Você já percebeu que a vida é repleta de decisões? Na verdade, poderíamos afirmar que, de muitas maneiras, todo o nosso dia, desde o momento em que nos levantamos até a hora de dormir, se resume em fazer escolhas. Muitas vezes nem pensamos nelas. Apenas as fazemos.
Algumas escolhas são simples e até se tornam rotineiras, enquanto outras transformam a vida e têm consequências eternas, não apenas para nós, mas também para nossa família.
Portanto, é fundamental avaliar bem nossas decisões, especialmente as grandes – as que podem trazer consequências que afetem para sempre a nossa vida e a vida de nossos familiares.
Quantos de nós hoje lamentamos as escolhas que fizemos? Quantos vivem com a vida destroçada por causa de erros cometidos há muito tempo? Felizmente, há perdão. Há redenção e cura, mesmo para as piores decisões.
Nesta semana, examinaremos de um modo muito amplo a importância das escolhas que fazemos, como devemos fazê-las e o impacto que elas têm sobre nós e sobre nossa família.
Alguns cristãos creem que Deus escolhe, mesmo antes de uma pessoa nascer, se ela será salva ou não. Isto é, aqueles que no final estiverem eternamente perdidos se perderão porque Deus, em Sua sabedoria (de acordo com essa teologia), escolheu essa pessoa para estar perdida. Isso significa que, independentemente de suas escolhas, ela será condenada.
Felizmente, nós, adventistas do sétimo dia, não endossamos essa teologia. Em vez disso, cremos que Deus escolheu todos nós para a salvação e que, mesmo antes da fundação do mundo, fomos escolhidos Nele para ter a vida eterna.
1. Leia Efésios 1:1-4; Tito 1:1, 2, e 2 Timóteo 1:8, 9. O que a Bíblia revela sobre a escolha de Deus? Quando fomos escolhidos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Deus nos escolheu para a salvação antes dos tempos eternos.
B. ( ) O Senhor nos separou para a redenção após o nosso nascimento.
Por melhor que seja essa notícia, algumas pessoas ainda estarão perdidas (Mt 25:41). Isso ocorrerá porque, embora Deus tenha escolhido todos nós, Ele deu ao ser humano uma dádiva muito sagrada: o livre-arbítrio, a livre escolha.
2. O que Mateus 22:35-37 ensina sobre o livre-arbítrio? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Não somos livres para amar a quem escolhermos.
B. ( ) O Senhor não nos força a amá-Lo nem a amar o próximo.
O Senhor não nos força a amá-Lo. O amor, para que seja verdadeiramente amor, tem que ser oferecido livremente. Poderíamos dizer, de muitas maneiras, que a Bíblia é a história de Deus alcançando o ser humano perdido e buscando, sem coerção, conquistar o coração dele para Si. Essa realidade pode ser vista da melhor maneira na vida e no ministério de Jesus e na resposta que as pessoas, usando seu livre-arbítrio, deram a Ele. Algumas foram atraídas para Cristo; outras desejaram Sua morte.
Certamente Deus nos escolheu para a salvação; porém, no fim, temos que fazer a escolha de aceitar essa salvação. Sem dúvida, de todas as escolhas que temos que fazer, a decisão de servir ao Senhor é, de longe, a mais importante para nós e para aqueles que são impactados, como nossa família, pela nossa vida e pelas escolhas que fazemos.
Todos sabemos muito bem a importância das decisões que tomamos. E entendemos também como as escolhas erradas podem impactar negativamente nossa vida e a vida de outras pessoas. A questão é: como podemos fazer as escolhas certas?
3. Quais são os passos que nos ajudam a tomar as decisões corretas?
1Ts 5:17; Tg 1:5:______________________________________________________________________________
Is 1:19; Mt 7:24, 25: ___________________________________________________________________________
Sl 119:105; 2Tm 3:16: __________________________________________________________________________
Pv 3:5, 6; Is 58:11: ____________________________________________________________________________
Pv 15:22; 24:6: ______________________________________________________________________________
Antes de cada decisão importante que tomamos, é fundamental que busquemos ao Senhor em oração, que tenhamos certeza de que nossa escolha não nos levará a transgredir a lei de Deus, de nenhuma maneira, nem os princípios de Sua Palavra. É essencial que confiemos em Deus, que entreguemos a Ele nossa escolha; isto é, devemos orar para que as escolhas que fizermos O glorifiquem e para que estejamos prontos para renunciar aos nossos desejos se eles forem contrários ao Seu plano para a nossa vida. Muitas vezes, também, conselheiros sábios podem ser uma grande ajuda quando procuramos fazer escolhas. No fim, podemos ter grande segurança ao saber que Deus nos ama e deseja o que é melhor para nós, e que se nós, com fé e humildade, entregarmos nossa vida a Ele, podemos seguir em frente, confiantes em relação às escolhas que fazemos.
Uma das escolhas mais importantes que fazemos diz respeito aos nossos amigos. Na maioria das vezes, não nos propomos a fazer amigos; as amizades simplesmente se desenvolvem naturalmente à medida que passamos tempo com pessoas que gostam de algumas coisas que nós também apreciamos.
4. Quais princípios encontramos nos seguintes versículos sobre a escolha de amigos? Pv 12:26; 17:17; 18:24; 22:24, 25
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Provérbios 18:24 sugere que, se quisermos ter amigos, devemos ser amigáveis. Às vezes, as pessoas se encontram sozinhas porque sua atitude negativa e melancólica afasta as outras pessoas. “Mesmo os melhores de nós possuem esses traços desagradáveis; e ao escolher amigos devemos selecionar aqueles que não se afastarão de nós quando souberem que não somos perfeitos. É preciso haver paciência mútua. Devemos amar e respeitar uns aos outros, apesar das falhas e imperfeições que não podemos deixar de ver; pois esse é o Espírito de Cristo. A humildade e a desconfiança de si mesmo devem ser cultivadas, e também uma paciente ternura com os defeitos dos outros. Isso destruirá todo o egoísmo mesquinho e nos tornará compassivos e generosos” (Ellen G. White, Ministério Pastoral, p. 95).
Uma das histórias mais conhecidas de amizade é a de Davi e Jônatas. Se Saul, o primeiro rei de Israel e pai de Jônatas, tivesse sido fiel e obediente, seu reino poderia ter durado várias gerações, e Jônatas poderia ter sido o sucessor de seu trono. Quando Saul se mostrou indigno de seu chamado, Deus escolheu Davi como o novo rei de Israel, desqualificando, assim, Jônatas para o posto que, de outra maneira, deveria ter sido seu por direito. Aqui temos um poderoso exemplo de como as escolhas erradas de um membro da família (Saul) prejudicaram outro membro da família (Jônatas).
Mas Jônatas não ficou irado com Davi nem com inveja dele. Em vez disso, ele escolheu ajudar Davi, protegendo-o da ira de seu próprio pai, Saul. “A alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma” (1Sm 18:1). Que poderoso exemplo de amizade verdadeira!
Se devemos selecionar nossos amigos com cautela, devemos ser ainda mais cuidadosos quanto à escolha do nosso cônjuge. Adão foi muito abençoado pelo fato de Deus ter formado sua companheira com Suas próprias mãos a partir do seu próprio corpo. A escolha de Adão foi fácil, já que Eva não era apenas a única mulher, mas a mulher perfeita. As demais pessoas têm um pouco mais de dificuldade, visto que ninguém é perfeito. Além disso, precisamos escolher a partir de um número muito maior de pessoas.
Como essa decisão é muito importante, Deus não nos deixou sem orientação. Além de todos os aspectos importantes que examinamos na lição de segunda-feira, há alguns passos mais específicos a ser seguidos na questão do casamento (examinaremos essa questão mais atentamente na lição 6). De fato, depois da escolha de servir ao Senhor, escolher um cônjuge quase sempre será a escolha mais importante que faremos na vida.
5. Qual orientação geral pode e deve ser aplicada a alguém que deseja se casar e busca a pessoa certa? Sl 37:27; 119:97; 1Co 15:33; Tg 1:23-25
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Antes de procurar a pessoa certa, primeiramente seja essa pessoa. “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12). Podemos encontrar um futuro cônjuge maravilhoso que tenha todas as qualidades que desejamos, mas se nós não as tivermos, surgirão problemas.
Isso não é novo e certamente é visto não apenas no casamento, mas na vida em geral. No início de sua Carta aos Romanos, Paulo dedica grande parte de sua mensagem falando aos que condenam os outros por fazerem o que eles, que condenam, também são culpados de fazer. Ou, como disse Jesus: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mt 7:3).
Em algum momento, temos que escolher o que desejamos fazer da nossa vida em termos de emprego ou carreira. A menos que sejamos ricos ou trabalhemos em casa em tempo integral, cuidando do lar e da família (a mais nobre de todas as ocupações), temos que escolher um caminho para obter nosso sustento.
Evidentemente, todos vivemos circunstâncias que podem, em grande medida, limitar nossa decisão quanto a uma carreira. No entanto, seja qual for nossa situação, podemos fazer escolhas em relação à profissão que, especialmente no contexto da salvação em Jesus Cristo, podem acrescentar significado e propósito à nossa vida. Em suma, o que quer que façamos, podemos fazê-lo para a glória de Deus.
6. Que erro Salomão cometeu e como podemos evitar algo semelhante? Ec 2:1-11. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Não soube administrar a economia do reino e foi à falência.
B. ( ) Tentou preencher o vazio do coração com os prazeres da vida e coisas materiais. Ele viu que tudo isso era vaidade. Nosso coração deve estar nas coisas celestiais.
Não precisamos ser ricos para cair na mesma armadilha em que Salomão caiu. “O amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6:10). É possível ser pobre e amar o dinheiro tanto quanto alguém que é rico.
É certo que os recursos financeiros são necessários, mas independentemente do que fazemos ou de quanto dinheiro ganhamos, não precisamos tornar a busca da riqueza um ídolo. Muitas famílias também sofrem por causa de um pai que, obcecado por ganhar dinheiro, negligenciou a família para tentar enriquecer. Quantas crianças, ou cônjuges, teriam preferido um estilo de vida mais humilde do que um relacionamento empobrecido com o pai? Na maioria dos casos, as pessoas teriam preferido o primeiro ao segundo.
Desde a criação, Deus planejou que o trabalho fizesse parte da vida (Gn 2:15). O perigo é quando fazemos do trabalho o centro da nossa vida ou quando ele se torna um meio de adquirir riquezas unicamente para nós. Esse foi o erro de Salomão. Ele buscou significado nesses projetos e, embora muitos deles tenham trazido certa satisfação, no fim descobriu que eles eram insignificantes.
Ao longo de toda a Bíblia, somos confrontados com a realidade do livre-arbítrio humano. Mesmo Adão e Eva, que eram perfeitos (Gn 3) tiveram liberdade de escolha e, infelizmente, fizeram a escolha errada. Se seres não caídos, perfeitos, fizeram mau uso da liberdade de escolha, quanto mais seres como nós, mergulhados no pecado!
Lembremos que o livre-arbítrio significa liberdade. Apesar da pressão que sofremos de dentro e de fora, não precisamos escolher o que é errado. Podemos, mediante o poder de Deus, fazer as escolhas certas. Portanto, é muito importante avaliar cuidadosamente nossas decisões, especialmente pensando em como elas afetam nossa vida familiar. A livre escolha de Caim de matar seu irmão devastou sua família. A livre decisão dos irmãos de José de vendê-lo à escravidão arruinou a vida do seu pai. “Ele a reconheceu e disse: É a túnica de meu filho; um animal selvagem o terá comido, certamente José foi despedaçado. Então, Jacó rasgou as suas vestes, e se cingiu de pano de saco, e lamentou o filho por muitos dias. Levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado e disse: Chorando, descerei a meu filho até à sepultura. E de fato o chorou seu pai” (Gn 37:33-35).
Assim como ocorre na vida, encontramos na Bíblia exemplos da maneira pela qual a livre escolha de membros da família afetam os outros para o bem ou para o mal. Assim foram as escolhas de Corá, Datã e Abirão (Nm 16:1-32; veja também Dn 6:23, 24; Gn 18:19).
Perguntas para discussão
1. Que escolhas você fez hoje? O que elas revelam sobre você, seu relacionamento com Deus e com os outros? Quais decisões você gostaria que tivessem sido diferentes?
2. Quais personagens da Bíblia fizeram escolhas erradas e o que podemos aprender com elas? Como prejudicaram a própria família?
3. Todos se arrependem de escolhas erradas. Por que o evangelho é uma boa notícia em momentos de arrependimento? Quais promessas bíblicas você reivindica em momentos de angústia e culpa por escolhas erradas?
4. Se alguém o procurasse para conversar sobre casamento, qual conselho você daria? Por quê? Quais princípios bíblicos você indicaria para ajudar essa pessoa a tomar tão importante decisão?
Respostas e atividades da semana:
1. A.
2. F; V.
3. Orar, pedindo sabedoria; ouvir as palavras do Senhor; buscar as Escrituras; confiar no Senhor; buscar bons conselhos.
4. O bom amigo nos leva para o bem; acolhe-nos nos piores momentos e nos trata como irmãos. Não devemos fazer amizade com pessoas iradas e coléricas.
5. Devemos ser boas pessoas e fugir das más companhias.
6. B.
ESBOÇO
As escolhas estão tão presentes em nossa vida que geralmente passam despercebidas. Como resultado, fazemos más escolhas que nos trazem consequências ruins. Essas mesmas escolhas se repetem com muita frequência. A lição desta semana faz uma breve reflexão sobre o assunto e, em seguida, apresenta um estudo de como as escolhas significativas de nossa vida podem ser feitas de maneira piedosa.
Quando falamos de “escolhas”, geralmente nos referimos ao livre-arbítrio. O maior dom que Deus concedeu ao ser humano foi nos criar como seres morais livres. Sem esse dom, todas as outras dádivas não poderiam ser apreciadas livremente. Sem isso, também, todos os nossos atos de amor e adoração a Deus seriam destituídos de autenticidade. A verdadeira liberdade torna o amor uma possibilidade genuína. Mas essa liberdade não existe sem o potencial para o mal. Como todos sabemos, esse potencial tem evoluído constantemente desde a queda.
Embora o mal tenha metaforicamente mergulhado este planeta na escuridão, Deus preservou e proveu fontes de luz para nos ajudar a encontrar o caminho. Muitas vezes tentamos transferir para Ele a responsabilidade pelos problemas e pelas dores da nossa vida. Em muitos casos, entretanto, um exame honesto mostra que geralmente ignoramos os recursos divinos que podem nos trazer a sabedoria para evitar tais problemas. O Criador é um Deus de revelação (e paciência). Ele Se comunica conosco por meio da natureza (Sl 19:1-3; Rm 1:20), da oração (Mt 21:22; Tg 1:5), das Escrituras (Sl 119:105; 2Tm 3:16), de conselheiros tementes a Deus (Pv 11:14; 15:22) e, da maneira mais gloriosa, por intermédio da vida e das palavras de Jesus (Hb 1:2, 3). Esses são os nossos luminares no mundo. Nós, de fato, não deveríamos fazer escolhas significativas sem consultá-los – especialmente nas áreas que esta lição destaca: (1) escolha de amigos, (2) escolha de um cônjuge e (3) escolha de uma ocupação para a vida.
COMENTÁRIO
Motivação para a ética cristã
Somos quem somos por causa das nossas escolhas. Estamos onde estamos por causa delas. É certo que as escolhas de outras pessoas afetam nossa vida, porque vivemos de maneira interdependente; mas nossa maneira de responder a elas nos coloca de volta no banco do condutor. Essa perspectiva nos mantém responsáveis e culpáveis pela nossa situação atual, ao mesmo tempo que nos faz reconhecer que alguns eventos na vida não estão sob nosso controle. Os efeitos de nossas escolhas na vida são de extrema importância. Assim, pode-se pensar que todos que investiram consideráveis esforços para refletir sobre a natureza da escolha moral, consequentemente, de maneira intencional, adotaram a estrutura ética mais razoável. No entanto, infelizmente, uma pessoa passa em média, mais tempo pesquisando qual computador comprar do que sob qual sistema ético viver.
Conveniência, tendências culturais, pressão do grupo, emoções, hábitos e meras preferências não são guias confiáveis para as escolhas que levam à vida que Deus planejou para nós. Apoiar nossas decisões em tais fundamentos não confiáveis é tolice. Sendo ou não cristãos, cada um de nós é compelido a perguntar: Quais são os fundamentos para as minhas decisões?
Os fundamentos da ética cristã
O alicerce da ética cristã é que fomos criados à imago Dei, ou seja, “à imagem de Deus” (Gn 1:27). Todas as nossas decisões devem ser feitas à luz dessa realidade. Quanto maior é o conhecimento do caráter de Deus, mais amplo se torna nosso horizonte ético, e mais glorioso nosso destino se apresenta (2Co 3:18). Então, como pode a imagem de Deus ser preservada e restaurada a cada escolha?
Em resposta a essa pergunta, considere a narrativa a seguir. Certa vez, um homem perguntou a Michelangelo sobre sua escultura de Davi: “Como você criou uma obra-prima a partir de um pedaço grosseiro de mármore?” Michelangelo respondeu: “Eu simplesmente removi tudo que não parecia com Davi.” Podemos tomar a decisão de praticar somente aquelas coisas que se parecem com Jesus e remover de nossa vida qualquer coisa que não se pareça com Ele. Estar conscientes do nosso chamado para ser portadores da imagem de Deus é essencial para a ética cristã. Mas precisamos de mais assistência e orientação do que poderíamos obter simplesmente perguntando: “O que Jesus faria em meu lugar?”
A fonte da ética cristã
Os ensinamentos da Bíblia apresentam os fundamentos para a ética cristã. O falecido erudito adventista Miroslav Kiš, especialista em ética, nos ofereceu três lentes que nos ajudam a captar a sabedoria ética das Escrituras (ver Miroslav Kiš, “Biblical Narratives and Christian Decision“ [Narrativas Bíblicas e Decisão Cristã], Journal of the Adventist Theological Society 9/1, 2 [1998]: 24-31). As três lentes são: (1) princípios, (2) regras de ação e (3) modelos normativos. Como essas lentes são relativamente simples e há apenas três delas, se for possível, escreva-as em um quadro, ou em uma folha de papel, e incentive a classe a memorizá-las.
Princípios: São alicerçados em nossas noções fundamentais da verdade moral. Eles são gerais e imutáveis, mas ainda precisam de esclarecimento por parte das Escrituras. Os Dez Mandamentos, os Salmos, Eclesiastes, Provérbios, os evangelhos (especialmente o Sermão do Monte) e as epístolas são geralmente considerados fontes de princípios morais suficientes para abranger as situações da vida. Não cometer adultério e tratar os outros como desejamos ser tratados são exemplos desses princípios atemporais (Êx 20:14; Mt 7:12).
Regras de ação: São regras específicas que derivam de princípios mais amplos e estão vinculadas a situações concretas. A ordem de Deus a Gideão para destruir o altar de Baal e erigir um altar ao Senhor (Jz 6:25, 26), a ordem de Jesus ao jovem rico para vender todas as suas posses (Mt 19:21) e Sua ordem a Pedro para guardar sua espada (Mt 26:52) não são ordens específicas para nós hoje. Mas isso não significa que sejam irrelevantes. Quando se trata de refletir sobre questões de culto, idolatria, finanças, prioridades e violência, essas ordens devem ser usadas como referência a fim de melhor constatar a vontade de Deus na situação particular em que nos encontramos.
Modelos normativos: As histórias da Bíblia também servem como padrões morais. Paulo escreveu: “Estas coisas [os relatos históricos da história de Israel] lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa” (1Co 10:11). Essas histórias são normativas porque nos servem como advertências para que “não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1Co 10:6). Além disso, são modelos porque são destinadas à imitação. Esses modelos às vezes oferecem benefícios que princípios e regras de ação não oferecem. Eles ajudam a nos identificar com os personagens que experimentaram lutas e tentações quando os princípios morais de Deus estavam em jogo. Nas narrativas, as consequências de seguir ou se rebelar contra os padrões morais são destacadas, e cadeias de causa e efeito são apresentadas. Sobre os benefícios de ler as histórias da Bíblia como modelos normativos, Kiš afirma em “Biblical Narratives and Christian Decision” [Narrativas Bíblicas e Decisão Cristã]: “Podemos aprender lições sem experimentar o pecado por nós mesmos. Modelos normativos nos ajudam a aprender com os erros dos outros” (p. 29).
Os modelos normativos da Bíblia também podem ser úteis quando dois princípios bíblicos entram em conflito diante de determinada situação. Uma história bíblica geralmente apresenta a solução para o conflito. Além disso, às vezes, o princípio moral pode ser claro, mas ainda existem vários cursos específicos de ação (regras de ação) que podem ser aplicados. Qual deles utilizamos? Muitas vezes, os modelos normativos, como observa Kiš, podem “servir para desequilibrar a balança” (p. 30).
Alguns alunos da sua classe podem considerar essa breve cartilha sobre a ética cristã, na melhor das hipóteses, muito concentrada no comportamento, ou legalista demais. E quanto à obra do Espírito Santo na vida? E quanto a ser salvo pela graça? Espera-se que essas e outras dimensões da salvação já estejam bem fundamentadas quando se enfrentam desafios éticos. Seria bom terminar a discussão lembrando que as escolhas criam o roteiro do nosso futuro. Não é de admirar, portanto, que um Deus de amor ordene e reforce princípios de conduta moral [ética] (Hb 12:5-8; Ap 3:19) que nos asseguram que desfrutaremos a vida “em abundância” agora e teremos, “no mundo por vir, a vida eterna” (Jo 10:10; Lc 18:30). Não esperaríamos nada menos do que isso de um pai terrestre. Por que esperar menos do nosso Pai celestial?
APLICAÇÃO PARA A VIDA
A seção anterior sobre ética foi pesada na teoria. Porém, por mais importante que seja a teoria, agora é a oportunidade de pegar essa estrutura ética discutida e aplicá-la brevemente às abrangentes escolhas que a lição destaca. A seguir, apresentaremos alguns cenários que podemos enfrentar na escolha de um cônjuge.
Cenário 1: Um amigo seu acabou de sair de um segundo casamento fracassado. Atualmente existe alguém na igreja que chamou a atenção dele. Esse amigo veio a você para lhe pedir conselho a respeito da situação. Quais são alguns princípios, regras de ação ou modelos normativos das Escrituras que você poderia compartilhar com ele?
Possível abordagem: Os autores da lição adotam uma fascinante abordagem fundamentada em princípios de preparação para o casamento, invocando a regra de ouro, no sentido de que a pessoa se torne o tipo de cônjuge que desejaria encontrar. Essa abordagem significa que, se alguém está procurando se casar, deve primeiro cultivar as qualidades que almeja encontrar no outro.
A história de Isaque e Rebeca também poderia servir como um modelo normativo nos seguintes fatos: (1) Isaque confia a outros a escolha de uma esposa (Gn 24:1-4); (2) uma mulher de sua idólatra terra natal não foi considerada uma opção (Gn 24:6); (3) Isaque estava meditando (talvez em oração) na tarde em que Rebeca chegou (Gn 24:63); e (4) todas as partes pareciam satisfeitas com o arranjo.
Cenário 2: Você tem um amigo que mora num lugar em que a poligamia é legal. Ele está pensando em tomar uma segunda esposa. Além disso, ele acha que a Bíblia não proíbe explicitamente a poligamia. Aliás, muitos patriarcas da Bíblia tiveram várias esposas. Como você poderia usar a estrutura ética discutida para orientá-lo de forma diferente?
Possível abordagem: Uma regra de ação poderia estar referenciada em Levítico 18:18: “Não tome por mulher a irmã da sua mulher, tornando-a rival, envolvendo-se sexualmente com ela, estando a sua mulher ainda viva.”
Curiosamente, esse texto poderia ser usado para apoiar a poligamia se, de fato, significasse a exclusão somente do casamento com irmãs de sangue. No entanto, há um forte indício de que uma “irmã da sua mulher” seja uma expressão idiomática, referindo-se a qualquer cidadã, excluindo a possibilidade de esposas adicionais. Richard M. Davidson apresenta oito considerações em favor dessa interpretação (ver Flame of Yahweh: Sexuality in the Old Testament [Chama de Yahweh: A Sexualidade no Antigo Testamento], Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, Inc., 2007, p. 194).
Mas, e se tentarmos ao máximo e não conseguirmos chegar ao consenso do que significa Levítico 18:18? O ideal edênico do relacionamento exclusivo de Adão e Eva pode oferecer um princípio de atuação. Também temos modelos normativos a considerar: as histórias de fracassos familiares que giram em torno de múltiplas esposas, vividas por Abraão, Jacó, Davi e Salomão. Reúna essas narrativas e começará a surgir das Escrituras uma avaliação teológica negativa da poligamia.
2º Sábado
Construindo igrejas
Hugo Sanz ficou receoso quando o pastor pediu para dirigir uma igreja em um bairro não alcançado da capital do Paraguai, Assunção. O experiente diretor de seguros do Hospital Adventista de Assunção trabalha há 20 anos com os irmãos da Igreja Adventista do Sétimo Dia Central, a maior da cidade, com aproximadamente 300 membros. Mas nunca trabalhou com pessoas de fora da igreja. “Eu estava com medo”, conta. “Não me sentia capaz de dirigir uma igreja sozinho”.
Então, ele falou com a esposa que se tornava experiente com pessoas de outras religiões após trabalhar na ADRA (Agencia de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais). Ela decidiu ajudá-lo. Depois de ter orado durante algumas semanas, Hugo começou a ter um grande sentimento de culpa, ao perceber que o local que deveria ser construída a igreja e Nueva Sajonia estava localizada somente há dois quarteirões de casa. Por isso, aceitou supervisionar a construção da igreja.
“Eu comecei o projeto para superar a culpa”, disse. “Mas com a ajuda de outras pessoas, conseguimos. Viemos, vimos a necessidade e começamos a trabalhar”.
Os primeiros passos foram pequenos. Hugo alugou um prédio, um “centro de influência”, e organizou seminários como cursos de culinárias e curso para parar de fumar com ajuda de funcionários do hospital. Ele e outros amigos da igreja faziam amizade com as pessoas do bairro.
As notícias sobre o novo centro comunitário começaram a se espalhar. Um membro criou uma página no Facebook e postava fotos. A Radio Nuevo Tiempo, uma radio local afiliada a Hope Channel da Igreja Adventista fez propaganda.
Após um ano, em 2015, o centro de influência começou a realizar reuniões aos sábados intituladas “Um dia longe do mundo”. “Esse é um dia em que podemos esquecer o estresse e nos concentrarmos na leitura da Bíblia”, diz Hugo, “Cantamos e estudamos a Bíblia. Os amigos que participaram dos seminários de saúde perceberam que somos saudáveis porque estudamos a Bíblia. Eles começaram a orar a Deus”.
Enquanto estudavam a Bíblia, os membros da comunidade expressaram surpresa quando leram os conselhos de saúde encontrados em suas páginas. Aprenderam que, para ter boa saúde, é necessário uma dieta apropriada, oração, paz e Jesus. Um de seus versos favoritos está em 3 João 1:2 “Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma” (NVI) Outro verso preferido está em Filipenses 4:7, que diz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (NVI).
Mas, em 2016, uma série de arrombamentos noturnos interrompeu o trabalho no centro comunitário. Quatro vezes os ladrões quebraram as janelas de vidro e roubaram eletrônicos, cadeiras e mesas. Os seminários foram transferidos para a casa de Hugo.
Naquele mesmo ano, a Igreja Adventista arrecadou a oferta trimestral para ajudar o centro comunitário a se tornar uma igreja. Com o dinheiro, a igreja local comprou o terreno para o centro, expandiu, atualizou suas instalações e melhorou a segurança.
A nova Igreja Adventista do Sétimo Dia Nueva Sajonia e o centro comunitário foram inaugurados em 2018 com seu próprio pastor. Hugo continua sendo um líder e diz que não poderia estar mais feliz.
“Trabalhei para a Igreja Adventista por 20 anos, mas os poucos anos aqui foram os mais felizes da minha vida porque trabalhei com pessoas diferentes de nós”, disse Hugo, 64. “Antes, trabalhava para pessoas que já estavam na igreja. Mas agora não estou apenas testemunhando através de palavras, mas também demonstrando de forma prática o amor de Deus. Sinto que estou cumprindo a missão que Deus tem para a minha vida.”
Muito agradecemos pela oferta no primeiro trimestre de 2016 que ajudou a construir a Igreja Adventista de Nueva Sajonia em Assunção, Paraguai. Também agradecemos pelas ofertas missionárias que ajudarão a apoiar a obra missionária ao redor do mundo.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2019
Tema Geral: Estações da família
Lição 2: 6 a 12 de abril
As escolhas que fazemos
Autor: Moisés Mattos
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
As escolhas que fazemos
Introdução
A seguinte história está relacionada com David Livingstone (1813-1873), famoso missionário no continente africano. Depois de três décadas de trabalho, ele faleceu. Os nativos o encontraram morto, ajoelhado diante de sua cama. Retiraram-lhe o coração e o enterraram no solo africano. O corpo foi enviado para Londres. Quando o corpo chegou lá, foi uma verdadeira comoção. Afinal, Livingstone seria sepultado com honras de herói nacional, na famosa Abadia de Westminster.
As ruas da capital inglesa foram tomadas por milhares de pessoas que procuravam, com sua presença, homenagear a memória do missionário.
No meio da multidão, notou-se um ancião sujo, maltrapilho e visivelmente alcoolizado que chorava copiosamente. Perguntaram-lhe por que chorava assim. E ele lhes contou sua triste história: David e eu nascemos no mesmo vilarejo, crescemos lado a lado, estudamos na mesma escola. Mas David seguiu o bom caminho, e eu... sou esse que você está vendo. Agora, ele é um herói nacional, e eu? Eu sou um desconhecido, ignorado, um pobre-diabo. Não tenho futuro nenhum, a não ser a sepultura de um beberrão (relato extraído do link http://www.boasnovas.org.br/boas-novas/pastoral/918-escolhas-que-afetam-destinos, acessado em 29/11/2018). O triste resultado de uma escolha. ... Aconteceu com o bêbado e acontece com todo mundo. Em certo sentido podemos dizer que somos frutos de nossas escolhas. Sendo assim, quais são os segredos para fazer boas escolhas? Como proceder diante de escolhas específicas da vida? Essas são as perguntas que procuraremos responder nesta semana.
I – Segredos para fazer escolhas certas
Nessa difícil tarefa de escolher, podemos encontrar nas Escrituras alguns conselhos que podem nos ajudar:
1) Orar antes de escolher. Tiago 1:5 diz: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (NVI). Paralelamente a isso, Ellen White acrescentou: "Temos que receber sabedoria divina para as ocupações cotidianas da vida, a fim de que possamos demonstrar são juízo, escolhendo o caminho seguro, pois isso é o certo. Aquele que age segundo seu próprio juízo, seguirá a inclinação do coração natural; mas aquele cuja mente se abre à Palavra de Deus, considerará com oração cada passo de seus pés, de modo que possa honrar a Deus, e permanecer no caminho do Senhor” (Para Conhecê-Lo [MD 1965], p. 247, 248.
2) Ouvir a revelação clara da Palavra de Deus. O salmista disse: "A Tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119:105, NVI).
Paulo escreveu que a Palavra inspirada é útil para o ensino, correção e instrução (2Tm 3:16, 17).
No final do Sermão da Montanha, Jesus comparou os que ouvem a Palavra de Deus e a obedecem a um homem que construiu sua casa sobre uma rocha. Bateram os ventos, subiu a água, mas a casa permaneceu firme (Mt 7:24, 25). Muitas vezes perguntamos a Deus sobre o que devemos fazer, de acordo com a Sua vontade, e nos esquecemos de que a maior parte do que queremos (precisamos) fazer já está na revelação bíblica à nossa disposição. Precisamos ler e obedecer o Livro!
3) Ouvir o conselho de pessoas sábias. Em pelo menos dois lugares o autor de Provérbios nos incentiva a parar e ouvir conselhos: "Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros” (Pv 15:22, NVI).
"Quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória” (Pv 24:6).
Contudo, a própria inspiração adverte sobre dois tipos de conselheiros: um bom e um mau. O primeiro é chamado de altruísta. "Os que mantêm posição de conselheiros devem ser homens altruístas, homens de fé, homens de oração, homens que não ousem confiar em sua própria sabedoria humana. …” (Ellen White, Vidas que Falam [MD 1971], p.114).
O segundo leva o título de insensato: "Haverá conselheiros insensatos que procurarão confundir-nos; olhemos, porém, para Jesus, e confiemos Nele em todas as ocasiões. Ele tem sido nosso Ajudador, e continuará a ser nosso Ajudador. …” (Ellen White, Este Dia com Deus [MD 1980], p. 198).
Cada pessoa deve discernir o tipo de conselheiro(a) que vai ouvir. Aqui vale o conselho atribuído a A. W. Tozer "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus.”
II – Fazendo escolhas específicas
a) Escolhendo amigos. Para conseguir amigos, há a necessidade de ser amigo. Muitos são os solitários porque constroem muros em vez de pontes. Para ter amigos há a necessidade de ser amigo. A Bíblia fala de amizades concretas, como por exemplo a de Davi e Jônatas. Mas em todas elas, percebe-se reciprocidade, verdade e sinceridade. “Mesmo os melhores de nós possuem esses traços desagradáveis; e ao escolher amigos devemos selecionar aqueles que não se afastarão de nós quando souberem que não somos perfeitos. É preciso haver paciência mútua. Devemos amar e respeitar uns aos outros, apesar das falhas e imperfeições que não podemos deixar de ver; pois esse é o Espírito de Cristo. A humildade e a desconfiança de si mesmo devem ser cultivadas, e também uma paciente ternura com os defeitos dos outros. Isso destruirá todo o egoísmo mesquinho e nos tornará compassivos e generosos” (Ellen G. White, Ministério Pastoral, p. 95).
b) Escolhendo o cônjuge. Embora a Bíblia não contenha um manual atualizado sobre a escolha do parceiro (a) para a vida por meio do casamento, ela tem orientações gerais quanto a essa escolha.
Há a necessidade de se escolher alguém que 1. Aparte-se do mal (Sl 37:27); ame a Lei de Deus (Sl 119:97); afaste-se de más companhias (1Co 15:33); seja um cristão não apenas de aparência, mas cumpridor da Palavra de Deus (Tg 1:23-25).
c) Escolhendo a profissão. Cedo na vida, todos precisam escolher o que querem ser quando “crescerem”. Essa é uma decisão que pode determinar a realização ou frustração de uma pessoa. Aqui e ali enxergamos muitos “profissionais" que odeiam a profissão, tornando-os e outros infelizes. Alguém disse: “Descubra o que você gosta de fazer e nunca terá que trabalhar pelo resto da vida.” Isso significa que, apesar das dificuldades inerentes, qualquer ocupação deve ser exercida com alegria e prazer e não apenas como uma imposição da sociedade. Desde o início Deus planejou o trabalho para a humanidade (Gn 2:15). Portanto, exercê-lo é também fazer a vontade de Deus. É preciso fugir do materialismo, da vaidade e do amor ao dinheiro quando se faz isso. Ao escolher uma profissão, deve-se levar em conta a vontade de Deus em oração, pedir Sua orientação e prestar atenção nos aspectos racionais e emocionais envolvidos com esse trabalho. Razão é, por exemplo, observar as possibilidades do mercado. Emoção é escolher uma profissão porque sente-se feliz com ela. Há também a necessidade de se ouvir os mais experientes sobre o assunto. Mas não se pode esquecer: Ouça a todos, mas decida você mesmo.
Conclusão
O conhecido autor G. K. Chesterton disse certa vez: "Ter o direito de fazer algo não é o mesmo que estar certo em fazê-lo.”
Isso nos leva ao conceito de liberdade com responsabilidade, porque liberdade sem responsabilidade se torna libertinagem. Desde o princípio fomos dotados de livre-arbítrio indicando o poder de escolha que temos. Todavia, há que se exercer isso com sabedoria e orientação do Espírito Santo. Dessa forma, cremos que "é muito importante avaliar cuidadosamente nossas decisões, especialmente pensando em como essas escolhas afetam nossa vida familiar. A livre escolha de Caim de matar seu irmão devastou sua família. A livre decisão dos irmãos de José de vendê-lo à escravidão arruinou a vida do seu pai. …” (Lição de sexta-feira).
Que o Senhor nos oriente em nossas escolhas!
Conheça o autor do comentário: O Pastor Moisés Mattos graduou-se em teologia em 1989 e concluiu seu mestrado na mesma área no ano 2000, pelo Seminário Adventista Latino Americano de Teologia. Cursou também uma pós-graduação em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há 29 anos como professor de ensino religioso; pastor distrital; departamental em nível de Associação e União; presidente de Missão e Associação. Atualmente, exerce sua atividade como pastor na Associação Paulista Oeste-UCB. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires (Jornalista) e Lucas (estudante de Publicidade e Propaganda).