Quanto mais estudamos a vida de Jesus, mais nos maravilhamos com Sua capacidade de aceitar e afirmar as pessoas. Embora Ele tenha feito repreensões severas aos líderes religiosos de Seus dias, recebeu com prazer os que lutavam com o pecado, os que eram atormentados pela culpa e estavam condenados. Sua graça era para esses. Sua misericórdia se estendia aos mais vis pecadores. A profundidade do Seu perdão era infinitamente maior que a profundeza do pecado das pessoas. Seu amor não conhecia limites.
Jesus nunca exibiu um traço de orgulho e arrogância. Ele via em todo ser humano alguém criado à imagem de Deus, embora caído pelo pecado, e a quem Ele tinha vindo salvar. Ninguém estava além do Seu amor. Ninguém havia ido tão longe que Sua graça não pudesse alcançar. Cristo demonstrou respeito a todos com quem entrou em contato e os tratou com dignidade. Ele influenciou pessoas para o reino porque cria nelas. Vidas foram transformadas em Sua presença porque Ele Se importava com as pessoas. Elas se ergueram a fim de se tornar o que Ele acreditava que elas poderiam ser.
Nesta semana, estudaremos com mais profundidade a atitude de Jesus em relação às pessoas e descobriremos como aplicar esses princípios.
1. Leia João 4:27-30, 39-42. Como a interação de Jesus com a samaritana demonstra que muitos estão abertos ao evangelho, mesmo em lugares inusitados? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Ela se interessou pelo evangelho, mas não quis mudar de vida.
B. ( ) A mulher saiu do poço e foi anunciar a verdade aos seus conterrâneos.
O último lugar no qual os discípulos esperavam encontrar pessoas receptivas ao evangelho era Samaria. Ao longo dos séculos, os samaritanos estiveram em constante conflito com os judeus sobre doutrina e adoração. Os samaritanos quiseram participar da construção do templo em Jerusalém, mas essa oportunidade lhes foi negada por conta de seu envolvimento com a cultura pagã e suas ideias não ortodoxas. Assim, os samaritanos construíram seu próprio templo no monte Gerizim. Os discípulos ignoraram Samaria visto que a consideravam um terreno infértil para a proclamação do evangelho.
Mas Jesus via o que os discípulos não viam: pessoas receptivas. O relato de João começa com estas palavras: Jesus “deixou a Judeia, retirando-Se outra vez para a Galileia. E era-Lhe necessário atravessar a província de Samaria” (Jo 4:3, 4). Para Ele, era “necessário” passar por Samaria porque o Espírito Santo O convenceu de que havia corações receptivos naquele lugar improvável. Quando nossos olhos são ungidos pelo Senhor, vemos possibilidades onde outros veem dificuldades. Vemos uma rica colheita de pessoas para o reino de Deus onde outros veem apenas campos improdutivos.
2. Leia Atos 8:4, 5, 14. Qual foi o resultado do ministério de Jesus em Samaria? Assinale a alternativa correta:
A.( ) As pessoas acabaram ouvindo o evangelho com atenção.
B.( ) As pessoas expulsaram os discípulos de Jesus da cidade.
Os discípulos não ofereceriam oportunidade para os samaritanos ouvirem a verdade. Jesus viu o que eles não viram e percebeu que o Espírito Santo havia gerado receptividade no coração de uma mulher. A dramática conversão da samaritana impactou dezenas de pessoas. Nem sempre veremos resultados de nosso testemunho, mas, quando plantamos sementes em corações receptivos, elas produzirão uma colheita para a glória de Deus.
Nossas atitudes muitas vezes determinam nossa capacidade de influenciar os outros. Uma atitude dura, crítica e inamistosa afastará as pessoas de nós, e mesmo que sejamos capazes de testemunhar, nossas palavras, por mais verdadeiras que sejam, muito provavelmente não serão recebidas.
Em contraste com isso, uma atitude positiva e uma crença nas pessoas as atraem para nós. Isso cria um vínculo de amizade. Jesus afirmou esse princípio de maneira bela quando disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”
(Jo 15:15). Apesar de suas fraquezas e erros, os amigos se aceitam e compartilham livremente suas alegrias e tristezas.
3. Leia Mateus 15:21-28 e Marcos 14:6-9. Esses textos descrevem duas mulheres em circunstâncias amplamente diferentes. Jesus parece ser duro com uma delas e gentil com a outra. Qual é o indício de que Jesus estava alcançando com Sua graça salvífica tanto uma quanto a outra e construindo confiança?
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A mulher em Mateus 15 era cananeia. Jesus intencionalmente recusou o pedido dela de início para que, à medida que ela persistisse, sua fé crescesse. Ele finalmente concedeu o desejo dela e, em seguida, fez uma declaração surpreendente que um líder religioso da Judeia daquela época jamais faria a uma pobre mulher cananeia. Ele disse publicamente: “Ó mulher, grande é a tua fé!” (Mt 15:28). Ele fez um dos maiores elogios que nenhum mestre religioso poderia fazer. Você imagina como o coração dela se alegrou e sua vida mudou?
Já a mulher que ungiu os pés de Jesus com perfume caro era judia – uma mulher de má reputação, que havia falhado muito e pecado com frequência, mas tinha sido perdoada e transformada. Quando outros a criticaram, Jesus a elogiou e aprovou suas ações. Ele declarou: “Onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua” (Mc 14:9).
Apenas amizade não ganha pessoas para Cristo. Podemos ter muitos amigos, pessoas com as quais gostamos de estar e que gostam de estar conosco, mas se nunca lhes dissermos o que Jesus significa para nós e como Ele mudou nossa vida, nossa amizade pode fazer pouca diferença eterna. Evidentemente, podemos ser pessoas agradáveis e divertidas, mas Deus nos chama para ser mais do que isso. Somente a amizade não levará pessoas a Cristo, mas certamente atitudes inamistosas podem afastar pessoas do Senhor.
O apóstolo Paulo nos lembra de que devemos seguir “a verdade em amor” (Ef 4:15). Os laços de amizade são construídos quando concordamos com as pessoas o máximo possível, demonstramos aceitação e as elogiamos quando é apropriado. Como é importante criar o hábito de buscar o bem nas pessoas em oposição ao mal!
4. Leia 2 Tessalonicenses 1:1-4. Liste os elogios específicos que Paulo fez aos tessalonicenses:
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Parece que alguns gostam de buscar o erro nas outras pessoas. Sentem prazer quando encontram algo que alguém deixou de fazer direito e isso faz com que se sintam melhores consigo mesmos.
O apóstolo Paulo fazia o contrário. Ele procurava o que era positivo nas igrejas as quais ministrava. Certamente ele reprovava o erro e não tolerava o pecado, mas seu foco era edificar as igrejas que havia estabelecido. Uma das maneiras pelas quais ele fazia isso era destacar o que elas faziam corretamente.
A declaração de Ellen G. White sobre a importância de relacionamentos positivos é notável: “Se nos humilhássemos perante Deus e fôssemos bondosos e corteses, compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189).
5. Leia Romanos 15:7 e Efésios 4:32. Como você descreveria o fundamento de toda a aceitação? Qual é a essência de uma atitude de aceitação?
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Nessas duas passagens, o apóstolo Paulo apresentou os princípios que fundamentam nossa aceitação dos outros. Visto que Cristo perdoou e aceitou cada um de nós, como podemos nos recusar a perdoar e aceitar uns aos outros? Na verdade, precisamente porque Jesus nos recebeu podemos receber uns aos outros, apesar das falhas deles.
Pense bem no que isso significa. Pense em si mesmo, nas coisas que você tem feito e contra as quais ainda pode estar lutando – coisas que talvez só você saiba, que você ficaria aterrorizado se os outros também soubessem.
Pela fé, você é aceito em Cristo, que conhece todas as coisas das quais os outros talvez nada saibam. Certamente, Ele sabe de tudo; no entanto, aceita você de maneira incondicional, não por causa de sua bondade, mas por causa da bondade Dele.
Qual deve ser então sua atitude em relação às outras pessoas?
Eis um conceito difícil de compreender. A aceitação genuína significa que acolhemos as pessoas como elas são, com todos os seus hábitos pecaminosos, porque elas são seres humanos criados à imagem de Deus. Visto que Cristo morreu por nós “sendo nós ainda pecadores” e o fato de termos sido “reconciliados com Deus” quando éramos Seus inimigos, podemos perdoar e aceitar os outros. Seu amor por nós torna-se o próprio fundamento de nossa aceitação e perdão das outras pessoas (Rm 5:6-10).
Porém, uma vez que um relacionamento de aceitação e cuidado tenha sido estabelecido, muitas vezes é necessário confrontar o outro indivíduo amorosamente com as verdades das Escrituras. Deixar de fazer isso é deixar de amar. Como amigos, nos importamos a ponto de compartilhar com as pessoas a quem amamos verdades eternas que transformam a vida.
A atitude de Jesus não foi: “Faça o que quiser. Está tudo bem. Eu ainda aceito você”. Sua atitude era, em vez disso, “Não importa o que você tenha feito, estou disposto a perdoá-lo e conceder-lhe poder para mudar”. A verdade bíblica apresentada humildemente no espírito de Cristo, com uma atitude de amor, ganha corações e transforma vidas.
Jesus não deixou de apresentar a verdade “por causa do amor”, pois isso não seria amor. O amor sempre busca o melhor para o outro. Não há conflito entre amor e verdade. A verdade apresentada com humildade e bondade é uma declaração de amor. Jesus disse: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6). Ele é o único caminho de salvação (At 4:12). Sua graça nos salva para que possamos conhecer Sua verdade e viver Sua vida. A verdade sem amor leva a um legalismo asfixiante, que sufoca a vida espiritual. O chamado “amor” sem verdade leva ao sentimentalismo tolerante, sem consistência, deixando o indivíduo à deriva em um mar de incertezas. A verdade apresentada com amor leva a uma experiência cristã genuína que dá direção, propósito e certeza.
6. Leia 1 Pedro 3:15, 2 Timóteo 4:2 e Tito 3:4, 5. Quais expressões nesses versos revelam o equilíbrio entre apresentar a verdade bíblica e um espírito humilde e acolhedor?
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Os escritores do Novo Testamento nunca enfatizaram o amor acima da verdade. Eles reuniram belamente amor e verdade, graça e Lei, compaixão e honestidade. Pedro exortou os irmãos: “Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor” (1Pe 3:15, 16). Em outras palavras, você precisa saber em que crê, por qual razão crê e ser capaz de explicar aos outros. Isso não significa que você tenha todas as respostas nem que deve convencer as pessoas de suas crenças. Significa apenas que, com “mansidão e temor”, isto é, com humildade e senso da grandeza das questões em jogo, você pode explicar e defender sua fé.
Paulo aconselhou seu jovem discípulo Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). Ele lembrou Tito de que a bondade e o amor de Deus salvaram aqueles que renasceram Nele (Tt 3:5).
Também somos chamados a apresentar a verdade com amor, mansidão e humildade. O Senhor nos convida a unir-nos a Ele, compartilhando com atitudes que demonstram aceitação Sua mensagem dos últimos dias ao mundo que morre sem Cristo.
“Em Cristo existem a ternura do pastor, a afeição do pai e a incomparável graça do compassivo Salvador. Ele apresenta Suas bênçãos da maneira mais fascinante. Não Se contenta apenas em anunciar essas bênçãos; oferece-as da forma mais atrativa, para despertar o desejo de recebê-las. Assim também Seus servos devem apresentar as riquezas da glória da indescritível Dádiva. O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os corações, quando a simples repetição de doutrinas nada conseguiria. ‘Consolai, consolai o Meu povo, diz o vosso Deus. […] Tu, ó Sião, que anuncia boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus! […] Como Pastor, apascentará o Seu rebanho; entre os Seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio’” (Is 40:1, 9-11; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 826, 827).
Perguntas para consideração
1. É lamentável, mas alguns se sentem melhor apontando as falhas de outras pessoas. Como podemos ter certeza de que não caímos nessa mentalidade?
2. Considere este cenário: um amigo acaba de voltar de um funeral e diz: “Estou feliz porque minha tia está no Céu olhando por mim!”. Como você reagiria? Por que esse pode não ser o melhor momento para dar um estudo bíblico sobre esse assunto?
3. Comente esta declaração à luz do nosso testemunho: “O próprio ato de olhar para o mal nos outros desenvolve o mal em quem olha. Detendo-nos sobre as faltas do próximo, somos transformados na sua imagem. Mas contemplando Jesus, falando do Seu amor e da perfeição de Seu caráter, imprimimos em nós as Suas feições. Contemplando o alto ideal que Ele colocou diante de nós, subiremos a uma atmosfera santa e pura, que é a própria presença de Deus. Quando aí permanecemos, sairá de nós uma luz que irradia sobre todos os que estiverem em contato conosco”
(Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 479).
Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. A. 3. Na história da mulher cananeia, Jesus aparentemente a rejeita para ensiná-la a ser perseverante e, em seguida, a elogia por sua fé. Na história da mulher que O ungiu com um vaso de perfume, Jesus desejava mostrar que ela havia sido perdoada e deveria ser lembrada por sua fé. 4. Paulo elogiou os seguintes pontos: sua fé e o amor pelos outros estavam crescendo; Paulo ficou feliz a ponto de se gloriar nisso, já que a fé daquele povo era constante. 5. Comente com a classe. Sugestão: A verdadeira aceitação está fundamentada no amor de Cristo. Se amarmos como Ele nos amou, aceitaremos as pessoas, as perdoaremos e viveremos em harmonia com elas. 6. Devemos exortar com longanimidade e doutrina; responder aos outros quanto à razão da nossa esperança com mansidão e temor, entre outras.
Texto-chave: Ef 4:32
Foco de Estudo: Jo 4:27-30; 2Ts 1:1-4; Rm 15:7; 1Pe 3:15
ESBOÇO |
Sua atitude em relação ao outro em geral determina a resposta dele em relação a você. Já observou que, quando você sorri para alguém, a pessoa na maioria das vezes sorri de volta? Também notou que, quando você responde com um elogio inesperado, a pessoa geralmente responde de forma positiva?
Jesus entendeu esse fato da natureza humana. O Evangelho de João afirma que Jesus é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). No íntimo de nosso ser há o anseio pela verdade eterna. Temos esse doloroso vazio e busca de propósito e significado. Deus colocou dentro de cada indivíduo o desejo de conhecê-Lo. Quando abordamos as pessoas acreditando que, quer elas saibam ou não, em sua alma, há uma fome oculta de conhecer a Deus, lidaremos com elas de maneira diferente do que se acharmos que não estão interessadas em questões espirituais.
Na lição desta semana, estudaremos como Jesus acreditava nas pessoas. Examinaremos Sua atitude em relação aos que pareciam menos interessados em Sua mensagem. Analisaremos como Ele Se aproximou de uma mulher samaritana, de um escriba judeu, de um soldado romano e de uma mulher cuja reputação era bastante manchada. Em cada caso, Jesus enxergava o melhor nas pessoas e apresentava a verdade sempre com amor. O fundamento de Sua mensagem era aceitação, perdão, graça e a esperança de uma nova vida. Jesus nunca minimizou o valor da verdade, mas sempre a apresentou de maneira redentiva. Na lição desta semana, descobriremos como aplicar os métodos do Mestre em nosso testemunho.
COMENTÁRIO |
Falamos a respeito da mulher samaritana no poço em uma lição anterior. Há um aspecto do diálogo de Jesus com a mulher que não examinamos anteriormente e que é vital para o entendimento dos princípios do Senhor ao compartilhar a fé. À medida que a conversa prossegue entre os dois, ela diz: “Senhor, disse-Lhe a mulher, vejo que Tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” (Jo 4:19, 20). Essa era uma questão crítica entre judeus e samaritanos. Tinha a ver com adoração e a presença de Deus. O monte Gerizim se tornou o principal ponto de divergência entre os samaritanos e os judeus. Um dos sábios judeus levantou esta questão e depois a respondeu: “Em que ponto os samaritanos podem ser aceitos no judaísmo? Quando rejeitam sua crença no monte Gerizim.” Jesus poderia ter entrado muito facilmente em um debate teológico com essa mulher sobre a adoração autêntica, mas Ele olhou além das perguntas intelectuais e atendeu às necessidades de seu coração. Sua necessidade não era ter todas as suas perguntas religiosas respondidas. Sua necessidade era encontrar a aceitação, o perdão e a nova vida que somente Jesus poderia dar. Como resultado da conversão dessa mulher, toda a região de Samaria foi impactada.
Jesus permaneceu dois dias naquele lugar aparentemente inacessível com essas pessoas aparentemente inatingíveis. Os resultados foram notáveis. O evangelho de João declara: “Muitos samaritanos daquela cidade creram Nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito” (Jo 4:39). Então João acrescentou: “Muitos outros creram Nele [Cristo], por causa da sua palavra” (Jo 4:41). Esse foi apenas o começo de uma colheita espiritual em que o solo parecia árido. Samaria estava madura para o evangelho, e quando, alguns anos depois, Filipe pregou, o registro afirma “que Samaria recebera a Palavra de Deus” (At 8:14).
E se Jesus tivesse entrado em uma discussão religiosa com a mulher samaritana? Se tivessem passado o tempo em um acalorado debate sobre o local em que se devia adorar? Jesus olhou para suas necessidades. Testemunhas de Deus bem-sucedidas têm disposição e atitude vitoriosa. Eles veem o melhor nos outros.
Considere a interação de Cristo com a mulher cananeia. O povo cananeu era idólatra e muitas vezes enfatizava a veneração dos mortos por meio de seus deuses domésticos. Eles também adoravam as divindades pagãs de Baal, El, Asera e Astarte. Os cultos da fertilidade eram em especial para deuses e deusas da vegetação e da colheita. Costumavam oferecer grãos e frutas para ganhar seu favor. Muitos estudiosos acreditam que os ritos religiosos dos cananeus, às vezes, incluíam sacrifício humano, sobretudo de crianças.
Se havia uma pessoa a quem um judeu considerava rejeitada por Deus, intocável e perdida, era uma mulher cananeia. A abordagem de Jesus a essa mulher foi magistral e não convencional. Em Sua sabedoria divina, guiada pelo Espírito Santo, Ele a alcançou de tal maneira que parece quase contrária à Sua própria natureza. Ela pediu sinceramente que o Salvador tivesse piedade dela e libertasse sua filha da possessão demoníaca (Mt 15:22). Como Jesus respondeu a esse apelo sincero? Para surpresa de todos, com silêncio. Ele parecia ignorá-la (Mt 15:23). Seus discípulos imploraram que Ele a mandasse embora, mas ela persistia em suplicar a Jesus por ajuda. Então, Ele fez esta afirmação surpreendente: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). Isso pareceu discriminação, como se Jesus tivesse vindo apenas para alguns poucos. A mulher desesperada não aceitou “não” como resposta. Ela apelou: “Senhor, socorre-me!” (Mt 15:25).
Jesus então aparentemente a rejeitou totalmente, quando disse: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Mt 15:26). Ela continuou tenazmente seu apelo: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mt 15:27).
Jesus tinha uma estratégia divina em cada uma de Suas respostas. Ele continuou atraindo a mulher para uma fé mais profunda e revelando aos discípulos a necessidade de perceber a
profundidade da fé em alguém que eles teriam rejeitado. Na presença dos discípulos, Cristo disse claramente a essa mulher: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã” (Mt 15:28). É notável o fato de que Jesus via o que os outros não viam. Ele viu grande fé nessa mulher cananeia. Testemunhas eficientes de Cristo veem o alvorecer da fé no coração das pessoas em lugares bem inusitados.
Jesus concordava com as pessoas no que podia, aceitava-as como eram e as afirmava quando possível.
Ele desenvolvia um relacionamento amável com todos. Nesse contexto, plantava as sementes da fé e compartilhava as verdades divinas.
A base de toda aceitação é o evangelho. Cristo nos aceitou para que possamos aceitar os outros. Podemos perdoar os outros porque Cristo nos perdoou. Podemos ter misericórdia dos outros porque Cristo tem misericórdia de nós. Cristo vê o melhor em nós, para que possamos ver o melhor nos outros. O apóstolo Paulo declara: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” (Rm 15:7). Em outro lugar, Paulo disse: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4:32).
Ilustração
A lei da bondade conquista corações. O coração terno, a aceitação e o perdão abrem a mente para o evangelho. Tratar os outros como Cristo nos tratou faz toda a diferença em nosso testemunho. Algum tempo atrás, uma mulher arrasada pela pobreza vagava sem rumo pela rua, numa noite fria de inverno. Quando ela passou por uma igreja Adventista do Sétimo Dia, percebeu que as luzes estavam acesas. Entrou ansiosamente no salão da irmandade, sem ter ideia do que podia esperar. A vida tinha sido extremamente difícil para ela. Pouco antes, ela havia passado por várias experiências traumáticas.
Uma aula de culinária saudável estava em andamento. Encontrou um assento no fundo da sala e sentou-se com a touca de lã puxada sobre a cabeça, embrulhada no casaco de inverno. Com certeza era uma estranha entre as outras mulheres mais sofisticadas que frequentavam a aula naquela noite. Felizmente, algumas das senhoras a procuraram e fizeram com que ela se sentisse extremamente bem-vinda. Elas ignoraram sua pobreza e viram sua sinceridade, e até passaram por alto o fato de ela ter vasculhado a lata de lixo procurando comida quando a aula terminou. As senhoras cristãs falaram pouco, mas tentaram suprir algumas das necessidades dela. A mulher continuou a frequentar a aula.
A amizade desenvolveu um vínculo entre algumas das senhoras e essa mulher infeliz. Com o passar do tempo, impressionada com a bondade, o amor e a aceitação, ela começou a frequentar a igreja todas as semanas e prosseguiu com os estudos bíblicos.
Sob a aparência de miséria, havia uma mulher inteligente e talentosa. Quando criança, ela havia recebido aulas de piano e se tornou uma excelente pianista. Dentro de dois anos, tornou-se membro ativo da igreja e uma das pianistas. Ver as pessoas não pelo que elas são, mas pelo que podem se tornar faz toda a diferença. Jesus teve uma atitude vitoriosa. Nós também podemos ter.
Aplicação para a vida |
Apresentando a verdade com amor
A amizade abre a porta do coração, mas geralmente não leva as pessoas a Cristo sem nosso testemunho intencional. Os relacionamentos positivos criam confiança, mas sozinhos não conquistam as pessoas se não forem relacionamentos centrados em Cristo. Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14:6). Toda doutrina bíblica revela a verdade sobre Jesus, para que, por meio de Seu poder, possamos viver a vida Dele. O apóstolo Paulo
nos instrui a falar “a verdade com espírito de amor” (Ef 4:15, NTLH).
Comente com a classe os contextos a seguir:
1. Um mendigo acampa no estacionamento da igreja. Ele está lá há três noites. Quais são as maneiras apropriadas de se relacionar com ele e outras não tão apropriadas? Como você pode ser um resgatador sem transformar o estacionamento em uma cidade de tendas para os sem-teto, impactando negativamente os vizinhos?
2. Um conhecido católico acaba de perder a esposa devido a um câncer. Ele está preocupado com o fato de sua esposa estar sofrendo no purgatório. Como você pode apresentar a verdade sobre o estado dos mortos de maneira reconfortante, amorosa, sem ofendê-lo?
3. Um jovem casal que você conhece bem e que não é adventista do sétimo dia acaba de perder um filho de 12 anos, em um acidente de carro. Como você pode apresentar a esperança da volta de Cristo sem banalizar a morte do filho deles?
A seguir estão os princípios para se desenvolver uma atitude vitoriosa:
A. Peça a Jesus que o impressione com o fato de que todas as pessoas têm anseios espirituais e são candidatas ao reino de Deus.
B. Procure desenvolver relacionamentos cristocêntricos e positivos com aqueles em sua esfera de influência.
C. Ore por oportunidades para compartilhar a verdade divina.
D. Apresente as verdades bíblicas no contexto dos relacionamentos de amizade.
Engatinhando como bebê
Oumou Toure ficou muito doente, depois que o esposo faleceu. Os joelhos incharam e ela sentiu uma dor tão dilacerante que não conseguia dormir. Também não conseguia andar. Embora fosse adulta, engatinhava como bebê dentro de casa, na cidade de Conacri, Guiné.
Certo dia, seu tio, Amara, a levou a vários hospitais, mas nenhum médico conseguiu ajudar. Ele a levou também a curandeiros, mas ninguém conseguiu ajudar. Então, ficou de repouso, onde morava com um tio, uma irmã mais nova e dezenas de parentes.
Quatro longos anos de sofrimento se passaram. Durante todo esse tempo, Oumou não conseguiu andar. Certo dia, ela ouviu a irmã conversar com uma visita em outro cômodo da casa. A visita leu a Bíblia e orou. Ela não era cristã, mas queria que alguém orasse em favor dela. Com grande esforço, ela saiu da cama e se arrastou até o cômodo vizinho. “Por favor, ore por mim”, ela pediu. O visitante, Tranqulle Fassinadouno, ficou impressionado ao ver uma senhora idosa engatinhando, mas não orou.
Após três dias, Oumou ouviu uma batida na porta e, um momento depois, Tranqulle estava ao lado da cama. “Mamãe, estou aqui para orar”, ele disse. Oumou ficou muito entusiasmada, ele abriu a Bíblia e leu I João 4:4, que diz: “Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque Aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no mundo”. Em seguida, fechou os olhos e orou: “Senhor, damos graças pela vida de Sua filha. Por Sua permissão estou aqui. O Senhor me deu coragem para jejuar e orar por três dias. Agora, peço que cures a irmã Oumou em nome de Jesus.”
Naquela noite, depois de muitos anos, Oumou sentiu que a dor diminuiu e conseguiu dormir bem. No dia seguinte, Tranqulle voltou e orou novamente com ela. Ele orou e jejuou por Oumou durante duas semanas. Certo dia, inesperadamente, Oumou lhe perguntou: “Onde é sua igreja?” Ele informou o endereço da igreja adventista. Não era distante da casa, mas ela não conseguia caminhar, e pediu ajuda. Na manhã de sábado, Tranqulle carregou Oumou em sua moto e foi à igreja. Ele a levou nos sábados seguintes. A cada dia Oumou ficava mais forte. No quarto sábado, caminhou sozinha para a igreja.
Tranqulle ficou maravilhado ao vê-la caminhando pela igreja. “Este é um milagre realizado por Jesus!”, exclamou. O tio chamou outros familiares e todos ficaram felizes ao ver que ela estava melhor, mas não gostaram de saber que estava indo à igreja. Eles não eram cristãos e sentiram que Oumou estava desrespeitando a religião da família. O tio Amara chamou todos para uma reunião familiar. Depois de todos os familiares estarem presentes, ele mostrou uma Bíblia e o Livro Sagrado da família.
“Qual o livro que você escolhe?”, perguntou a Oumou. “Lembre-se: se você não escolher nosso livro, não será mais parte da família.” Oumou pensou sobre os quatro anos de enfermidade, e como havia sido curada. Então, ergueu os olhos ao céu e disse: “Escolho a Bíblia, o livro negro.” Tio amara zombou de Oumou. “Já que escolheu a Bíblia, pegue e pregue para nós”, ele desafiou.
Lágrimas rolaram dos olhos. Ela não sabia ler. “Você sabe que não sei ler”, disse em prantos. “Nunca fui à escola. Mas o homem que orou por mim leu a Bíblia e fui curada. Acredito que a Bíblia tem poder para realizar grandes obras para mim e para você.” Zangado, o tio Amara ordenou aos outros membros a empacotar os pertences de Oumou. “Você se tornou cristã”, disse. “Vá conviver com os cristãos. Não queremos nenhum relacionamento com você.”
Oumou não tinha lugar para morar e dormiu na casa de vários amigos. Foi muito difícil, mas ela não abandonou Jesus. Quando os membros da igreja souberam de sua situação ofereceram um local para viver no complexo da igreja. Desde então, essa é a sua residência. “Agradeço a Deus por minha nova família”, Oumou diz. “Estarei com o Senhor Jesus eternamente.”
Parte da oferta do trimestre ajudará a construção da Kobaya Academy, uma instituição de Ensino Médio em Conacri, Guiné, onde o amor de Jesus pode ser demonstrado a muitas crianças vindas de lares não-cristãos.
Dicas da história
- Pronúncia de Oumou .
- Pronúncia de Tranqulle .
- Leia mais sobre Tranqulle na semana passada.
- Assista o vídeo sobre Oumou no YouTube: bit.ly/Oumou-Toure.
- Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq) ou banco de dados ADAMS (bit.ly/crawling-like-baby).
- Faça o download das fotos dos projetos do trimestre: bit.ly/WAD-2020.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2020
Tema Geral: Fazendo amigos para Jesus
Lição 9 – 22 a 28 de agosto de 2020
Desenvolvendo uma atitude conquistadora
Autor: César Luís Pagani
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisor (a): Josiéli Nóbrega
Para se construir uma atitude conquistadora, é preciso ter visão conquistadora, e essa encontramos em Cristo Jesus. Jesus Se aproximava das pessoas como Alguém que lhes queria o máximo bem. Gentileza para com elas, simpatia, empatia, delicadeza, ternura se estampavam na face do Senhor quando Ele abordava as pessoas ou era abordado por elas.
Tenhamos presente que a atitude conquistadora começava nas noites de oração que Jesus empreendia. Ele orava para que pudesse alcançar o coração do povo e levá-lo ao conhecimento da verdade.
Dale Carnegie, em seu livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, diz: “Mais depressa se apanham moscas com uma gota de mel do que com um galão de fel.” Ele não quis se referir a adulação e lisonja, mas a uma atitude amistosa, aberta, sem preconceitos, sem pré-ideias, a ser tomada quando se quer conquistar alguém.
Não podemos ser seletivos nas abordagens: não devemos pensar assim: “Este parece ser um terreno propício, vou explorar. Aquele não é promissor, vou abandonar”. Nem mesmo os incrédulos devem ser adiados. Pessoas que, ao nosso limitado entendimento, muitas vezes não parecem propícias à recepção da verdade, podem demonstrar-se canais abertos.
Você teria coragem de se aproximar de um Saulo de Tarso, homem muto culto, doutor da lei, fariseu estrito, judaísta fanático, flagrantemente contrário ao cristianismo, para lhe falar de Cristo? Talvez se intimidasse diante da alta categoria social e acadêmica do homem. Ou contataria um endemoninhado, um praticante de cultos espiritualistas, afros ou fetichistas, para lhe falar de Cristo?
Quantas vezes temos conceitos equivocados sobre as pessoas a ser contatadas? Parece que escolhemos as mais receptivas, mais prováveis de conquista missionária. Conduzimo-nos mais por palpites pessoais do que pelas regras da Grande Comissão de Cristo.
Jesus estava na Judeia. Diz o evangelho que Ele tinha necessidade de passar por Samaria. Essa necessidade ficou bem explícita quando Ele Se encontrou com a mulher samaritana. Os judeus que viajavam para o norte, para evitar passar por Samaria, que consideravam terreno pagão, imundo, atravessavam o Jordão e subiam em direção contrária ao fluxo do rio, e cruzavam-no novamente após passarem o território proibido. Jesus não fez isso. Ele precisava passar por Samaria apenas para salvar aquela mulher e seus vizinhos. Outra coisa a ser lembrada é que um rabino, como Jesus, jamais falaria com uma mulher em público. Porém, Cristo não dava a mínima para essas posturas abomináveis. Uma pessoa Lhe era importantíssima, não importava quem fosse. Cristo também contava com o “efeito missionário dominó”, ou seja, uma pessoa salva espalhando salvação a outras de seu meio.
Quando a Casa Publicadora Brasileira se mudou para Tatuí, todos os seus funcionários saíram para evangelizar a cidade em seu tempo disponível. Houve uma senhora, que não pertencia ao grupo da editora, mas era da igreja local, que ia aos sábados à casa de alguns tatuianos que costumavam fazer seu churrasquinho sabático, para lhes dizer que, comendo carne estavam se desqualificando para o reino dos Céus. Não é preciso dizer que não ganhou ninguém com esse extremismo.
Não raro, somos vítimas de nossas próprias opiniões erradas. Como não cair nessa cilada? Em primeiro lugar, as Escrituras definem o alvo, conforme os termos da Grande Comissão: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Como é mesmo? “Toda criatura”! Não haja em nós o espírito farisaico de nos julgarmos superiores aos outros pecadores. Jesus recebia abertamente publicanos, meretrizes e pecadores, assim como doutores da lei, ricos, pobres, leprosos, enfermos. Não somente os recebia, mas ia ao encontro deles.
Um ponto importante é ensinar a verdade com carinho, paciência e amor. Com pessoas de outras confissões de fé, não atacar suas crenças. Abordar, de início, pontos em comum; eles sempre existem. Mostrar que não somos os donos da verdade, mas que estamos, como eles, procurando viver nossa fé de maneira sincera.
Assim como Paulo faz em sua segunda carta aos Tessalonicenses 1:1-4, sejamos sinceros em nossa aprovação e generosos em nossos elogios. Elogio leal não é bajulação.
Agora considere este conselho evangelístico: “Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás” (Ec 11:1). Foi o que fez uma missionária ao tratar com uma senhora italiana por nome Maria: “Com um olhar cintilante, Maria ficou me rodeando após a lição da Escola Dominical a que ela havia assistido interessada. ‘Se eu vier à sua casa uma vez no meio da semana, a senhora poderá me explicar melhor o que eu não compreendo?’, perguntou a jovem com ansiedade. Desde então, todas as quartas-feiras, às 11 horas, ela aparecia com um sorriso feliz e o coração aberto. Tudo o que eu tinha a fazer era lançar a semente sobre o terreno fértil. Mas certo dia, eu me mudei para outro endereço e infelizmente perdemos o contato.
“Vinte anos depois, recebi uma carta de Maria que me trouxe a alegria do semeador que colhe os frutos da seara. ‘Por muito tempo venho economizando’, disse-me ela, ‘e agora estamos enviando nosso neto para a universidade. Ele vai estudar para o ministério.’ Agora, eu e minha família estamos orando para que este rapaz, em toda a sua vida, seja um semeador infatigável da Palavra, lance o seu pão sobre as águas e salve muitas pessoas” (Coletânea de Ilustrações”; Pr. Natanael de Barros Almeida, item 379 – Salvação).
Por vezes basta um favor, um serviço prestado, uma atenção dada a alguém em necessidade. Há casos de conquista de pessoas em que a primeira abordagem foi realizada sem uma menção da Palavra de Deus. O serviço de amor foi eloquente e abriu caminho para maiores incursões.
“Hoje, neste mundo repleto e apinhado com mais de sete bilhões de habitantes, ainda há muito trabalho a ser feito no cumprimento da missão de Deus. Ele está chamando cada um de nós para que desempenhemos nossa parte. Não importa a idade, nacionalidade nem sexo, Deus o está chamando para participar de Sua missão. Pode ser que o esteja chamando para ser missionário em seu bairro, sua escola, seu trabalho, ou no seu círculo de influência. Deus necessita do seu envolvimento na missão de buscar e salvar o perdido, onde quer que você esteja. A maneira mais fácil de testemunhar é por meio do seu relacionamento diário com as pessoas. Deixe que o Espírito Santo guie você à pessoa certa, e de maneira natural e calma, dê seu testemunho sob a orientação do Espírito Santo, incentivando-a da maneira mais adequada. O testemunho deve causar alegria e ser a consequência natural do nosso relacionamento com o Senhor. Deus abrirá o caminho. Todos devem fazer parte da missão de Deus! Para levar avante essa tarefa é muito importante que permaneçamos próximos do Senhor por meio do estudo da Bíblia, do Espírito de Profecia e em constante oração” (Adventist World, Semana de Oração, setembro 2016, p. 5).
Conheça o autor dos comentários para este trimestre: César Luís Pagani é jornalista, escritor e tradutor de inglês, francês, italiano e espanhol. Casado há 51 anos com Neusa Albamonte Pagani, é pai de três rapazes, César Augusto, Marcel e André, e avô de duas lindas netinhas: Bellinha e Bia. Trabalhou na Casa Publicadora Brasileira por 11 anos, primeiramente como designer gráfico no Departamento de Artes e depois como editor-associado das revistas Vida e Saúde, Nosso Amiguinho e do caderno de Notícias da Revista Adventista. Traduziu vários livros do Espírito de Profecia. Também trabalhou como tradutor para a revista Diálogo Universitário. Hoje é membro ativo na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central Paulistana, onde atua como professor da Escola Sabatina e cantor do Coro Masculino Edificanto.