Lição 13
19 a 25 de dezembro
Céu, educação e aprendizado eterno
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2 Pedro
Verso para memorizar: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Co 2:9).
Leituras da semana: Jo 3:16; 1Jo 5:13; 1Tm 1:16; 1Co 13:12; Zc 13:6

Um poeta, com medo da morte, perguntou como uma pessoa poderia viver sem “saber certamente que alvorecer, que morte, que destino aguardavam a consciência após a sepultura?”. Ele criou, em seu poema, o que chamou de Instituto de Preparação para a Vida Futura. No entanto, como alguém pode se preparar para a vida eterna se nem mesmo sabe o que acontecerá com uma pessoa nessa vida futura?

Felizmente, a Bíblia nos apresenta uma grande compreensão do assunto, ao dizer que os fiéis que morrem descansam inconscientes no pó da terra, aguardando a ressurreição no dia da volta de Cristo, que nos levará para viver com Ele na escola celestial. Como vimos neste trimestre, a preparação para a vida no Céu se dá no presente, e a nossa educação – independentemente do campo de estudo – deve nos preparar para a vida eterna.

Afinal, qualquer escola pode passar informações boas e conhecimentos úteis. Mas, de que adianta ganhar esse conhecimento e perder a vida eterna? Nesta semana, examinaremos o que a inspiração declara sobre a escola superior celestial, onde aprenderemos e nos desenvolveremos por toda a eternidade. Ali, descobriremos coisas que, neste mundo atual, nem sequer podemos imaginar.



Domingo, 20 de dezembro
Ano Bíblico: 1 João
O destino dos mortos em Cristo

No século 17, um escritor francês chamado Blaise Pascal refletiu sobre a condição da humanidade. Para ele, um ponto era muito claro: não importava quanto tempo um ser humano vivesse (e naquela época a expectativa de vida era baixa) nem se a vida dessa pessoa fosse boa (e a vida naquela época também não era tão boa assim) – o fato é que, mais cedo ou mais tarde, essa pessoa morreria.

Além disso, o que quer que viesse após a morte seria infinitamente mais longo do que o curto período de vida aqui na Terra. Portanto, para Pascal, a coisa mais lógica que uma pessoa deveria descobrir é o destino dos mortos. E ele ficou surpreso ao ver as pessoas se preocupando com coisas como “a perda de emprego ou algum insulto imaginário à sua honra”, não dando atenção ao que aconteceria depois que morressem.

Pascal tinha razão. E não há dúvida do motivo pelo qual grande parte da Bíblia é dedicada às promessas reservadas para os que encontraram a salvação em Jesus, promessas relacionadas ao que os aguarda no futuro. Na segunda vinda de Jesus, os salvos ressuscitarão para a vida eterna. Após os mil anos, os perdidos ressuscitarão para a morte eterna (Ap 20).

1. Qual esperança é oferecida a nós? Leia Jo 6:54; 3:16; 1Jo 5:13; 1Tm 1:16; Jo 4:14; 6:40; Jd 1:21; Tt 3:7. Assinale a alternativa correta:

A.( ) A esperança da ressurreição e da vida eterna com Cristo.
B.( ) A esperança de obter ascensão social e fama.

A vida eterna faz muito sentido à luz da cruz; na realidade, à luz da cruz, nada mais faz sentido senão a vida eterna. Afinal, qual teria sido o propósito do Criador, Aquele que “fez o Universo” (Hb 1:2), em quem “vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28), ao encarnar em um corpo humano e morrer nesse corpo, se o nosso destino fosse apenas morrer e apodrecer como animais atropelados à beira da estrada?

Por isso, o Novo Testamento inclui muitas promessas de vida eterna, pois somente a eternidade garante restituição. Nem um bilhão de anos de bons momentos compensariam os momentos ruins passados aqui. Unicamente a eternidade pode equilibrar todas as coisas e superar infinitamente os sofrimentos e limitações produzidos pela história do pecado.

Pascal acertou ao dizer que nosso tempo aqui é muito limitado, se comparado ao que está por vir. É tolice não estarmos prontos para a eternidade.

O que você diria a alguém que mostra completa indiferença à questão da eternidade? Como ajudar essa pessoa a perceber que essa posição é absurda?


Segunda-feira, 21 de dezembro
Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas
Uma nova existência

2. “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4). Qual será a diferença entre a nossa existência neste mundo e a nova vida que teremos no Céu?

___________________________________

Um cristão estava conversando com um amigo sobre a esperança do evangelho, a promessa de vida eterna por meio de Jesus Cristo. O amigo respondeu negativamente à ideia. “Vida eterna?”, ele perguntou, estremecendo. “Que pensamento horrível! Já basta nossos 70 ou 80 anos aqui. Quem gostaria de prolongar essa experiência para sempre? Seria um inferno.”

O argumento dessa pessoa parece razoável, mas ela não entendeu que a promessa de vida eterna não é uma mera continuação desta vida aqui. Quem desejaria isso? No entanto, como diz o texto acima, as coisas antigas passarão e tudo se fará novo.

3. O que os textos a seguir revelam sobre a nova existência, que está por vir?

2Pe 3:10-13 _______________________________

Ap 21:1-6 _________________________________

“Consideremos com todo o empenho o bendito porvir. Atravesse a nossa fé toda nuvem de escuridão, e contemplemos Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos quantos
O recebem e Nele creem. [...] Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração essa esperança. [...] Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 361).

Quais são as condições para receber essa nova existência? Como podemos chegar lá? Como podemos ter certeza de que faremos parte disso? Que coisas em nossa vida poderiam nos impedir de participar do que Deus nos prometeu por meio de Jesus?


Terça-feira, 22 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 1-3
Então conheceremos

O Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu Professor, o Ser infinito. Uma filial dessa escola foi estabelecida no Éden; e, ao ser cumprido o plano da redenção, será reassumida a educação na escola edênica” (Ellen G. White, Educação, p. 301).

Se você é como a maioria das pessoas, certamente possui muitas perguntas sobre pecado, sofrimento, doença, morte e acerca da razão de coisas que aconteceram.

Também temos perguntas sobre o mundo natural e todos os seus mistérios. Apesar de todo o incrível progresso da ciência em nos ajudar a entender mais sobre o mundo e o Universo como um todo, ainda há muito além da nossa compreensão.

Das formas mais simples de vida ao firmamento acima, do movimento de partículas subatômicas às galáxias espalhadas pelo cosmos, somos confrontados com uma realidade muito maior e mais profunda do que a nossa mente hoje pode compreender, especialmente com o pouco tempo que temos aqui para estudar essas coisas.

Por outro lado, quando tivermos a eternidade para estudar, certamente muitos mistérios serão esclarecidos.

4. Leia 1 Coríntios 13:12; 4:5. O que descobriremos quando todos os tristes episódios de pecado, sofrimento e morte finalmente terminarem? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Compreenderemos todas as coisas ocultas a nós.
B.( ) Compreenderemos apenas as questões pertinentes à nossa origem.

Recebemos a promessa de que compreenderemos coisas que, por enquanto, permanecem ocultas a nós. É uma esperança maravilhosa saber que, quando examinarmos e entendermos coisas que hoje parecem tão difíceis, teremos apenas louvores a Deus! O segredo é manter a fé, confiar nas promessas de Deus, viver de acordo com a luz que temos e perseverar até o fim. A boa notícia é que podemos “todas as coisas Naquele que” nos fortalece (Fp 4:13).

Quais perguntas afligem seu coração? Quais coisas hoje parecem incompreensíveis? Por que a confiança em Deus em relação ao que entendemos agora pode nos ajudar em relação às coisas que, por enquanto, não compreendemos? A intensificação da comunhão com o Senhor, por meio do estudo da Bíblia e da oração, pode nos ajudar a ter mais confiança em Deus diante dessas questões?


Quarta-feira, 23 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 4-6
A escola celestial

5. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4:17, 18). Que esperança esses versos nos oferecem? Quais coisas eternas e invisíveis, prometidas por meio de Jesus, estamos aguardando? (Veja também Ap 21:1, 2; 2:7; 7:14-17).

_______________________________________

Por mais reais que sejam as promessas oferecidas a nós em Jesus, por mais que tenhamos boas razões para crer nelas, o fato é que a Bíblia nos apresenta apenas sinais e vislumbres do que nos aguarda. No entanto, podemos ter a certeza de que essa vida futura será maravilhosa, pois podemos imaginar como a vida seria extraordinária em uma existência sem a devastação do pecado!

Toda a nossa dor e sofrimento; todas as coisas contra as quais lutamos aqui são consequências do pecado. Cristo veio desfazer tudo isso, e Ele restaurará a Terra ao que Deus originalmente pretendia que ela fosse antes da entrada do pecado. Na verdade, será ainda melhor, porque, em meio a todas essas glórias, poderemos para sempre contemplar as cicatrizes nas mãos e nos pés de Jesus, o custo de nossa redenção.

“Ali, quando for removido o véu que obscurece nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza do qual temos apenas vislumbres pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus, hoje observadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer na ‘beleza do Senhor nosso Deus’ (Sl 90:17, versão King James) – que campo se abrirá ao nosso estudo! Ali o estudante da ciência poderá ler os relatos da criação, sem notar coisa alguma que lembre a lei do mal. Poderá escutar a melodia das vozes da natureza, e não perceberá nenhuma nota de lamento ou tristeza. Poderá enxergar em todas as coisas criadas uma escrita; contemplará no vasto Universo, ‘escrito em grandes letras, o nome de Deus’ (Recreations in Astronomy, Henry White Warren [1831-1912]); e nem na Terra, no mar ou no céu permanecerá um indício que seja do mal” (Ellen G. White, Educação, p. 303).

Pense como será viver para sempre em um mundo totalmente novo, sem tudo o que torna a vida aqui tão difícil. O que você imagina? Quais coisas você aguarda com ansiedade?


Quinta-feira, 24 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 7-9
O grande Professor

Como vimos durante todo este trimestre, um aspecto central do ministério de Cristo aqui na Terra foi o de professor. Desde o início de Seu ministério, seja por atitudes ou obras, Jesus ensinou constantemente a Seus seguidores verdades sobre Si, sobre o Pai, sobre salvação e sobre a esperança que nos aguarda (veja Mt 5:2; Mc 4:2; Lc 19:47; Jo 6:59).

De fato, tudo que precisamos fazer é folhear qualquer um dos evangelhos e, em todos eles, encontraremos Jesus ensinando. Por meio de Sua Palavra, o Senhor continua a nos ensinar hoje, e no novo mundo esse ensinamento continuará. Mas imagine como isso será diferente em uma vida livre de pecado e de todas as limitações que ele nos impõe.

6. “Se alguém Lhe disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos?, responderá Ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos Meus amigos” (Zc 13:6). Do que esse texto trata?

_____________________________________

“E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão cada vez mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais as pessoas aprenderem a respeito de Deus, mais admirarão Seu caráter. Quando Jesus lhes revelar as riquezas da redenção e os impressionantes feitos do grande conflito com Satanás, o coração dos resgatados baterá com mais forte devoção, e com alegria mais arrebatadora dedilharão as harpas de ouro. E milhões de vozes se unirão para avolumar o poderoso coro de louvor. [...]

“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única pulsação de harmonia e felicidade vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678).

De todas as verdades incríveis sobre as quais aprenderemos pela eternidade, nada nos cativará mais do que o sacrifício de Cristo em nosso favor. Pense na profundidade e na riqueza desse sacrifício, visto que o estudaremos por toda a eternidade. Desde já, como podemos aprender a valorizar mais o que Jesus fez por nós por meio da cruz?


Sexta-feira, 25 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 10, 11
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Educação, p. 301-309 (“A escola do futuro”); O Grande Conflito, p. 662-678 (“A vitória do amor”).

“O leão, que aqui tanto precisamos respeitar e temer, se deitará, então, com o cordeiro, e tudo na Nova Terra será paz e harmonia. As árvores da Nova Terra serão retas e altaneiras, sem deformidades [...].

“Deixemos que tudo quanto é belo em nosso lar terrestre nos lembre o rio de cristal e os campos verdejantes, as árvores tremulantes e as fontes vivas, a cidade resplendente e os cantores vestidos de vestes brancas de nosso lar celestial – aquele mundo de beleza que nenhum artista pode pintar e nenhuma língua mortal descrever. Deixe que sua mente imagine o lar dos remidos, mas lembre-se de que ele será mais glorioso do que o pode pintar a sua mais brilhante imaginação” (Ellen G. White, Visões do Céu, p. 133, 134).

“Um receio de fazer com que a herança futura pareça material demais tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo garantiu aos Seus discípulos que iria preparar um lugar para eles na casa de Seu Pai. Aqueles que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão totalmente ignorantes com respeito à morada celestial. [...] A linguagem humana não consegue descrever a recompensa dos justos. Será conhecida somente por aqueles que a contemplarem. Nenhuma mente finita consegue compreender a glória do paraíso de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 674, 675).

Perguntas para consideração

1. Por que muitos não se preocupam com a eternidade? Essa atitude não é absurda?

2. Por que a esperança de vida eterna é tão importante para a nossa fé? Sem ela, por que realmente não temos nada?

3. Na ciência há coisas muito complexas. Os cientistas não falam mais em “formas de vida simples” porque, afinal, as formas de vida mais simples não são tão simples assim. Cada nova descoberta traz mais perguntas. Como isso nos ajuda a entender o quanto aprenderemos na “escola celestial”?

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. A dor e o sofrimento cessarão e será inaugurada uma nova ordem de coisas. 3. 2 Pedro 3:10-13: tudo o que existe será destruído pelo fogo, e os elementos serão desfeitos; Apocalipse 21:1-6: o novo Céu e a nova Terra serão perfeitos, sem dor, morte e sofrimento. Habitaremos com o próprio Senhor. 4. A. 5. A esperança de vida eterna em um novo Céu e uma nova Terra, onde comeremos da árvore da vida e habitaremos na Nova Jerusalém. 6. Do momento em que perguntaremos a Jesus sobre as marcas do nosso pecado em Suas mãos, que nos lembrarão de Seu sacrifício pela nossa salvação.



Resumo da Lição 13
Céu, educação e aprendizado eterno

ESBOÇO

A maioria das pessoas não se apercebe de uma estranha apatia com a qual convive. Em um só dia, temos pelo menos uma dúzia de objetivos, desde tarefas a realizar e prazos a cumprir. Estamos ocupados identificando as metas de curto prazo e, em seguida, pensando em estratégias para alcançá-las. Mas, quando se trata de identificar o objetivo da vida e os meios para alcançá-lo, ficamos paralisados como animais assustados diante dos faróis dos carros. Como podem os humanos se preocuparem tanto com a sorte de seu time favorito, mas serem indiferentes ou apáticos ao seu próprio destino eterno ou ao de seus familiares? Jesus, no anseio de romper essa apatia, disse: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8:36).

Deus dará a vida eterna aos que optarem por não arriscar a sua salvação por causa de ganhos temporários. Nossa nova existência será preenchida com a presença divina (Ap 21:3), e as nossas necessidades físicas e espirituais serão atendidas (Ap 7:16, 17). Visto que Jesus investiu tempo para nos ensinar sobre Deus e Seus caminhos enquanto esteve na Terra, deduzimos que a educação continuará por toda a eternidade. Não haverá decepções, tédio nem apatia. Não seremos espíritos desencarnados flutuando como vapor, tocando harpa de vez em quando. Longe disso. “E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão cada vez mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. [...] Quanto mais as pessoas aprenderem a respeito de Deus, mais admirarão Seu caráter” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678).

COMENTÁRIO

Escrituras

Não é possível vislumbrar as glórias que aguardam os remidos da Terra. Em primeiro lugar, não existirá dor, nem choro, nem tristeza, nem morte (Ap 21:4). Não haverá fonte futura de tristeza, porque Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5). O pecado é a raiz do sofrimento, e ele será mantido fora do lar dos remidos (Ap 21:8). Em segundo lugar, todos os nossos sofrimentos passados serão consolados, uma vez que o próprio Deus “lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 21:4). Seremos “reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai” (Ap 1:6), com o privilégio imerecido e surpreendente de nos sentarmos com Ele no trono (Ap 3:21). Podemos apenas imaginar quanta adoração e louvor fluirão de modo irreprimível de corações transbordando de gratidão pelo que Deus e o Cordeiro fizeram por nós. Conseguimos visualizar o nosso encontro com os 24 anciãos, em que lançaremos nossas coroas aos pés do Cordeiro (Ap 4:10)? Palavras não podem descrever adequadamente essa cena.

A perpétua novidade de Deus

Por melhor que pareça a ideia de vida eterna, o que nos manterá ocupados por todo esse tempo? Como seres humanos finitos, lutamos com o conceito de eternidade. Nossa experiência atual mostra que mesmo coisas que antes eram agradáveis parecem perder, ao longo do tempo, a sua capacidade de atração.

A razão pela qual o novo céu e a nova Terra nunca serão entediantes é que, embora “todo prazer tenha prazo de validade, Deus [...] é a perpétua novidade”. Não há dúvida de que nosso coração continuará, por toda a eternidade, a se maravilhar ao vê-Lo, ouvi-Lo e aprender com Ele. Pense na maneira pela qual as Sagradas Escrituras têm chamado a atenção de judeus e cristãos há milhares de anos. Perceba que estar todos os dias com Deus será como receber uma nova Bíblia – cheia de novas informações, enquanto observamos como Ele Se envolve de maneiras novas com Sua criação e fala com sabedoria acerca de milhares de situações diferentes. É certo que ficaremos admirados; no entanto, não há razão para esperar para admirar Deus até chegarmos ao Céu. Abraham Heschel compartilha: “Nunca em minha vida pedi a Deus sucesso, sabedoria, poder ou fama. Eu Lhe roguei que estivesse sempre maravilhado, e Ele me atendeu.”

Então, por que o Céu estará além dos nossos sonhos mais lindos? Porque fomos criados com um propósito: conhecer a Deus e desfrutar Dele para sempre. Portanto, a menos que alguém pense que Deus é um engenheiro medíocre, nunca precisaremos nos preocupar com tédio, apatia ou monotonia em nosso lar eterno. Como disse C. S. Lewis: “Deus nos criou: inventou-nos como alguém que inventa um motor. Um carro é fabricado para funcionar com combustíveis específicos e não funcionaria corretamente com substâncias diferentes. Deus projetou a máquina humana para funcionar com base em Sua própria Pessoa. Ele próprio é o combustível com o qual nosso espírito foi projetado para queimar.”

Escrituras

Podemos afirmar que o sentimento de admiração motiva o aprendizado. Novamente, quando observamos crianças, com que frequência um momento de espanto é seguido por intenso questionamento? “Uau! Olhe para isso! Como isso acontece?” Ou: “Por que isso faz assim?” Outra característica que motiva o aprendizado é o mistério. Paulo se considerava um mordomo “dos mistérios de Deus” (ver 1Co 4:1). Quem não gostaria de ouvir e aprender o que Deus tem a dizer?

Paulo prosseguiu dizendo que, quando o Senhor vier, as coisas ficarão mais claras: “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações” (1Co 4:5). No contexto, ele apresentou essa ideia como uma defesa de seu ministério. Mesmo que Paulo tenha usado essa ideia em um contexto bastante restrito, o texto pode, obviamente, ser aplicado a toda uma gama de coisas que não entendemos por completo no momento. Somente as coisas do mundo criado já serão fontes de indagação que certamente nos manterão aprendendo e descobrindo com deleite por toda a eternidade. E, como já foi observado, os inesgotáveis planos, propósitos e caráter de Deus fornecerão infinitas oportunidades de aprendizado.

Outro texto muito usado para destacar as glórias inimagináveis do Céu é o seguinte: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Co 2:9). Essa passagem emociona a muitos com a antecipação de como o Céu será maravilhoso. No entanto, o contexto específico desse verso não defende estas ideias: (1) de que ninguém viu o que está sendo mencionado; (2) que o Céu é primariamente aquilo que é referido como o que foi preparado por Deus. Primeiro, a frase que vem após o texto em questão é “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito”. Então, aquilo que não tinha sido “visto” ou “ouvido” foi revelado a Paulo e a outros apóstolos e discípulos por meio do Espírito. Isso significa que Paulo teve uma prévia do Céu? Isso é pouco provável. Os versos anteriores a esse texto falam da “sabedoria de Deus” escondida em um “mistério”. Esse mistério está ligado ao pensamento introdutório do capítulo, que fala de Jesus Cristo e Ele crucificado (1Co 2:2). Uma rápida pesquisa da frase “sabedoria de Deus” e “mistério” nas epístolas de Paulo torna aparente o que o apóstolo quer dizer quando declara que o olho não viu, nem ouvido ouviu. Ele estava falando do evangelho de um Cristo crucificado e de Seus magníficos resultados (Ef 1:9, 10; 3:3-6; Cl 1:26, 27; 4:3; Ef 3:10, 11).

A compreensão mais contextualizada desse famoso texto não tira as glórias do Céu, mas aumenta a glória de conhecer a Deus e Seus propósitos, como foram vistos em
Jesus Cristo, e diz que podemos experimentar essas glórias agora por meio do Espírito. Essa é nossa experiência de “Céu na Terra”.

Aplicação para a vida

Se houvesse apenas um destino, ele seria inevitável, não importando o que fizéssemos. Mas a Bíblia é clara ao afirmar que existem dois destinos (Jo 5:29). Nós escolhemos, e a escolha não poderia ser mais fácil. Uma ótima maneira de começar todos os dias é aplicar essa escolha de forma consciente. Em vez de procurar pelo telefone, verificar os sites de mídia social ou assistir às notícias logo de manhã, por que não dizer em voz alta, antes que seus pés toquem o chão, tudo o que você escolhe como seguidor de Cristo? Algo como:

1. Hoje eu escolho andar com Deus.
2. Escolho ser um discípulo de Cristo e aprender tudo o que puder Dele.
3. Eu escolho tratar as pessoas como Jesus tratou.
4. Escolho a alegria satisfatória da santidade em detrimento dos prazeres fugazes do pecado.
5. Escolho a vida eterna em detrimento da morte eterna.
6. Escolho deixar que Jesus faça de mim uma nova criatura Nele.

Na Escola Sabatina, peça aos alunos que elaborem mais frases com “eu escolho” para começar o dia.

Praticamente tudo o que sabemos aprendemos um dia com alguém ou de alguma forma. Essa ideia torna a educação fundamental para a vida. Da habilidade necessária para amarrar nossos cadarços ao conhecimento salvífico do evangelho, a educação abrange tudo. Em parte, o Céu será perfeito e feliz porque o aprendizado continuará para sempre. Se descobríssemos a Deus nos primeiros 100 anos, ou Ele não seria Deus ou nós o seríamos, e essas duas hipóteses são falsas. Graças a Deus que Ele é tanto o Doador quanto o Objeto de uma dádiva final preciosa à Sua criação, a dádiva do aprendizado eterno.

 


Acidente com o vovô

O vovô era um homem gentil e bondoso, que contava histórias para a netinha de cinco anos, Kajal, e também brincava no chão com o neto de três anos, Nishant. Mas tudo mudou depois que ele sofreu um acidente. Escorregou enquanto voltava do mercado para casa, no vilarejo de Naorolli, Índia. Conseguiu se levantar, mas sua natureza bondosa e gentil desapareceu, passando a gritar quando Nishant queria brincar com ele. Quando Kajal pedia para contar uma história, ele jogava pedras. Passou a correr descontroladamente ao redor da casa, subir no telhado e pular diversas vezes. Gritava dia e noite. Todos tinham medo de ficar ao seu lado, até mesmo a vovó. Kajal se escondia quando ele se aproximava.

Seu filho, a nora e a esposa o levaram aos melhores hospitais, e chegaram a consultar curandeiros que prometeram expulsar os maus espíritos. Deram remédios ao avô, porém nada funcionou. Kajal ficou triste e chateada. Ela sentia saudade de ouvir as histórias que o avô contava. Os pais e a avó de Kajal também ficaram tristes e chateados. Eles não gostavam quando ele pegava os deuses de pedra no pequeno santuário e atirava na direção deles. “Por que nossos deuses não ajuda o avô?”, perguntam-se a mãe e o pai de Kajal.

“Por que nossos deuses não impedem que o avô pegue os atire contra nós?” “Precisamos agir em vez de depender de nossos deuses”, dizia a avó.

Então, a família perdeu a fé nos deuses de pedra. Mas, continuaram buscando a cura e, finalmente, mudaram-se para a cidade de Varanasi em busca de tratamento médico. Kajal ficou feliz por haver mudado para um pequeno quarto alugado com os pais, avós e o irmão. Ela esperava que o avô ficasse curado e voltasse a contar histórias. O pais dela abriram uma pequena lavanderia onde lavavam e passavam roupas. Eles levaram o avô a vários médicos.

Certo domingo, eles decidiram visitar uma igreja cristã. A mãe disse que um cliente garantiu com insistência que o pastor, por meio da oração a Deus, ajudaria o avô. Os pais não eram cristãos, mas estavam dispostos a recorrer a um novo Deus que pudesse ajudar o avô. A mãe disse a Kajal e ao irmão que eram muito pequenos para irem à igreja e disse que ficariam em casa com os avós.

Depois do culto, a mãe disse à avó que o pastor tinha orado pelo avô e pelo restante da família. Também disse que ela e o esposo planejavam voltar à igreja no domingo seguinte, para receber mais orações. Entretanto, a confusão foi formada quando o proprietário do apartamento soube que os inquilinos esperavam que Jesus curasse o avô. Zangado, expulsou a família do local. “Vocês podem frequentar a igreja e aceitar a Jesus”, disse. “Mas não podem viver no meu apartamento ao mesmo tempo.” Como não conseguiram encontrar um local barato para viver, tiveram que voltar para o vilarejo. Todos O pai e a mãe ficaram desanimados porque tinham aprendido a amar Jesus, mas não havia uma igreja no vilarejo. Então, reuniram a família para os cultos diariamente, o pai orava: “Senhor, se Tu es um Deus de amor, mostra-nos onde ir.”

No sábado seguinte, a mãe ouviu uma música doce pairando pelo ar. Ela parou no quintal da casa e viu que pessoas cantavam em uma casa do outro lado da rua. “O que está acontecendo ali?”, ela perguntou a um vizinho. “Eles estão no culto”, o vizinho respondeu. “Não costumávamos ter pessoas fazendo culto por aqui antes”, a mãe disse com surpresa, perguntando em seguida: “Por que não fazem os cultos no domingo?”; e o vizinho respondeu que não sabia, “Mas, há um culto acontecendo.”

Naquele momento, outra vizinha saiu de sua casa e entrou na conversa. “Venha! Vou acompanhá-la até a casa,” disse a vizinha, Jira, que era adventista do sétimo dia. Jira apresentou-a ao pastor adventista, e este a convidou para participar do culto. Ela aceitou, mas, continuava perguntando a si mesma: “Por que se reuniam aos sábados, em vez de aos domingos?”

No fim do culto divino, perguntou ao pastor:

“Por que seus cultos são aos sábados? Todos cristãos se reúnem aos domingos, mas vocês guardam o sábado. Por quê?

“Vou lhe mostrar através da Bíblia”, o pastor respondeu.

Naquela semana, o pai, a mãe e a avó começaram os estudos bíblicos, estudando sobre a Criação, quando Deus santificou o sétimo dia e o tornou santo. Eles entregaram o coração a Jesus. Infelizmente, o avô não recobrou a sanidade e faleceu durando o tempo que a família tomava estudos bíblicos.

Embora Kajal nunca mais tenha ouvido o avô contar outra história, é feliz porque a Bíblia tem histórias melhores do que as que ouvia antes. Hoje, ela está com 14 anos e estuda a Bíblia com o irmão de doze anos no internato adventista em Varanasi, que receberá parte da oferta do trimestre destinada a expandir os dormitórios. “Gosto de cantar, estudar a Bíblia e orar na escola”, diz Kajal. “Com um residencial maior, mais crianças poderão cantar, estudar a Bíblia e orar.”

Muito obrigado pelas ofertas generosas que ajudarão a escola de Kajal e outros projetos do trimestre por toda Índia. Muito obrigado por ajudar nosso precioso povo indiano a ouvir a maravilhosa história de Jesus que transforma vida.

Dicas da história
• O narrador não precisa memorizar a história, mas deve estar familiarizado com o material, de modo que não precise ler no momento da apresentação.
• Pronúncia de Kajal: .
• Pronúncia de Nishant: .
• A mãe se chama Kanchan Kanujiya, e tem 36 anos. O pai é Pramod Kumar, e tem 40 anos.
• A mãe é tesoureira da igreja e é professora de leitura como parte de um programa da igreja. Nos três últimos meses, oito pessoas entregaram o coração a Jesus através de seu trabalho.
• Assista ao vídeo sobre Kajal no YouTube: bit.ly/Kajal-Kannojiya.
• Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq).


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2020
Tema Geral: Educação e redenção
Lição 13 – 19 a 26 de dezembro de 2020

Céu, educação e aprendizado eterno

Autor: Prof. Patricio Ordoñez
Supervisor: Adolfo Suárez
Tradução e editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega e Rosemara Santos

Uma música que cantamos no culto familiar tem uma frase muito linda: “É ali onde eu me encontro, com a fonte do amor, o melhor lugar do mundo é aos pés do Salvador”. A Bíblia registra experiência de pessoas que escolheram aprender de Cristo. Maria assentou-se aos pés de Jesus e ouvia o que Ele dizia (Lc 10:39); o Gadareno fez a mesma coisa depois que os demônios foram expulsos de sua vida (Lc 8:35).

E como eles, todos nós temos a possibilidade de estar aos pés de Cristo, e na escola celestial poderemos fazer isso por toda a eternidade.

  1. Então conheceremos

Atualmente muitos jovens estão desmotivados porque sentem que o que aprenderam na escola e na faculdade não são ferramentas muito úteis para esta vida. Enquanto alguns não tiveram a possibilidade de se educar, há um terceiro grupo que desperdiçou as oportunidades acadêmicas.

A boa notícia é que não importa a nossa realidade aqui na Terra, na escola celestial teremos toda a eternidade para adquirir conhecimento e desenvolver o que ficou pendente na Terra. “Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos filhos de Deus”. Ali “toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas culminâncias a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, espírito e alma” (White, 2009, p. 307).

“A eternidade trará revelações mais ricas e ainda mais gloriosas sobre Deus e Cristo. Da mesma forma que o conhecimento é progressivo, o amor, a reverência e a bem-aventurança aumentarão.

“Com indizível deleite nos uniremos na alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participaremos dos tesouros adquiridos através dos séculos vividos na contemplação da obra de Deus. E enquanto os anos da eternidade se escoam, continuarão a trazer-nos mais gloriosas revelações. ‘Muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos’ (Ef 3:20) será, para todo o sempre, a concessão dos dons de Deus” (White, 2009, p. 307).

O maravilhoso é que “a vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá” (White, 2009, p. 307).

  1. A escola celestial – o ambiente

De acordo com estudos recentes no cenário educacional, na Espanha 80% dos professores estão estressados. No Brasil, 92% dos professores apresentam 3 ou mais sintomas de estresse. Essa situação se intensifica com a atual pandemia ao redor do mundo, em que muitos professores não estão preparados para as mudanças tecnológicas que têm que enfrentar. Na Inglaterra, o governo tem dificuldade em formar professores porque poucos escolhem essa profissão (Cury, 2016).

Por outro lado, os alunos mostram falta de identidade, de desejo, de real aspiração sobre o seu futuro. A aprendizagem não é assumida como uma responsabilidade própria. Realizam a tarefa de maneira muito superficial e estudam de forma limitada porque consideram que o conhecimento não é algo tão importante; essa visão é compartilhada por muitos alunos e esse cenário se repete em muitos países do mundo.

A escola celestial será diferente, será semelhante à primeira escola no Éden. Poderemos estar com o nosso Mestre, rodeados de belezas inimagináveis, planícies tranquilas e lindas colinas. Jesus gostava de ensinar em meio à natureza, à beira-mar, na encosta da montanha, sentados na relva verde. Além disso,

  • Jesus não ensinava pela força.
  • Ele preparava a mente para receber instruções e despertava o interesse em aprender.
  • A ciência de uma vida cristã pura, saudável e consistente é obtida através do estudo da palavra de Deus, que é a mais alta educação.
  • Os hábitos do professor devem ser considerados mais importantes que sua preparação acadêmica (White, 2010).

Não haverá mais conflitos entre nós porque cada um buscará o bem do outro. Tudo será paz e felicidade na escola celestial. O amor e a simpatia introduzirão o mesmo Senhor em nossas almas. Será maravilhoso não ter orgulho, inveja ou ciúmes (White, 2008).

“As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2:9, ACF).

Você percebe? Não conseguimos imaginar, mas garanto que será um lugar fantástico; o ambiente acadêmico será o melhor de todos, onde poderemos estar com o melhor Professor de todos os tempos, nosso amado Jesus.

  1. O grande professor

Alguns alunos passaram por experiências desagradáveis, e outros, por momentos maravilhosos com seus professores. O que eu sei é que, o impacto que os professores têm na vida dos alunos é enorme.

Sobre isso, Ginott (1993) menciona o seguinte: “Cheguei a aterrorizante conclusão de que sou um elemento decisivo na sala de aula. É a minha atitude que cria o ambiente. É o meu humor diário que cria o clima. Como professor tenho um grande poder de fazer a vida de alguém agradável ou miserável. Posso ser uma ferramenta de tortura ou um instrumento de inspiração. Posso humilhar ou melhorar o ânimo, ferir ou curar. Em todas as situações é a minha reação que determina se alguém será humanizado ou desumanizado”.

Jesus foi o melhor Professor na Terra e será o nosso Professor no Céu. Para Ele, o mais importante eram as pessoas; “o Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança” (White, 1977, p.143).

Jesus, nosso Professor é empático e Se colocava no lugar dos sofredores; Ele poderia viver como se o sentimento dos outros fosse Seu e sentia compaixão pelas pessoas (Lc 7:13; Mc 6:34; Mc 8:2).

O Mestre reconhecia o esforço e a atitude das pessoas, valorizava o sacrifício que os humanos faziam (Lc 21:3, 4). Defendia as minorias, os indefesos e valorizava suas ações (Jo 12:7); amava as crianças, as colocava como exemplo a ser seguido e as abraçava (Mt 19:14; Mc 9:35, 36); Ele as defendia e protegia (Mc 9:42).

Conclusão

Eu não quero perder essa oportunidade, e você? Agora é o momento de começar a desfrutar, de nos prepararmos para o que será uma eternidade com Jesus, aprendendo para todo o sempre. “Para nós, a glória do Seu semblante repousará novamente na face da natureza. Estaremos aprendendo novas lições de verdades celestiais e crescendo à semelhança de Sua pureza” (White, 2004b, p. 144).

Referências

Cury, A., y Sato, A. (2016). Padres brillantes, maestros fascinantes: no hay jóvenes difíciles, sino una educación inadecuada. Barcelona: Zenith-Planeta.

White, E. G. (1923). Fundamentals of Christian Education. Nashville, TN: Southern Publishing Association.

Ginott, H. G. (1993). Teacher and child: A book for parents and teachers. New York: Collier.

White, E. G. (1971). Consejos para los Maestros. Pacific Press Publishing Association.

White, E. G. (1977). A Ciência do Bom Viver. Casa Publicadora Brasileira.

White, E. G. (2010). Mente, Caráter e Personalidade, CPB: Tatuí.

White, E. G. (2007a). El Conflicto de los Siglos. Asociacion Publicadora Interamericana.

White, E. G. (2004b). O Lar Adventista. Casa Publicadora Brasileira.

White, E. G. (2008). La segunda venida y el cielo. Nampa, Idaho: Pacific Press Pub. Association.

White, E. G. (2009). Educação. Casa Publicadora Brasileira.

Conheça o autor do comentário para esta semana:

Patricio Ordoñez fez Licenciatura e Bacharelado em Educação Física na Universidade Adventista del Plata, Mestrado em Educação na Universidade Adventista do Chile, e atualmente está fazendo seu doutorado em Educação Religiosa na Universidade Adventista Andrews. É aluno há 23 anos e há 3 anos coordena o curso de Educação Física e a área de esporte e recreação na Universidade Adventista del Plata.

É casado com Adriana Alvarez, que também é Licenciada e Bacharela em Educação Física, atuando como professora do curso. Juntos, eles têm dois filhos, Candela e Gonzalo.