Lição 5
27 de abril a 03 de maio
Conselhos para famílias
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Rs 18, 19
Verso para memorizar: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3:5, 6).
Leituras da semana: Pv 5:3-14; 13:22; 14:26; 17:22; 23:13; 31:10-31; Mt 19:5; 1Co 7:3, 4

Não importa a fase da vida em que estejamos hoje, todos viemos de uma mãe e de um pai, independentemente do tipo de relacionamento que tivemos com eles após nosso nascimento, se é que convivemos com eles. Por outro lado, algumas pessoas nunca constituíram sua própria família além daquela em que cresceram.

Seja qual for a nossa situação ou fase da vida, o livro de Provérbios reúne instruções, poemas, perguntas e sábios provérbios. O relacionamento familiar é abordado diretamente, e outras palavras de sabedoria podem ser aplicadas ao lar. Na verdade, Provérbios é formulado como um documento familiar em que os segredos para uma vida piedosa são transmitidos de pai para filho. Assim como os pais podem escrever uma carta aconselhando um filho ou filha que está indo para a faculdade, ou indo morar ou trabalhar longe de casa, o livro de Provérbios também retrata um pai que se dirige a seu filho: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe” (Pv 1:8). O livro de Deuteronômio orienta os pais a compartilhar suas convicções com a próxima geração. Isso é o que o livro de Provérbios também faz. Na convocação do pai, ouvimos a voz do Pai celestial nos chamando a aprender.



Domingo, 28 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 20, 21
Ame a mulher certa

1. Enumere as consequências e problemas envolvidos em uma relação sexual antes do casamento ou um caso extraconjugal, conforme descritos em Provérbios 5:3-14. Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e tristeza.

B. (  ) Morte; perda da honra, dos anos de vida e dos bens.

pessoa piedosa reserva (se não for casada) e preserva (se for casada) suas mais profundas afeições e intimidade sexual para o casamento. O livro de Provérbios é especificamente endereçado aos homens, mas a mesma ideia relacionada às mulheres é expressa em Cântico dos Cânticos de Salomão (compare com Ct 4:12-15). A poderosa atração do amor ilícito deve ser contrastada com as terríveis consequências desse pecado. Relações sexuais casuais não possuem compromisso e, portanto, ficam muito aquém da verdadeira intimidade. Recursos materiais, físicos e emocionais são desperdiçados. E, o mais importante, devemos responder a Deus pelas escolhas feitas na vida.

A intimidade sexual, um dos maiores presentes de Deus para o ser humano, é um privilégio apenas do casamento (Mt 19:5; 1Co 7:3, 4;
Hb 13:4). Em Provérbios, a imagem de um abundante manancial que satisfaz é usada como um delicado símbolo do prazer e satisfação que os cônjuges devem obter, juntos, em seu amor. Isso é contrastado com o desperdício que resulta da infidelidade. A expressão “a mulher da tua mocidade” (Pv 5:18) indica que, mesmo quando os dois amadurecem e envelhecem, o compromisso deles deve continuar. Um marido ainda é arrebatado (“embriagado” [Pv 5:19]) pelos encantos de sua esposa.

Na condição humana caída, os instintos sexuais podem seduzir indivíduos, afastando-os do propósito divino para a sexualidade. No entanto, Deus também deu à humanidade o poder de raciocinar e escolher. Essas tentações, se não forem continuamente subjugadas, podem se tornar irresistíveis. Um firme compromisso com o propósito divino para a sexualidade no casamento pode impedir o desenvolvimento de relações sexuais ilícitas. A escolha da permanente fidelidade ao propósito de Deus para a sexualidade no casamento não é apenas prudente, mas também traz recompensas abundantes.

Imagine alguém que esteja sofrendo com tentações sexuais capazes de destruir o casamento. Qual conselho você daria a essa pessoa?

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Segunda-feira, 29 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 22, 23
Um chamado aos pais

2. Quais qualidades de caráter dos pais têm consequências a longo prazo para os filhos?

Pv 13:22; 27:23, 24: ____________________________________________________________________________________

Pv 14:26: ___________________________________________________________________________________________

Pv 15:1, 18; 16:32: ______________________________________________________________________________________

Pv 15:27: ____________________________________________________________________________________________

Pv 29:17: ____________________________________________________________________________________________

O caráter dos pais tem impacto direto sobre seus filhos e sobre o legado a eles transmitido. Os filhos recorrem aos pais em busca de apoio, afeto, orientação e exemplo. O livro de Provérbios elogia pais que são provedores confiáveis e que gerenciam sabiamente os recursos da família. Muitas são as maneiras pelas quais “o que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa” (Pv 15:27); portanto, os pais devem estar atentos para dar prioridade à família e não ao trabalho. Pais piedosos buscam ser pacientes e dominar suas emoções. Eles levam em consideração o fato de que seus filhos dependem deles. Disciplinam seus filhos, mas cuidam para não abusar de sua posição de autoridade. Mais importante, os pais dedicados desejam seguir a Deus e ser governados pelo Seu amor e pelos ensinos de Sua Palavra, para que possam guiar seus filhos no caminho certo.

Por fim, a coisa mais importante que o pai pode fazer por seus filhos é amar a mãe deles. Sua fidelidade e contínua afeição por ela, ou a falta dessas coisas, têm um forte efeito sobre o bem-estar dos filhos até a idade adulta.

Em Provérbios, a lealdade a Deus, o compromisso com o casamento e com a família, bem como a integridade na vida pessoal e comunitária, são temas fundamentais. O sucesso em todas as coisas depende da condição do coração do indivíduo. As atrações do pecado, seja sexo, preguiça, riqueza ou poder, são abundantes, mas o marido e pai sábio busca a ajuda de Deus para fazer escolhas certas continuamente.

São os princípios morais aqui expressos importantes para todos, sendo ou não pais? Como suas ações, boas ou ruins, têm afetado outras pessoas, especialmente seus filhos? Em que aspectos você precisa ser mais cuidadoso(a)?


Terça-feira, 30 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 24, 25
Correção com amor

3. Qual é a importância da disciplina e correção de uma criança? Pv 10:17; 23:13, 14; 29:1; 29:15

Os pais às vezes disciplinam seus filhos para lhes mostrar o comportamento socialmente inaceitável, punir a desobediência e até mesmo expressar seu descontentamento quando são constrangidos. Mas qual é a intenção de Deus com a disciplina dos membros mais novos de Sua família? Provérbios estabelece a disciplina no contexto da esperança para o futuro (Pv 19:18). Os pais piedosos sabem que os filhos têm uma natureza pecaminosa. Somente um poder pode ajudá-los com isso, e esse poder é Cristo (veja Ellen G. White, Educação, p. 29). A missão dos pais cristãos e da disciplina é conduzir os filhos a Deus.

Sustentando uma planta frágil. Por meio de Cristo, a disciplina não é vista como punição ou expressão de autoridade, mas como correção redentiva. O plano de Deus é que pais amorosos, conhecendo a força do pecado, guiem os filhos a Cristo. Pais cuidadosos corrigem de maneira gentil e firme, restringindo e guiando os filhos nos primeiros anos, assim como um horticultor dá suporte a uma árvore recém-plantada, até que o domínio próprio surja e o jovem passe a confiar em Deus e a cooperar com o plano divino para a salvação, crescimento e maturidade.

4. Qual mensagem para os pais é encontrada em Provérbios 13:24 e 23:13, 14? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Os pais devem ser condescendentes com seus filhos.

B. (  ) Os que amam seus filhos os disciplinam, pois isso os livrará da sepultura.

Apenas algumas vezes a palavra “vara” (shebet, em hebraico) é mencionada no contexto de disciplinar os filhos. É popular na literatura cristã sobre paternidade e maternidade a noção de que o uso da vara deve seguir o exemplo do Pastor celestial, que a utiliza para guiar o rebanho (Sl 23:4). Algumas passagens bíblicas indicam o ensino paciente, exemplo consistente, boa comunicação e relacionamento próximo para influenciar os filhos à mudança (Dt 11:18, 19). Eles precisam se sentir amados pelos pais. Isso é vital para que a disciplina seja corretiva e redentiva (Pv 13:24).

Quando a disciplina perde o propósito pretendido, por ser dura demais ou equivocada, como os pais podem resolver os problemas com seus filhos?


Quarta-feira, 01 de maio
Ano Bíblico: 1Cr 1–3
A vida é melhor no canto do eirado?

5. De que maneira o livro de Provérbios descreve com humor algumas irritações da vida doméstica? Pv 21:9, 19; 27:15, 16. Que efeito tem esse humor? ___________________________________________________________________________________________

Diversos provérbios consideram como tratamos uns aos outros em relacionamentos próximos. Eles apresentam seu argumento com um leve toque de humor, como aqueles provérbios sobre o amigo insensível que “entoa canções junto ao coração aflito” (Pv 25:20) e o membro da família que se levanta cedo e, “aos gritos”, abençoa os que dormem (Pv 27:14, NVI). Ao lerem esses versos sobre mulheres briguentas, as esposas podem querer acrescentar alguns “provérbios” sobre os homens! Elas retrucam que esses ditados perpetuam exatamente o problema descrito nos provérbios, que escolhem como alvo apenas as mulheres, quando os maridos, que compartilham a responsabilidade pela atmosfera do lar, são igualmente capazes de ter um comportamento briguento. Pense, por exemplo, como deve ter sido viver na casa de Caifás ou Anás!

Um coração alegre é de grande ajuda. Ter senso de humor na vida familiar é uma coisa boa. O humor lubrifica a maquinaria da vida, ajudando a reduzir o estresse e as tensões. “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17:22). Provérbios toma um pouco do seu próprio remédio em todo o livro e nos dá permissão para rir de alguns comportamentos que aborrecem e irritam. Talvez, o momento em que sorrimos seja a melhor ocasião para falar de hábitos ou comportamentos que nos irritam ou incomodam. Por outro lado, o humor não deve ser usado para minimizar ou ignorar problemas que requerem séria atenção.

Uma febre baixa pode ser um sintoma de uma infecção crônica. Brigas, resmungos e reclamações podem sinalizar que há ira reprimida em um ou mais membros da família, talvez relacionada a dificuldades com a reciprocidade ou a comunicação no relacionamento. O parceiro que reclama tenta compensar o percebido poder, controle e falta de vontade de se comunicar do outro. Se a infecção for removida, os sintomas desaparecerão. Na família cristã, em vez de evitar o problema, ou uns aos outros, os membros desenvolvem seu amor pelo Senhor e seu compromisso mútuo de comunicar suas necessidades e sentimentos, verificar a raiz de sua ira e arrancá-la.

Por que o riso é tão importante para o lar? Como ele pode ser usado para o bem? Como pode ser pervertido e usado para o mal? Compartilhe sua resposta com a classe.


Quinta-feira, 02 de maio
Ano Bíblico: 1Cr 4–6
Uma esposa verdadeiramente rica

6. O livro de Provérbios encerra com elogios a uma esposa virtuosa. Quais são as características e qualidades elogiadas? Pv 31:10-31

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A mulher descrita é especial assim como a poesia que a descreve. Cada um dos versos, desde Provérbios 31:10, começa com uma das 22 letras do alfabeto hebraico. Percebe-se nesses versos um tributo a uma esposa digna – um tributo que nem mesmo todo o alfabeto apresenta uma estrutura suficiente para exaltá-la da maneira devida!

A ênfase de Provérbios no casamento com uma boa parceira é refletida em um ditado dos rabinos: “O lar de um homem é sua esposa”. “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como podridão nos seus ossos” (Pv 12:4). No fim do livro, idealisticamente reunidas na descrição de uma única mulher, há muitas habilidades: fabricação de roupas, compra de imóveis, agricultura, administração doméstica e financeira. Enquanto isso, a mulher virtuosa cuida bem da sua família. Eles a amam e a elogiam.

Não devemos esperar que todas as mulheres tenham essa extensa lista de talentos. Eles também não são um modelo pelo qual os maridos devem avaliar suas esposas. Em vez disso, ao descrever essas capacidades e qualidades, o livro de Provérbios comunica o que é mais importante e universalmente relevante para as mulheres, assim como para os homens:  fidedignidade, compaixão, confiabilidade, fidelidade, bondade e diligência. O segredo de uma vida como essa, de acordo com Provérbios 31:30, é temer ao Senhor.

Em Provérbios 31:10, a palavra para “virtuosa” ou “exemplar” (NVI) significa “força”, “poder” ou “riqueza”. Ela é traduzida como “riquezas” no Salmo 62:10 e descreve os homens “valorosos” de Josué (Js 1:14, ARC). Boaz elogia Rute com a palavra “virtuosa” (Rt 3:11). Em Provérbios 31:10, há um “jogo” com o conceito de “riqueza”. A verdadeira riqueza está no caráter, na integridade e no temor do Senhor. Isso excede muito o valor encontrado em pedras preciosas.

Quais mulheres valorosas e virtuosas influenciaram sua vida? Como você expandiria a lista de qualidades de caráter, virtudes e capacidades das mulheres piedosas?


Sexta-feira, 03 de maio
Ano Bíblico: 1Cr 7–9
Estudo adicional

Sobre a importância de manter o coração no Céu, Ellen G. White escreveu: “Os cristãos devem ser cuidadosos em guardar o coração com toda a diligência. Devem cultivar o amor pela meditação e espírito de devoção. Muitos parecem lamentar os momentos empregados em meditação, na pesquisa das Escrituras e na oração, como se o tempo assim empregado fosse perdido. Desejaria que todos vocês pudessem ver essas coisas sob a perspectiva que Deus deseja sejam vistas; pois, então, dariam ao reino do Céu um lugar de suprema importância. Manter o coração no Céu fortalecerá todos os seus dons, comunicará vida a todos os seus deveres. O disciplinar a mente em se demorar nas coisas celestiais dará vida e fervor a todas as nossas atividades. [...] Somos anões nas conquistas espirituais” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1311).

Perguntas para discussão

1. Para muitos cristãos que buscam “guardar seu coração” contra a tentação, é útil ter uma rede de apoio. De que maneira isso fortalece as orações, o estudo da Bíblia e a confiança no Espírito Santo? Seria necessário buscar ajuda profissional na luta contra tentações que nos levam ao pecado e que parecem invencíveis?

2. Assim como ocorre com muitas coisas maravilhosas que Deus nos deu, como o riso e o humor podem ser pervertidos e transformados em algo prejudicial?

3. Em contraste com Provérbios 31, quais qualidades a cultura contemporânea tende a exaltar nas mulheres? Como podemos, como indivíduos, nos proteger desse mesmo comportamento degradante?

4. Em geral, quais atitudes culturais, no que diz respeito à vida familiar em sociedade, conflitam diretamente com os princípios bíblicos de vida familiar? Por outro lado, existem algumas atitudes culturais semelhantes aos princípios bíblicos? Quais seriam elas e como podem ser usadas para fortalecer nossa família?

Respostas e atividades da semana:

1. B.

2. O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos; é atencioso; temente ao Senhor; é calmo e paciente; repudia o suborno; disciplina seus filhos.

3. A criança disciplinada anda nos caminhos da vida. Corrigir com a vara em amor não matará a criança; antes, a livrará da sepultura.

4. B.

5. O livro de Provérbios descreve com certo toque de humor o convívio com uma esposa briguenta e rixosa, em contraste com a vida no deserto ou num canto sob o eirado, e em paralelo com o gotejar da chuva. O efeito desse humor é instrutivo.

6. A mulher virtuosa atende às necessidades da sua família e trabalha desde cedo, pois não é preguiçosa. Ela ajuda o aflito e o necessitado, fala com sabedoria e tem um coração bondoso.



Resumo da Lição 5
Conselhos para famílias

A vida familiar é complexa. Precisamos de toda a ajuda possível diante desse desafio. O verso para memorizar desta semana implica que devemos engolir nosso orgulho e “não [nos apoiarmos] em [nosso] próprio entendimento” (Pv 3:5). Sejamos honestos e admitamos que precisamos de ideias de uma fonte externa, o Senhor, se quisermos ser mães e pais, filhos e filhas amorosos. O livro de Provérbios é um grande tesouro de ideias sobre a vida familiar. Assim, a lição “sabiamente” busca orientação nas suas páginas.

A formação de uma família começa com duas pessoas escolhendo se comprometer uma com outra por toda a vida. Quer os filhos gostem ou não, os pais geralmente estão em posição vantajosa para aconselhar sobre quem seria ou não um bom cônjuge. O livro de Provérbios apresenta muitos conselhos sobre uma pessoa com quem não se deve envolver, geralmente identificada como a mulher imoral (Pv 2:16-19, 5:3-14, 7:4-27). Mas não é difícil aplicar os mesmos princípios para ajudar a evitar o homem errado também. Talvez o fato de que apenas a “mulher imoral” seja mencionada, e não o “homem imoral”, seja contrabalançado, em parte, pelo fato de Provérbios terminar com uma homenagem à “mulher virtuosa” (Pv 31:10-31).

As ações dos pais terão consequências diretas sobre o caráter dos filhos. Então, é muito importante que sua influência seja prudente e equilibrada (Pv 15:1). Embora negligenciar a disciplina seja prejudicial a uma criança (Pv 23:14), no contexto da aliança os pais são regidos por seu amor a Deus. Sob essa influência, as crianças devem ser ensinadas sobre o Deus de seus pais (Dt 6:4-9).

Introdução teológica

Deus assume riscos. Ele voluntariamente criou seres morais livres, com o potencial de amá-Lo ou de não querer nada com Ele. Em certo sentido, Deus perdeu Sua própria aposta. Seu Universo se rebelou. Ele perdeu muitos anjos. Perdeu seres humanos. O pior de tudo é que Seu próprio Filho foi morto pelos mesmos seres que Ele criou! No entanto, para Deus tudo valeu a pena pelo propósito de ter uma família.

Existe alguma instituição que tenha realidades tão conflitantes como a família? Por um lado, a família pode oferecer o ápice da segurança e do amor. Por outro lado, ela pode gerar a mais profunda dor e ressentimento, mascarar a violência mais chocante e desfigurar o caráter de seus descendentes. Quando começamos nossa própria família, participamos do risco divino de criar relacionamentos. Escolhemos um cônjuge, inicialmente um total estranho, com um futuro desconhecido, para ligar nossa vida a essa pessoa para sempre. Temos filhos que são “pacotes de alegria”, mas logo percebemos que eles também são pacotes de potencialidades em que essa alegria inicial é ampliada ou termina em dor e corações partidos. No entanto, como Deus, continuamos unindo nossa vida com os outros para formar famílias. Por quê? Talvez encontremos a resposta na letra de uma música de Bob Bennet, que apresenta uma verdade que vale a pena considerar: “O amor é o único risco que vale a pena assumir”.

Quando Deus, cuja essência é amor (1Jo 4:8) nos moldou à Sua própria imagem (Gn 1:26), o desejo de amar e ser amado ficou gravado indelevelmente em nossa natureza. Embora o pecado tenha causado tanto caos na criação, até mesmo o pecado não conseguiu apagar o amor como a ética suprema no coração da humanidade. Quantas pessoas no planeta poderiam honestamente dizer que preferem uma vida destituída de todo o amor? Não muitas. Visto que as famílias são a fonte do amor relacional, elas estão presentes em toda parte. Deus desejou que fosse assim (Gn 1:28; 2:24). O amor familiar pode nos levar a ouvir os primeiros sussurros do amor de Deus por nós. Ellen G. White afirma que, pelas “obras da natureza, e os mais profundos e ternos laços terrestres que o coração humano possa imaginar, Ele procurou revelar-Se a nós” (Caminho a Cristo, p. 10).

Não é de admirar, então, que a família tenha se tornado o alvo de Satanás. Ele quer destruí-la. É por isso que precisamos das imagens familiares multidimensionais de Deus como Pai e Marido (Êx 4:22; Jr 31:32), e de Jesus como Filho, Noivo e Irmão (Jo 3:16; Mc 2:19; Rm 8:29). De fato, qualquer percepção do caráter de Deus (que é amor) nos apresenta a referência para cultivarmos o amor em nossa própria família. O livro de Provérbios é a valorosa tentativa de um rei de transmitir uma herança de sabedoria divina a seus filhos. Que seu legado influencie nossa família, a fim de que ela reflita o sonho de Deus de uma criação reunida – uma família universal, sustentada por Seu amor.

Escritura

Talvez a lição mais significativa do livro de Provérbios seja a mensagem implícita para todas as gerações: “Pais, conversem com seus filhos!” Observe que, quando Moisés pronunciou os mandamentos de Deus para Israel, ele disse que essas palavras precisam estar em nosso coração. Sem molhar a pena uma segunda vez, ele disse logo em seguida que essas palavras devem ser ensinadas aos nossos filhos também (Dt 6:4-7). “Ensine-as com persistência” é a maneira com que a Nova Versão Internacional traduz o hebraico veshinnantam, que vem de uma raiz que significa “repetir” (“fale-as a seus filhos e torne a dizer-lhes” [Nova Jerusalém]), ou de uma raiz que significa “afiar” ou “gravar” (ensinar incisivamente, como em “Tu as inculcarás a teus filhos” [ARA]). Tanto a repetição quanto a impressão profunda dos mandamentos em relação ao ensino de crianças podem se encaixar nesse contexto.

Então, como devemos proceder para compartilhar com as crianças de maneira significativa (1) os sábios provérbios do rei Salomão, (2) as emocionantes histórias de Israel, e (3) os mandamentos e princípios da lei de Deus? Voltando ao modelo de ensino de gravação pela repetição mencionado em Deuteronômio, o restante do verso provavelmente poderia dizer como fazer isso. Deve-se conversar “sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa” (Dt 6:7, 8, NVI). Os verbos sentar, andar, deitar e levantar, são, em sentido figurado, destinados a abranger todas as diferentes posições e contextos em que alguém pode estar durante o dia. Essas atividades também abrangem o dia inteiro. Assim, em todas as diversas experiências, papai e mamãe estão simplesmente falando (dabar), conversando, meditando em voz alta, ou mesmo cantando sobre as palavras de Deus. E as crianças ouvem e são transformadas.

Mas os pais não falam sobre Deus e Suas palavras apenas pelo bem das crianças. Lembre-se: todas as palavras que foram ordenadas devem primeiro estar “em seu coração”; isto é, no coração dos pais. A ideia de que essas palavras devem permanecer na mente “por frontal entre os [seus] olhos” reforça a importância do coração. É o que os pais já estão pensando.

Mas ter as palavras em mente não é suficiente. Se os pais desejam que sua religião, e o respeito pelo Deus dessa religião, sejam transmitidos aos filhos, as leis divinas precisam estar amarradas “como um sinal nos [seus] braços”. As ações dos pais precisam demonstrar com o que as leis de Deus se parecem quando expressas por intermédio da vida humana. Caso contrário, todo o discurso sobre Deus será contraditório. Consequentemente, as crianças vão relaxar e serão repelidas justamente pelo espetáculo de hipocrisia dos pais diante de seus olhos.

Escritura

Quando o Senhor ordenou que a Páscoa fosse guardada na terra da promessa, Ele olhou para o futuro e desejou que os pais estivessem preparados quando as crianças perguntassem sobre aquela cerimônia (Êx 12:26). Talvez esse seja o propósito da cerimônia em primeiro lugar, isto é, gerar tal curiosidade em nossos filhos a ponto de começarem a fazer o que todos os pais tementes a Deus esperam que eles façam: perguntar sobre Deus e Seus caminhos.

Além disso, a pergunta que as crianças fazem pode não ser simplesmente “O que significa essa cerimônia?”, mas, “O que essa cerimônia significa” para você? (Êx 12:26, NIV). Se este último for o caso, os pais não estão livres de suas responsabilidades simplesmente dando uma resposta teórica ou citando outro texto bíblico. As crianças não podem ver nem ouvir Deus em primeira mão, mas elas observam e ouvem seus pais. Quando a mamãe ou o papai compartilham experimentalmente o que Deus e Suas leis lhes significam, isso acrescenta peso às suas respostas e talvez crie um momento familiar memorável. Quem sabe esse modelo seja o ideal para transferir o conjunto de conhecimentos bíblicos para a próxima geração. “O que isso significa?” Devemos apresentar, de preferência, uma resposta prática à seguinte pergunta: “O que esta cerimônia significou para mim?”

APLICAÇÃO PARA A VIDA

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma comunidade rica em informação. Valorizamos o conhecimento bíblico geral, as profecias e os inumeráveis conselhos de Ellen G. White. A igreja, como se fosse Salomão aos seus filhos, apresenta a lição desta semana para dar ideias sobre como ter a melhor família possível. Para que ninguém se sinta sobrecarregado com mais conselhos ainda, as seções bíblicas na edição dos professores tiveram como preocupação mostrar como a própria Bíblia dá sugestões para comunicar a sabedoria divina como herança. A lição usou passagens que se relacionam primeiramente com crianças, mas os princípios são benéficos para todos os membros da família. Além disso, existem textos que falam de assuntos semelhantes, mas não dizem nada sobre filhos ou família (“Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito” [Js 1:8, NVI]). Certifique-se de enfatizar essa questão para os solteiros e pais sem filhos, para que não sintam como se essas lições não se aplicassem a eles.

Aqui estão algumas ideias sobre como integrar Provérbios à vida familiar:

1. Observe que há trinta e um capítulos no livro de Provérbios – um para cada dia do mês. Instrua seus alunos a ler um capítulo por dia durante o culto matinal e convide cada um deles para compartilhar seu provérbio favorito.

2. Incentive os membros da sua classe a organizar seu conselho de família, no qual cada pessoa em sua respectiva família é convidada a compartilhar as lutas ou preocupações sobre eventos em sua vida. Uma vez que Provérbios aborda uma variedade tão ampla de tópicos, aconselhe seus alunos a identificar se existem provérbios relacionados a uma das lutas compartilhadas em seus conselhos de família. Sugira que toda a família memorize um provérbio relacionado a essas situações.


Saudades de Deus

Quando foi abandonada pelo marido, Cecília sentiu-se devastada. Ela estava com 30 anos, lutando contra um câncer de útero e sofria de dores lancinantes. Às vezes, perguntava-se sobre a razão do abandono do marido. Teria sido pelo fato de que, por causa das fortes dores, não permitia que ele a tocasse?

Porém, a mãe dela tinha outra opinião, e culpava a decisão da filha se tornar adventista como o motivo do fim do casamento. Cecília foi batizada há alguns anos em uma campanha evangelística em sua cidade natal, Mercedes, Uruguai. Depois do batismo, deixou de sair para baladas e tomar bebidas alcóolicas com o marido. “Você perdeu o marido por causa da igreja”, a mãe disse.

Felizmente, Cecilia passou por uma cirurgia bem-sucedida e o câncer foi removido. Mas, deixou de frequentar a igreja. Com três crianças para criar, precisava trabalhar. Ela não conseguia encontrar um emprego de cozinheira que lhe desse folga aos sábados, então, deixou de guardar o sábado.

Os anos se passaram, os filhos cresceram e se casaram. Mas Cecília permaneceu amargurada com o divórcio. Esse sentimento aumentou quando a mãe faleceu.

A mudança

Então, ela se a mudou para a capital do Uruguai, Montevideo, para viver com a filha mais velha, o genro e três netos. Ela começou a pensar sobre Deus e procurou uma igreja adventista no bairro. Acabou encontrando a rádio Nuevo Tiempo, afiliada da rádio Hope Channel da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Não sei como comecei a ouvir o rádio”, disse. “Foi apenas algo que desejava sobre Deus”.

Certo dia, ouviu o anúncio de que uma igreja adventista seria inaugurada há 13 quadras de sua casa. No dia 1 de janeiro de 2017, dirigiu-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia Goes, logo após a inauguração. Ela queria começar o ano com Deus. Também desejava ser rebatizada, mas o pastor aconselhou a relembrar o que conhecia sobre a Bíblia. Ela foi batizada no dia 18 de maio, quatro meses depois de recomeçar a frequentar a igreja.

“A partir desse dia, voltei a ser feliz”, Cecilia disse. “Deus transformou minha vida. Ele me livrou de uma vida de dor e amargura”. Ela soube que Deus retirara sua amargura quando começou a sorrir. Até os irmãos da igreja perceberam e disseram. “Você é muito sorridente!” Ela responde: “Estou muito feliz!”

Orando pela família

Ao voltar à igreja, Cecília começou a orar para que a filha e o genro aceitassem Jesus. Enquanto orava, notou que um irmão da igreja, um missionário adventista, falava inglês fluentemente. Seu genro, um arquiteto, procurava um professor de inglês porque desejava trabalhar no exterior. Com a permissão do missionário, Cecilia contou ao genro que encontrara um professor de inglês na igreja.

“Dessa maneira ele entrou em contato com a igreja”, Cecília diz. “Ele fez amizade com o pastor, alguns irmãos e se envolveu nas atividades eclesiásticas.” A filha se mostrou mais resistente. Sempre que mencionava algo sobre Deus, ela reclamava: “Você está tentando me levar àquela igreja novamente!”

Finalmente, Cecília disse à sua filha: “Não é isso. Mas quando eu falecer, quero que nos encontremos assim que abrir meus olhos.” Aquelas palavras tocaram o coração da filha. Ela e o marido estão recebendo estudos bíblicos, preparando-se para o batismo.

“Deus fez coisas maravilhosas na minha vida”, Cecilia diz. Aos 60 anos, pertence a Igreja Adventista do Sétimo Dia Goes, para cuja construção recebeu parte da oferta trimestral em 2016i. Somos muito agradecidos pela fidelidade com as ofertas missionárias, que ajudam a preparar pessoas como Cecília e sua família para a vinda de Cristo.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2019

Tema Geral: Estações da família

Lição 5: 27 de abril a 3 de maio

Conselhos para as famílias

Autor: Moisés Mattos

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Introdução: A Lição desta semana se fundamenta principalmente no livro de Provérbios e nos fornece conselhos para ter uma família mais feliz e abençoada.

I – Conselhos para a escolha do cônjuge

Quando falamos sobre felicidade na família tudo começa (ou se mantém) com uma sábia escolha do companheiro(a) para a vida. Isso se faz por meio do casamento, que é mais do que uma cerimônia pomposa. A escolha do cônjuge é uma decisão difícil e que trará reflexos para toda uma geração ou mais. Em Provérbios 5:3 a 14 são mencionados os perigos de se escolher uma mulher inadequada para um relacionamento afetivo e sexual. Mas a pergunta é: Como escolher bem o parceiro(a) para vida? De forma didática, mas sem querer dar uma receita fechada, podemos listar algumas coisas importantes nessa decisão:

1) Orar intensamente pela realização da vontade de Deus.

2) Verificar se há amor ou apenas uma paixão passageira. Isso pode ser detectado no tempo de namoro e noivado quando, diante de diferentes situações, o amor é testado (1Co 13:4-7).

“O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado” (Patriarcas e Profetas, p. 176).

3) Verificar se há compatibilidade social, familiar e cultural entre os dois. "Duas pessoas andarão juntas se não tiverem de acordo?” (Am 3:3, NVI).

4) Conservar-se puro (a). "A intimidade sexual, um dos maiores presentes de Deus para o ser humano, é um privilégio apenas do casamento (Mt 19:5; 1Co 7:3, 4; Hb 13:4). Em Provérbios, a imagem de um abundante manancial que alimenta é usada como um delicado símbolo do prazer e satisfação que um casal deve obter, juntos, em seu amor. Isso é contrastado com o desperdício que resulta da infidelidade. A expressão “a mulher da tua mocidade” (Pv 5:18) indica que, mesmo quando os dois amadurecem e envelhecem, o compromisso deles deve continuar. O marido ainda é arrebatado (embriagado [Pv 5:19]) pelos encantos de sua esposa” (Lição de domingo).

5) Decidir se casar para fazer o outro feliz e não apenas para ser feliz no casamento. Muita gente pensa em se casar para que o outro promova sua felicidade. Esse é um engano frequente porque está cheio de egoísmo. Sem querer forçar as coisas, seria bom lembrar as palavras de Francisco de Assis em sua oração: "Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado."

II – Conselhos para a educação dos filhos

Vários textos do livro de Provérbios falam da necessidade de se exercer a paternidade e a maternidade de forma responsável (13:22; 14:26; 15:1; 15:27; 29:17). Não basta gerar filhos; é preciso cuidar do desenvolvimento fisico, moral e espiritual deles (Pv 22:6). Pode-se pensar em alguns conselhos úteis na educação dos filhos hoje:

1) Dedique tempo a eles. 2) Discipline seus filhos. Está provado que nada ocorre por acaso. Faça-os ver que, quando eles obedecerem você, estão obedecendo a Deus (Ef 6:1, 3). Ajude seus filhos a encontrar Deus por eles mesmos. O culto doméstico diário e também a devoção pessoal praticada pelos pais farão com que a crianças também sintam o desejo de se relacionar individualmente com Deus. 4) Mantenha seus filhos ocupados com coisas boas. 5) Delegue responsabilidades a eles de forma gradativa. 6) Mostre afeto positivo aos filhos. Eles precisam ser amados na prática. Procure mais contato afetivo com seus filhos. Abrace-os, beije-os e se torne afetuoso com eles, sem exageros. Uma boa conversa com contato afetivo entre pai, mãe e filho pode ajudar muito. 7) Viva o que você prega. Eles estão de olho em nossa coerência, isto é, se vivemos o que pregamos.

III- Conselhos gerais para um bom relacionamento

Provérbios 21:9 descreve a realidade dos problemas de relacionamento, presentes em muitas famílias: "Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta” (NVI).

Um relacionamento familiar saudável é o objetivo de uma família cristã. Entretanto, deve se ter em mente que, para que isso aconteça, um trabalho específico deve ser realizado no sentido de construir um ambiente de testemunho cristão.

Não basta ter um receituário com dicas prontas sobre relacionamento familiar e deixar o resto nas mãos de Deus como o único responsável pela construção de uma família. Construir envolve esforço e requer prestar atenção, disposição para autocrítica e para mudanças. Vai além da mera aquisição de informação sobre o próprio funcionamento. Algumas dicas (entre outras) podem ajudar a aprimorar o relacionamento familiar:

1) Cultivar o amor – "O lar deve ser o centro do amor mais puro e da mais elevada afeição. Paz, harmonia, afeição e felicidade devem ser perseverantemente cultivadas cada dia, até que essas preciosas virtudes habitem no coração dos que compõem a família. A planta do amor deve ser cuidadosamente nutrida; caso contrário, morrerá” (O Lar Adventista, p. 195).

2) Buscar o diálogo permanente – Muitos ressentimentos corroem os relacionamentos se não conversarem sobre eles de maneira objetiva. Estar disposto a falar e a ouvir é imprescindível. Amar é se abrir com respeito. A questão é como se discutem os temas conjugais. Em geral, as comunicações se tornam impossíveis por inabilidade na comunicação e não por ausência dela.

3) Ter prudência na escolha do que se fala. Muitos ficam achando culpados e falando frases que ofendem, do tipo: "Você me irrita", "Você não me ouve”, “Você não muda mesmo”, “Parece sua mãe”.

4) Ter cuidado com o que não se fala. Muitas vezes, gestos, semblantes carregados e até falta de diálogo corrompem os relacionamentos.

5) Comprometer-se com as mudanças para melhorar as relações. Estabelecer metas e cumpri-las pela graça de Deus.

6) Ter senso de humor. "Um coração alegre é de grande ajuda. Ter senso de humor na vida familiar é uma coisa boa. O humor lubrifica a maquinaria da vida, ajudando a reduzir o estresse e as tensões. ‘O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos’ (Pv 17:22). O livro de Provérbios toma um pouco do seu próprio remédio em todo o livro e nos dá permissão para rir de alguns comportamentos que aborrecem e irritam. Talvez, o momento em que sorrimos seja a melhor ocasião para falar de hábitos ou comportamentos que nos irritam ou incomodam. Por outro lado, o humor não deve ser usado para minimizar nem ignorar problemas que requeiram séria atenção” (Lição de quarta-feira).

Conclusão: Há uma citação atribuída a Mark Twain: “Muita gente fala em mudar o mundo, mas ninguém quer mudar a si mesmo”. Esse comportamento é frequente no mundo e às vezes na igreja. Muita gente é especialista em reformar a vida dos outros; tem palpite para tudo e para todos, mas é incapaz de resolver seus próprios problemas. Quando o assunto é família, muitas vezes procedemos assim: culpamos os outros, pedimos deles mudança de procedimentos e nós mesmos não mudamos. Cada um deve fazer sua parte para a felicidade da família. Isso deve ser objeto de nossas orações e estudos, porém muito mais de nossas atitudes. “Os cristãos devem ser cuidadosos em guardar o coração com toda a diligência. Devem cultivar o amor pela meditação e espírito de devoção. Muitos parecem lamentar os momentos empregados em meditação, na pesquisa das Escrituras e na oração, como se o tempo assim empregado fosse perdido. Desejaria que todos vocês pudessem ver essas coisas sob a perspectiva que o Senhor deseja sejam vistas; pois, então, dariam ao reino do Céu um lugar de suprema importância. Manter o coração no Céu fortalecerá todos os seus dons, comunicará vida a todos os seus deveres. O disciplinar a mente em se demorar nas coisas celestiais dará vida e fervor a todas as nossas atividades. [...] Somos anões nas conquistas espirituais” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1311).

Conheça o autor do comentário: O Pastor Moisés Mattos graduou-se em teologia em 1989 e concluiu o mestrado na mesma área no ano 2000 pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Cursou também uma pós-graduação em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há 29 anos como professor de ensino religioso; pastor distrital; departamental em nível de Associação e União; presidente de Missão e Associação. Atualmente, exerce sua atividade como pastor na Associação Paulista Oeste-UCB. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires (Jornalista) e Lucas (estudante de Publicidade e Propaganda).