Lição 11
04 a 10 de setembro
Ansiando por mais
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ez 24-26
Verso para memorizar: “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1Co 10:6).
Leituras da semana: 1Co 10:1-11; Lv 4:32-35; Jo 1:29; Hb 4:1-11; Sl 95:8-11

O Museu de Arte do Queens, em Nova York, abriga a maior maquete arquitetônica de uma cidade em todo o mundo, representando todos os edifícios de Nova York. Em uma escala de 1:1.200 (em que 2,5 centímetros ou 1 polegada corresponde a 33 metros ou 100 pés), a maquete abrange quase 870 metros quadrados (9.335 pés quadrados). Ela foi originalmente concluída em 1964 por 100 artesãos que trabalharam por mais de três anos para finalizar o projeto. A maquete foi atualizada na década de 1990. Por isso, não reflete a paisagem urbana de 2021. Ainda assim, é uma cópia incrivelmente complexa e detalhada da cidade original.Porém, é apenas uma cópia, um modelo, uma representação de algo mais grandioso, mais profundo e mais complexo do que a própria maquete.

Todas as maquetes e modelos são assim. Eles não são os originais, mas funcionam como símbolos dos originais. Uma maquete nos ajuda a compreender a essência do original, mas jamais pode substituí-lo. Em vez disso, ela existe para ajudar as pessoas a entender do que se trata o original.

As Escrituras estão repletas de modelos em miniatura de atividades e instituições que apontam para realidades celestiais. Hebreus 4 mostra uma dessas realidades no que se refere à questão bíblica do descanso.



Domingo, 05 de setembro
Ano Bíblico: Ez 27-29
Batizado em Moisés

1. Leia 1 Coríntios 10:1-11. O que Paulo quis comunicar aos seus leitores em Corinto quando se referiu a “exemplos”?

O termo grego usado em 1 Coríntios 10:6 (e adaptado de forma semelhante em 1 Coríntios 10:11), traduzido como “exemplo” na maioria das traduções para o português, é typos. Em português, a palavra “tipo” tem por base esse substantivo grego. Um tipo (ou exemplo) nunca é a coisa original, mas um símbolo ou representação dela. É um modelo de outra coisa. Hebreus 8:5 apresenta um bom exemplo desse tipo de relação: “Estes [os sacerdotes do serviço do santuário do Antigo Testamento] ministram em figura e sombra das coisas celestiais, assim como Moisés foi divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo. Pois Deus disse: ‘Tenha cuidado para fazer tudo de acordo com o modelo que foi mostrado a você no monte’”.

Essa passagem destaca a relação direta entre as realidades celestiais e terrestres, e em seguida apresenta uma citação de Êxodo 25:9, em que Deus tinha mandado Moisés construir o santuário no deserto “de acordo com o modelo” que ele tinha visto no monte. A questão é que o santuário terrestre, com seus rituais e procedimentos, era um “exemplo”, símbolo e modelo do que acontece no Céu, com Jesus como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial.

Com isso em mente, entendemos melhor o que Paulo estava falando em 1 Coríntios 10. Nesses versos, ele recapitulou algumas experiências centrais do povo de Deus no deserto no caminho para a terra prometida. A expressão “nossos pais” refere-se a seus antepassados judeus que tinham deixado o Egito, que estiveram sob a nuvem, que passaram pelo mar e, assim, foram batizados em uma nova vida de libertação da escravidão.

Paulo considerou esses importantes locais da jornada no deserto como tipo, ou exemplo, de um batismo individual. Seguindo a lógica de Paulo, a referência ao “alimento espiritual” deve se referir ao maná (Êx 16:31-35). Israel tinha bebido da rocha, identificada como Cristo (1Co 10:4). Pense em Jesus como o “pão da vida” (Jo 6:48) e como a “água viva” (Jo 4:10), e tudo fará pleno sentido. Portanto, vemos Paulo usando a história do Antigo Testamento como exemplo para revelar verdades espirituais que podem ser aplicadas aos cristãos hoje.

Quais lições espirituais aprendemos dos “exemplos” bons e ruins que os israelitas deixaram?


Segunda-feira, 06 de setembro
Ano Bíblico: Ez 30-32
Ritual e sacrifícios

O sistema de rituais e sacrifícios encontrado em Levítico apresenta exemplos adicionais do que vimos na lição de ontem – os símbolos do Antigo Testamento apontam para verdades do Novo Testamento. Embora os leitores modernos da Bíblia ignorem esses rituais, eles contêm verdades espirituais importantes e de grande valor para os que estudam os rituais.

2. Leia as instruções sobre a oferta pelo pecado de um israelita comum em Levítico 4:32-35. O que aprendemos com esse ritual, embora não tenhamos um santuário com um altar onde possamos oferecer sacrifícios pelos nossos pecados? Relacione esse ritual com João 1:29 e 1 Pedro 1:18-21.

Um ritual é um excelente comunicador de valores e informações importantes e precisa ser entendido em seu contexto. Geralmente, para ser eficaz, ele requer tempo e local específicos e uma sequência predeterminada de ações. Quando lemos as ordens no Antigo Testamento acerca do sacrifício, fica claro que Deus deu detalhes muito específicos sobre o que poderia ser sacrificado, e quando, onde e que ritual e procedimento deviam ser adotados.

O ponto central de muitos rituais era o sangue – o derramamento e a aspersão do sangue. Essa descrição não é bela, nem deveria ser, pois trata da coisa mais horrenda do universo, que é o pecado.

Qual é a função exata do sangue e por que ele tinha que ser colocado sobre os chifres do altar? Embora a maioria dos rituais associados ao santuário apareçam em formas prescritivas (ou seja, há instruções de como fazê-los), eles nem sempre incluem todas as explicações. Talvez seja porque o povo já entendia o que tudo aquilo significava. Afinal, o povo de Israel compreendia o significado do sangue (Lv 17:11).

Contudo, Levítico 4:32-35 contém uma explicação importante: “Assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do pecado que ela cometeu, e o pecado lhe será perdoado” (Lv 4:35). O sangue era essencial para a expiação, o meio para justificar pecadores diante do Deus Santo. Os sacrifícios são tipos, modelos da morte e do ministério de Cristo por nós.

A maldade do pecado exigiu o sacrifício divino a fim de expiá-lo. Por que devemos confiar na graça, não nas obras? Afinal, o que poderíamos acrescentar ao que Cristo já fez por nós?


Terça-feira, 07 de setembro
Ano Bíblico: Ez 33-35
O “exemplo” de descanso

Além dos exemplos que vimos, a ideia de tipos e símbolos também pode ser aplicada ao conceito bíblico de descanso. Vamos observá-la no livro de Hebreus, no Novo Testamento.

3. Leia Hebreus 4:1-11. A que se refere a promessa remanescente de entrar em Seu descanso? A experiência de Israel no Êxodo e as peregrinações no deserto apresentam uma percepção adicional sobre a ideia de entrar no descanso de Deus?

O tema da perseverança e da fidelidade é importante nesse texto. Embora fale sobre o sétimo dia, o sábado, o foco principal desses versos (e do que vem antes; veja Hb 3:7-19) é o chamado para o povo de Deus perseverar na fé, permanecer fiel ao Senhor e ao evangelho.

Essas passagens lembram o leitor de levar a sério as lições aprendidas com a direção de Deus no passado, “a fim de que ninguém caia, segundo aquele exemplo de desobediência” (Hb 4:11). Devemos dar atenção a essa oportunidade! Israel ouviu o evangelho, mas a palavra não lhes trouxe proveito. Em vez de ter sua fé fortalecida pela confiança e obediência, o povo escolheu a rebelião (Hb 3:7-15) e, portanto, nunca experimentou o descanso que Deus desejava para eles.

Hebreus 4:3 indica a estreita relação entre fé e descanso. Entramos em Seu descanso somente quando confiamos Naquele que prometeu o descanso e que pode cumprir a promessa.

4. Leia Hebreus 4:3. Qual era o principal problema das pessoas as quais o texto se refere? Que lição podemos extrair desse verso para nós, a quem “foram anunciadas as boas-novas, exatamente como aconteceu com eles” (Hb 4:2)?

Os cristãos primitivos tinham aceitado a revelação anterior de Deus (chamada de “Antigo Testamento”) e acreditavam que Jesus era o Cordeiro de Deus, o sacrifício pelos seus pecados. Pela fé no sacrifício, experimentaram a salvação e o descanso que recebemos Nele.

A compreensão do que significa ser salvo pelo sangue de Jesus nos ajuda a entrar no tipo de descanso que temos em Cristo, sabendo que somos salvos pela graça, não pelas obras?


Quarta-feira, 08 de setembro
Ano Bíblico: Ez 36-38
Não endureçam o coração

5. Que advertência é dada em Hebreus 4:4-7 e Salmos 95:8-11? O que isso nos ensina hoje?

Hebreus 4:4-7 cita o relato da criação e o Salmo 95:11 no contexto da infidelidade dos israelitas e do fracasso deles em entrar no descanso que Deus desejava para eles. O Salmo 95:8-11 relaciona a experiência no deserto com o descanso de Deus e inclui o juramento divino de que os infiéis não entrariam no descanso, originalmente associado à terra prometida. Evidentemente, Israel entrou na terra prometida. Uma nova geração cruzou a fronteira e, com a ajuda de Deus, tomou as fortalezas daquela terra e se estabeleceu ali.

Entretanto, eles não entraram no descanso de Deus – o que corresponde à ideia de que muitos não experimentaram a realidade da salvação em Jesus porque sua falta de fé foi manifestada por uma flagrante desobediência. Mesmo que o descanso estivesse associado à terra, ele incluía mais do que apenas o local em que o povo vivia.

6. Hebreus 4:6 sugere que aqueles que tinham ouvido a promessa divina do verdadeiro descanso não entraram nele por causa da desobediência. Qual é a relação entre desobediência e não entrar no descanso de Deus?

“Hoje” expressa urgência. Significa que não há mais tempo a perder. A palavra “hoje” exige uma resposta e decisão agora.

Paulo se apoderou da palavra s?meron, “hoje”, e realmente enfatizou como ela era importante no contexto do descanso. No Salmo 95:7, 8, entretanto, temos uma advertência e um apelo ao povo de Deus para que não repita os erros de seus antepassados, o que os impediria de entrar no descanso encontrado somente na salvação que Deus nos oferece.

O que as palavras “hoje, se ouvirem a Sua voz, não endureçam o coração” devem significar para nós? O que há de tão importante na palavra “hoje”? Afinal, os Salmos a usaram há milhares de anos. No entanto, por que ela ainda deve ser tão importante para nós, hoje, como foi para aqueles que a ouviram há milhares de anos?


Quinta-feira, 09 de setembro
Ano Bíblico: Ez 39-41
Conquistando uma cidade celestial

O desenvolvimento lógico das principais ideias de Hebreus 4 torna-se evidente em Hebreus 4:8-11. Josué não deu descanso a Israel. Portanto, visto que Deus não é mentiroso, havia outro “descanso” que restava ao povo de Deus. Aquele grupo não era composto exclusivamente de cristãos judeus, mas incluía todos que tinham aceitado Jesus como Salvador pessoal.

7. Leia Gálatas 3:26-29 e observe as características do povo da aliança após a cruz. Não há judeu nem grego, nem escravo nem homem livre, nem homem nem mulher. O que significa isso no contexto em que Paulo escreveu?

Hebreus 4 tem sido usado para enfatizar a observância do sétimo dia, o sábado, enquanto outros o têm usado para contestar a validade desse descanso sabático, à luz do fato de que há outro descanso (do tempo do fim). Nenhuma das posições reflete bem o texto bíblico. Em vez disso, o texto sugere que o enfoque do tempo do fim no descanso especial de Deus está presente desde a criação e que a celebração do descanso sabático oferece uma pequena amostra semanal desse descanso do tempo do fim. Na verdade, para os judeus, o sábado é entendido como um pequeno precursor do ‘olam haba’ (“o mundo vindouro”).

O descanso sabático que permanece para o povo de Deus, ecoando Seu descanso no primeiro sábado da história da Terra, significa que podemos cessar nossas próprias obras e confiar Nele para cumprir Sua promessa de salvação por nós.

Ao contrário dos argumentos de alguns intérpretes, o contexto não apoia a insinuação de que o mandamento do sábado foi cumprido no descanso da salvação trazida por Cristo, tornando desnecessário aos cristãos obedecer-lhe. O descanso supremo prometido mediante o que Cristo fez por nós não substitui o sábado bíblico. Ao contrário, ele o intensifica.

Neste mundo, que valoriza muito as pessoas empreendedoras que vencem por si mesmas e o trabalho árduo, descansar em Jesus e crer que Sua graça é suficiente para nos salvar e nos transformar é algo verdadeiramente contracultural.

Como você pode ajudar outras pessoas a encontrar descanso em Jesus, se elas pensam que seus pecados foram graves demais, que seu coração não pode ser mudado e que o caso delas é realmente sem esperança? Quais referências bíblicas você compartilharia com elas?


Sexta-feira, 10 de setembro
Ano Bíblico: Ez 42-44
Estudo adicional

Nem sempre estamos dispostos a ir a Jesus com nossas provações e dificuldades. Às vezes derramamos angústias em ouvidos humanos, contamos aflições àqueles que não podem nos ajudar e deixamos de confiar tudo a Jesus, que é capaz de transformar caminhos dolorosos em caminhos de alegria e paz. A abnegação concede glória e vitória à cruz. As promessas de Deus são muito preciosas. Devemos estudar Sua palavra se quisermos conhecer Sua vontade. As palavras de inspiração, cuidadosamente estudadas e obedecidas na prática, conduzirão nossos pés por um caminho plano, onde podemos caminhar sem tropeçar. Ah, se todos, ministros e povo, levassem seus fardos e perplexidades a Jesus, que está esperando para recebê-los e para dar-lhes paz e descanso! Ele jamais abandonará aqueles que depositam sua confiança Nele” (Ellen G. White, The Signs of the Times, 17 de março de 1887, p. 161). “Podem vocês, caros jovens, aguardar com alegre esperança e expectativa o tempo em que o Senhor, justo Juiz, confessará o nome de vocês perante o Pai e os santos anjos? O melhor preparo que poderão fazer para o segundo aparecimento de Cristo é descansar com firme fé na grande salvação trazida em Sua primeira vinda. Vocês devem crer em Cristo como Salvador pessoal” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 368).

Perguntas para consideração

1. Por que o sábado prefigura e dá uma amostra do descanso celestial de Deus para Seu povo?

2. A expiação é reconciliação e indica o caminho de volta a Deus. Leia Romanos 5:11. Se alguém lhe perguntasse: “O que significa ser reconciliado com Deus, e que diferença essa reconciliação fez em sua vida”, o que você responderia?

3. Como evitar ser especialista em coisas secundárias? Como manter a perspectiva bíblica?

4. Reflita sobre os erros e a falta de fé dos filhos de Israel no deserto. Embora seus desafios fossem diferentes dos nossos, quais princípios comuns existem? Podemos ser confrontados com os mesmos desafios que eles tiveram? Como podemos aprender com os erros deles?

Respostas e atividades da semana:

1. Ele os alertou de que não deviam seguir o exemplo de incredulidade e apostasia de Israel. 2. Cristo é nosso Cordeiro sem mácula. O ritual descrito em Levítico 4 se cumpre perfeitamente na Pessoa e no sacrifício de Cristo. 3. À promessa de entrar na Canaã celestial. Paulo nos exorta à obediência e perseverança na fé em Cristo, para que não aconteça conosco o que ocorreu com o Israel da antiguidade. 4. Embora tivessem ouvido as boas-novas, não se uniram à fé. Esse era o principal problema deles. Devemos perseverar em nossa crença. 5. Não devemos nos desviar, desobedecer nem endurecer o coração. 6. Quando desobedecemos ao Senhor não conseguimos descansar Nele; vivemos em angústia. 7. Não há mais distinção entre os seres humanos. Somos iguais em Cristo. Todos os que creem Nele são o novo Israel espiritual.



Resumo da Lição 11
Ansiando por mais

ESBOÇO

O Antigo Testamento está repleto de simbolismos, sombras e rituais que, embora muitas vezes negligenciados pelos cristãos do século 21, têm profundo sentido espiritual. As lições ensinadas nesses tipos são ricas em significado e, se entendidas da forma correta, aprimoram imensamente nossa vida espiritual.

Toda a história de Israel é um modelo da nossa caminhada cristã com Deus. Como os israelitas foram milagrosamente libertados da escravidão egípcia, atravessaram o Mar Vermelho, comeram maná no deserto e beberam da rocha em sua jornada, nós também estamos em uma jornada espiritual. Providencialmente, Cristo nos livra da escravidão do pecado, nos conduz pelas águas do batismo, nos nutre com o maná de Sua Palavra e sacia nossa sede atroz no deserto deste mundo por meio de Sua própria vida.

Deus instruiu Israel a construir um santuário no deserto para que pudesse “habitar no meio deles” (Êx 25:8). Esse santuário deveria ser construído de acordo com o “modelo” da realidade celestial (Êx 25:40). Em sua construção e serviços, tudo revela verdades eternas sobre o Cristo vivo. Jesus está representado em cada oferta. Todo o sacerdócio, cada artigo da mobília e cada serviço apontam para Cristo. O sistema de sacrifício do derramamento de sangue prefigura o sangue de Cristo.

O objetivo da libertação de Israel e da jornada para longe do Egito era a chegada a Canaã. A terra prometida proporcionaria ao povo um descanso glorioso. O descanso sabático prefigurava esse descanso maior em Cristo e foi um precursor do descanso que Deus planejou para seus filhos na terra prometida (Hb 4:1-11).

COMENTÁRIO

O apóstolo Paulo frequentemente se referia à experiência de Israel em sua jornada à terra prometida como um exemplo para os crentes cristãos. Em 1 Coríntios 10:11, ele declara: “Estas coisas aconteceram com eles para servir de exemplo e foram escritas como advertência a nós, para quem o fim dos tempos tem chegado”. Os exemplos do Antigo Testamento apresentam informações valiosas para a vida cristã.

Visitemos o santuário mentalmente: podemos observar um homem com um cordeiro se aproximar do altar e colocar sua mão sobre o animal. Levítico 4:33 deixa claro o significado desse ato: “Porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado”. A imposição de sua mão sobre o cordeiro implicava confissão – e a confissão genuína é específica. Levítico 5:5 mostra isso ao descrever a oferta pela culpa: “Quem for culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou”. Simbolicamente, o pecado era transferido da pessoa para o cordeiro, e ao final o cordeiro devia morrer. Por quê? O que o cordeiro tinha feito de errado?

Nada, absolutamente nada. Mas esta é uma mensagem central do santuário: quando confessamos nossos pecados, eles são, de fato, transferidos para Jesus, o Cordeiro de Deus. Quem executa o sacrifício? O pecador arrependido que transferiu seu pecado para o substituto. “E matará o animal como oferta pelo pecado, no lugar onde são mortos os animais oferecidos em holocausto” (Lv 4:33). Observe as etapas envolvidas.

No livro O Grande Conflito, Ellen G. White descreve a cena da seguinte maneira: “Dia após dia, o pecador arrependido levava sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. O animal era então morto”. (p. 418).

O sacerdote então tirava o sangue do animal morto e o aspergia diante do véu no lugar santo do santuário. Em alguns casos especiais, o sacerdote comia a carne e depois entrava no santuário. O pecado era transferido para o corpo do sacerdote que havia comido a carne. O povo, de maneira geral, não podia entrar no santuário. Quando os pecados de um indivíduo eram transferidos para o santuário, eles eram ocultados da vista humana. Ninguém podia vê-los. Esses pecados estavam cobertos pelo sangue de Cristo.

Por isso, Davi exclama no Salmo 32:1: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto”. A palavra “bem-aventurado” significa feliz, contente, realizado, em paz ou em repouso. Quando vamos a Jesus e confessamos pecados específicos, nosso coração fica em paz. Nossos pecados são de fato transferidos para o santuário celestial. O salmista exclama com alegria: “Quanto o Oriente está longe do Ocidente, assim Ele afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103:12). Não carregamos mais o fardo, a culpa, a vergonha, a condenação do pecado, pois foram transferidos para o Cordeiro. Nosso Sacerdote vivo os carrega até o santuário celestial.

Lições do Cordeiro

No serviço típico do santuário, quando o pecador arrependido transferia seu pecado para o cordeiro inocente, este se tornava portador do pecado. Assim, a respeito de Cristo, as Escrituras afirmam que Ele mesmo carregou “em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1Pe 2:24). Assim como o pecador arrependido levava um substituto que morria em seu lugar, todo penitente pode ir ao Calvário e, olhando para o Filho de Deus crucificado, dizer: Ele “me amou e Se entregou por mim” (Gl 2:20).

A graça de Cristo é imerecida. Jesus teve a morte agonizante e dolorosa que os pecadores perdidos terão e experimentou a plenitude da ira do Pai ou o juízo contra o pecado. Foi rejeitado para que pudéssemos ser aceitos. Morreu a morte que era nossa para que pudéssemos viver a vida que era Dele. Usou a coroa de espinhos para que pudéssemos usar uma coroa de glória. Foi pregado na vertical em dor torturante sobre a cruz para que pudéssemos reinar em um trono com os redimidos de todas as eras, vestindo as vestes da realeza para sempre. Em nossa vergonha e culpa, Jesus não nos rejeitou; Ele estendeu a mão com amor para nos aceitar. O cordeiro sacrifical representa o corpo quebrado, machucado, maltratado e ensanguentado de nosso Salvador. Esse sacrifício fala de um amor tão maravilhoso, tão incrível, tão divino, que prefere levar sobre Si a condenação, a culpa e a penalidade do pecado a ter um de Seus filhos eternamente perdido.

Ellen G. White explica o significado da cruz: “A iniquidade de todos nós foi posta sobre Cristo como nosso substituto e fiador. Ele foi contado como transgressor para nos livrar da condenação da lei” (O Desejado de Todas as Nações, p. 753). Essa é a história da graça. Essa é a história do amor imensurável de um Salvador.

Descanso sabático em Cristo

O verdadeiro descanso sabático é o descanso da graça nos braços amorosos Daquele que nos criou, nos redimiu e que em breve voltará para nos levar para o descanso eterno. Você se lembra daquela frase singular em Gênesis 2:3: “nele [no sábado] descansou de toda a obra, que, como Criador, tinha feito”? O sábado é o descanso de Deus. Ele descansou no sétimo dia como reconhecimento divino de que Sua obra estava concluída.

O texto de Hebreus 4:9, 10 compara o descanso de Deus no final da semana da criação, quando Ele cessou Suas obras, com o nosso ato de cessar as obras humanas, entrando no descanso da salvação em Cristo. Hebreus explica da seguinte maneira: “Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus descansou das Suas” (Hb 4:9, 10). De acordo com as Escrituras, nosso descanso sabático é um ato de adoração suprema em que descansamos totalmente em Jesus para nossa salvação. Ao comentar sobre Hebreus 4:4, o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia faz esta importante declaração:

“Assim como o propósito original de Deus para este mundo, ou seja, Seu ‘descanso’, mantém-se inalterado, também permanece o sábado do sétimo dia, o memorial da criação. Portanto, a observância do sábado do sétimo dia testemunha da fé em Deus como criador de todas as coisas, bem como da fé em Seu poder de transformar a vida e preparar pessoas para aquele descanso eterno inicialmente planejado para os habitantes deste mundo” (v. 7, p. 451 [419]).

Existe riqueza no conceito de descanso divino. O livro de Hebreus expande o conceito de maneira bastante dramática. Para o autor de Hebreus, o descanso divino envolve uma relação de fé com Jesus que leva ao descanso Naquele que nos criou, sabendo que Ele nunca nos deixará nem nos desamparará. Também inclui descansar em Sua obra consumada na cruz. Descansar em Cristo é confiar em Sua graça para nossa salvação; mas o restante de Hebreus 4 inclui muito mais. O objetivo de Cristo para Israel era levá-los para a terra prometida. Seu propósito não era que eles vagassem pelo deserto por 40 anos. O coração deles sempre estaria inquieto até que chegassem em segurança à sua pátria. Quando a promessa da aliança fosse cumprida, eles encontrariam paz duradoura e descanso celestial. Sejam quais forem os desafios que enfrentemos nesta Terra, o descanso que Cristo oferece não é temporário. O descanso sabático prenuncia o descanso eterno que Jesus deseja para nós na terra prometida do Céu. Então, e somente então, nosso coração estará em paz permanente. Nosso descanso em Cristo hoje é uma prévia do dia glorioso em que estaremos em descanso com Ele na eternidade.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Peça a alguém que leia em voz alta na classe o seguinte poema anônimo. Leve em consideração o que estudamos na lição desta semana e responda às perguntas após o poema.

Apenas deixe-me descansar em Ti, Senhor,

Sem lutas, sem inquietação, sem tensão

Pelo fardo dos dias de dor

Que me trazem lágrimas e aflição.

Deixe-me lembrar que Tua Mão

Pode aliviar qualquer lida

E na Tua presença, eu estarei

Seguro na estrada mais escura da vida.

Pois disseste que estás perto

De todos os que precisam de auxílio Teu.

Então, tolo mortal que sou,

Por que temerei eu?

Discuta as perguntas abaixo no contexto da lição:

• O que significa entrar no descanso de Cristo?

• Como o serviço do antigo santuário contribui para nossa compreensão do descanso em Cristo?

• Reflita sobre estes três eventos na história da salvação: a criação, a crucifixão e a segunda vinda de Cristo. Uma compreensão mais profunda de cada um desses eventos provê a base para a paz e o descanso em Cristo?

• De acordo com Hebreus 3:9 e 4:13, por que Israel não entrou no descanso de Deus? Como podemos entrar nesse descanso?


Deus cuida dos refugiados

Imagine alguém estar com apenas sete anos e precisar correr para a floresta a fim de salvar a vida. Como isso afetaria esse alguém? Essa era vida de Jimmy Shwe, que morava no país do sudeste asiático do Myanmar, o antigo Burma. Na infância, Jimmy desenvolveu um ressentimento profundo pelas autoridades por causa de suas experiências. Naquele ponto, perdido na selva, pensou que morreria. Então, decidiu que, se sobrevivesse, entraria no movimento de resistência armada para conseguir vingança.

Após dois anos de separação, Jimmy encontrou o pai em um campo de refugiados na Tailândia. Mas o pai não concordou com o plano de Jimmy, afirmando que em nada ajudaria ter acesso às armas. Em vez disso, ele incentivou Jimmy a se tornar pastor e falar às pessoas sobre o amor de Deus e sobre a esperança de vida eterna. Não foi fácil para Jimmy desistir de sua raiva e ressentimento profundo. Porém, ele encontrou a paz e alegria do pai quando assistiam aos cultos na igreja adventista no campo dos refugiados. Ele ouviu sobre o conflito entre Cristo e Satanás, na Bíblia. Percebeu que o pai estava certo e decidiu perdoar o que erraram com ele.

Jimmy se tornou um pastor adventista e, mais tarde, se mudou para os Estados Unidos. Em pouco tempo, ele descobriu que muitas famílias refugiadas adventistas, as quais conheceu nos campos refugiados na Tailândia, estavam espalhadas por toda América do Norte. Eles estavam em busca de igrejas adventistas, mas não conheciam o inglês para entender as mensagens ou participar dos cultos. Muitos desanimaram.

Então, Jimmy desejou visitar e incentivá-los em sua fé. Ele queria ajudá-los a organizar pequenos grupos para que pudessem adorar ao Deus celestial em seu próprio idioma. Com muita oração, ele inaugurou três igrejas. Mas, ele trabalhava em tempo integral para sustentar sua família e não sobrava tempo nem fundos para viajar e ajudar mais de dois mil refugiados adventistas Karen espalhados por todo o continente.

“Mas, Deus conhecia o meu coração e minhas necessidades”, disse Jimmy Shwe. Ele agora serve como pastor na Associação da Carolina e como consultor para o plantio de igrejas Karen para o ministério de imigrantes e refugiados adventistas da Divisão Norte-americana. “Deus tem me conduzido todo o tempo, e Ele já tem um plano”, Jimmy acrescenta.

As ofertas trimestrais de 2011 forneceram meios para alcançar os refugiados na América do Norte. Os fundos permitiram a Jimmy visitar famílias de refugiados espalhadas pelos Estados Unidos e Canadá, ajudando-os a organizar congregações em sua própria língua e a servir suas comunidades. Através de seu trabalho, 55 igrejas Karen foram plantadas em todo o continente durante a última década. Tudo isso foi possível porque os membros da igreja ofertaram e porque Jimmy e outros como ele permitiram que Deus substituísse o ressentimento por perdão e amor.

Neste trimestre, a oferta trimestral ajudará novamente a compartilhar o evangelho com os refugiados da Divisão Norte-Americana. Agradecemos por planejar uma oferta generosa.

Informações adicionais

• Pronúncia de Karen

• Existem aproximadamente dez mil refugiados adventistas entre os vários grupos linguísticos na Divisão Norte-americana. O pastor Jimmy trabalha especificamente com os refugiados do idioma Karen, os quais abrange cerca de dois mil membros ativos.

• Faça o download das fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

• Para outras notícias e informações sobre a Divisão Norte-americana, acesse bit.ly/NAD-2021.

Esta história ilustra os componentes seguintes do plano estratégico da Igreja Adventista, “I Will Go”: Objetivo de Crescimento Espiritual nº 2 – “fortalecer e diversificar o alcance dos adventistas nas grandes cidades, através da Janela 10/40, entre grupos de pessoas não-alcançadas e para religiões não cristãs” através da KPI 2.9, que diz: “cada Associação e Missão fora da janela 10/40 tem um plano de cinco anos para alcançar um aumento mensurável e significativo (por exemplo, 30 por cento em cinco anos) de novas igrejas”; e Objetivo de Crescimento Espiritual No. 6 – “aumentar a adesão, retenção, recuperação e participação de crianças, jovens e adultos jovens” através de dois KPIs. “Os membros da Igreja exibem compreensão intercultural e respeito por todas as pessoas” (KPI 6.6); e “evidências de que as igrejas locais e escolas adventistas estão respondendo às oportunidades que a migração em massa oferece para o ministério, e que os imigrantes estão sendo integrados nas comunidades adventistas locais” (KPI 6.7). Conheça mais sobre o plano estratégico em IWillGo2020.org.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2021

Tema Geral: Descanso em Cristo

Lição 11 – 4 a 10 de setembro

Ansiando por mais

Autor: Weverton Castro

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Introdução

Existem diversos paralelos entre a jornada do povo de Israel para a terra de Canaã e a igreja cristã em sua jornada para o Céu. Por isso, ler o Antigo Testamento, principalmente os episódios do êxodo, é uma rica experiência de reflexão e aprendizado para o presente.

1. O ensino didático através do santuário terrestre

Cada aspecto do santuário construído pelo povo de Israel, seguindo recomendações divinas, revela, de forma didática, grandes verdades acerca de Deus e do plano da salvação.

A casa de Deus entre os homens – o primeiro detalhe importante é que toda a arquitetura do santuário é muito semelhante aos palácios dos reis da antiguidade. Ouro, pedras preciosas, cores, tecidos caros, obras artesanais, tudo apontava para uma residência real. A própria disposição do santuário, que ficava no centro, tendo três tribos em cada lado, era uma imagem muito comum da localização da casa dos imperadores daquele tempo. Dessa forma, uma pessoa que não conhecia a teologia de Israel, ao olhar para o santuário, no centro do acampamento, construído com o melhor que o povo tinha, concluiria facilmente que aquele era o local em que morava o governador daquele povo.

A consequência do pecado – No santuário eram efetuados os rituais de perdão de pecado, os quais eram caracterizados pela morte de animais. No capítulo 4 do livro de Levítico encontramos um relato de uma oferta pelo pecado com alguns detalhes interessantes: “Se pela sua oferta trouxer uma cordeira como oferta pelo pecado, fêmea sem defeito a trará. E porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado e a imolará por oferta pelo pecado, no lugar onde se imola o holocausto” (Lv 4.32, 33).

Perceba que o texto deixa claro que era o próprio pecador que tirava a vida do animal inocente. Tal ato brutal e chocante era uma imagem vívida da seriedade do pecado e do processo de troca envolvido no perdão.

Festas escatológicas – O calendário religioso de Israel girava em torno de sete festas principais:

Páscoa – No primeiro mês, no décimo quarto dia.

Festa dos Pães Asmos – No primeiro mês, do 15º dia ao 21º dia.

Festa das Primícias – No primeiro dia após o sábado dos Pães Asmos.

Pentecostes – 50 dias após a Festa das Primícias.

Festa das Trombetas – No primeiro dia do sétimo mês.

Dia da Expiação – No décimo dia do sétimo mês.

Tabernáculos – Do 15º dia ao 21º dia do sétimo mês.

Vários estudiosos, como por exemplo o escritor Zélio Cabral, autor do livro “As sete festas judaicas e sua relação com a volta de Jesus”, defendem que cada festa judaica apontava para um evento profético.

Por exemplo, as três primeiras festas, chamadas “festas da primavera”, se cumpriram na primeira vinda de Jesus. A Páscoa (que apontava para Sua crucifixão), os pães (Seu sepultamento) e as primícias (Sua ressurreição).

O Pentecostes se cumpriu na descida do Espírito Santo, iniciando a igreja cristã, conforme Atos 2. A Festa das Trombetas pode ser associada ao movimento da Reforma. O Dia da Expiação, conforme Daniel 8 e 9, apontava para a purificação do santuário celestial, que se cumpriu em 1844. Dessa perspectiva, das sete festas, cinco já se cumpriram e estamos vivendo na sexta.

O Dia da Expiação (Levítico 16) era o único momento do ano em que o sacerdote entrava no lugar santíssimo. Quando ele saía do templo o bode Azazel era retirado do meio do arraial do povo, simbolizando que o pecado havia sido eliminado. Tal cena do Antigo Testamento era um indicativo da extinção do pecado (Apocalipse 20), quando Satanás, assim como o bode Azazel, ficará preso na Terra desértica e, no fim do milênio, será destruído juntamente com o pecado.

A última festa do calendário judaico era a dos Tabernáculos. Nela, o povo deveria sair de suas casas para morar em tendas, chamadas de sucá. Nesse período festivo todos deveriam se reunir nessas novas residências: “seus servos, o estrangeiro, o orfão e a viúva que [estivessem] dentro dos seus portões” (Deuteronômio 16.14). Essa última festa apontava para a nova pátria que aguarda os filhos de Deus, onde moraremos em uma casa construída pelo próprio Senhor do Universo.

2. Endurecimento do coração

A lição desta semana cita Hebreus 4, em que o apóstolo alerta para que evitemos os erros cometidos pelos antigos israelitas, que tiveram o coração endurecido. A cena retomada por Paulo remonta a duas passagens do Antigo Testamento: o Salmo 95 e Êxodo 17.

No Salmo 95 encontramos o alerta sobre o endurecimento do coração nas seguintes palavras: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais Me tentaram, pondo-Me à prova, não obstante terem visto as Minhas obras. Durante quarenta anos, estive desgostado com essa geração e disse: é povo de coração transviado, não conhece os Meus caminhos” (Salmo 95.7-10, ARA).

O episódio de Meribá e Massá é relatado em Êxodo 17, em que o povo de Israel partiu do deserto de Sim e acampou-se em Refidim. Naquele local não havia água para beber. Diante da dificuldade o povo agiu de forma cruel com Moisés: “Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos? Então, clamou Moisés ao Senhor: Que farei a este povo? Só lhe resta apedrejar-me. Respondeu o Senhor a Moisés: Passa adiante do povo e toma contigo alguns dos anciãos de Israel, leva contigo em mão o bordão com que feriste o rio e vai. Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel. E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós ou não?” (Êxodo 17:1-7, ARA)

A incoerência dos israelitas que reclamaram da falta de água é que algumas semanas antes eles haviam contemplado o grande milagre de Deus ao abrir as águas do Mar Vermelho para libertar Seu povo do Egito. Ou seja, Deus já havia mostrado que Ele tinha poder sobre as águas, mas o povo se esqueceu e duvidou do cuidado divino. Essa falta de fé, mesmo diante de tantas provas do poder divino, endureceu o coração do povo, levando-o a morrer pelo deserto sem conseguir chegar à terra de Canaã.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Weverton de Paula Castro é pastor e professor de Teologia no Seminário Adventista da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA). Ele é casado com a enfermeira Jozy Anne e é pai do pequeno André, nascido no início de 2021. Graduado em Teologia e Filosofia, tem mestrado intracorpus em Interpretação Bíblica (FADBA) e em Ciências da Religião (UEPA). Atualmente é doutorando em Educação Religiosa (Andrews University).