Quando Jesus foi em sua direção, João Batista declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29), uma referência inconfundível à ideia dos sacrifícios que apontavam para a morte substitutiva de Cristo em favor da humanidade.
Na Bíblia, não podemos fugir do tema do sacrifício animal. Ele corre como um fio escarlate pelas páginas sagradas e desempenha um papel central na grande cena do Apocalipse, em que João é levado até a sala do trono de Deus (Ap 4; 5). O fato de Jesus ser apresentado nessa cena crucial como “um Cordeiro que parecia que tinha sido morto” (Ap 5:6) é uma chave essencial para compreender todo o episódio profético.
Nesta semana estudaremos temas ligados aos sacrifícios do AT, que aumentam nossa compreensão do Cordeiro que foi morto, o Protagonista de Apocalipse 4 e 5. Os seres celestiais reconhecem que Ele é digno, quando ninguém mais é, e Sua dignidade revela o que Deus fez por meio dos sacrifícios. A dignidade de Cristo revela o amor infinito do Senhor, que fez o sacrifício supremo, um ato que levará os seres humanos e as criaturas inteligentes do Universo a se maravilharem por toda a eternidade.
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Às vezes, podemos aprender bastante ao comparar duas ideias diferentes. Por exemplo, podemos compreender melhor o significado bíblico do sacrifício ao estudar sobre ocasiões em que Deus rejeitou os sacrifícios de Seu povo.
1. Compare Isaías 1:2-15 com Isaías 56:6, 7 e o Salmo 51:17. Que lições importantes sobre os sacrifícios são ensinadas nesses textos?
Essa trágica situação não foi a primeira em que Deus rejeitou sacrifícios. Algo semelhante aconteceu no início da história da salvação, quando Ele aceitou o sacrifício de Abel, mas rejeitou o de Caim. Esse episódio nos dá mais uma oportunidade de comparar sacrifícios aceitáveis com sacrifícios inaceitáveis (ver Gn 4:3-7; Hb 11:4).
Na época de Isaías, o povo se dirigia à presença de Deus, apresentava rituais tentando apaziguá-Lo, mas vivia como bem entendia. Fazia sacrifícios centrados em si mesmos, assim como os de Caim, em vez de realizálos em submissão a Deus.
A atitude de autossuficiência domina o mundo. Caim desejava viver da maneira como quisesse e apresentar a Deus um mero ritual com base em suas preferências. Concluímos que ele considerava Deus uma inconveniência, um obstáculo aos seus objetivos, mas temia ao Senhor o suficiente para cumprir rituais mínimos.
Abel, por outro lado, ofereceu o sacrifício que Deus havia pedido, expressando confiança na promessa de um Messias vindouro (Gn 3:15): um cordeiro que apontava para a salvação que Cristo efetuaria no Calvário.
“Abel entendeu os grandes princípios da redenção. Viu-se como um pecador, e viu que o pecado e sua pena de morte o separavam da comunhão com Deus. Levou a vítima morta, a vida sacrificada, reconhecendo assim as reivindicações da lei que fora transgredida. Por meio do sangue derramado, olhava para o futuro sacrifício: Cristo morrendo na cruz do Calvário. E, confiando na expiação que ali seria feita, tinha o testemunho de que era justo e que sua oferta seria aceita” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 48).
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Alguns criticam os sacrifícios, alegando que eles eram cruéis e, em certo sentido, injustos. No entanto, a intenção é exatamente essa. A morte de Cristo foi cruel, severa e injusta – o Inocente morreu pelos culpados. Isso era necessário para solucionar o problema do pecado. E esses sacrifícios apontavam para a morte de Cristo.
2. O que Hebreus 10:3-10 nos ensina sobre os sacrifícios que o povo de Deus oferecia na época do AT? Se os sacrifícios eram incapazes de salvar realmente os pecadores, por que eram oferecidos?
Os animais eram símbolos que apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus. Os sacrifícios eram atos de fé, que proporcionavam aos pecadores uma forma concreta de expressar fé na obra do Messias vindouro. Consideramos esses símbolos como tipos, que foram cumpridos por um antítipo, que é a realidade. Alguns descrevem os sacrifícios como “mini-profecias” sobre a morte de Jesus na cruz.
Os rituais ligados aos sacrifícios eram como o pagamento por uma viagem. Quando compramos uma passagem de ônibus, trem ou avião, não fazemos imediatamente a viagem pela qual pagamos. Em vez disso, recebemos uma passagem ou cartão de embarque, que é uma espécie de garantia ou representação da jornada que está por vir. Podemos segurar aquele pedaço de papel o quanto quisermos, mas ele não nos levará a destino algum. Mas, quando embarcamos e a jornada começa, recebemos aquilo pelo qual pagamos, e a passagem de papel se torna desnecessária.
Algo semelhante ocorreu com os animais oferecidos em sacrifício. Eles tinham um papel importante, mas uma vez que o sacrifício real foi feito, eles perderam todo o sentido. E essa realidade ficou visível quando, na morte de Cristo, “o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38). Todo o sistema sacrifical, o templo e os rituais apontavam para a morte de Jesus. Uma vez que Ele cumpriu Sua promessa na cruz e ressuscitou, vencendo a morte, os tipos se tornaram desnecessários.
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O Apocalipse se refere a Jesus como “o Cordeiro” cerca de 30 vezes. Desde o início do plano da redenção, o povo de Deus usou cordeiros como símbolos do Messias vindouro. Abel ofereceu as “primeiras crias do seu rebanho” (Gn 4:4, NVI); e, antes de partirem do Egito para a terra prometida, os israelitas foram instruídos a resgatar cada primogênito, pessoa ou animal, com um cordeiro de um ano (Êx 12:5).
3. O que a Bíblia ensina sobre Jesus como o sacrifício da Páscoa? O que essa verdade significa para nós? Êx 12:1-11; Is 53:7, 8; 1Co 5:7; Ap 5:6
Décadas após a morte de Cristo, Pedro refletiu sobre a redenção: “Não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1Pe 1:18, 19, NVI).
Jesus foi o único ser humano cuja vida satisfez perfeitamente a santidade de Deus. Todos os outros seres humanos pecaram, e nossa vida pecaminosa literalmente conta mentiras sobre a natureza do Criador.
Jesus, no entanto, tornou-Se o “último Adão” (1Co 15:45). Onde falhamos, Ele foi perfeito. Em Sua humanidade, Ele era tudo o que a raça humana deveria ser. Refletia a glória de Deus. Por isso, disse: “Quem vê a Mim vê o Pai” (Jo 14:9).
Jesus foi crucificado na festa da Páscoa, reforçando que Ele é o Cordeiro antitípico. Em João 18:19 e 20, Cristo disse que falava “francamente” sobre Seus ensinos. De forma paralela, os filhos de Israel foram instruídos a escolher para a Páscoa um cordeiro “sem defeito” e guardá-lo, colocando-o à vista de todos, durante os dias que antecediam o sacrifício (Êx 12:5, 6). Quando o sumo sacerdote questionou Jesus sobre Seus ensinos, Ele mencionou que estivera à vista de todos no templo, para que O considerassem. Sua vida, Suas obras, Seus ensinos – tudo revelava quem Ele realmente era. Jesus é o Cordeiro sem defeito, a expressão mais poderosa da justiça e da glória de Deus.
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A história da salvação envolve duas realidades que, à primeira vista, parecem contraditórias. Deus quer restaurar a comunhão que tínhamos com Ele e anseia estar próximo de nós. No entanto, trazer pecadores à Sua presença os levaria à destruição. Davi disse: “Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; Contigo o mal não pode habitar”. Mas ele também disse: “Eu, porém, pelo Teu grande amor leal, entrarei na Tua casa; com temor me inclinarei em direção ao Teu santo templo” (Sl 5:4, 7, NVI).
4. Leia Ageu 2:7-9. Enquanto o segundo templo estava sendo construído, o profeta Ageu fez uma promessa surpreendente: o novo templo seria mais glorioso do que o anterior. O que essa profecia queria dizer?
Quando Salomão dedicou o primeiro templo, a glória da Shekiná, a presença de Deus que acompanhou Israel a caminho de Canaã, encheu o templo, e os sacerdotes não puderam permanecer para ministrar (1Rs 8:10, 11). Quando o segundo templo foi dedicado, a arca da aliança, que representava o trono de Deus, não estava ali, pois alguns homens fiéis, aflitos com os pecados da nação, a haviam escondido antes da destruição da cidade (Ver Ellen G. White, História da Redenção [CPB, 2021], capítulo 24, p. 136). Desta vez, a presença de Deus não encheu o templo. Foi triste. Como a profecia de Ageu se cumpriria?
Foi no segundo templo que Jesus, Deus encarnado, apareceu em Pessoa, em carne e osso. O próprio Deus saiu de trás do véu para Se tornar um de nós e Se unir a nós neste mundo fragilizado. Como o Filho de Deus agora era também o Filho do Homem, podíamos ver Seu rosto, ouvir Sua voz e testemunhar, por exemplo, quando Ele tocou em um leproso impuro e o curou (Mt 8:3). Em vez de simplesmente nos chamar para nos aproximarmos Dele, Deus veio em nossa direção. Ele desceu, pessoalmente, até nós. Não é de admirar esta declaração sobre Jesus: “‘A virgem ficará grávida, dará à luz um Filho, e o chamarão Emanuel’, que significa ‘Deus conosco’” (Mt 1:23). Pense no que isso significa: o Criador do Universo condescendeu não apenas em viver entre nós, mas em morrer por nós!
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Em poucas ocasiões, profetas foram levados tão perto de Deus em visão para que vissem Seu trono. Ezequiel viu esse trono acima do firmamento (Ez 1:26); Isaías visitou o templo celestial para vê-lo (Is 6:1); e, em uma das descrições mais detalhadas que temos, João foi levado ao trono em visão (Ap 4; 5). Os rituais do santuário, que funcionavam como tipos, indicavam que havia apenas um caminho pelo qual a humanidade poderia entrar na presença de Deus: o sangue de Cristo (Lv 16:2, 14).
5. Leia Isaías 6:1-5 e Apocalipse 4:7-11. Quais são as semelhanças entre essas visões? Observe a ordem dos eventos: Qual assunto é apresentado primeiro? O que vem depois? Que verdade sobre Deus é enfatizada?
A primeira coisa que ocorreu é que seres celestiais destacaram a santidade de Deus. A cena de Isaías é impressionante: o templo estava cheio de fumaça e os “umbrais das portas” balançaram enquanto serafins proclamavam que Deus é santo (Is 6:4). Na visão de João, querubins fizeram o mesmo anúncio: “Santo, santo, santo” (Ap 4:8; em Ez 10:14, 15, as quatro criaturas viventes são chamadas de querubins). Cada um desses profetas viu uma cena deslumbrante da glória de Deus.
Em seguida, vemos a reação do profeta. Isaías reconheceu que era um “homem de lábios impuros” (Is 6:5), e João chorou diante da verdade de que não havia ninguém digno (Ap 5:4). Quando vemos a dignidade de Deus, compreendemos a situação humana: somos totalmente indignos e precisamos de Cristo como nosso Redentor.
Satanás acusa Deus de ser arbitrário, egoísta e severo. No entanto, um breve momento na sala do trono de Deus expõe as mentiras do inimigo. Somente quando vemos Cristo como Ele é, o “Cordeiro que foi morto” (Ap 5:12), podemos ver o Pai como Ele realmente é. É reconfortante saber que, ao ver Jesus, vemos como o Pai é (Jo 14:9). E a maior revelação do caráter do Pai é vista em Jesus morrendo por nós.
A cruz nos revela duas verdades. Primeira: Deus nos ama a ponto de Se sacrificar por nós. Segunda: a cruz deve nos mostrar que somos realmente pecadores e caídos, de tal maneira que somente por meio da cruz poderíamos ser salvos.
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Cristo é o único digno de obter e garantir nossa salvação. Sua vida foi a única sem pecado, que satisfez perfeitamente a glória do Pai. Ele é o Cordeiro imaculado, e está à frente da raça humana como nossa garantia eterna. Ao mesmo tempo, Ele tomou sobre Si nossa culpa, satisfazendo o juízo que é a resposta de Deus ao pecado. Quando João testemunhou a cena extraordinária de seres celestiais ao redor do trono, foi instruído a parar de chorar porque o “Leão da tribo de Judá” venceu (Ap 5:5).
O pecado é terrível, e o ser humano é pecaminoso, a tal ponto que somente a morte de Jesus seria suficiente para resolver o problema do pecado. Se houvesse outra maneira de nos salvar, sem violar os princípios de Seu governo, Deus teria feito.
“A transgressão da lei de Deus exigia a vida do pecador. Em todo o Universo havia apenas um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer suas reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Ele poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o ser humano decaído [...]. Cristo tomaria sobre Si a culpa e a humilhação do pecado – pecado tão ofensivo para um Deus santo que separaria o Pai e o Filho. Cristo atingiria as profundezas da miséria para resgatar a raça que fora arruinada” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 39).
Perguntas para consideração
1. João viu um “Cordeiro que parecia que tinha sido morto” (Ap 5:6). Jesus foi “morto” desde a fundação do mundo (Ap 13:8). O que aprendemos sobre Deus pelo fato de que o plano da salvação já estava em vigor antes do surgimento do pecado?
2. Os ateus acreditam que estamos sozinhos em um Universo frio e indiferente. A Bíblia, por outro lado, diz que Deus amou o mundo de tal maneira que desceu até ele e morreu por ele. Isso muda nossa maneira de ver o mundo e nosso lugar nele? A cruz deve impactar o que fazemos?
3. O pecado é terrível. Por que só Cristo pode salvar a raça humana?
Respostas às perguntas da semana: 1. Os sacrifícios não tinham valor em si mesmos. Eles apontavam para o sacrifício de Cristo e deveriam revelar a transformação interior de quem os oferecia. 2. Os sacrifícios do AT eram sombra do verdadeiro sacrifício, que seria oferecido por Cristo. Os pecadores expressavam fé no Messias vindouro. 3. Jesus, como o Cordeiro da Páscoa, foi humilhado e morto pelos pecados da humanidade. Sua morte é o único meio de salvação. 4. O Messias, com Sua presença, encheria esse templo de glória. Deus Se revelaria pessoalmente à humanidade. 5. Primeiro os seres celestiais proclamavam que Deus é santo, depois os profetas reconheciam sua própria pecaminosidade. Quando percebemos a grandiosidade de Deus, nossa atitude é de profunda humildade.
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TEXTO-CHAVE: Ap 5:9
FOCO DO ESTUDO: Gn 4:1-8; Is 53:1-12
ESBOÇO
Introdução: O ritual de sacrifícios era uma prática corrente entre a maioria dos povos do Antigo Oriente Próximo, onde os sacrifícios eram vistos como presentes para o deus de alguém, oferecendo alimento à divindade em troca de ajuda.
No entanto, a Bíblia dá um significado radicalmente diferente ao ritual de sacrifícios; na verdade, ela inverteu seu propósito. Enquanto no Antigo Oriente Próximo os sacrifícios significavam um movimento ascendente da condição humana para a esfera divina, na Bíblia, o sacrifício significava um movimento descendente de Deus para os homens. No Antigo Oriente Próximo, o deus criou os humanos para ter escravos que o serviriam e lhe proveriam comida. Em contraste, o Deus da Bíblia cria os humanos e lhes dá alimento.
Nesta lição, estudaremos o significado bíblico dos sacrifícios. O entendimento bíblico dos sacrifícios depende do contexto literário em que aparecem. Textos históricos e legislativos tendem a relatar os eventos dos sacrifícios como rituais e, assim, apresentam o significado religioso e ético dos sacrifícios conforme são vividos pelo povo. Por outro lado, os textos proféticos e poéticos tendem a se concentrar em seu significado espiritual e profético. Escolhemos um texto típico de cada categoria: os sacrifícios históricos de Caim e Abel, em Gênesis 4, e o sacrifício profético do Servo sofredor, em Isaías 53, para entendermos melhor seus respectivos significados.
COMENTÁRIO
O significado religioso e ético dos sacrifícios
O primeiro evento explícito de sacrifício destaca a oposição diametral entre Caim e Abel. Enquanto Caim tomou sua oferta somente do “fruto da terra” (Gn 4:3), Abel, por outro lado, trouxe “também”, ou “em adição” à oferta não animal, “das primícias do seu rebanho” (Gn 4:4). O sacrifício de Abel, portanto, está em conformidade com a instrução bíblica, que exigia que, “em adição a” uma oferta vegetal, um animal de sacrifício fosse apresentado para o holocausto (Êx 29:39-41). Considerando o fato de que Abel era “pastor de ovelhas”, e “Caim era agricultor” (Gn 4:2), Caim, o irmão mais velho, foi confrontado com um problema: ele precisava da ajuda de seu irmão mais novo. O orgulho de Caim pode ter desempenhado um papel em sua escolha de sacrifício e em suas ações subsequentes.
A história bíblica nos conta, então, que “o Senhor Se agradou de Abel e de sua oferta, mas de Caim e de sua oferta não Se agradou” (Gn 4:4, 5). O texto bíblico não explica o motivo pelo qual o sacrifício de Abel foi aceito e a oferta de Caim não. No entanto, uma série de pistas no texto sugerem o seguinte:
1. A primeira preocupação de Deus é a pessoa que faz a oferta, como sugere a seguinte tradução literal: “Deus olhou com interesse para Abel e, portanto [waw], para sua oferta; mas Ele não olhou com interesse para Caim e, portanto [waw], para sua oferta”. Essa tradução indica
que a aceitação ou rejeição da oferta por Deus está sobretudo ligada à condição espiritual da pessoa, e não à oferta em si (Mq 6:7, 8; Is 1:11).
2. Enquanto Caim oferece “a Deus”, Abel apenas oferece. A frase “a Deus” está ausente na descrição da oferta de Abel. Caim vê sua oferta como um presente que ele está dando a Deus, enquanto Abel foca no significado do sacrifício em si, percebendo-o como um presente de Deus para ele. Para Caim, a religião é um movimento ascendente em direção a Deus, mas, para Abel, é um movimento descendente de Deus.
3. Enquanto Abel escolheu das bekorot (“primícias”), o produto mais precioso da estação, de acordo com a legislação de Moisés (Êx 23:19), Caim pegou um fruto qualquer da terra. A oferta de Caim foi a expressão do esforço humano em direção a Deus, enquanto a oferta de Abel foi a expressão da necessidade da humanidade pela salvação de Deus.
4. A oferta de Abel estava relacionada à promessa do Cordeiro messiânico de Gênesis 3:15, que seria sacrificado para salvar o mundo, enquanto a oferta de Caim era um ritual vazio e sem importância. Note que o mesmo contraste aparece entre as vestes humanas e as vestes de Deus (Gn 3:7). Enquanto Adão e Eva usaram folhas de plantas disponíveis para se cobrirem, Deus providenciou vestes que implicavam um sacrifício animal (veja Gn 3:21).
5. Por fim, a falta de conexão religiosa correta de Caim atinge seu clímax no ato do assassinato. Como Caim se desconecta do Deus Pai, ele, consequentemente, perde a conexão com seu irmão.
O fratricídio ilustra como o pecado funciona. O pecado contra o irmão decorre do pecado contra Deus. O Senhor percebe essa conexão entre o religioso e o ético quando adverte Caim: “Se fizer o que é certo, não é verdade que você será aceito?” (Gn 4:7). A expressão “[fazer] o que é certo” refere-se, em primeiro lugar, ao sacrifício correto que Caim devia oferecer, mas também à sua luta pessoal contra o mal e, mais especificamente, ao seu relacionamento com seu irmão. O verbo em hebraico, teytib, “faça o bem”, possui uma forte conotação ética. O mesmo verbo é usado por Jeremias para descrever o relacionamento ideal entre “um homem e seu próximo” (Jr 7:5).
É interessante notar que o discurso de Jeremias a Israel conecta a mesma questão da vida religiosa à ética. Depois de uma longa lista de crimes éticos (roubo, mentira, adultério, etc.), por meio do profeta, Deus confronta seu povo dizendo: “Depois vêm e se põem diante de Mim neste templo que se chama pelo Meu nome” (Jr 7:10). Esse chamado ressoou com muitos outros profetas que enfatizaram a rejeição de Deus a esses sacrifícios. Miqueias, em particular, insiste eloquentemente na inutilidade de tal religião: “Será que o Senhor Se agrada com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? [...] Ele já mostrou a você o que é bom; e o que o Senhor pede de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6:7, 8).
O significado profético dos sacrifícios
Uma das passagens bíblicas mais poderosas sobre o significado profético dos sacrifícios é o cântico de Isaías sobre o Servo sofredor, que é apresentado como um sacrifício, antecipando o ministério sacrifical de Jesus Cristo. A ideia central da passagem é o sofrimento e a morte do Servo para fins expiatórios. Essa ideia é destacada em oito dos doze versículos (Is 53:4-8, 10-12).
Essa ideia também é intensificada na seção central de Isaías 53 (versos 4-6) e descrita com termos e temas diretamente emprestados do mundo levítico. O servo é comparado a um cordeiro pronto para o abate (Is 53:7; compare com Lv 4:32; 5:6; 14:13, 21; etc.). A forma passiva, uma característica marcante do estilo levítico, é particularmente preeminente em Isaías 53, sendo usada 16 vezes no texto; 12 dessas ocorrências estão no Niphal, a forma técnica do “veredito declaratório” sacerdotal, normalmente utilizada em conexão com os sacrifícios. Essa intenção religiosa é ainda mais confirmada pelas sete referências ao “pecado”, abrangendo todos os três termos técnicos (pesha‘, ‘awon, khet’): “Ele foi ferido por nossas transgressões [pesha‘], Ele foi esmagado por nossas iniquidades [‘awon]; [...] e o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade [‘awon] de todos nós [...] Ele levará as iniquidades deles [‘awon]. Ele levou sobre Si o pecado [khet’] de muitos” (Is 53:5, 6, 11, 12).
Um versículo em particular revela o processo levítico de expiação: “Ele verá o fruto do trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. O Meu Servo, o Justo, com o Seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre Si” (Is 53:11). A palavra “conhecimento” (beda‘to) aponta para o versículo 3, em que a mesma raiz da palavra “conhecer” (Yadu‘a) é usada para caracterizar o Servo como um Homem que “conhece” a tristeza. O versículo explica que é por meio desse conhecimento, ou dessa experiência de sofrimento, que o Servo irá “justificar”. A frase seguinte explica a operação implícita no verbo “justificar”: “porque as iniquidades deles levará sobre Si” (Is 53:11). É ao suportar as iniquidades deles que o Servo poderá tornar muitos justos. O versículo seguinte usa novamente a palavra “muitos” e confirma essa interpretação que faz de “muitos” o objeto do verbo “justificar”: portanto, o Servo “levou sobre Si o pecado de muitos” (Is 53:12).
Essa linguagem e sua associação de ideias são bastante familiares no contexto bíblico, sugerindo que o Servo é como a oferta sacrifical, que no sistema levítico carregava o pecado e, portanto, permitia a justificação e o perdão de Deus: “Se trouxer uma cordeira como oferta pelo pecado, [...] porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado [...]. Assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do pecado [khet’] que ela cometeu, e o pecado lhe será perdoado’” (Lv 4:32-35). O forte tom cultual nesse texto sustenta a ideia de que o Servo sofredor desempenha o papel de um sacrifício vicário, tomando o lugar do pecador para oferecer perdão.
APLICAÇÃO PARA A VIDA
O sacrifício de Deus pela sua salvação. Leia Filipenses 2:7. Reflita sobre a expressão “Ele Se esvaziou”. Como a disposição de Deus de Se tornar “nada” se aplica ao seu relacionamento com seus vizinhos ou parentes? Quão pronto você está para se tornar nada, para “esvaziar-se” para o avanço do seu colega ou o crescimento do seu filho?
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Longa caminhada até Deus, Parte 1
Tailândia | Pada
Pada, de doze anos, não conseguia entender por que seu irmão mais velho havia deixado a fé da família para se juntar à Igreja Adventista do Sétimo Dia na Tailândia.
"Por que você se tornou adventista?", ele perguntou ao irmão, Morja.
"Venha morar comigo, e você verá", respondeu Morja.
Pada foi morar com Morja.
O menino era o mais novo de sua família e realmente queria saber por que Morja havia se tornado adventista.
Morja era o filho mais velho e o líder da família após a morte do pai, quando Pada tinha três meses de idade.
A mãe, que tinha seis filhos para criar sozinha após a morte do pai, ficou feliz por Morja poder ajudar a cuidar de Pada.
Pada rapidamente viu que a vida era muito diferente na casa de Morja. Morja era 11 anos mais velho que Pada. Ele já era casado e pai de três meninos.
Morja e sua família não comiam carne de porco, cobras e ratos como outros habitantes das montanhas que vivem na fronteira da Tailândia e Mianmar. As pessoas das montanhas eram muito pobres e comiam tudo o que encontravam. Morja e sua família não eram ricos, mas só
comiam o que Morja chamava de "comida limpa". Morja explicou que a Bíblia proibia as pessoas de comer alimentos impuros, como carne de porco, cobras e ratos.
No domingo, Pada ajudava na fazenda de seu irmão. Ele observava o búfalos-d'água quando Morja não os estava usando para arar o arrozal. Ele observou os búfalos-d'água novamente na segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira.
Na manhã de sábado, Morja acordou Pada às 5 horas. Ainda estava escuro lá fora.
"É hora de se levantar e se preparar para a igreja", disse Morja.
Pada não estava feliz. Ele queria dormir. Mas ele respeitava seu irmão e precisava ouvi-lo.
Ele também se lembrou de que queria saber por que Morja havia se tornado adventista. Talvez ele descobrisse na igreja.
Pada levantou-se e juntou-se ao irmão e ao resto da família para um café da manhã simples de arroz e vegetais. A esposa de Morja havia preparado a refeição na sexta-feira.
Depois de comer, Pada acompanhou Morja, a esposa de Morja e seus três filhos em uma longa caminhada até a igreja.
Não havia Igreja Adventista em sua pequena cidade, e eles precisavam caminhar 13 quilômetros até a igreja mais próxima em outra cidade.
Morja pegou um filho pequeno e o carregou em um pano enrolado nas costas. A esposa de Morja pegou um segundo filho e o carregou em um pano enrolado nas costas.
Pada caminhou com o filho mais velho, que tinha 6 anos.
A família de seis pessoas caminhou por três horas. Eles escalaram trilhas nas montanhas, avançaram por arrozais e navegaram por rios. Finalmente, eles chegaram à Igreja Adventista a tempo para a Escola Sabatina.
Pada gostou do culto de adoração. O pastor adventista tinha três filhas que tinham mais ou menos a idade dele. As meninas tocavam violão e cantavam lindas canções sobre Jesus.
Após o culto, Pada desfrutou de um delicioso almoço na igreja. Ele gostou especialmente de uma deliciosa sopa de abóbora preparada pela esposa do pastor.
Embora a primeira visita de Pada à igreja tenha sido uma boa experiência, ele não ficou muito feliz quando seu irmão o acordou às 5 horas novamente no sábado seguinte. Ele queria dormir e não estava ansioso pela longa caminhada até a igreja. Mas quando chegou à igreja,
ele ficou feliz por estar lá.
Foi assim que aconteceu todo sábado depois disso. Pada resmungava internamente enquanto se preparava para ir à igreja e enfrentava a longa caminhada. No entanto, ele sempre apreciava a música e a comida.
Obrigado por suas ofertas missionárias da Escola Sabatina, que ajudam a proclamar as boas-novas sobre a iminente vinda de Jesus na Tailândia e ao redor do mundo. Descubra na próxima semana como Pada decidiu seguir o exemplo de seu irmão e se tornar adventista do
sétimo dia.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
• Mostrar a Tailândia no mapa.
• Pronuncie Pada como: PA-da.
• Pronuncie Morja como: MORDG-a.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina de Adultos – 2º trimestre de 2025
Tema geral: “Alusões, imagens e símbolos: como estudar a profecia bíblica”
Lição 6 – de 3 de maio a 9 de maio
Compreendendo o sacrifício
Autor: Elton de Lima Alves Júnior
Editores: Fernando Dias de Souza e André Oliveira dos Santos
Revisora: Rosemara Santos
A queda do ser humano no pecado gerou a necessidade do Salvador (Gn 3:15). Este deveria ter características importantes. Sua missão resultaria em Sua morte. E do homem sempre se esperou fé no Redentor.
A frase “eis que o homem se tornou como um de nós” (Gn 3:22) poderia também ser traduzida como “eis que o homem agora é como um de nós”. Após a queda, a natureza do ser humano mudou. Ele deixou de conhecer o bem. A partir de então, ele conheceu o mal, o que explica sua saída do Éden e a necessidade do Salvador.
Para não ser parte do problema do ser humano, o Salvador precisava ter uma natureza distinta da humanidade (Rm 8:3). Deveria ser obediente a Deus em todas as coisas e morrer para pagar o preço do pecado (Fp 2:8). Seu caráter de amor sacrifical deveria ser contraposto perante o mundo ao caráter do mal. Por isso, antes que ocorresse, essa morte seria tipificada pelo sacrifício de animais: um símbolo da fé no Salvador vindouro.
Sacrifícios inúteis?
Ainda que os sacrifícios de animais fossem importantes, o maior interesse de Deus estava na fé que deveriam representar. Por isso, nem sempre os sacrifícios foram aceitos. A fé expressa no cumprimento desse ritual deveria ser demonstrada numa vida de obediência.
Deus não aceitou a oferenda de vegetais oferecida por Caim. Por quê? Porque suas ações não manifestavam fé. Caim sabia o que deveria fazer (Gn 4:7). Contudo, escolheu o caminho da desobediência, algo que Israel também escolheu mais tarde. A frase “se fizer o que é certo” (Gn 4:7) sugere que a oferta de Abel era a correta, pois envolveu o sacrifício de um cordeiro (Gn 4:4). O animal sacrificado representava Cristo, “o Cordeiro de Deus”, que, por meio de sua morte na cruz, “tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Deus, portanto, desejava apenas que as pessoas demonstrassem fé em Sua obra salvadora. Os sacrifícios de animais nunca foram o objetivo final.
“O sangue de touros e de bodes”
Os sacrifícios de animais eram uma representação da obra de Jesus. Contudo, “é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10:4). A matança de animais inocentes ilustrava a natureza da morte de Cristo na cruz, pois Ele também era inocente. Nesses sacrifícios, havia uma ideia clara de substituição. No entanto, eles não podiam pagar o preço que a transgressão exige, por isso eram constantes e não podiam remover a culpa verdadeiramente (Hb 10:1-4). O pecado exige a morte eterna do ser humano (Rm 6:23). Portanto, a função desses sacrifícios era pedagógica e tipológica (Hb 10:1). Seu valor estava no que ensinavam e para quem apontavam.
O cordeiro pascal
O cordeiro pascal é outra das imagens que as Escrituras utilizam para se referir a Jesus Cristo e Sua obra. A descrição da instituição da Páscoa amplia conceitos sobre a missão de Jesus em favor da humanidade.
A Páscoa foi instituída na saída do cativeiro do Egito (Êx 12). O sacrifício do cordeiro celebrava o livramento da última praga, que atingiu os primogênitos dos egípcios (Êx 12:12, 13). Portanto, esse cordeiro cumpriria um papel substitutivo. Seu papel também seria redentor, porque esse seria o último ato antes da saída do cativeiro (Êx 12:11). Mais tarde, o evangelista Lucas aprofundou esse conceito de libertação (Lc 9:30, 31).
Jesus no templo
O Cordeiro, que é Cristo, é divino, pois é apresentado explicitamente como Deus (Jo 1:1). Os evangelhos estão repletos de indicações nesse rumo. Mateus coloca, logo em seguida à pergunta “Quem é este […]?” (Mt 8:27), um reconhecimento de que Jesus é o “Filho de Deus” (Mt 8:29). E, uma vez que essa declaração é proferida pelos demônios, “devemos supor que os demônios desfrutavam de algum conhecimento independente da identidade de Jesus” (D. A. Carson, O Comentário de Mateus [São Paulo: Shedd, 2010], p. 263). Outro exemplo é quando Jesus, em uma discussão com os fariseus, respondeu mencionando a Casa de Deus, o lugar de Sua presença (Mt 12:1-8). Cristo argumentou que Deus não condenou Davi e seus soldados, nem os sacerdotes, por estes terem servido o pão do santuário para aqueles. Ele afirmou então que ali estava “quem é maior que o templo” (Mt 12:6). E quem é maior que a Casa de Deus? Apenas um: o próprio Deus. Jesus assumiu, portanto, que Ele é Deus encarnado. Quando Ele esteve no segundo templo, cumpriu a profecia (Ag 2:7-9). Sua glória é a mesma que encheu o primeiro templo (1Rs 8:10, 11). Contudo, agora ela não é mais velada.
“Porque criaste todas as coisas”
A visão do trono de Deus em Apocalipse 4 e 5 apresenta a grandeza de Deus. Todos O adoram, porque Ele reina em santidade (Ap 4:8-11). A visão revela a dignidade divina. O termo “digno” aparece cinco vezes nesses dois capítulos para se referir a Deus, o Pai, e ao Cordeiro (Ap 4:11; 5:2, 4, 9, 12).
A razão para essa dignidade, louvada por todos os seres celestiais, envolve a morte do Cordeiro (Ap 5:9, 12). Ela tem relação direta com Sua vitória (Ap 5:5). Foi por Sua morte que Ele venceu. Por causa dessa vitória, Ele pôde abrir o livro, o que possui relação direta com “as orações dos santos” (Ap 5:8) e a salvação de Seu povo (Ap 5:9, 10).
A glória de Deus é Sua bondade (Êx 34:18, 19). Não sem razão, a bondade foi manifestada para Isaías quando ele se sentiu indigno na presença da glória de Deus (Is 6:1-7).
Conclusão
Alguém disse que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, e assim é. Jesus fez muito uso de ilustrações. A pedagogia divina se manifestou no sistema de sacrifícios. Nesses rituais, todos podiam contemplar a graça de Deus e o plano da salvação. Até que a cruz chegasse, eles eram necessários, ainda que não tivessem poder para salvar.
Contudo, em Jesus a salvação verdadeiramente chegou. Sua morte foi Sua vitória, e a nossa também. Louvado seja Deus!
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Elton de Lima Alves Júnior é pastor adventista do sétimo dia. Formou-se Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) em 2008. Iniciou seu ministério em Porto Alegre. Trabalhou em diversas funções no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. É Mestre em Interpretação Bíblica pelo Unasp. Atualmente mora em Santiago, Chile, servindo como Secretário Executivo da União Chilena desde 2023. É casado com Gisselle, pedagoga. O casal tem três filhos: Isaac, Rebecca e Giovanna.