Cristo em nosso favor. 

Aplicação para a vida: O prazer de Deus em Suas criaturas mostra o quanto somos valiosos aos Seus olhos e destaca a im- portância que Ele dá à Sua criação. Diante disso, como podemos reconhecer o valor e a dignidade de cada pessoa? 

COMENTÁRIO 

O prazer de Deus em Suas criaturas mostra o quanto somos valiosos aos Seus olhos

A parábola do filho pródigo ilustra, de maneira extraordinária, quanto somos valiosos para Deus. Na verdade, todas as três parábolas de Lucas 15, que foram contadas em resposta às críticas dos fariseus e escribas (Lc 15:2), ressaltam o valor inestimável que os seres humanos (perdidos) têm aos olhos de Deus. É importante observar que os fariseus e escribas não enxergavam nenhum valor naqueles que eram recebidos por Jesus de maneira tão calorosa, e os consideravam meros “pecadores” (Lc 15:2). Ellen G. White ressalta que “os fariseus para elas só tinham escárnio e condenação; Cristo, porém, as saudava como filhos de Deus que, de fato, se afastaram da casa paterna mas não foram esquecidos pelo coração do Pai” (Parábolas de Jesus [CPB, 2022], p. 103). 

Com essas três parábolas, Jesus estava criticando a mentalidade depreciativa dos fariseus, enfatizando o prazer de Deus em resgatar e receber alguém que estava perdido. Em outras palavras, a expressão de alegria e prazer destacada em cada parábola indica quanto é valioso aquele que se perdeu. Na parábola da ovelha perdida, o pastor vai ansiosamente atrás da ovelha “até encontrá-la” (Lc 15:4). Então volta com ela “sobre os ombros, cheio de alegria” (Lc 15:5). Quanto mais percebermos a grande alegria sentida pelo pastor, mais reconheceremos quão valiosa é aos seus olhos a ovelha que havia se perdido. Na verdade, o pastor transborda de alegria e prazer ao convidar amigos e vizinhos a se alegrarem com ele (Lc 15:6). 

Vemos o mesmo padrão nas outras duas parábolas. Na parábola da moeda perdida, a mulher procura atentamente a moeda “até encontrá-la” (Lc 15:8). Então, com imenso prazer, convida amigas e vizinhas para se alegrarem com ela (Lc 15:9). Na terceira parábola, que é o clímax das três, o filho pródigo não apenas se perde, mas somos informados de que ele teimosamente deu passos sucessivos nessa direção, pois inicialmente não percebeu as consequências de suas decisões precipitadas e tolas. Posteriormente, quando cai em si, o filho pródigo conclui que sua dignidade e valor diante do pai foram perdidos devido ao seu próprio pecado:  “Já não sou digno de ser chamado de seu filho” (Lc 15:19). 

Contudo, as ações do pai são diferentes daquelas esperadas pelo filho: o pai, “correndo, o abraçou e beijou” (Lc 15:20). Surpreendentemente, essas não são as únicas expressões de bondade e prazer por parte do pai. Sem dar atenção ao pedido do filho para que fosse recebido simplesmente como servo, o pai destaca a dignidade de seu filho, pedindo aos servos que tragam “a melhor roupa”, “um anel” e “sandálias” para ele (Lc 15:22). Mas isso não é tudo. A confirmação do valor do filho, por meio de roupas especiais, é intensificada com a impressionante celebração promovida pelo pai: “Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar” (Lc 15:23). Em resumo, o pai não apenas recebe o filho, mas fica extremamente feliz com o retorno dele. 

Até agora, encontramos na parábola do filho pródigo o mesmo padrão geral identificado nas parábolas da ovelha perdida e da moeda perdida: aquilo que estava perdido é encontrado e existe celebração por causa dessas boas notícias. Contudo, a parábola do filho pródigo vai um passo além, pois a celebração é fortemente questionada pelo filho mais velho (Lc 15:28-30). Esse ponto é relevante porque ilustra a atitude dos fariseus mencionada no início do capítulo (Lc 15:2). Tanto o filho mais velho quanto os fariseus criticam intensamente o fato de que os pecadores são bem recebidos e participam de uma comunhão à mesa e de uma celebração. Essa crítica revela que eles subestimavam o valor das pessoas que estavam sendo recebidas de maneira tão calorosa. Por outro lado, a parábola ensina que Deus valoriza Seus filhos e filhas e faz uma grande celebração quando eles se arrependem e O buscam. Por isso, a parábola termina com o pai respondendo às críticas do filho mais velho com a seguinte afirmação: “Era preciso festejar e alegrar-se” (Lc 15:32). 

A palavra grega traduzida como “era preciso” é o verbo dei, que significa “é necessário, é preciso, tem de ser”. Esse termo enfatiza que alguma coisa “precisa acontecer pelo fato de ser apropriada” (Frederick W. Danker et al., A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [University of Chicago Press, 2000], p. 214). Outras versões bíblicas traduzem essa expressão, em Lucas 15:32, como “tínhamos que” (NVI), “tínhamos de” (NVT) ou “era justo” (Almeida Século 21). O conceito que está por trás desse vocabulário é o valor precioso daquele que estava perdido, mas agora foi encontrado. É nessa perspectiva que o pai ressalta que “precisamos” comemorar. Diante do valor de alguém que é encontrado, não há outra coisa a fazer. Assim como acontece nas outras duas parábolas, o pai não deseja comemorar sozinho. Além da família, todos os servos se envolvem (Lc 15:22-27), e o pai, com bastante insistência, convida o filho mais velho para que também participe da celebração. Assim, o filho pródigo não é apenas “esse seu filho”, como diz o irmão mais velho (Lc 15:30), mas, nas palavras do pai, é “este seu irmão” (Lc 15:32). 

As parábolas contadas por Jesus em Lucas 15 ensinam que o prazer de Deus pela salvação de Seus filhos mostra o quanto somos valiosos aos Seus olhos. Deus não apenas deseja que nos sintamos valorizados com Seu prazer amoroso, mas também que celebremos com Ele (e, portanto, valorizemos de todo o coração) a salvação de nossos irmãos e irmãs. 

O prazer de Deus é a razão da alegria e do louvor humanos 

Sofonias 3:17 e o Salmo 149:4 são um tanto semelhantes ao enfatizarem o prazer de Deus. O Salmo 149 é um convite para louvar o Senhor com alegria: “Alegre-se Israel no seu Criador; exultem no seu Rei os filhos de Sião” (Sl 149:2). A razão desse convite é apresentada no versículo 4: “Porque o Senhor Se agrada do Seu povo.” Portanto, o salmo descreve o prazer em um relacionamento de mão dupla: Deus Se agrada do Seu povo e, com base nisso, o povo é convidado a experimentar prazer no Senhor ao louvá-Lo com alegria. 

Da mesma forma, Sofonias 3:14 exorta o povo de Deus a louvá-Lo alegremente: “Cante, ó filha de Sião! Grite de alegria, ó Israel! Alegre-se e exulte de todo o coração, ó filha de Jerusalém.” Essa exortação é seguida pela ênfase, no versículo 17, de que o Deus que é poderoso para salvar está no meio de Seu povo, e Ele deixou uma linda promessa: “Ele Se agradará de vocês com exultação e acalmará todos os seus medos com amor; Ele Se alegrará em vocês com gritos de alegria!” (NVT). Enquanto no Salmo 149 o prazer de Deus é a razão do louvor e da alegria humana, em Sofonias 3 os louvores dirigidos ao Senhor são um vislumbre do prazer e da alegria que Ele terá futuramente com Seu povo. 

Precisamos de Cristo para agradar a Deus 

As Escrituras nos convidam a agradar ao Senhor de diferentes maneiras (veja, por exemplo, Hb 11:5, 6; 2Co 5:9; Cl 1:10; 1Ts 4:1). Entre elas, Hebreus 13:15 nos exorta a oferecer continuamente sacrifícios espirituais a Deus, que incluem o louvor dos nossos lábios em gratidão a Ele, assim como a prática de fazer o bem e compartilhar com os outros o que temos. O versículo seguinte conclui: “Pois de tais sacrifícios Deus Se agrada” (Hb 13:16). É interessante observar que as primeiras palavras de Hebreus 13:15 indicam que não devemos oferecer esses sacrifícios por nós mesmos, nem temos capacidade de fazê-los sozinhos. Em vez disso, precisamos oferecer sacrifícios espirituais a Deus “por meio de Jesus” (Hb 13:15). Em outras palavras, somos incapazes de agradar ao Senhor por meio de nossos próprios louvores e boas obras. É somente por meio de Cristo que nossas ações podem ser oferecidas como sacrifícios espirituais que verdadeiramente agradam a Deus. 

APLICAÇÃO PARA A VIDA 

Os seres humanos possuem um valor extraordinário. Você é valioso porque foi criado à imagem de Deus. É incrível saber que Ele valoriza os seres humanos infinitamente mais do que podemos imaginar. Com essa perspectiva em mente, discuta as seguintes questões: 

1. Como o respeito e o amor pelas pessoas ao nosso redor no dia a dia mostram a elas o quanto são valiosas aos olhos de Deus? 

2. De que forma os cristãos podem, infelizmente, diminuir a dignidade e o valor dos outros? 

3. Quem ama a Deus deseja saber como agradá-Lo. Mas como, de maneira concreta, podemos agradar a Deus? Até que ponto a forma como valorizamos as outras pessoas se relaciona com o prazer que Deus desfruta na salvação do Seu povo? 

4. O que você pode fazer para mostrar que valoriza as outras pessoas, de maneira que tenha prazer na salvação delas e em proclamar a elas a bondade e o amor inabalável de Deus? 

5. Dê alguns exemplos práticos de como a obra de Cristo como nosso Mediador nos permite agradar a Deus com nossas ações.

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Uma garota irritante

Mongólia | Elberel

Elberel ficou irritado durante o confinamento da Covid-79. Ele estudava na Escola Tusgal, a única escola adventista do sétimo dia na Mongólia, e uma das primeiras a adotar as aulas online. Ele não gostava de ficar sentado em frente ao computador todos os dias enquanto as crianças que iam para a escola pública riam e se divertiam.

Ele perguntou à mãe se poderia ser transferido para a escola pública.

A mãe disseque não se importava, mas o pai disseque não. Ele era um pastor adventis­ta e estava estudando longe de casa na Universidade Andrews, nos Estados Unidos. O pai disse à mãe: "Não estou na Mongólia para ajudá-la. Mas não podemos arriscar o futuro de nosso filho mandando-o para uma escola pública. Ele pode adquirir maus hábitos". Então, a mãe mudou de ideia e disse a Elberel que ele teria que ficar na escola adventista.

Elberel, no entanto, não desistiu. Ele perguntou ao pai: "E no próximo ano?"

O pai não cedeu.

Percebendo que era inútil insistir, EIberel não disse mais nada.

Mas então a escola pública também adotou aulas online, e Elberel não via mais outras crianças rindo e se divertindo. O sentimento de urgência para mudar de escola passou.

Após o fim do confinamento e a reabertura de todas as escolas, Elberel começou a considerar a escola pública mais uma vez. O problema era uma garota em sua turma. Ela parecia gostar de discutir com ele e ofendê-lo.

Depois de dois meses, Elberel já estava cansado. Ele achou que seria mais fácil mudar de escola do que aguentar a garota. Ele ligou para o pai, que ainda estava estudando na Universidade Andrews.

"Essa garota não para de me insultar", disse ele. "Eu quero me transferir para uma escola pública."

O pai tentou dissuadir Elberel de seu plano.

"Você não pode se transferir por algo tão insignificante assim", disse ele. "Ainda mais crianças vão insultá-lo na escola pública."

Mas Elberel não desistiu, e o pai cedeu. "Vou permitir que você se transfira no próximo a no letivo", disse ele.

Durante o verão, o pai mudou de ideia, mas Elberel permaneceu firme em sua determinação de ir para a escola pública. Ele havia estudado na escola adventista desde a segunda série e estava certo de que seria um desafio saudável para ele estudar em outro local. Ele implorou para a mãe permitir que ele fosse transferido. Finalmente, seus pais concordaram, mas opa i o alertou para ser cuidadoso.

"Ignore as crianças que têm maus hábitos", disse ele. Elberel prometeu que faria isso.

O primeiro dia na escola pública foi um choque para Elberel. Muitos dos meninos de sua classe pareciam estar fumando cigarro eletrônico o tempo todo. Eles também se insultavam o tempo todo. Depois da escola, eles se encontravam e bebiam álcool. Elberel não queria esse tipo de amigos.

Além disso, Elberel teve um problema com o almoço. Na escola adventista, as crianças recebiam um almoço vegetariano no refeitório todos os dias, mas a escola pública não tinha refeitório. Elberel teve que procurar um lugar na rua para comprar comida.

Com o passar dos dias, Elberel percebeu que tinha outro problema. As atividades em sala de aula não eram desafiadoras. Ele já sabia tudo o que estava sendo ensinado.

Depois de um mês, Elberel já estava cansado. Ele desejou ter escutado o pai, mas se sentiu envergonhado de admitir que estava errado. Ele orou: "Deus, o que devo fazer? Devo permanecer na escola pública, onde estou cercado de más influências e não estou aprendendo nada de novo? Ou devo voltar para a escola adventista e ter que lidar com aquela menina?"

No dia seguinte, a mãe perguntou a Elberel sobre suas aulas. Ao ouvir que ele não estava aprendendo nada de novo, ela perguntou: "Você gostaria de voltar para a escola adventista?"

A pergunta foi como música para os ouvidos de Elberel. Ele sentiu que Deus estava atendendo sua oração. "Sim", disse ele. "Eu quero voltar."

Quando ouviu a notícia, o pai ficou feliz.

"Não é tarde demais",disse ele. "Você ainda pode voltar."

Elberel precisa esperar mais alguns dias antes de poder se transferir de volta para a Escola Tusgal. Ele mal pode esperar e tem um plano sobre como lidar com a garota. "Eu planejo ignorá-la", disse ele. "Meu pai disse que ela não seria tanto um problema se eu apenas a ignorasse."

A Escola Tusgal, localizada em Ulan Bator, Mongólia, recebeu parte das ofertas do trimestre anterior para crescer com novas salas de aula eu ma biblioteca. Obrigado por sua oferta deste trimestre, que ajudará a inaugurar um centro de recreação para apresentar Jesus às crianças em Ulan Bator.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Mostrar Ulan Bator, Mongólia, no mapa.
  • Pronuncie Elberel como: EL-ber-el.
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  • Compartilhe as postagens do Informativo Mundial das Missões e os Fatos Rápidos da Divisão Norte-Asiática do Pacífico: bit.ly/nsd-2025.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2025

Tema geral: O amor e a justiça de Deus

Lição 3 – 11 a 18 de janeiro

Agradando a Deus

 

Autor: Erico Tadeu Xavier

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

Uma alma vale tanto que não tinha na Terra algo suficiente para pagar por ela. A moeda teve que vir do Céu e não foi qualquer coisa do Céu: não foram anjos, arcanjos ou querubins, mas o próprio Filho de Deus que desceu e Se entregou por ela. Nisso vemos o valor de uma pessoa.

O valor de uma pessoa e a resposta ao amor de Deus 

“O coração, por natureza, é mau. [...] Nenhuma invenção humana pode encontrar o remédio para o coração pecador” (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 127).

Só Jesus pode resolver a situação do homem. Em Cristo há poder transformador. Ele pode criar um novo homem. Para Ele todo e qualquer pecador é de valor inestimável. Todos são objetos do Seu imenso amor.

A mulher pecadora, por exemplo, além de ter sido perdoada por Cristo, foi promovida do estado de condenada à morte a salva pela graça (Jo 8:1-11).

As palavras do Senhor foram: “Também Eu não a condeno” = perdão (justificação). “Vá e não peque mais” = promoção (poder para uma vida de santificação).

“A fé salvadora é um acordo pelo qual os que recebem a Cristo se unem em aliança com Deus” (A Ciência do Bom Viver [CPB, 2021], p. 31).

A experiência do filho pródigo ilustra esse concerto com Deus (Lc 15:11-32). O relacionamento foi restaurado e o filho passou a viver novamente com seu pai e para ele.

A justificação é o início de uma nova vida. É a restauração da imagem de Deus no homem. A justificação nunca leva a uma vida de pecado. Dentro do coração e da mente daquele que experimentou a justificação há uma resposta de gratidão, amor e obediência que prova que a maravilhosa graça e a misericórdia de Deus não lhe alcançaram em vão.

O homem possesso que tinha sido curado ilustra muito bem esse ponto (Mc 5:18-20). O homem tinha sido amado e valorizado e, como resposta, queria seguir o Senhor Jesus em suas viagens e atividades missionárias.

Ilustração

Um crente sonhou, certa vez, que estava visitando uma bela cidade, quando entrou numa majestosa catedral para usufruir de alguns momentos de meditação. Ficou deslumbrado com a suntuosidade do templo, mas notou apenas a presença de uns poucos fiéis. Continuando na sua contemplação, observou na cúpula da igreja um velho diabo dormindo, fato para o qual não encontrou explicação. Prosseguindo na sua excursão, dirigiu-se a uma pequena aldeia, onde foi logo atraído pelos cânticos provindos de uma modesta capela de madeira. Nela ingressou e verificou que um número apreciável de homens e mulheres orava, cantava e proclamava “aleluias”. Logo percebeu que se tratava de uma reunião de reavivamento.

Ao inspecionar o rústico teto da capelinha, descobriu, não sem crescente surpresa, que ali estavam espalhados, em trepidantes movimentos, legiões de jovens e ativos diabos. Dirigiu-se, então, ao que parecia ser o chefe daquela congregação e perguntou, intrigado, a razão dos episódios diferentes que contemplara nos dois templos. Ele explicou: É muito simples. A catedral é frequentada por crentes tradicionais, frios, e basta apenas um diabo velho para tomar conta deles; aqui na capela temos crentes dinâmicos, fervorosos, que oram e cantam, e, por isso, a nossa atuação deve ser correspondente à deles!

Quando somos amados e entendemos o valor que Jesus Cristo nos confere, nossa resposta é querer agradar, louvar e adorar quem tanto nos amou e ainda ama.

A fé que agrada a Deus

“Sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que recompensa os que O buscam” (Hb 11:6).

“Por meio da fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. [...] Ela é a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos; o remédio contra o pecado” (O Desejado de Todas as Nações, p. 131).

“A melhor prova de fé em Cristo é a desconfiança do eu e a dependência de Deus. A única prova segura de nossa permanência em Cristo é refletir Sua imagem. Justo na medida em que fazemos isso damos uma demonstração de que somos santificados pela verdade, pois a verdade é exemplificada em nossa vida” (Signs of the Times, 28 de fevereiro de 1895).

“Fé é coisa muito simples: é confiança em Deus” (Youth’s Instructor, 30 de agosto de 1894).

“Fé é simplesmente confiar na Palavra de Deus; é crer que Deus fará exatamente como prometeu. Poderíamos nos constituir em muito mais força para o bem do que o somos agora, se aceitássemos as condições que Deus estabeleceu em Sua Palavra e Nele confiássemos implicitamente” (Signs of the Times, 9 de outubro de 1889).

 Ilustração

Durante as guerras napoleônicas, o exército francês chegou, repentinamente, nas cercanias de uma aldeia na Áustria que não dispunha de nenhuma defesa. O conselho da comunidade, que tinha sido convocado apressadamente, já havia decidido oferecer a rendição incondicional do pequeno burgo, quando o pastor da igreja (um dos seus componentes) persuadiu aos demais membros que a rendição fosse retardada até o término do culto. Todos concordaram com o ministro, e os sinos da igreja começaram a badalar, como de costume, convocando os fiéis para o serviço religioso. O exército inimigo, que se encontrava nos arredores da aldeia, ficou impressionado com o forte retinido dos sinos através das campinas e concluiu logo que tropas do exército austríaco haviam chegado e o povo se sentia tão seguro a ponto de comparecer, tranquilamente, para adorar no templo. Imediatamente, as forças francesas bateram em retirada.

Esse é o tipo de fé que agrada a Deus. Não importa o tamanho do problema que enfrentamos. O que importa é a nossa atitude em resposta ao amor de Deus.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Erico Tadeu Xavier é Pós-doutor em Teologia Sistemática e Missão Integral pela FAJE (Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta de BH), Doutor em Ministério pela FTSA, Faculdade Teológica Sul-Americana e Doutor em Teologia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica do RJ). Iniciou seu ministério em 1991 como pastor distrital e atuou em três diferentes regiões. Foi professor do Seminário Adventista de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia, da Faculdade Adventista da Bahia (antigo IAENE), e da FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Noemi Pinheiro Xavier, Doutora em Educação. O casal tem dois filhos: Aline (psicóloga) e Joezer (designer gráfico).