Lição 1
29 de setembro a 05 de outubro
Criação e queda
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Zc 1–4
Verso para memorizar: “Então, [Deus] conduziu [Abraão] até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15:5, 6).
Leituras da semana: Gn 1:26, 27; 3:16-19; 11:1-9; 1Jo 4:7, 8, 16; Gl 3:29; Dt 7:6-11

A história do povo de Deus começa com a criação do homem e sua queda trágica no pecado. Toda tentativa de compreender a natureza da unidade na igreja deve começar com o plano original de Deus na criação e, em seguida, com a necessidade de restauração após a queda.

Os primeiros capítulos da Bíblia revelam que o plano de Deus era que a humanidade continuasse a ser uma família. Infelizmente, essa unidade foi rompida após a tragédia do pecado. Com o pecado surgiram as raízes da desunião e da divisão e, em grande medida, as consequências terríveis da desobediência. Temos um indício dessa divisão na interação imediata entre Adão e Eva, quando Deus Se aproximou deles pela primeira vez depois de terem comido do fruto da árvore proibida (veja Gn 3:11). Portanto, dentre todas as outras coisas a serem cumpridas pelo plano da salvação, a restauração dessa unidade original também é um objetivo fundamental.

Abraão, o pai do povo de Deus, tornou-se uma peça-chave no divino plano da salvação. Ele é descrito nas Escrituras como o grande exemplo de “justificação pela fé” (veja Rm 4:1-5), o tipo de fé que une o povo de Deus uns com os outros e com o próprio Senhor. Deus trabalha por meio de pessoas para restaurar a unidade e fazer com que Sua vontade seja conhecida pela humanidade perdida.



Domingo, 30 de setembro
Ano Bíblico: Zc 5–8
O amor como fundamento da unidade

Uma mensagem clara que emana da história da criação em Gênesis 1 e 2 é a harmonia geral que existia no final da semana da criação.  A avaliação final de Deus foi que tudo era “muito bom” (Gn 1:31), não apenas em referência à beleza estética, mas também à ausência de qualquer elemento maligno ou de discórdia quando Deus terminou de criar este mundo e os seres humanos que deveriam povoá-lo. O propósito original de Deus na criação incluía a coexistência harmoniosa e a relação interdependente de todas as formas de vida. Era um mundo belo criado para a família humana. Tudo era perfeito e digno de seu Criador. O ideal de Deus e o Seu propósito original para o mundo eram de harmonia, unidade e amor.

1. O que Gênesis 1:26, 27 ensina sobre a singularidade humana em contraste com o restante da criação terrestre, descrita em Gênesis 1 e 2? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Todos os outros animais e criaturas foram feitos conforme sua própria espécie. Apenas o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
B.(  ) O homem foi feito como todos os outros animais.

O livro de Gênesis declara que Deus criou a humanidade à Sua imagem, algo que não é dito sobre nenhuma outra criatura no relato da criação. “Também disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança [...]. Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:26, 27). Embora os teólogos tenham discutido durante séculos a natureza exata dessa imagem, assim como a natureza do próprio Deus, muitas passagens das Escrituras apresentam a natureza de Deus como sendo “amor”.

2. Leia 1 João 4:7, 8, 16. Como fomos originalmente criados e como isso poderia ter impactado a unidade original encontrada na criação?

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Deus é amor e, visto que o ser humano também pode amar (e de maneiras que o restante da criação terrestre certamente não pode), o fato de ter sido criado à Sua imagem deve incluir a capacidade de amar. No entanto, o amor só pode existir quando nos relacionamos com os outros. Assim, sejam quais forem as implicações do fato de que fomos feitos à imagem de Deus, essa condição sugere a capacidade de amar, e amar profundamente.



Segunda-feira, 01 de outubro
Ano Bíblico: Zc 9–11
As consequências da queda

As consequências da queda foram enormes. A desobediência de Adão e Eva iniciou o rompimento de uma interdependência harmoniosa entre todas as formas de vida. Pior ainda, ela deu início à desunião, à discórdia e às divisões que existem até hoje. A desarmonia foi vista imediatamente quando Adão e Eva procuraram colocar a culpa da queda nos outros (Gn 3:12, 13). As coisas só pioraram desde então.

3. Leia Gênesis 3:16-19 e 4:1-15. Quais foram os resultados do pecado e seu impacto no mundo harmonioso criado por Deus?

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A desobediência de Adão se tornou a fonte de muitos acontecimentos e consequências que, ao longo do tempo, impactaram toda a criação de Deus. O próprio mundo natural começou a sofrer as consequências do pecado. As relações humanas também foram influenciadas. Caim e Abel, dois irmãos que deveriam ter amado um ao outro e cuidado um do outro, tornaram-se desafeiçoados e distantes, pois um desejava seguir suas inclinações egoístas em vez de seguir a forma de adoração prescrita por Deus. Esse distanciamento resultou em violência e morte. A reação de Caim, no entanto, foi mais dirigida a Deus do que a Abel. Ele sentiu ira para com Deus (Gn 4:5), e essa ira o levou ao rancor contra Abel. A desobediência rompeu ainda mais as relações humanas.

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6:5). Por fim, esse mal levou ao Dilúvio e à incrível devastação da criação original de Deus, como consequência dessa grande inundação. Contudo, ainda assim Deus não desistiu da humanidade, mas deixou um remanescente, Noé e sua família, para começar de novo.

Após o Dilúvio, Deus fez uma promessa a Noé e à sua família. O arco-­íris no céu sempre os lembraria de Seu cuidado e de Suas promessas, de Sua bondade e misericórdia (Gn 9:12-17; Is 54:7-10). Deus instituiu uma aliança com Noé e restabeleceu Seu plano original de ter uma família humana unida, fiel a Ele e à Sua Palavra.

Como o pecado traz desarmonia? O que você pode fazer para restaurar a harmonia entre aqueles a quem suas escolhas podem impactar de maneira poderosa?


Terça-feira, 02 de outubro
Ano Bíblico: Zc 12–14
Mais desunião e separação

4. De acordo com Gênesis 11:1-9, o que tornou pior o problema da separação e da desunião? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) A decisão de Ló de deixar Sodoma e Gomorra.
B.(  ) A confusão dos idiomas no episódio da Torre de Babel.

Os eventos seguintes relatados pela Bíblia após o Dilúvio são a construção da Torre de Babel, a confusão dos idiomas e, em seguida, a dispersão das pessoas, que até então tinham falado uma única língua. Talvez atraídos pela beleza da terra entre os rios Tigre e Eufrates, bem como pela fertilidade do solo, alguns descendentes de Noé decidiram construir para si uma cidade e uma torre alta na terra de Sinar, localizada atualmente no sul do Iraque (Gn 11:2).

A arqueologia mostrou que a Mesopotâmia era uma região densamente povoada desde os tempos históricos mais antigos. Entre esses povos estavam os sumérios, a quem é atribuída a invenção da arte de escrever em blocos de argila. Eles construíam casas bem edificadas e eram mestres na produção de joias, ferramentas e utensílios domésticos. As escavações também revelaram muitos templos em forma de torre, dedicados ao culto de várias divindades.

Os descendentes de Noé, que se estabeleceram na terra de Sinar, logo se esqueceram do Deus de Noé e das promessas que Ele havia feito de nunca mais destruir o mundo mediante um dilúvio. A construção da Torre de Babel foi um monumento à sua superior sabedoria e habilidades. Um motivo para esse projeto de construção foi o desejo deles de alcançar renome e reputação, para que seu nome se tornasse célebre (Gn 11:4). “Segundo o propósito divino, os seres humanos deviam estar unidos através do elo da verdadeira religião. Quando a idolatria e o politeísmo quebraram esse elo espiritual interior, eles perderam não só a unidade de religião, mas também o espírito de fraternidade. Um projeto como essa torre, com o objetivo de preservar por meios exteriores a unidade interior perdida, jamais seria bem-sucedido” (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 278).

A queda de Adão e Eva destruiu a unidade do homem e o plano original de Deus. Ela resultou na confusão no que diz respeito à adoração, na disseminação generalizada do mal e da imoralidade sobre a Terra e, por fim, na divisão da humanidade em muitas culturas, idiomas e etnias diferentes, que têm frequentemente estado em desacordo umas com as outras desde então.

Como remediar as divisões de etnia, cultura e idioma que nos prejudicam mesmo na igreja?


Quarta-feira, 03 de outubro
Ano Bíblico: Malaquias
Abraão, pai do povo de Deus

As três grandes religiões monoteístas do mundo, judaísmo, cristianismo e islamismo, têm Abraão como seu pai. Para os cristãos, essa associação é uma relação espiritual. Quando foi chamado a deixar seu país, na Mesopotâmia, Abraão foi informado de que nele seriam “benditas todas as famílias da Terra” (Gn 12:3, veja também Gn 18:18, 22:18). A bênção veio por meio de Jesus.

5. Leia Hebreus 11:8-19, Romanos 4:1-3 e Gálatas 3:29. Quais elementos da fé de Abraão são mencionados nesses textos e como eles se relacionam com a ideia de unidade cristã?

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Como pai de todos os cristãos, Abraão nos apresenta alguns elementos básicos e centrais da unidade cristã. Primeiramente, ele praticou a obediência. “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hb 11:8). Em segundo lugar, ele tinha esperança nas promessas de Deus. “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11:9, 10). Em terceiro lugar, ele acreditou que Deus lhe daria um filho e que um dia seus descendentes seriam tão numerosos quanto as estrelas. Com base nessa resposta, Deus o justificou pela fé (Rm 4:1-3). Em quarto lugar, ele confiou no plano de salvação de Deus. A maior prova para a fé de Abraão veio quando Deus pediu que ele sacrificasse Isaque no monte Moriá (Gn 22:1-19; Hb 11:17-19).

O Antigo Testamento descreve Abraão como “amigo de Deus” (2Cr 20:7; Is 41:8). Sua vida de fé, obediência inabalável e confiança nas promessas de Deus o tornam um exemplo de como deve ser nossa vida cristã hoje.

Pense sobre suas ações e palavras nos próximos dias. Ore a Deus para que tudo o que você disser ou fizer reflita a realidade de sua fé.

De 17 a 24 de novembro teremos a Semana da Esperança, uma série de evangelismo com o propósito de levar pessoas aos pés de Cristo.

Quinta-feira, 04 de outubro
Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento
O povo escolhido de Deus

Ao chamar Abraão para ser Seu servo, Deus escolheu para Si um povo para representá-Lo. Esse chamado e eleição foi um ato de amor e graça de Deus. O chamado do Senhor a Israel foi fundamental para Seu plano de restauração da humanidade após a devastação e desunião causada pela queda. A história sagrada é o estudo da obra de Deus em relação a essa restauração, e um elemento importante desse plano foi a nação da aliança: Israel.

6. De acordo com Deuteronômio 7:6-11, por que Deus chamou Israel para ser Seu povo? Por que Ele escolheu os descendentes de Abraão como Seu povo?

O amor de Deus pela humanidade está no centro da eleição de Israel como Seu povo. Deus fez uma aliança com Abraão e seus descendentes para preservar o conhecimento Dele por meio de Seu povo e para promover a redenção da humanidade (Sl 67:2). No entanto, um ato supremo de amor fez com que Deus escolhesse Israel. Os descendentes de Abraão não tinham nada do que se vangloriar para reivindicar o amor imerecido de Deus. “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Dt 7:7).

Deus usou uma estranha inversão de valores para escolher Seu povo. Enquanto o homem considera o poder, a sabedoria e a autoconfiança para escolher seus líderes, Deus não escolhe os fortes nem poderosos para servi-Lo, mas aqueles que sentem ou reconhecem sua fraqueza, insensatez e insignificância, para que ninguém se glorie diante Dele (1Co 1:26-31).

No entanto, veja o privilégio de Israel: “Deus desejava fazer do povo de Israel um louvor e glória. Todos os privilégios espirituais lhes foram concedidos. Deus nada reteve que pudesse ser útil para a formação do caráter que os tornaria representantes Seus.

“Sua obediência à lei de Deus os tornaria uma maravilha de prosperidade ante as nações do mundo. Ele que lhes podia dar sabedoria e perícia em todo artifício, continuaria a ser seu Mestre, e os enobreceria e elevaria pela obediência às Suas leis. Se fossem obedientes seriam preservados das enfermidades que afligiam outras nações e abençoados com vigor intelectual. A glória de Deus, Sua majestade e poder deveriam ser revelados em toda a sua prosperidade. Deveriam ser um reino de sacerdotes e príncipes. Deus lhes proveu toda a possibilidade de se tornarem a maior nação da Terra” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 288).

Quais paralelos encontramos entre o que Deus fez pelo antigo Israel e o Seu chamado para eles e o que Ele fez por nós e o Seu chamado para nós? Comente com a classe.


Sexta-feira, 05 de outubro
Ano Bíblico: Mt 1–4
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “A Criação”, p. 44-51, e “A Vocação de Abraão”, p. 125-131, em Patriarcas e Profetas.

O propósito original de Deus na criação da humanidade também é refletido nas instituições da família (Gn 2:21-24) e do sábado. O sábado foi planejado para todo ser humano, como Jesus indicou em Marcos 2:27, 28. Sua natureza universal é vista no próprio relato de Gênesis, quando Deus separou o sétimo dia, não apenas antes do chamado de Israel como povo da aliança, mas antes da introdução do pecado. Que poderosa força unificadora o sábado poderia ter sido se todas as pessoas o tivessem guardado! Deus pretendia que o dia de descanso lembrasse os descendentes de Adão e Eva de seu elo comum com Ele e uns com os outros. “O sábado e a família foram, semelhantemente, instituídos no Éden, e no propósito de Deus se acham indissoluvelmente ligados um ao outro. Nesse dia, mais do que em qualquer outro, podemos viver a vida do Éden. Era o plano de Deus que os membros da família se associassem no trabalho e estudo, no culto e recreação, sendo o pai o sacerdote da casa, e pai e mãe os professores e companheiros dos filhos” (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 535).

Perguntas para discussão

1. Como o relato de Gênesis sobre a criação da mulher a partir da costela de Adão revela o íntimo elo que deve existir entre marido e mulher? Por que a Bíblia usa a imagem de um marido e uma esposa como exemplo da proximidade que Deus busca com Seu povo?

2. Embora a história da Torre de Babel revele que a diversidade étnica e linguística não fazia parte do plano original de Deus para a humanidade, como podemos transcender essas divisões naturais hoje? Como a igreja ainda pode experimentar unidade e harmonia, mesmo que seja composta por pessoas de muitas nações e idiomas?

Resumo: O plano de Deus na criação era que a humanidade vivesse harmoniosamente e em unidade. A desobediência causou uma interrupção no plano divino. No entanto, o Senhor chamou Abraão para estabelecer um povo por meio do qual Ele pudesse manter viva a promessa de restauração encontrada apenas em Cristo.

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Peça aos alunos que formem duplas e discutam a questão. Em seguida, peça-lhes que compartilhem suas respostas com a classe. 3. Sofrimento na geração da vida humana; domínio do homem sobre a mulher; sofrimento para obter o sustento da terra, devido à maldição do pecado; morte; divisão na família e falsa adoração. 4. B. 5. Obediência ao chamado; esperança; coragem; fidelidade em meio às provas; confiança na salvação e nas promessas de Deus. Esses elementos unem todos os cristãos na fé de Abraão em Cristo. 6. Porque Ele os amava.



Resumo da Lição 1
Criação e queda

Criação e queda

TEXTO-CHAVE: Gálatas 3:29

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: O desejo divino de restaurar a unidade da criação depois que o pecado causou a interrupção da harmonia que existia no jardim do Éden.

Sentir: Desejar o dia em que os relacionamentos serão curados e o plano divino de restauração será concretizado.

Fazer: Atender o chamado de Deus para ser um representante do Seu amor e da Sua reconciliação.

ESBOÇO

I. Conhecer: Pecado e unidade

A. Que evidência do desejo de Deus pela unidade aparece no relato da criação?
B. Por que o pecado pode ser descrito como a raiz da desunião?
C. Qual é a importância de Abraão no plano divino para restaurar a unidade?

II. Sentir: Anseio pela harmonia

A. Como o pecado tem impactado seus relacionamentos?
B. De que maneira o plano divino de restauração satisfaz nossos anseios por relacionamentos harmoniosos?

III. Fazer: Tornando-se um embaixador

A. Por que é importante entender que o amor foi o fundamento da escolha divina para que os descendentes de Abraão O representassem na Terra?
B. Quais são as consequências práticas de ser escolhido por Deus?
C. Como você pode ser um representante fiel de Deus e de Seu plano de reconciliação?

RESUMO: A entrada do pecado no mundo interrompeu a unidade e a harmonia que Deus tinha em mente para a humanidade. Contudo, o Senhor expressou Seu amor pelo ser humano planejando uma forma de restaurar a unidade perdida. Embora a restauração completa se dê por meio da obra de Cristo, Deus também escolhe seres humanos para que sejam representantes de Seu amor e de Sua graça.

CICLO DO APRENDIZADO

Motivação

Focalizando as Escrituras: 1 João 4:16

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O plano de Deus para a humanidade é de unidade e harmonia. Enquanto aguarda a restauração completa da unidade, possível por intermédio de Cristo, o povo de Deus é chamado para ser representante de Seu amor e de Sua graça.

Para o professor: A discussão inicial tem por base uma história verdadeira. Ela convida a refletir sobre o impacto de uma atitude. Ao discutir a história com sua classe, enfatize o impacto desse ato nos relacionamentos e nas emoções.

Discussão inicial: Uma noiva havia passado meses planejando o casamento perfeito. Tinha escolhido tudo meticulosamente para promover a atmosfera e impressão com as quais havia sonhado. No dia do casamento, o sol brilhava e a cerimônia ocorreu conforme o planejado. Antes que percebesse, já tinha feito seus votos e dado seu primeiro beijo de casada. Então, algo errado aconteceu. Um convidado esmurrou outro por causa de um pequeno desentendimento. Muitos tentaram acalmar os ânimos, mas outros tomaram parte na briga. O clima festivo foi substituído por crescente ira e violência. Quando a polícia chegou, encontrou um caos. Dezesseis pessoas foram presas, incluindo o noivo, que passou a noite de núpcias na cadeia. O plano perfeito foi arruinado por causa de uma atitude impensada.

Perguntas para discussão:

Qual foi o impacto de uma atitude sobre os relacionamentos dos envolvidos no casamento? Tudo poderia ter sido diferente se alguns convidados tivessem tentado ser pacificadores? Pense em algo que você tenha planejado cuidadosamente e depois foi por água abaixo devido a atitudes de outra pessoa. Como você se sentiu? Qual foi o impacto dessa situação sobre seu relacionamento com essa pessoa? Como Deus Se sentiu quando Seu plano perfeito para a humanidade foi destruído pelas atitudes de Adão e Eva?

Compreensão

Para o professor: A natureza e o caráter divinos são a base para se compreender a unidade. Ao examinar as seções seguintes, busque pistas que revelem como a natureza e o caráter divino impactaram (1) Seu plano original, (2) Seu modo de lidar com o casal culpado, e (3) Seu plano de restaurar o que foi perdido como resultado do pecado.

COMENTÁRIO BÍBLICO

I. Fundamentos de amor e unidade

(Recapitule com a classe 1Jo 4:7, 8, 16)

O livro de Gênesis começa com o Deus que cria e traz ordem ao caos. Embora exista em três Pessoas, Deus é Um e demonstra perfeita unidade em Sua natureza. Ele é também a incorporação do amor e, portanto, pode-se prever que haverá amor e unidade onde o governo divino for reconhecido e vivenciado.

Encontramos as digitais do amor e da unidade de Deus em todo o relato bíblico da criação, desde a eliminação do caos até a declaração de que tudo o que foi criado era “muito bom”. As digitais divinas de amor e unidade encontram-se também na criação dos seres humanos à imagem de Deus e na separação do dia de sábado. Em seis dias o Senhor formou e preencheu os céus e a Terra, ao preparar um lar para a humanidade. Então, com amor criou Adão e Eva e soprou neles a vida. O Senhor criou os seres humanos especificamente para se relacionarem com Ele, pois desejava compartilhar o amor que já existia entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. “Ele nos criou não apenas para que pudéssemos amá-Lo, mas também para que Ele pudesse nos amar. Esse amor O levou a compartilhar, na criação, um dos maiores dons que Ele pode conferir: a existência” (Nisto Cremos, p. 92). A criação dos seres humanos à Sua imagem não foi apenas um ato de amor de um Criador que desejava ter um relacionamento com Suas criaturas, mas também um chamado para que os seres humanos refletissem Seu caráter e declarassem louvor a Ele. Portanto, a harmonia esteve presente desde o momento em que Deus ordenou a existência de todas as coisas até a entrada do pecado no mundo.

Pense nisto: Que relação há entre amor e unidade? Que outros aspectos do caráter divino são importantes para que exista harmonia e unidade?

II. Interrupção da harmonia

(Recapitule com a classe Gn 3:16-19)

Um ato deliberado de desobediência dos pais da humanidade teve consequências desastrosas. O pecado invadiu este mundo e interrompeu a harmonia que Deus havia arquitetado. O relacionamento de Adão e Eva com Deus e um com o outro jamais seria o mesmo. Antes do pecado, falavam com o Senhor face a face, mas passaram a se esconder, atormentados pela culpa e pelo medo (Gn 3:8). A culpa destruiu seu relacionamento antes harmonioso, quando tentaram manter a própria inocência de maneira egoísta, resultando em inveja, ira e ressentimento.

Deus advertiu em Gênesis 3:16 que a igualdade que Adão e Eva haviam usufruído estaria em risco a partir de então. Antes do pecado, os dois governavam juntos, visto que ambos tinham recebido a mesma autoridade (Gn 1:26-28). Depois do pecado, Deus avisou que não haveria mais harmonia, visto que um tentaria governar o outro.

Pense nisto: Faça uma lista das consequências do pecado e considere como cada uma influencia os relacionamentos humanos. É comum refletirmos sobre o impacto do pecado no nosso relacionamento com Deus e com outras pessoas, mas raramente pensamos em seus efeitos sobre o relacionamento com o restante da criação divina. Como o pecado influenciou o relacionamento do ser humano com o restante da criação?

III. Restaurando o que foi perdido

(Recapitule com a classe Dt 7:6-11)

O plano da salvação demonstra o desejo de Deus de restaurar a unidade perdida devido ao pecado. Como parte desse plano, Ele escolheu Abraão para ser pai de um povo que representaria o caráter divino às nações vizinhas, e por meio de seus descendentes, Deus prometeu uma bênção a todas as nações da Terra (Gn 12:3). Essa benção apontava para Jesus, o “Filho de Abraão” (Mt 1:1), cuja morte e ressurreição reconciliaria a humanidade com Deus.

Abraão demonstrou fé e confiou nas promessas divinas. Suas ações exemplificam o que Deus requer de nós. Contudo, não é por causa dessas atitudes que os descendentes de Abraão são chamados para representar a Deus. Ele escolheu Abraão antes que o patriarca demonstrasse sua fé, e antes que ele obedecesse a ordem de apresentar Isaque em sacrifício. Abraão e seus descendentes foram escolhidos porque Deus é amoroso e fiel às Suas promessas. Essa verdade tem significado especial, pois indica que a base do relacionamento entre Deus e Seu povo é o caráter divino, e não quem eles são, nem o que fizeram.

Pense nisto: Deus prometeu quatro coisas específicas a Abraão: a terra, uma multidão de descendentes, um grande nome e que eles seriam uma benção a todas as nações. Em que aspecto cada uma dessas promessas tem a ver com o plano divino de restaurar a unidade na Sua criação? Por que é importante entender que o relacionamento entre o ser humano e Deus tem por base o caráter divino?

Aplicação

Para o professor: As perguntas para reflexão convidam a classe a considerar o que significa na prática ser um representante de Deus, e como essa representação fiel pode impactar a missão da igreja.

Perguntas para reflexão:

1. O que significa ser criado à imagem de Deus? Como isso deve influenciar nossas atitudes?

2. Deus chamou a igreja para representar Seu caráter. Ela está desempenhando bem essa função de representar o amor e a unidade de Deus ao mundo? O que poderia melhorar nesse aspecto?

3. De que forma você poderia ser uma testemunha melhor do amor divino e de Seu desejo de harmonia?

4. O que revela o relato da torre de Babel sobre as formas de unidade aceitáveis a Deus?

5. Discuta a seguinte declaração de Ellen G. White feita em fevereiro de 1906: “O mais convincente argumento que podemos apresentar ao mundo quanto à missão de Cristo encontra-se na perfeita unidade. [...] Nosso poder de salvar pessoas é proporcional à nossa unidade com Cristo (Manuscrito 88, 1905; Nossa Alta Vocação, p. 350, 13 de junho).

 Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Assim como Deus chamou Abraão e seus descendentes para representar Seu nome e Seu caráter, Ele chamou a igreja para ser Sua representante na Terra. As atividades sugeridas a seguir convidam os alunos a se apoderarem de seu chamado para ser representantes do amor e da harmonia de Deus na igreja e na vizinhança.

Atividades em grupo

1. Passe tempo em oração pedindo a Deus que ajude os membros de sua classe a encontrar a melhor forma de representá-Lo na vizinhança.

2. Escolha uma rua de seu bairro e planeje um projeto de serviço evangelístico em que os membros de sua classe da Escola Sabatina demonstrem o amor de Deus por meio de ações que atendam às necessidades dos moradores.

Atividades pessoais

1. Use um compêndio teológico para pesquisar as diferentes formas de se compreender a imagem divina. Em seguida, crie um cartaz que retrate as várias implicações para sua vida.

2. Reflita sobre seus relacionamentos. Escolha um relacionamento que gostaria de melhorar, ore a respeito dele e escreva uma lista do que você pode fazer nesse relacionamento para ser uma melhor testemunha do amor de Deus. Identifique uma dessas ações como primeiro passo a ser dado no seu relacionamento durante a próxima semana.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


1º Sábado

Conquistando bons amigos

Em Myanmar, os relacionamentos são essenciais. Independentemente de quem somos ou do que temos, são as pessoas que importam nesse país do sudeste asiático. Porém, os contatos pareciam não funcionar para os líderes adventistas locais que precisavam de autorização para construir uma escola maior na capital, Yangon. Eles haviam conseguido 650 matrículas de alunos na escola, mas as instalações eram pequenas e utilizadas desde 1975. Os professores não tiveram escolha senão dispensar os novos estudantes.

Os líderes da igreja se reuniram com as autoridades de Yangon em busca de permissão para construir um novo prédio, mas ninguém se dispunha a assinar o documento de autorização. Então, os líderes entraram em contato com pessoas conhecidas no governo da cidade, a fim de obterem ajuda, mas novamente nada aconteceu.

Nos Estados Unidos, a administração mundial da igreja adventista reconheceu a necessidade do novo prédio escolar e aprovou um pedido da Divisão do Pacífico Sul-Asiático, cujo território inclui Myanmar, destinando parte da oferta trimestral para essa construção. O dinheiro foi arrecadado, mas os líderes das igrejas locais ainda não conseguiam encontrar meios pelos quais o respectivo governo municipal aprovasse o projeto. Passaram-se três anos. Entretanto, a liderança anterior da igreja foi substituída. Não tendo amizade com o governo, os novos líderes desistiram temporariamente do projeto. A situação parecia não haver solução.

Samuel Saw, presidente da Divisão do Pacífico Sul-Asiático e nativo de Myanmar, gentilmente discordou da posição assumida pela nova administração: “Sim, não temos contatos nem conhecemos as pessoas certas”, disse ele. “Mas, nós temos Deus. Se pedirmos, Ele nos ajudará.” Sugeriu então que os líderes orassem e encaminhassem um novo pedido de permissão para construção na cidade.

A sugestão foi aceita, os líderes oraram e foram ao escritório da cidade, onde uma senhora os recebeu. O rosto dela pareceu iluminar-se quando ouviu que eles representavam o Seminário Adventista de Yangon, como a escola é conhecida. “Vocês são daquela escola!”, exclamou. “Eu estudei lá. Gosto tanto dos valores e da educação que a escola prioriza que meus dois filhos também estudam ali!”

Ao tomar conhecimento dos planos de construção da escola, prontamente declarou que se certificaria de que todos os documentos necessários fossem aprovados. “Vou ajudar vocês!”, disse. “Vou trabalhar para vocês.” E cumpriu a promessa. Em pouco tempo, a construção da escola foi iniciada.

Finalmente, em 2017, o novo prédio de seis andares foi dedicado a Deus. A cerimônia contou com a presença do presidente mundial da igreja adventista, Ted N. C. Wilson, e dezenas de professores, estudantes e líderes da igreja. O pastor Wilson incentivou os professores a manter sempre Jesus no centro da educação e descreveu que a escola era um importante “centro de influência” em Yangon, uma cidade movimentada de 5 milhões de pessoas.

O tesoureiro da escola, Wesley Doe, expressou gratidão aos membros da igreja pelas ofertas missionárias do segundo trimestre de 2012. A oferta do trimestre arrecadou 300 mil dólares e a construção da escola foi de 1,3 milhão de dólares. Outros 425 mil dólares resultaram de doações particulares e venda de terras da União de Mianmar. Doações anônimas e da Associação Geral somaram 400 dólares. A Divisão do Pacífico Sul-Asiático doou 200 mil dólares, e a Adra, 50 mil.

O director Saw Lay Wah disse que a escola pretende ser um farol de luz para a comunidade. O novo edifício acolherá 800 crianças e, assim, mais alunos participarão se os edifícios mais antigos continuarem a ser usados. Atualmente, a escola tem 648 alunos, dos quais 28% não são adventistas.

Samuel Saw, presidente da Divisão, atribuiu a construção da escola a um milagre. “Não tínhamos contatos influentes com as autoridades, mas temos o contato mais importante de todos, Deus”, disse, citando então Ellen G. White: “Deus fará Sua obra se lhe fornecemos os instrumentos” (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 107). Quando confiamos, e com fé O buscamos, Deus mostrará o caminho. Ele sempre está presente porque esta causa é Dele.

Dicas
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º trimestre de 2018
Tema geral: Unidade em Cristo

Criação e queda

Lição 1: 29 de setembro a 6 de outubro
Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Rosemara Santos

 

Sábado

Entender a profundidade da união que Deus deseja ter com a humanidade nem sempre é um exercício fácil. Como estar unido a Alguém que não podemos ver ou tocar?

Não era assim no início. Na criação, Deus preparou um planeta cheio de vida. Não é à toa que o relato bíblico descreve a satisfação do Criador: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Em seguida, Deus criou os seres humanos na Terra, oferecendo-lhes paz e liberdade. Por fim, Deus Se uniu ao homem para viver um relacionamento de amor e união.

Ao ler os primeiros capítulos da Bíblia, somos levados a pensar que nos afastamos muito do plano original. Separados do Criador e fragilizados pelo pecado, a humanidade se tornou apenas uma sombra daquilo que havia sido. O futuro teria sido ainda mais desolador, se não fosse o plano divino para resgatar nosso planeta. Em Jesus Cristo, somos convidados a voltar ao estado de unidade plena com a Divindade. Como afirmou Brennan Manning: “Jesus nos liberta da alienação e da autocondenação, e oferece a cada um de nós uma nova possibilidade”.

Domingo, 30 de setembro

Nenhuma das obras criadas por Deus recebeu a característica apresentada no livro de Gênesis unicamente em relação ao ser humano, ao declarar que ele foi feito “à imagem de Deus” (Gn 1:26). Por qual motivo o Criador colocou o homem em posição tão singular? Pense em um casal que deseja ter um bebê para cuidar dele e ampará-lo. Apesar dos riscos, a decisão é tomada, e todo o processo é preparado para a realização desse sonho. Com a chegada da criança, o amor coloca todo o resto em segundo plano.

Sim, estamos falando de um Criador que deseja devotar amor aos Seus filhos, numa união que palavras humanas não conseguem descrever.

O homem foi colocado no ponto mais alto da criação para revelar não só o poder criativo de Deus, mas também Seu objetivo maior: tornar o homem o conduto definitivo do amor.

Segunda-feira, 1º de outubro

Certa vez, o escritor C. S. Lewis expôs sua convicção de que o livre-arbítrio era a resposta para a existência do mal: “Um mundo de meros autômatos não poderia conhecer o amor e, portanto, não poderia tampouco conhecer a felicidade infinita.”

Infelizmente, a escolha de Adão (e de sua esposa) trouxe uma desesperadora separação do Criador. A luz da pureza acabou e logo a maldição do pecado se fez presente em todos os aspectos da vida. O primeiro filho de Adão se tornou o primeiro assassino, e as gerações seguintes escolheram o caminho da total desunião em relação a Deus. Em pouco tempo, estavam todos mergulhados em total corrupção. O Dilúvio não foi uma resposta de vingança, mas de juízo.

Todavia, essa tragédia não foi o fim. Deus ainda desejava restaurar Sua união com a humanidade. O arco-íris que Noé avistou com sua família trouxe consigo o sinal de uma promessa de proteção e misericórdia, mostrando que ainda existia esperança de salvação e reconciliação.

Terça-feira, 2 de outubro

O vírus do pecado se instalou tão profundamente na humanidade que avisos e calamidades não mudaram nada no coração das pessoas. Mesmo com os resultados do Dilúvio ainda reverberando em seus ouvidos, os descendentes de Noé preferiram seguir seus próprios caminhos, colocando-se na direção oposta aos reclamos divinos. A construção da Torre de Babel foi apenas uma consequência da arrogância de uma vida concentrada em si mesma.

Deus havia criado a humanidade para ser uma grande família. Agora, estavam mais separados do que nunca. A escritora Brenda Quin afirmou que Deus prestou um favor para o povo “ao confundir-lhe a língua e espalhá-lo pela Terra”. Segundo ela, fez com que reconhecessem o quanto precisavam Dele. Adiantou? Muito pouco. A descida da humanidade para o abismo parecia não ter fim. Todavia, Deus ainda mantinha um plano redentivo em andamento. Logo, um patriarca seria escolhido para mudar o rumo da história.

Quarta-feira, 3 de outubro

Abraão foi o primeiro personagem bíblico que enfrentou aquilo que todo cristão conhece bem: a luta espiritual. A batalha entre acreditar e duvidar; entre seguir a voz de Deus ou a própria voz; entre ir adiante ou retornar – tudo isso foi experimentado pelo patriarca. Ele teve que aprender a verdadeira submissão a Deus, principalmente nos dias mais escuros.

Abraão deveria acreditar no plano de Deus de juntar um grupo de pessoas que desejassem viver em união com o Criador. C. S. Lewis nos lembra que espécie de submissão Jesus espera de nós. Ele escreveu: “Cristo diz: ‘Quero tudo o que é seu. Não quero uma parte do seu tempo, uma parte do seu dinheiro e uma parte do seu trabalho: quero você. Não vim para atormentar o seu ser natural, vim para matá-lo. E meias medidas não bastam.”

Em meio a perguntas sem respostas, Abraão aprendeu a se submeter. Precisamos fazer o mesmo.

Quinta-feira, 4 de outubro

Abraão é conhecido como “o pai da fé” não porque não duvidasse (de fato, ele fraquejou algumas vezes em sua confiança), mas porque no fim ele escolheu confiar. Sua fé, que resultou em obediência aos reclamos de Deus, foi registrada para que seus descendentes seguissem seus passos. Deus começou a levantar um povo com base na fé que opera por amor.

O plano divino consistia em transformar o mundo por meio de Israel. Acima de tudo, Deus desejava trazer para junto de Si os povos que haviam se dispersado. Queria livrá-los da mentira apregoada no Éden, ou seja, de que o homem pode ser igual a Deus. Essa mentira deveria ser confrontada com a força da fé.

No plano divino, exposto na Bíblia, o povo de Israel representaria a graça de Deus perante o mundo. Não mudou nos dias de hoje. Devemos ser luzes em meio às trevas morais deste planeta.

Sexta-feira, 5 de outubro

Desde a queda no Éden, o plano de Deus é trazer os homens de volta para Si. Apesar do abismo aberto pelo pecado, a unidade do Criador com a criatura ainda é possível. Portanto, não devemos nos esquecer de que:

• Deus nos criou para nos amar.
• Temos liberdade para aceitar ou rejeitar o amor divino.
• Afastar-se de Deus resulta em tragédia e infelicidade.
• Deus nos chama para estar ao Seu lado.

Que tal reafirmar hoje o desejo de estar unido a Deus, submetendo a Ele seu errante coração?

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.