Quando testemunhamos, falamos de Jesus. Mas o que saberíamos sobre Cristo sem a Bíblia? Quanto conheceríamos sobre o grande conflito, o amor de Deus, o nascimento, a vida, o ministério, a morte, a ressurreição e o retorno de nosso Senhor se não tivéssemos as Escrituras?
Embora a natureza revele a majestade e o poder de Deus, ela não desvenda o plano da salvação. Jesus, mediante a Pessoa do Espírito Santo, é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Ainda assim, sem a Palavra de Deus para explicar completamente a verdade divina, a revelação do Espírito Santo em nosso coração é limitada. A Palavra escrita de Deus é a revelação mais clara e completa de Jesus, a Palavra Viva.
Embora os líderes religiosos estudassem a Palavra de Deus, muitos não compreenderam sua mensagem principal. Jesus disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (Jo 5:39). Corretamente compreendido, todo ensinamento da Bíblia reflete a beleza do caráter de Jesus. Quando compartilhamos a Palavra de Deus, nosso principal objetivo não é provar que estamos certos e que os outros estão errados, mas revelar Jesus em cada aspecto da verdade que compartilhamos.
1. Leia o Salmo 119:105, Jeremias 23:29, Lucas 8:11 e Mateus 4:4. Quais são os cinco símbolos usados para descrever a Palavra de Deus nesses versos? Por que esses cinco símbolos foram escolhidos para representar a Palavra de Deus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Lâmpada, fogo, martelo, semente e pão.
B.( ) Prego, porta, espinho, carruagem e azeite.
Os variados símbolos usados nessas passagens descrevem algumas das principais funções da Palavra de Deus. Quando compartilhamos as Escrituras com outras pessoas, é como se acendêssemos uma lâmpada para iluminar a vida delas. Jesus, “a luz do mundo”, rompe as trevas da visão equivocada sobre quem é Deus e a natureza de Seu caráter. Mentes obscurecidas com uma compreensão errada de Deus são iluminadas pelo Espírito Santo mediante a Sua Palavra.
Segundo Jeremias, a Palavra de Deus é como fogo e martelo. Ela consome a escória do pecado em nossa vida e quebranta nosso coração endurecido. Quando ajudamos as pessoas a ver nas Escrituras a glória de Jesus, o coração endurecido delas se quebra, e o fogo do Seu amor consome a escória do egoísmo, da ganância, luxúria e do egocentrismo.
A Palavra de Deus também é comparada à semente. A principal característica da semente é que ela dá vida. A semente leva tempo para crescer. Nem todas as sementes germinam ao mesmo tempo. Nem todas as plantas crescem na mesma proporção. Mas sob as condições certas, a vida na semente irrompe através do solo para uma nova vida. Quando plantamos a semente da Palavra de Deus no coração e na mente das pessoas, nem sempre vemos resultados imediatos, mas silenciosamente a semente cresce e, no tempo de Deus, se elas responderem à influência do Espírito Santo, a semente produzirá uma colheita para Seu reino.
Jesus comparou Sua Palavra ao pão nutritivo. Como muitos de nós sabemos, poucas coisas nos satisfazem tanto quanto um bom pedaço de pão. A Palavra de Deus satisfaz a fome do coração e nutre nossos anseios espirituais interiores. Quando compartilhamos as promessas da Palavra com os outros e os ajudamos a descobrir que Jesus é a Palavra, a vida dessas pessoas é transformada por Sua bondade, cativada por Seu amor, maravilhada com Sua graça e satisfeita em Sua presença.
2. Compare Hebreus 1:1-3; 4:12 e Salmo 33:6, 9. O que essas passagens revelam sobre o poder da Palavra de Deus?
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A Palavra de Deus é viva. Ela tem o poder de realizar as coisas que ela declara. As palavras humanas podem falar do que existe, mas Deus fala de coisas que ainda não foram feitas e, em seguida, as cria pelo poder de Sua palavra. A Palavra de Deus é criadora. A Palavra audível que procede de Sua boca tem o poder de criar tudo o que proclama.
Na história da criação relatada em Gênesis 1, a expressão “disse Deus” é usada repetidamente (Gn 1:3, 6, 11, 14, 20, 24, 26, 29). As palavras declarativas de Deus tinham tanto poder que, quando Ele falou, a terra seca apareceu, as plantas brotaram, as flores desabrocharam, as árvores frutíferas floresceram e os animais surgiram.
Há uma palavra hebraica impressionante utilizada em Gênesis 1 para designar a atividade criativa de Deus. É a palavra bara. Nessa forma específica, ela é usada para a ação de Deus de criar algo do nada. O verbo é usado somente quando Deus é o sujeito. Isto é, somente Deus pode executar a ação da palavra bara, e Ele o faz mediante o poder de Sua palavra falada.
Deus não apenas criou este mundo pelo poder de Sua palavra, mas também o sustenta e mantém por meio dela. O mesmo poder que está na Palavra falada de Deus está em Sua palavra escrita. O mesmo Espírito Santo que atuou na criação também atuou na inspiração das Escrituras. Ele está presente quando lemos a Bíblia ou a compartilhamos. Há um poder criador, doador e transformador de vida na Palavra de Deus. “A energia criadora que trouxe os mundos à existência está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; quando é aceita voluntariamente e recebida no coração, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Ellen G. White, Educação, p. 126).
Ao entendermos as maravilhosas promessas encontradas na Palavra de Deus, nossa vida é transformada e, à medida que ajudamos outras pessoas a compreendê-las, o Espírito Santo também transforma a vida delas.
Existem vários benefícios em estudar a Bíblia. Pedro disse que, pelas promessas das Escrituras, tornamo-nos “coparticipantes da natureza divina” (2Pe 1:4). Tiago falou da Palavra implantada nos cristãos, “a qual é poderosa para salvar a [nossa] alma” (Tg 1:21). Paulo acrescentou que a “Palavra da Sua graça [...] tem poder para [nos] edificar e dar herança entre todos os que são santificados” (At 20:32). A Bíblia tem um propósito redentivo. Ao vermos Jesus em todas as Escrituras, somos transformados. Ao contemplá-Lo em Sua Palavra, tornamo-nos como Ele (2Co 3:18). “Somos transformados pela contemplação – essa é uma lei, tanto da natureza intelectual quanto da espiritual. A mente vai se adaptando aos assuntos com os quais se ocupa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 555).
3. Leia 2 Timóteo 3:14-17 e João 17:14-17. Quais benefícios adicionais surgem do estudo da Palavra de Deus?
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Ao escrever para seu jovem companheiro Timóteo, Paulo pediu que ele fosse fiel às Escrituras e compartilhou os benefícios de estudar a Palavra inspirada. De acordo com Paulo, a Bíblia é “útil para o ensino”. Ela revela a verdade e expõe os erros. Ela descreve o plano de Deus para a humanidade, reprova nossos pecados, corrige nossos pensamentos errôneos e nos instrui na justiça. As Escrituras revelam a justiça de Cristo. Elas nos levam da insensatez de nossa pecaminosidade à beleza de Sua justiça. Quando vemos o amor altruísta de Jesus em contraste com nosso egocentrismo, ficamos maravilhados. Ao contemplarmos nas Escrituras a profundidade de Sua compaixão e cuidado, nossa vida é transformada. Quando compartilhamos Sua Palavra, as pessoas também são radicalmente transformadas. Ao contemplarmos Jesus em Sua Palavra, tornamo-nos mais semelhantes a Ele. Testemunhar não é compartilhar o que pensamos, nem mesmo o que acreditamos. É espalhar as verdades eternas encontradas na Palavra de Deus. Quando a Bíblia abençoa nossa vida, temos a credibilidade para dizer aos outros de que modo ela também pode abençoar a vida deles.
Já foram contadas mais de três mil promessas na Palavra de Deus. Cada uma delas vem do coração de um Deus amoroso, que pode “fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós” (Ef 3:20). As promessas de Deus são compromissos que Ele faz conosco. Ao reivindicarmos essas promessas pela fé e ensinarmos outras pessoas a reivindicá-las, as bênçãos do Céu fluem em nossa vida. Paulo enfatizou essa realidade: “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?” (Rm 8:32). Pedro esclareceu essa promessa, declarando que, “pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (2Pe 1:3). Mediante Sua morte na cruz e Sua vitória sobre Satanás e os principados e poderes do inferno, Jesus providenciou tudo que é necessário para vivermos de maneira espiritual e piedosa. Ele também promete suprir nossas necessidades físicas básicas.
4. Compare 1 João 1:7-9 com Filipenses 4:13, 19. Embora essas promessas sejam bem diferentes, o que elas ensinam sobre o caráter de Deus? Como elas impactaram sua vida? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Deus é amoroso e infinitamente poderoso.
B. ( ) O amor de Deus está condicionado aos nossos acertos.
As promessas são diferentes, mas a imagem de Deus que elas apresentam é semelhante. Elas revelam um Deus perdoador, de poder infinito e cuidado para com nossas necessidades. Elas afirmam que Deus Se importa profundamente conosco.
5. Leia Hebreus 3:19; 4:1-3 e Mateus 13:58. O que esses versos revelam sobre a necessidade de fé?
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Existem muitas promessas maravilhosas na Bíblia. Quando, pela fé, reivindicamos as promessas e acreditamos nelas porque Cristo prometeu, as bênçãos dessas promessas se tornam nossas. A falta de fé na capacidade divina de fazer o que Ele prometeu em Sua Palavra limita o cumprimento das promessas em nossa vida. Ore para que Deus o conduza a alguém que necessita das promessas de esperança encontradas em Sua Palavra.
Boas notícias devem ser compartilhadas. Pense nos momentos em que você se alegrou com boas-novas: o casamento, o nascimento do filho, um novo emprego ou a compra de um carro ou casa. Você ficou tão empolgado que mal podia esperar para contar a notícia!
É maravilhoso compartilhar nossa alegria, mas a melhor notícia em todo o Universo é a história de Jesus. Quando descobrimos novas ideias em Sua Palavra sobre a salvação em Cristo, nosso coração transborda de alegria e desejamos contar aos outros. Quando as autoridades religiosas tentaram interromper a pregação dos apóstolos, Pedro declarou: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20).
“No momento em que uma pessoa aceita Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o precioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração. Se estivermos revestidos da justiça de Cristo e cheios da alegria que Seu Espírito produz, será impossível nos contermos” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 78).
Em Romanos 1:14-16, Paulo escreveu: “Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma. Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”.
O apóstolo Paulo nunca se cansou de contar sua história de conversão. Seu coração transbordava de alegria em Jesus. Para ele, boas notícias deviam ser compartilhadas, e ele não podia ficar calado.
6. Quais princípios vitais Isaías 50:4, Eclesiastes 3:1 e 2 Timóteo 4:2 revelam sobre a ação de compartilhar a Palavra de Deus?
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Ao entregarmos a vida a Cristo e a Seu serviço, Ele abrirá as portas para que falemos em momento oportuno àqueles cujo coração Ele tem aberto. Em todo o nosso testemunho, devemos ter em mente três princípios bíblicos: o que dizemos, como dizemos e quando dizemos.
Textos de Ellen G. White: Caminho a Cristo, p. 87-91 (“O Conhecimento de Deus”); Obreiros Evangélicos, p. 192-193 (“Estudos Bíblicos a Famílias”); Evangelismo, p. 481-486 (“Métodos da Obra Bíblica”).
Deus está trabalhando no coração das pessoas. Se tivermos discernimento espiritual para ver onde Ele já está trabalhando, observaremos regularmente oportunidades de compartilhar Sua Palavra. Enquanto o Senhor prepara o solo do coração, temos a chance de semear a semente do evangelho. O Espírito Santo preparou o coração de Nicodemos, da mulher no poço, da mulher com fluxo de sangue, do ladrão na cruz, do centurião romano e de muitos outros a fim de receberem Sua Palavra antes que Jesus os encontrasse. Por meio das circunstâncias da vida e das impressões do Espírito Santo, elas estavam preparadas para receber a mensagem de Cristo.
Podemos ter uma hesitação natural em perguntar às pessoas se podemos orar com elas, compartilhar uma promessa da Bíblia ou oferecer-lhes uma literatura. Quando nos sentimos impressionados em compartilhar a fé, é porque o Espírito Santo que nos impressionou também impressionou as pessoas a receber nosso testemunho.
Perguntas para consideração
1. Se alguém viesse até você, sentindo-se terrivelmente culpado por alguma coisa e precisasse do perdão de Deus, que conselho você daria e quais textos bíblicos compartilharia? Qual tem sido sua experiência com a culpa e com o poder do perdão?
2. Às vezes, Deus traz pessoas à nossa vida porque deseja que elas conheçam Sua verdade. Como podemos ser sensíveis à Sua direção?
3. Reflita sobre o poder de Deus e da Sua Palavra, revelado na história da criação. Mal podemos compreender o conceito do próprio Universo, pois ele é tão grande e tão vasto! O Deus que o criou é ainda maior do que o que Ele criou. Encontramos conforto ao saber que o Deus a quem servimos é tão poderoso e nos ama? Que grande esperança obtemos ao conhecer essas qualidades de Deus? Como esse conhecimento nos ajuda a ser melhores testemunhas Dele?
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. A Palavra de Deus é poderosa e eficaz. Por meio dela os céus foram formados. Ela penetra o coração humano. 3. A Escritura é útil para o ensino e instrução na justiça; ela nos santifica e nos torna sábios para o reino de Deus. 4. A. 5. Sem fé não entraremos no descanso do Senhor. Sem ela, não podemos receber o cumprimento das promessas. 6. Ao compartilhar a Bíblia, devemos buscar compreendê-la como os eruditos. Precisamos também transmiti-la no tempo oportuno e usar seus ensinos para corrigir e exortar as pessoas. Se não sabemos o tempo e a maneira adequados em alguma situação, o Espírito Santo vai nos guiar.
Texto-chave: 2Tm 3:14-17
Foco de Estudo: Sl 119:105; Lc 8:11; Mc 4:26-29; Hb 4:12; 3:19; 4:1; Is 50:4
ESBOÇO |
A Palavra de Deus inspirada contém princípios que dão vida. Quando os ensinamentos cristocêntricos das Escrituras são aceitos pela fé, a vida é transformada. O poder criativo da Palavra de Deus ilumina as trevas, e isso nos transforma. Jesus é quem opera milagres, é Ele que transforma a vida. O Senhor está no centro de todo o ensino das Escrituras, como o apóstolo Paulo afirma claramente: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Jesus acrescenta: “As palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6:63).
A Bíblia não é meramente um manual sobre como construir uma vida cristã; ela é a Palavra viva de Deus, que transforma vidas. No estudo desta semana, examinaremos seu poder transformador, seus símbolos, como luz, fogo, martelo, semente e pão. Essas diferentes imagens têm algo em comum: revelam o poder da Bíblia para mudar vidas. Quando compartilhamos as Escrituras com as pessoas em nossa esfera de influência, a Palavra atua como a luz que as guia pelos vales escuros da vida, como um fogo que queima dentro da alma, um martelo que quebra corações endurecidos, como a semente que silenciosamente cresce e produz os frutos do Espírito e como o pão que nutre a fome espiritual. Na lição desta semana, descobriremos o poder transformador da Palavra de Deus.
COMENTÁRIO |
O salmista Davi declarou: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105). Ele também acrescentou: “A entrada das Tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices” (Sl 119:130, ACF). A luz sempre dissipa as trevas. Se você estivesse em uma estrada escura à noite, sem luz, poderia facilmente sair do caminho. Não seria incomum tropeçar e cair em um despenhadeiro. Uma lanterna poderosa faria toda a diferença. A Palavra de Deus ilumina o caminho dos seguidores de Cristo. Ela guia para o lar. Jesus é “a luz do mundo” (Jo 8:12), que dissipa as trevas por meio de Sua Palavra. Quando compartilhamos as Escrituras, ela dissipa as trevas nas quais Satanás envolveu as pessoas e ilumina seu caminho para o reino de Deus.
Em Jeremias 23:29, a Palavra de Deus é comparada ao fogo e ao martelo. É comparada ao fogo porque consome. Quando compartilhamos a Palavra de Deus, o fogo queima dentro da alma dos pecadores, consumindo erros. A Bíblia também é como um martelo.
O termo “martelo” pode parecer incomum para descrever a Bíblia. Martelos prendem e também esmagam coisas. O martelo da Palavra divina despedaça corações endurecidos. Pense nas mudanças dramáticas que ocorreram na vida dos endemoninhados, do centurião romano, do ladrão na cruz e de muitos outros em todo o Novo Testamento. A Palavra de Deus martelou seus corações endurecidos até que foram quebrados pelo martelo do amor.
Em um dos símbolos mais comuns nas Escrituras, a Bíblia é comparada à “semente”. Em Lucas 8:11, Jesus declarou: “A semente é a Palavra de Deus.” Há vida na minúscula semente. Quando a semente da Palavra de Deus é plantada no solo da mente, produz uma abundante colheita na vida. Jesus costumava usar esse simbolismo para descrever o crescimento de Seu reino. A Palavra de Deus espalhada como semente por todo o mundo produziria uma colheita abundante. “E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como” (Mc 4:26, 27, ACF). Matthew Henry, um comentarista bíblico, ao discorrer sobre essa passagem fez esta declaração perspicaz:
“[A semente] surgirá; embora pareça perdida e enterrada sob os torrões, ela encontrará seu caminho através deles. A semente lançada no chão brotará. Apenas permita que a Palavra de Cristo tenha o lugar que deve ter na alma, e ela se manifestará, à medida que a sabedoria do alto produz uma boa conduta” (Comentário Bíblico de Matthew Henry, v. 5, p. 383).
O argumento de Matthew Henry é claro. A Palavra de Deus pode parecer enterrada em algum lugar da mente. Pode parecer coberta pelos torrões do pecado, mas, se for estimada, surgirá uma nova vida. Mudará radicalmente as atitudes, as conversas, os hábitos e nosso estilo de vida. A semente é vivificante.
A Bíblia também usa o termo pão para descrever a Palavra de Deus. Jesus disse: “Eu Sou o pão da vida” (Jo 6:35). Ele acrescentou: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).
O pão era o sustentador da vida em todo o mundo antigo e um dos alimentos básicos do nosso planeta. É um item essencial da dieta. Um indivíduo pode sobreviver muito tempo com apenas pão e água. Ao usar a ilustração do pão, Jesus declarou que Ele é essencial para a vida.
Após o milagre da multiplicação dos pães e peixes, Jesus declarou: “Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna” (Jo 6:54). Parece uma afirmação muito estranha. Do que Jesus estava falando? É óbvio que Ele não falava literalmente de comer Sua carne e beber Seu sangue. Ao banquetear-nos com Sua Palavra, Seus ensinamentos se tornam parte de nossa vida. Foi isso que Jeremias quis dizer quando declarou: “Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo Teu nome sou chamado, ó Senhor, Deus dos Exércitos” (Jr 15:16). Não há nada tão satisfatório quanto a descoberta da verdade sobre Jesus nas Escrituras. Incentive a classe a compartilhar as maravilhosas verdades de Cristo e as promessas encorajadoras de Sua Palavra.
Ilustração
Quando as pessoas estão passando por uma mudança na vida, é mais provável que estejam abertas ao evangelho. Elas podem estar enfrentando desafios na saúde, uma crise
O termo “martelo” pode parecer incomum para descrever a Bíblia. Martelos prendem e também esmagam coisas. O martelo da Palavra divina despedaça corações endurecidos. Pense nas mudanças dramáticas que ocorreram na vida dos endemoninhados, do centurião romano, do ladrão na cruz e de muitos outros em todo o Novo Testamento. A Palavra de Deus martelou seus corações endurecidos até que foram quebrados pelo martelo do amor.
Em um dos símbolos mais comuns nas Escrituras, a Bíblia é comparada à “semente”. Em Lucas 8:11, Jesus declarou: “A semente é a Palavra de Deus.” Há vida na minúscula semente. Quando a semente da Palavra de Deus é plantada no solo da mente, produz uma abundante colheita na vida. Jesus costumava usar esse simbolismo para descrever o crescimento de Seu reino. A Palavra de Deus espalhada como semente por todo o mundo produziria uma colheita abundante. “E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como” (Mc 4:26, 27, ACF). Matthew Henry, um comentarista bíblico, ao discorrer sobre essa passagem fez esta declaração perspicaz:
“[A semente] surgirá; embora pareça perdida e enterrada sob os torrões, ela encontrará seu caminho através deles. A semente lançada no chão brotará. Apenas permita que a Palavra de Cristo tenha o lugar que deve ter na alma, e ela se manifestará, à medida que a sabedoria do alto produz uma boa conduta” (Comentário Bíblico de Matthew Henry, v. 5, p. 383). O argumento de Matthew Henry é claro. A Palavra de Deus pode parecer enterrada em algum lugar da mente. Pode parecer coberta pelos torrões do pecado, mas, se for estimada, surgirá uma nova vida. Mudará radicalmente as atitudes, as conversas, os hábitos e nosso estilo de vida. A semente é vivificante.
A Bíblia também usa o termo pão para descrever a Palavra de Deus. Jesus disse: “Eu Sou o pão da vida” (Jo 6:35). Ele acrescentou: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).
O pão era o sustentador da vida em todo o mundo antigo e um dos alimentos básicos do nosso planeta. É um item essencial da dieta. Um indivíduo pode sobreviver muito tempo com apenas pão e água. Ao usar a ilustração do pão, Jesus declarou que Ele é essencial para a vida.
Após o milagre da multiplicação dos pães e peixes, Jesus declarou: “Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna” (Jo 6:54). Parece uma afirmação muito estranha. Do que Jesus estava falando? É óbvio que Ele não falava literalmente de comer Sua carne e beber Seu sangue. Ao banquetear-nos com Sua Palavra, Seus ensinamentos se tornam parte de nossa vida. Foi isso que Jeremias quis dizer quando declarou: “Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo Teu nome sou chamado, ó Senhor, Deus dos Exércitos” (Jr 15:16). Não há nada tão satisfatório quanto a descoberta da verdade sobre Jesus nas Escrituras. Incentive a classe a compartilhar as maravilhosas verdades de Cristo e as promessas encorajadoras de Sua Palavra.
Ilustração
Quando as pessoas estão passando por uma mudança na vida, é mais provável que estejam abertas ao evangelho. Elas podem estar enfrentando desafios na saúde, uma crise
no emprego, um problema de relacionamento ou alguma outra dificuldade. Peça a Deus que o ajude a ser sensível às pessoas ao redor e lhe dê a sabedoria para discernir a abertura deles à Palavra de Deus.
Jane tinha acabado de se mudar para uma nova cidade. Seu marido havia morrido, e ela estava ficando desiludida com sua fé. Um convite para estudos bíblicos chegou à sua porta. Embora não estivesse interessada em um estudo aprofundado da Palavra de Deus um ano ou mais antes da chegada do cartão, agora ela estava passando por uma transição em sua vida e buscava por algo mais. Tinha uma fome oculta que não podia ser satisfeita com uma fé superficial. Ela respondeu à correspondência, estudou as lições da Bíblia e hoje se regozija com a verdade da Palavra de Deus.
Comentário adicional
Algo incrível na Palavra de Deus é que ela traz consigo o poder de realizar o que declara. É uma Palavra viva. Outros livros podem ser inspiradores, mas a Bíblia é inspirada e contém o poder do Doador da vida. Não apresenta meramente a verdade; é a verdade em sua própria essência. A Bíblia não apenas declara as verdades vivas; ela realiza o que declara na vida daqueles que creem (Hb 3:19; 4:12).
Em toda a Escritura, passagens como 2 Pedro 1:4, Tiago 1:21 e Atos 20:32 nos asseguram que, por meio da Palavra de Deus, tornamo-nos “coparticipantes da natureza divina”, recebemos salvação por meio da “palavra implantada” e recebemos “herança entre todos os que são santificados”. Quando pela fé aceitamos a Palavra de Deus como a Palavra viva de Cristo, tudo o que Jesus nos prometeu se torna nosso. Sua Palavra é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16).
Seu principal objetivo como professor da classe da Escola Sabatina é compartilhar com os alunos uma visão exaltada da Palavra de Deus inspirada e incentivá-los a compartilhar suas promessas e ensinamentos. Nossa função não é converter pessoas. Esse é o papel do Espírito Santo. Somos chamados a proclamar os ensinamentos que mudam vidas e permitir que o Espírito Santo imprima profundamente essas verdades no coração de outras pessoas.
Aplicação para a vida |
As promessas da Bíblia são como cheques de viagem. Às vezes, quando as pessoas saem de férias para um país estrangeiro e não querem arriscar levar dinheiro, compram cheques de viagem no banco. Esses cheques de viagem são isentos de riscos. Se você perdê-los ou se forem roubados, serão assegurados pelo banco. Quando você compra os cheques, assina-os e, quando os retira, assina-os novamente. As promessas de Deus são asseguradas por todas as Suas riquezas em glória. As riquezas inesgotáveis do Céu nunca acabam.
O melhor de tudo é que seus benefícios já foram comprados para nós na cruz. Tudo o que temos que fazer é aceitar as provisões de Suas promessas pela fé, e até a própria fé é um presente que Ele nos dá. Nesta semana, convide sua classe a:
A. Memorizar as cinco seguintes promessas da Palavra de Deus: 1 João 1:9; 1 Coríntios 10:31; Filipenses 4:13, 19; 1 João 5:17, 18.
B. Escrever a cada dia algumas promessas em um cartão para ler e meditar diariamente.
C. Pedir a Deus que lhe mostre alguém com quem compartilhar essas promessas. Ore por discernimento espiritual para reconhecer onde Deus já está trabalhando no coração de alguém.
D. Estar pronto para compartilhar na próxima semana como Deus o usou.
Oração e perseguição
Quando um irmão adventista apareceu, meu esposo e eu conversamos por alguns minutos na varanda de nossa casa em Conacri, Guiné. Então, ele me entregou um folheto no qual vi a palavra “Jesus” em letras pequenas em um canto do folheto. Sem tocar o material, falei que ele o entregasse ao meu marido, Alpha.
O folheto era em francês, idioma no qual meu marido não era fluente; por isso, ele me devolveu, pedindo: “Leia para mim.” Joguei o folheto no chão e tentei me justificar: “Eu não sou cristã! Não posso tocar em algo como isso!” Abri a porta e entrei em casa. Eu não queria ouvir sobre o cristianismo. Além disso, era hora da reza da noite. Porém, eu não consegui fazer isso. Estava tão irritada que minha mente não conseguia se concentrar.
Ouvi o visitante adventista conversando com meu marido na varanda, e perguntar a ele se tinha algum pedido de oração. “Preciso de emprego”, respondeu Alpha, que era eletricista profissional. “Além disso, quando ganho dinheiro, em pouco tempo, ele se acaba. E minha esposa está passando por uma gestação delicada. Por favor, ore em favor dela.”
Ao ouvir tais palavras, saí e contei ao irmão adventista algo que meu marido ainda não sabia. Durante a última consulta, o médico dissera que o bebê não mais estava vivo. Continuava na barriga, porém morto. Meu esposo ficou chocado com a notícia! Então, pedi ao adventista: “Por favor, ore por mim.” Ele orou: “Por favor, Senhor, abençoe sua filha com um bebê. Mas que tudo seja feito de acordo com Sua vontade.”
Depois da oração, ele pegou o folheto, escreveu seu nome, Tranqulle Fassinadouno, e o número de seu celular. Entregou a Alpha e disse gentilmente: “Talvez um dia sua esposa se interesse pelo folheto e leia para você.” Assim que ele foi embora, joguei o folheto no lixo. Gostei da oração, mas não queria me envolver com o cristianismo. Naquela noite, dormi bem pela primeira vez após sofrer de insônia por meses. A dor e a hemorragia diminuíram. Quando fui ao hospital, soube que o médico havia cometido um erro. Eu nunca estivera grávida.
Na mesma ocasião, meu filho Anthony adoeceu. Eu trouxe remédios do hospital, mas nada ajudou. Então, lembrei-me de quando minha enfermidade se dissipou após a oração de Tranqulle. “Por que você jogou o folheto com o número do celular?”, perguntei a mim mesma. No dia seguinte, ainda estava pensando sobre o número do celular do moço adventista, quando ouvi uma batida na porta. Era ele. “Estou tão feliz porque você está aqui!”, falei emocionada. “Estava querendo descobrir seu número de celular. Por favor, ore por meu filho enfermo.” Tranqulle orou e meu filho se restabeleceu na mesma tarde.
Alpha e eu ficamos maravilhados, mas eu ainda não estava interessada em ir à igreja. Entretanto, continuei lembrando das orações de Tranqulle. Passado um mês, tomei a decisão de ir à igreja. Fiquei profundamente tocada pelo sermão e resolvi frequentá-la todos os sábados. Porém, Alpha frequentou a igreja apenas dois sábados. Ele deixou de assistir aos cultos quando os amigos o alertaram que estava ficando louco. Também me proibiu de continuar frequentando, mas fui sem que ele soubesse. Depois de algum tempo, ele percebeu que eu saía de casa todos os sábados. Os amigos também contaram que me viram entrar na igreja.
Por causa disso, ele começou a me espancar. Uma vez a surra foi tão grande que fui levada ao hospital. Apesar disso, não deixei de frequentar a igreja. Aprendi a ter uma vida mais significativa durante a Escola Sabatina. Tranqulle, que descobri ser um pioneiro da Missão Global, ministrou estudos bíblicos. Eu resolvi tornar-me cristã quando li sobre o sétimo dia nos Dez Mandamentos.
Os espancamentos continuaram. Sempre que eu abria a boca para falar, ele me dava um tapa e ignorava o que eu desejava falar. Não dividíamos a mesma cama e ele se recusava a criar nossos filhos. Eu oro por ele diariamente. Um dos meus versos favoritos está em João 14:1, onde Jesus diz: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em Mim.” A despeito da perseguição, vivo em paz porque tenho Cristo. Vocês poderiam orar por mim? Com o Senhor, a vitória está ao nosso lado. Sei que um dia meu esposo se tornará cristão.
Parte da oferta do trimestre ajudará a construir a Kobaya Academy, uma escola de Ensino Médio onde os filhos de Maimouna e outras crianças poderão estudar em Conacri, Guiné. Muito obrigado por se lembrar deles e da obra adventista em Guiné, em suas orações.
Dicas da história
- Peça que uma mulher apresente esta história na primeira pessoa.
- Pronúncia de Maimouna
- Pronúncia Tranqulle
- Leia a versão sobre Tranqulle na próxima semana.
- Assista ao vídeo sobre Maimouna no YouTube: bit.ly/Maimouna-Bangoura.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2020
Tema Geral: Como interpretar as Escrituras
Lição 7 – 8 a 14 de agosto de 2020
Compartilhando a Palavra
Autor: César Luís Pagani
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
Compartilhar a Palavra é repartir Cristo. Isso se faz por preceito e exemplo, a saber, pregando e vivendo as verdades da Palavra de Deus.
É dizer que o Verbo Se fez carne, veio habitar conosco e intencionalmente dar a Sua vida em resgate de muitos.
Todos nós sabemos que Deus, o Criador de todas as coisas, colocou testemunhos na boca da Natureza. Tudo quanto foi criado fala da glória de Deus, de Seu amor, carinho e interesse pela felicidade dos homens. Você contempla o céu noturno repleto de estrelas e se extasia com a mensagem que vem do espaço. Bilac já dizia:
“Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo. Perdeste o senso!"
E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...”
Um poeta inspirado, muito milênios antes de Bilac, compartilhou a noção da Natureza como pregadora de Deus: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o Sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor” (Sl 19:1-6).
Testemunhos no céu, testemunhos na Terra. Florestas, mares, rios, frutos, flores, fauna e flora, todos são ministros do Senhor.
Porém, devemos ter presente que a cegueira produzida por Satanás nos homens pode invalidar totalmente esses testemunhos naturais. Então, proveu o Senhor outra testemunha poderosa: a revelação das Escrituras: “Mesmo em meio das belezas e riquezas do Universo, das maravilhas da natureza, não devemos desviar nossa atenção da Palavra de Deus, Sua revelação escrita, nem nossos pensamentos do nosso único Salvador, Jesus Cristo, que é um com o Pai e com o Espírito Santo” (Mil ilustrações para sermões, D. Peixoto p. 82).
As Escrituras são Cristo e Cristo é as Escrituras. São elas que falam Dele desde o Gênesis.
Paulo convocou seu discípulo Timóteo a pregar a Palavra de Deus: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela Sua manifestação e pelo Seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:1, 2).
Desafiador, não? É preciso pregar com franqueza, repreender, ensinar, corrigir, apelar para que o pecador aceite a Cristo, sua única esperança. Contudo, devemos nos lembrar de que as Escrituras não são um livro didático comum, que contém informações a ser transmitidas mecanicamente. Ela traz consigo poder sobrenatural. Poder do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Para corações duros como a rocha, ela é o martelo que esmiúça a penha; para mentes obscurecidas, ela é lâmpada para os pés e luz para o caminho; para o pecado, ela é fogo consumidor; para os famintos por justiça, é o pão que desceu dos Céus; para espíritos áridos, é semente que frutifica.
As Escrituras, instrumentalidade principal de nosso compartilhamento, precisam ser conhecidas pelo compartilhador antes de apresentadas, principalmente o Cristo que ela apresenta. Assim como um bom vendedor tem que conhecer os produtos que comercializa, o que dá testemunho tem que ser obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.
Para isso, precisa ser um estudante aplicado do santo Livro. Passe mais tempo com ele.
Li, há tempos, uma entrevista com o grande teólogo adventista Dr. Raoul Dederen, professor emérito da Andrews University. Ele contava de seus hábitos de estudo depois de sua jubilação. Ele se servia de um esquema em que dispensava algum tempo para o estudo. Munia-se para isso de algumas traduções bíblicas, comentários e concordâncias, dispondo-os sobre sua mesa. Ali mergulhava na sabedoria celestial.
Porém, o intento principal do estudo da Palavra não é obter conhecimento teológico. É extrair vida dela.
Vantagens do estudo da Palavra
1) Obtenção da fé verdadeira. A fé vem pelo ouvir (ler, estudar, meditar) da Palavra de Deus.
2) Libertação. Jesus asseverou que a verdade conhecida liberta.
3) Sabedoria real. Ela provê a sabedoria que proporciona uma fé inteligente.
4) Transformação. Alguém disse: “Você não precisa ser cristão para ler a Bíblia, mas você não pode ser cristão sem ler a Bíblia.”
5) Co-participação na natureza divina. O Espírito de Cristo produz no crente os atributos comunicáveis de Deus.
6) Preparação para o futuro imortal. O conhecimento das profecias escatológicas alerta para maior vigilância, promove o exercício do espírito de oração constante, blinda a mente contra as mentiras, fraudes, enganos e camuflagens do mundo, e também dos falsos profetas.
7) Prazer espiritual. Ora, a mente carnal não desfruta esse encanto. As Escrituras lhe parecem livro para tolos, para ingênuos, gente de classe inferior. No entanto, irradiam das páginas bíblicas divino encanto, luz para o crente.
8) Proximidade de Deus.
Está escrito em relação às promessas do Deus infalível a nós: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm Nele o sim; porquanto também por Ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio” (2Co 1:20). Ora, as promessas do Senhor estão aí para ser reivindicadas, isto é, reclamadas. E devem ser suplicadas por firme fé em Cristo e em Seu nome.
Note as maravilhosas e preciosas certezas divinas que Ele nos dá mediante Cristo:
1. Temos certeza sobre o coração amorável do Pai em dar-nos mais de três mil promessas.
2. Em Cristo temos a certeza do perdão e da justificação.
3. Temos certeza bem confirmada de que somos ovelhas de Seu rebanho e, portanto, guardadas dos males; certeza de proteção.
4. Em Cristo nos movemos e existimos. Ele nos dá certeza de vida a cada dia. Cada respiração, cada pensamento, cada movimento de nosso ser testemunha acerca de Sua bondade.
5. Desfrutamos Sua proteção cada dia. Além do anjo da guarda, Deus envia outros seres angelicais para nos guardar.
6. Nossas necessidades físicas, mentais e espirituais são supridas.
7. Por fim, em Cristo temos certeza quanto ao futuro; estaremos com Ele na Ceia das Bodas do Cordeiro, lá no terceiro céu.
Conheça o autor dos comentários para este trimestre: César Luís Pagani é jornalista, escritor e tradutor de inglês, francês, italiano e espanhol. Casado há 51 anos com Neusa Albamonte Pagani, é pai de três rapazes, César Augusto, Marcel e André, e avô de duas lindas netinhas: Bellinha e Bia. Trabalhou na Casa Publicadora Brasileira por 11 anos, primeiramente como designer gráfico no Departamento de Artes e depois como editor-associado das revistas Vida e Saúde, Nosso Amiguinho e do caderno de Notícias da Revista Adventista. Traduziu vários livros do Espírito de Profecia. Também trabalhou como tradutor para a revista Diálogo Universitário. Hoje é membro ativo na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central Paulistana, onde atua como professor da Escola Sabatina e cantor do Coro Masculino Edificanto.