Lição 12
14 a 20 de março
Do Norte e Sul à terra gloriosa
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jz 1-3
Verso para memorizar: “Alguns dos sábios cairão para serem provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim, porque se dará ainda no tempo determinado” (Dn 11:35).
Leituras da semana: Dn 11; Dn 8:3-8, 20-22; Is 46:9, 10; Dn 8:9, 23; Mt 27:33-50

Ao estudarmos o capítulo 11 de Daniel, veremos que se trata de um texto desafiador. Alguns pontos devem ser apresentados no início. Primeiramente, esse capítulo está, em geral, em paralelo com os esboços proféticos anteriores do livro. Como nos capítulos 2, 7, 8 e 9, a mensagem profética se estende dos dias do profeta até o fim dos tempos. Em segundo lugar, uma sucessão de potências mundiais emerge; são poderes que muitas vezes oprimem o povo de Deus. Terceiro, cada esboço profético atinge o clímax com um final feliz. Em Daniel 2, a pedra destrói a estátua; em Daniel 7, o Filho do Homem recebe o reino; e em Daniel 8 e 9, o santuário celestial é purificado mediante a obra do Messias.

Em seguida, o capítulo 11 apresenta três pontos fundamentais. Primeiramente, ele apresenta os reis persas e discute o destino deles e o tempo do fim, quando o rei do Norte ataca o monte santo de Deus. Em segundo lugar, há a descrição de uma sucessão de batalhas entre o rei do Norte e o rei do Sul e como essas lutas afetam o povo de Deus. Em terceiro lugar, o capítulo conclui com um final feliz, quando o rei do Norte encara a sua ruína por meio do “glorioso monte santo” (Dn 11:45). Essa conclusão positiva sinaliza o fim do mal e o estabelecimento do reino eterno de Deus.



Domingo, 15 de março
Ano Bíblico: Jz 4, 5
Profecias sobre a Pérsia e a Grécia

1. Leia Daniel 11:1-4. Qual é a semelhança desses versos com algumas profecias anteriores apresentadas em Daniel?

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Gabriel disse a Daniel que três reis ainda se levantariam da Pérsia. Eles seriam seguidos pelo quarto rei, que seria o mais rico de todos e provocaria os gregos. Depois de Ciro, três sucessivos reis exerceram domínio sobre a Pérsia: Cambises II (530-522 a.C.), o falso Esmérdis (522 a.C.) e Dario I (522-486 a.C.). O quarto rei é Xerxes, mencionado no livro de Ester como Assuero. Ele era muito rico (Et 1:1-7) e comandou um vasto exército para invadir a Grécia, como previsto na profecia. Mas, apesar de seu poder, ele foi repelido por uma força menor de valentes soldados gregos.

Não é difícil reconhecer Alexandre, o Grande, como o poderoso rei que surge em Daniel 11:3 e que se torna o governante absoluto do mundo antigo. Aos 32 anos, ele morreu sem deixar um herdeiro para governar o império. Por isso, o reino foi dividido entre seus quatro generais: Seleuco ficou com a Síria e a Mesopotâmia; Ptolomeu, com o Egito; Lisímaco, com a Trácia e partes da Ásia Menor; e Cassandro, com a Macedônia e a Grécia.

2.  Compare Daniel 11:2-4 com Daniel 8:3-8, 20-22. Como esses textos juntos ajudam-nos a identificar Alexandre como o poder representado nessas passagens?

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O que podemos aprender com essa variedade de nomes, datas, lugares e eventos históricos? Primeiramente, aprendemos que a profecia foi cumprida como previsto pelo mensageiro divino. A Palavra de Deus nunca falha. Em segundo lugar, Deus é o Senhor da História. Podemos ter a impressão de que a sucessão de poderes políticos, líderes e reinos é impulsionada pela ambição de imperadores, ditadores e políticos de todos os tipos. No entanto, a Bíblia revela que Deus está no controle supremo e moverá a roda da História de acordo com Seu propósito divino, o que, em última análise, levará à erradicação do mal e ao estabelecimento do reino eterno de Deus.

Primeiro Deus - Precisamos da presença diária de Cristo em nossa vida para que Ele nos liberte do egoísmo.


Segunda-feira, 16 de março
Ano Bíblico: Jz 6-8
Profecias sobre a Síria e o Egito

3. Leia Daniel 11:5-14. O que foi descrito nesses versos e qual é o significado dessa narrativa?

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Após a morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.), o vasto império grego foi dividido entre seus quatro generais. Dois deles, Seleuco, na Síria (Norte), e Ptolomeu, no Egito (Sul), conseguiram estabelecer dinastias que lutariam entre si pelo controle da terra.

A maioria dos estudantes da Bíblia compreende as guerras entre o rei do Norte e o rei do Sul profetizadas em Daniel 11:5-14 como se referindo às muitas batalhas envolvendo essas duas dinastias. Segundo a profecia, seria feita uma tentativa de unir essas duas dinastias pelo casamento, mas essa aliança duraria pouco (Dn 11:6). Fontes históricas nos informam que Antíoco II Teos (261-246 a.C.), neto de Seleuco I, casou-se com Berenice, filha do rei egípcio Ptolomeu II Filadelfo. No entanto, esse acordo não durou, e o conflito que envolvia diretamente o povo de Deus logo foi retomado. Portanto, Daniel 11 trata de alguns eventos importantes que afetariam a vida do povo de Deus durante séculos após a morte do profeta Daniel.

Novamente, podemos perguntar por que o Senhor revelou antecipadamente todos esses detalhes sobre as guerras envolvendo reinos que lutariam entre si pela supremacia naquela parte do mundo. A razão é simples: essas guerras afetariam o povo de Deus. Então, o Senhor anunciou de antemão os muitos desafios que Seu povo enfrentaria nos anos futuros. Além disso, Deus é o Senhor da História e, ao compararmos o registro profético com os eventos históricos, podemos ver novamente que a palavra profética foi cumprida. O Deus que predisse as vicissitudes daqueles reinos helenísticos que lutaram entre si é o Senhor que conhece o futuro. Ele é digno de nossa confiança e fé. É um Deus grande, não um ídolo fabricado pela imaginação humana. Ele não apenas dirige o curso dos eventos históricos, mas também pode dirigir nossa vida se permitirmos que Ele assim o faça.

Leia Isaías 46:9, 10. Quanta teologia cristã fundamental encontramos nesses dois ­versos, e que grande esperança podemos tirar deles, sabendo que o Senhor é bondoso e amoroso? O verso dez não seria assustador se Deus fosse vingativo e mau?


Terça-feira, 17 de março
Ano Bíblico: Jz 9, 10
Roma e o Príncipe da aliança

4. Leia Daniel 11:16-28. Embora o texto seja difícil, quais imagens encontramos nessa passagem que aparecem em outras partes de Daniel?

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Uma transição no poder dos reis helenistas para Roma pagã parece ser descrita em Daniel 11:16: “O que, pois, vier contra ele fará o que bem quiser, e ninguém poderá resistir a ele; estará na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos”. A “terra gloriosa” é Jerusalém, região em que existiu o antigo Israel, e o novo poder que ocupou essa região foi Roma pagã. O mesmo evento também é representado na expansão horizontal do chifre pequeno, que atinge a “terra gloriosa” (Dn 8:9). Portanto, parece claro que o poder no comando do mundo naquele momento era Roma pagã.

Algumas pistas adicionais no texto bíblico reforçam essa percepção. Por exemplo, a expressão “um cobrador de impostos” (Dn 11:20, NVI) deve ser uma referência a César Augusto. Foi durante o seu reinado que Jesus nasceu, visto que Maria e José viajaram para Belém para a realização do censo (Dn 11:20). Além disso, de acordo com a profecia, esse governante seria sucedido por um “homem vil” (Dn 11:21). Como mostra a história, Augusto foi sucedido por Tibério, seu filho adotivo. Tibério é conhecido por ter sido um homem excêntrico e vil.

Um fato ainda mais importante é que, de acordo com o texto bíblico, durante o reinado de Tibério, o “príncipe da aliança” seria quebrado (Dn 11:22). Isso claramente se refere à crucificação de Cristo, também chamado de “Ungido” e “Príncipe” (Dn 9:25; veja também Mt 27:33-50), visto que Ele foi morto durante o reinado de Tibério. A referência a Jesus nessa passagem como “o Príncipe da aliança” é um indicador impressionante que mostra o fluxo de eventos históricos, dando novamente aos leitores uma evidência poderosa da surpreendente presciência de Deus. Se Ele teve razão a respeito de tudo o que ocorreu antes em cumprimento dessas profecias, podemos certamente confiar em Suas declarações quanto ao que ocorrerá no futuro.


Mesmo em meio a todos os eventos políticos e históricos, Jesus de Nazaré, “o Príncipe da aliança”, é revelado no texto. Isso não nos mostra que, apesar de toda a agitação e intriga política, Jesus permanece no centro das Escrituras?

Quarta-feira, 18 de março
Ano Bíblico: Jz 11, 12
O próximo poder

5. Leia Daniel 11:29-39. O que é esse poder que surge depois de Roma pagã? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Roma papal.

B.(  ) Islamismo.

Daniel 11:29-39 se refere a um novo sistema de poder. Embora esse sistema esteja em continuidade com o Império Romano pagão e tenha herdado algumas características de seu antecessor, parece ser diferente em alguns aspectos. O texto bíblico afirma: “Não será nesta última vez como foi na primeira” (Dn 11:29). Ao examinarmos com mais profundidade, descobrimos que ele atua como um poder religioso, mirando seu ataque principalmente em Deus e em Seu povo. Vejamos algumas ações perpetradas por esse rei.

Primeiro, ele se indignaria “contra a santa aliança” (Dn 11:30). Essa deve ser uma referência à aliança divina de salvação, à qual esse rei se opõe.

Em segundo lugar, esse rei produziria forças que profanariam o santuário [...] e tirariam “o sacrifício diário” (Dn 11:31). Observamos em Daniel 8 que o chifre pequeno derrubou o fundamento do “santuário” de Deus e “tirou o sacrifício diário” (Dn 8:11). Isso deve ser entendido como um ataque espiritual contra o ministério de Cristo no santuário celestial.

Em terceiro lugar, como consequência de seu ataque ao santuário, esse poder estabelece a “abominação desoladora” no templo de Deus (Dn 11:31). A expressão paralela, “transgressão assoladora”, aponta para os atos de apostasia e rebelião cometidos pelo chifre pequeno (Dn 8:13).

Em quarto lugar, esse poder persegue o povo de Deus: “Alguns dos sábios cairão para serem provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim” (Dn 11:35). Isso nos lembra do chifre pequeno, que lançou por terra uma parte do exército e das estrelas e os pisou (Dn 8:10; compare com Dn 7:25).

Em quinto lugar, esse rei se levantaria e se engrandeceria “sobre todo deus; contra o Deus dos deuses [falaria] coisas incríveis” (Dn 11:36). Foi previsto também que o chifre pequeno falaria “com insolência” (Dn 7:8), até mesmo contra Deus (Dn 7:25).

Primeiro Deus - Que hábito saudável você irá incorporar à sua vida neste ano?

Outras semelhanças poderiam ser mencionadas, mas, considerando o que lemos em Daniel 7 e 8, quem é esse poder? Por que é tão importante que, apesar das pressões sociais, permaneçamos firmes em nossa identificação dele?

Quinta-feira, 19 de março
Ano Bíblico: Jz 13-16
Eventos finais

6. O que ocorre em Daniel 11:40-45? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) No fim, o rei do Norte é derrotado e não há quem o socorra.
B. (  ) Os reis do Norte e do Sul declaram paz e vivem em harmonia para sempre.

As expressões a seguir nos ajudam a compreender o texto de hoje:

Tempo do fim: a expressão “tempo do fim” aparece apenas em Daniel (Dn 8:17; 11:35, 40; 12:4, 9). O exame das profecias de Daniel indica que o tempo do fim se estende da queda do papado, em 1798, até a ressurreição dos mortos (Dn 12:2).

Rei do Norte: esse nome primeiramente designa geograficamente a dinastia selêucida, mas depois se refere a Roma pagã e finalmente a Roma papal. Sendo assim, ele não descreve uma localização geográfica, mas o inimigo espiritual do povo de Deus. Além disso, devemos também observar que o rei do Norte representa uma contrafação do verdadeiro Deus, que na Bíblia está simbolicamente associada ao Norte (Is 14:13).

Rei do Sul: esse nome primeiramente designa a dinastia ptolomaica no Egito, ao sul da terra santa. Mas, à medida que a profecia se desenvolve, ele adquire uma dimensão teológica e é associado por alguns estudiosos ao ateísmo. Ellen G. White, comentando a referência ao Egito em Apocalipse 11:8, declarou: “Isto é ateísmo” (O Grande Conflito, p. 269).

O glorioso monte santo: nos tempos do Antigo Testamento, essa expressão se referia a Sião, capital e centro de Israel, geograficamente localizada na terra prometida. Depois da cruz, o povo de Deus não é mais definido segundo linhas étnicas e geográficas. Portanto, o monte santo deve ser uma designação simbólica do povo de Deus espalhado pelo mundo.

Assim, talvez possamos interpretar os acontecimentos dessa maneira:

(1) O rei do Sul ataca o rei do Norte: a Revolução Francesa tentou erradicar a religião e derrotar o papado, mas falhou. (2) O rei do Norte ataca e derrota o rei do Sul: as forças da religião lideradas pelo papado e seus aliados acabarão vencendo as forças do ateísmo e formarão uma coalizão com o inimigo derrotado. (3) Edom, Moabe e o notável povo de Amom escaparão: alguns dos que não são contados entre o povo verdadeiro de Deus se juntarão ao aprisco na última hora. (4) O rei do Norte se prepara para atacar o monte santo, mas chega ao fim: as forças do mal são destruídas, e o reino de Deus é estabelecido.

Como podemos nos consolar ao saber que, no final, Deus e Seu povo serão vitoriosos?


Sexta-feira, 20 de março
Ano Bíblico: Jz 17-19
Estudo adicional

É interessante que, pelo menos em relação a Daniel 11:29-39, Martinho Lutero tenha identificado a abominação desoladora em Daniel 11:31 com o papado e suas doutrinas e práticas. Portanto, a correlação de Daniel 11 com Daniel 7 e 8 reforça a visão de Lutero e de muitos outros comentaristas protestantes de que a instituição do papado e seus ensinamentos constituem o cumprimento dessas profecias na História. Nesse sentido, Ellen G. White declarou: “Nenhuma igreja dentro dos limites da jurisdição romana ficou muito tempo sem ser perturbada na experiência da liberdade de consciência. Mal o papado obteve poder, estendeu os braços para esmagar todos os que se recusassem a reconhecer-lhe o domínio; e, uma após outra, as igrejas se submeteram ao seu governo” (O Grande Conflito, p. 62).

Perguntas para discussão

1. Como podemos ser sensíveis aos sentimentos dos outros, sem comprometer o que a Bíblia ensina sobre a função de Roma nos últimos dias?

2. Daniel 11:33 afirma: “Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo.” O que esse texto revela sobre o destino de alguns fiéis de Deus? O que alguns deles estarão fazendo antes de ser martirizados? Qual é a mensagem desse texto para nós hoje?

3. Daniel 11:36 afirma: “Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito.” A quem se refere o texto? O que isso faz lembrar? (Veja Is 14:12-17; veja também 2Ts 2:1-4).

4. Em Daniel 11:27, 29 e 35, é usada a expressão lammo’ed ou “o tempo determinado”. O que isso nos revela, novamente, sobre o controle divino da História?

Respostas e atividades da semana: 1. O rei muito forte que se levantaria e faria tudo o que lhe aprouvesse, mas não completaria seu reinado, já que este lhe seria arrancado no auge do seu poder e repartido para os quatro ventos. Esses detalhes são uma repetição da profecia a respeito de Alexandre, o Grande, e seus quatro generais. 2. Em ambos os textos vemos a velocidade das conquistas do rei da Grécia (um bode vindo sem tocar o chão e sendo morto em seguida e quatro chifres que se levantam para os quatro ventos do Céu). Isso também pode ser visto em Daniel 11:2-4, já que o reino é tirado e dado àqueles que não eram seus descendentes. 3. É descrita uma guerra constante entre os reis do Sul e do Norte, embora, no início esses reinos tivessem tentado um acordo de paz por meio de casamento. 4. A “terra gloriosa” e o “príncipe da aliança”. 5. A. 6. A.



Resumo da Lição 12
Do Norte e Sul à terra gloriosa

ESBOÇO

TEXTO-CHAVE: Daniel 11:35

FOCO DO ESTUDO: Daniel 11; Daniel 8:3-8, 20-22; Isaías 46:9, 10; Daniel 8:9, 23-25; Mateus 27:33-50

INTRODUÇÃO: O capítulo 11 do livro de Daniel é, sem dúvida, o mais difícil de ser interpretado. Apesar disso, os contornos gerais da profecia se destacam de maneira clara. O povo de Deus será perseguido e atacado, mas no fim Deus vencerá. Neste estudo, destacaremos o grande conflito entre os poderes do Norte e do Sul e a descrição dos eventos finais que encerram o capítulo.

TEMAS DA LIÇÃO

1. O grande conflito

O “grande conflito” mencionado pelo ser angelical em Daniel 10:1 se desenrola ao longo do capítulo 11 como uma sucessão de reis do Norte e do Sul que lutam entre si até o tempo do fim.

2. Os eventos finais

A parte final do capítulo tem seu ponto alto na aniquilação das forças do mal quando estas lançam o último ataque contra Sião, o “glorioso monte santo” de Deus.

APLICAÇÃO PARA A VIDA: Nos bastidores das batalhas entre os reis do Norte e do Sul, há apenas um grande conflito. É a grande controvérsia entre Deus e Satanás, que tem repercussões políticas e sociais na Terra. Primeiramente, o conflito não diz respeito a conquistas territoriais ou materiais. É uma batalha universal com o objetivo de conquistar o coração e a mente dos seres humanos. Nessa batalha, a neutralidade é impossível; devemos escolher um lado.

 

Comentário

1. O grande conflito

A guerra entre o Norte e o Sul lembra as batalhas entre os poderes que disputavam o controle da terra prometida. Localizada na confluência dos grandes impérios daquele tempo, a terra de Israel foi muitas vezes envolvida nos conflitos internacionais da época. As potências do Norte (assírios, babilônios e selêucidas) lutavam contra as potências do Sul (egípcios e ptolomeus) pelo controle estratégico da Palestina. Evidentemente, uma guerra pelo controle da terra santa resultava em sofrimento ao povo de Deus. Como Gabriel deixou claro, a profecia tinha o objetivo de fazer Daniel “entender o que” haveria “de suceder ao [seu] povo nos últimos dias; porque a visão se [referia] a dias ainda distantes” (Dn 10:14). Assim, a longa sucessão de reinos e as guerras que travaram são relevantes na medida em que fizeram o povo de Deus passar por tremendo sofrimento. Conforme os eventos proféticos se desenrolam, as guerras entre o Norte e o Sul culminam em um ataque contra o povo de Deus no monte Sião. Essa batalha final, juntamente com a intervenção salvífica de Deus em favor do Seu povo, é o clímax da mensagem de Daniel.

Ao aplicarmos a abordagem historicista na interpretação desse capítulo, devemos também considerar que, à medida que o cronograma profético passa pelo Calvário, os símbolos proféticos e os eventos que eles representam devem ser interpretados de acordo com os termos da nova aliança. Em Cristo, a aliança com Israel é estendida aos gentios, e a terra prometida é ampliada a fim de abranger o mundo inteiro. Nesse contexto, ao interpretarmos os acontecimentos proféticos descritos em Daniel 11, devemos levar em conta as novas realidades que o Messias ocasionou.

Assim, a maioria dos intérpretes historicistas entende que o rei do Norte, a princípio, seja uma referência ao poder selêucida localizado na Síria, e o rei do Sul representa os ptolomeus, que dominavam o Egito. Posteriormente, a função do rei do Norte foi assumida por Roma pagã e depois por Roma papal. Do mesmo modo, posteriormente no cronograma profético, o Sul passa a representar o ateísmo, que foi fortemente promovido pelos poderes que provocaram a Revolução Francesa e que continuam atuando até hoje.

O tempo em que aconteceram as transições de poder em Daniel 11 ainda são assunto de debate. Portanto, devemos nos concentrar nos temas transparentes e bem estabelecidos, pois estão em paralelo com outros tópicos de Daniel. A tabela seguinte mostra as relações do capítulo 11 com as outras profecias de Daniel, especialmente as do capítulo 8:

2. Os eventos finais

A parte final (Dn 11:40-45) mostra que o longo conflito entre o rei do Norte e o rei do Sul atinge seu clímax no tempo do fim. A essa altura, o rei do Norte vence o rei do Sul e lança o ataque final contra o monte Sião. Como a maioria dos eventos aqui descritos se encontra no futuro, a sua interpretação permanece incerta; assim, devemos evitar o dogmatismo. No entanto, é possível delinear os amplos contornos da profecia aplicando dois princípios básicos de interpretação. Primeiro, devemos entender que os eventos preditos na profecia são retratados com a linguagem e figuras derivadas da realidade do Israel do Antigo Testamento e de suas instituições. Em segundo lugar, essas figuras e a linguagem devem ser interpretadas como símbolos de realidades eclesiológicas (da igreja) universais e presentes nos ensinamentos de Jesus.

De acordo com esses princípios apresentados, o rei do Sul representa o Egito, conforme indicado de maneira sistemática ao longo da profecia. O rei do Norte, por sua vez, deve ser identificado com Babilônia, que aparece no Antigo Testamento como as forças do Norte (Jr 1:14; Jr 4:5-7; Jr 6:1; Jr 10:22; Jr 13:20; Jr 16:15; Jr 20:4; Jr 23:8; Jr 25:9, 12). Fundada por Ninrode, Babilônia se tornou um centro de religião pagã e o pior inimigo de Jerusalém. No simbolismo apocalíptico, Babilônia passou a representar tanto Roma pagã quanto Roma papal. Assim, a essa altura do cronograma profético, que é o tempo do fim, Babilônia/o rei do Norte simboliza o papado e suas forças de apoio. O Egito, por sua vez, representa as forças que fazem oposição ao papado, mas que finalmente são dominadas por ele. Desse modo, entre outras possibilidades, como o antigo Império Otomano, o Egito muito provavelmente representa o ateísmo e o secularismo.

Quando o rei do Norte invade a “terra gloriosa”, está escrito que “Edom, e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom” (Dn 11:41) conseguem escapar de seu grande poder. Como essas três nações há muito deixaram de existir, elas devem ser interpretadas como símbolos de entidades escatológicas mais amplas. Para melhor compreendermos o simbolismo relacionado a essas nações, devemos observar que a “terra gloriosa” não é um espaço geográfico no Oriente Médio, mas um símbolo do povo remanescente de Deus. De igual forma, “Edom, e Moabe, e [...] Amom” não significam grupos étnicos ou povos, mas representam aqueles que resistirão à sedução de Babilônia e virão de diferentes religiões e tradições filosóficas para se juntarem ao remanescente nos últimos dias.

A batalha final desse longo conflito acontecerá quando o rei do Norte armar “as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo” (Dn 11:45). Esse cenário lembra os reis estrangeiros que, vindos do Norte, atacaram Jerusalém. Senaqueribe, por exemplo, armou suas tendas militares em Laquis, que ficava entre o mar Mediterrâneo e Jerusalém. Essas imagens simbolizam o confronto final das forças da Babilônia espiritual (o papado e seus aliados) contra o povo de Deus. “O glorioso monte santo” representa o povo do Senhor sob o comando de Cristo. Assim, com uma linguagem que lembra a experiência do antigo Israel e Judá, a profecia retrata o ataque de Babilônia no tempo do fim contra o povo de Deus. Mas o inimigo fracassará; “chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra” (Dn 11:45).

Aplicação para a vida

“Nos registros da História humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e a queda dos impérios aparecem como que dependendo da vontade e do poder do homem. O decorrer dos acontecimentos parece determinado, em grande medida, por seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada, e podemos ver acima, por detrás e pelos lados, as partidas e contrapartidas de interesse, poder e desejo humanos – os agentes do Todo-Misericordioso – executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 499, 500).

1. Daniel 11 apresenta o detalhado conhecimento divino sobre a história futura. De que maneira a presciência de Deus fortalece a sua fé?

2. O capítulo 11 de Daniel (especialmente Dn 11:40-45) tem sido objeto de algumas interpretações especulativas. Como a noção de recapitulação na profecia apocalíptica (veja a lição 1) nos ajuda a permanecer dentro dos limites interpretativos corretos para o entendimento desse capítulo?

3. Tendo aprendido sobre o grande conflito refletido nas profecias de Daniel, o que devemos fazer com tal conhecimento? (Dn 11:33).


Encontro com Deus na prisão

Elena é uma garota introvertida de 20 anos, que vive na Romênia e gosta muito de ler testemunhos pessoais. Na primeira vez em que conheceu um pastor adventista, ele perguntou: “Que tipo de livros você gosta de ler?” Ela mencionou o título do último livro que havia lido, um testemunho pessoal escrito por um autor cristão. Após uma semana, o pastor trouxe vários livros com testemunhos pessoais. Entusiasmada por esse tipo de leitura, Elena deseja, algum dia, escrever seu testemunho pessoal. Se pudesse fazer isso a partir de hoje, ela iniciaria com os momentos felizes da infância, gostaria de descrever como provocava continuamente os bisavós, fazendo com que eles ficassem chateados com a neta. Ela só tinha quatro ou cinco anos de idade e achava divertido provocá-los.

Nesse seu testemunho, ela falaria do primeiro dia de aula. Foi um dia feliz. A bisavó a levou para a escola e depois ajudou com a tarefa escolar. Na verdade, os bisavós a amavam muito. Ela viveu com eles até ser presa. Sua história também contaria os momentos felizes na prisão. Ela descreveria as pessoas boas que conheceu, como o pastor adventista que visita o local uma semana para ensinar jovens condenados sobre a vida e sobre Deus. O pastor chegava acompanhado de três universitários adventistas e eles mostravam apresentações educacionais em PowerPoint. Ela abandonou a escola no oitavo ano, por isso tudo que eles mostravam era novo e interessante. Depois, oravam e conversavam.

Em seu testemunho, Elena contaria sobre o pior momento da vida. Foi um período de nove meses desde sua detenção aos 17 anos e a chegada à prisão para cumprir uma sentença de doze anos. Ela estava muito sozinha. Nenhum familiar a visitou e ninguém contratou um advogado para representá-la. A bisavó morreu vários meses antes de sua prisão e o bisavô estava idoso e enfermo. Durante os longos meses de detenção, ela nunca ouviu uma palavra gentil. 

Mas, tudo mudou quando chegou à prisão. Alguns guardas eram bons, especialmente a mulher designada para ajudá-la a reconstruir a vida. Ela também gostou do programa adventista do ministério das prisões. Por meio desse programa semanal, ela conheceu pessoas maravilhosas e começou a se aproximar delas. Pensava que nunca confiaria em alguém, mas os adventistas eram gentis e lhe ensinaram a ser prestativa e a confiar em Deus. Isso era importante para Elena. Ela está presa por três anos e sete meses, e estará qualificada para receber liberdade condicional em dois anos. Seu comportamento era muito importante para conseguir a condicional. Ela precisava mostrar que era independente e útil para a sociedade.

Caso ela viesse a escrever o testemunho, admitiria que experimentou uma vida de tristeza em 20 anos. Era muito difícil falar sobre isso. A família passava por dificuldades financeiras. Eles não estavam presentes quando deveriam estar. Muitas coisas violentas aconteceram na vida dela. Coisas que fugiam do seu controle. Talvez porque Elena era uma pessoa fechada e  introvertida. Se a bisavó não tivesse falecido, Elena não seria presa. Porém, coisas muito ruins aconteceram depois ela faleceu, e Elena cometeu um assassinato. 

Após sair da prisão, ela gostaria de formar uma família e fazer algo importante na vida. Mas, por enquanto, ela é simplesmente uma moça introvertida de 20 anos que gosta de ler testemunhos pessoais.

Há três anos, parte da oferta do trimestre ajudou um programa evangelístico para os jovens da Romênia. Nós estamos muito agradecidos por essas ofertas especiais.

 

Dica da história

• Peça a uma jovem para compartilhar este testemunho durante a Escola Sabatina.
• O Informativo Mundial não identificou Elena pelo nome completo por questões de privacidade. Pela mesma razão, não foram disponibilizados fotos ou vídeos. 
• Faça o download das fotos dos projetos do décimo terceiro sábado no site: bit.ly/eud-2020-projects.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2020
Tema Geral: Daniel
Lição 12 – 14 a 21 de março

Do norte e sul à terra gloriosa

Autor: Marcelo Rezende
Editor: André Oliveira Santos
Revisora: Josiéli Nóbrega

Daniel 11 apresenta dificuldades quase intransponíveis em alguns pontos de interpretação para o leitor, sendo considerado um dos capítulos mais difíceis de toda a Bíblia. Nesse capítulo, os fatos históricos são narrados muitas vezes de forma condensada, lacônica e vaga. Em sua exposição sobre a história dos povos, o anjo não utilizou o mesmo código simbólico dos capítulos anteriores, em que os reinos são simbolizados por metais, animais e chifres. Em Daniel 11, os reinos e os reis são descritos em sua realidade humana e temporal, dentro da esfera geopolítica de sua atuação na história.

Os primeiros versos contam a história dos reis persas que sucederiam Ciro e os conflitos de Xerxes (Assuero) contra os gregos (Dn 11:2). Então, na sequência, subtendendo o fracasso dos persas, o capítulo passa a narrar a história da ascensão de Alexandre, o Grande, sua morte e a divisão do seu império entre seus generais (Dn 11:3, 4). Desse ponto em diante, os conflitos entre os reis gregos selêucidas e ptolomeus dominam a narrativa do capítulo até o surgimento de Roma em suas fases pagã e papal. O poder identificado como “rei do Norte”, sempre partindo do referencial geográfico da terra de Israel, a princípio refere-se aos reis selêucidas, mas vai progressivamente crescendo em uma espiral de significado e abrangência cada vez maior e global, passando pelos imperadores romanos, dando lugar à figura papal na idade média e, no tempo do fim, é apresentado como uma conflagração mundial e opressiva constituída pelo poder religioso unido ao poder político (Dn 11:40-45).

Não podemos esquecer que uma das características principais do livro de Daniel é que ele narra a mesma história em um ciclo de recapitulação e expansão de detalhes e informações. Comparando as ações de Roma pagã e cristã nos capítulos 2, 7, 8, 9 com as ações do “rei do Norte” em Daniel 11, vemos repetidas ênfases e expressões que nos dão segurança para identificar o “rei do Norte” como sendo Roma nessas mesmas fases da história: 1) sua extrema força é ressaltada (Dn 2:33, 40, 7:7; 8:9); 2) ataca o sul e a “terra gloriosa” (Dn 8:9; 11:15-16); 3) levanta-se contra o “Príncipe”, causando Sua morte e atacando Seu sacerdócio e santuário (Dn 8:11-13, 25; 9:26; 11:22, 31); 4) estabelece a “abominação assoladora” (Dn 8:13; 9:27; 11:31); 5) fala blasfêmias e persegue o povo de Deus (Dn 7:25; 8:11, 12); 6) age por tempo determinado de 3,5 tempos = 1260 anos (Dn 7:25; 12:7); 7) é destruído de forma sobrenatural no final (Dn 2:45; 7:11, 26; 8:25; 9:27; 11:45).

Uma das maiores divergências interpretativas do capítulo 11 de Daniel, entre outras, se encontra na definição da identidade do “rei do Sul” a partir do v. 25 até o final do capítulo. Alguns estudiosos o identificam como o islamismo em sua forma radical de expansão em busca de domínio político. Para outros, seria o ateísmo e poderes materialistas em suas diversas formas em qualquer tentativa humana de direcionar a história e a sociedade pelo exercício do poder humano sem Deus. Em certo sentido, podemos dizer que tanto o “rei do Norte”, que usurpa o lugar de Deus e usa a religião unida ao poder político para se exaltar, como o “rei do Sul”, que nega toda a transcendência e propõe impor sua visão materialista e humanista da história, representam duas faces da mesma moeda, e não é de admirar que lutem entre si em busca do mesmo objetivo: o homem pelo homem no lugar de Deus – o velho “espírito Babilônico”.

Identificar o “rei do Norte” com Roma cristã, do ponto de vista de uma simbologia espiritual, nos faz ver que a ascensão de um extremismo religioso futuro que controlará a sociedade, fortalecido por sua união com o poder político e econômico (como foi o poder papal durante a idade média), apareceria em uma nova configuração de forças, nos eventos descritos a partir do verso 40, quando o capítulo aborda acontecimentos que ainda estão no futuro para nós, no tempo do fim. Sob essa ótica, o “rei do Sul”, que no início do capítulo estava identificado com os monarcas gregos que dominavam o Egito, no clímax final da profecia assume novamente uma identidade “egípcia” sob um ponto de vista simbólico, uma vez que o Egito sempre se destacou no Antigo Testamento por não acreditar no Deus de Israel (Êx 5:2) e por representar nos dias anteriores ao cativeiro babilônico a tentativa do povo de Judá buscar a salvação e a solução para seus problemas não em Deus, mas nos recursos humanos oferecidos pelo Faraó (Is 31:1; Jr 42:11-16).

Nessa luta contra o “rei do Sul/Egito”, o “rei do Norte babilônico-religioso”, com seu desejo de usar a religião e o poder estatal para usurpar o lugar de Deus, vai criando, em sua estratégia de ação, uma contrafação da história do Êxodo como registrada na Bíblia: Deus estendeu Sua mão contra o Egito (Êx 3:20); o “rei do Norte” estende sua mão contra o Egito (Dn 11:42); Edom, Moabe e Amom eram nações que não deveriam ser atacadas pelos israelitas durante suas viagens em peregrinação à terra da promessa (Êx 15:15; Dt 2:1-9); o “rei do Norte” não as conquistará (Dn 11:41); o Egito é derrotado por Deus (Êx 14:29-31); o “rei do Norte” triunfa igualmente sobre o Egito (Dn 11:42); os israelitas levam ouro e prata dos egípcios como despojo (Êx 12:35, 36), o “rei do Norte” se apodera também dos tesouros de ouro e prata do Egito (Dn 11:43); os israelitas deixaram o Egito e foram ao monte santo para servir ao Senhor (Êx 3:12; 19:20-23), o “rei do Norte”, após derrotar o Egito, armará sua tenda contra o “monte santo” (Dn 11:45); os israelitas entram em Canaã para guerrear e conquistar a terra pela destruição de seus inimigos (Dt 7:2), o “rei do Norte” irá para o monte sagrado para exterminar muitos (Dn 11:44). Fica patente que “rei do Norte” realiza uma contrafação aos atos divinos, criando uma outra narrativa do Êxodo “às avessas”, com o objetivo de usurpar o lugar de Deus e destruir Seu povo, mas, no auge do seu poder ele é miraculosamente derrotado pelo Senhor (Dn 11:45).

Nessa luta entre o fundamentalismo religioso dos últimos dias contra os poderes humanos ateístas e materialistas, existirão aqueles que, mesmo hoje sendo indiferentes e não compartilhando a mesma visão de mundo apresentada no evangelho, no momento crucial da história, tomarão seu lugar ao lado do povo de Deus – esses seriam representados por Edom, Moabe e as primícias de Amom (Dn 11:41).

Podemos afirmar, com certeza, que, a despeito de todas as diferenças entre os estudiosos e comentaristas, e das muitas questões que permanecem sem respostas até hoje, muitos reconhecem que uma das principais lições de Daniel 11 é a realidade do poder de Deus sobre a História, Sua soberania sobre todas as formas do exercício do poder humano e Sua intenção expressa de proteger, guiar e salvar Seu povo em todas as épocas. O raciocínio é simples: se Ele “pode o mais”, também “pode o menos”; se Ele controla reis e imperadores e triunfa nas batalhas, nossa vida, com os dilemas e provas que vivemos a cada dia, não oferece a Ele nenhum obstáculo ou impossibilidade. A profecia não foi dada como uma “bola de cristal” divina para satisfazer nossa curiosidade, mas para fazer nosso coração aflito e inseguro descansar na certeza do cuidado presente de Deus e da salvação eterna que já é nossa!

Conheça o autor dos comentários para este trimestre:

Atualmente, Marcelo Rezende é pastor do distrito de São Carlos, na Associação Paulista Oeste. Há 20 anos é pastor e tem servido a igreja em diversas funções ministeriais. Possui mestrado em teologia bíblica com ênfase em teologia paulina pelo Unasp-Engenheiro Coelho. É casado com Simone Ramos Rezende e juntos têm dois filhos: Sarah (que nasceu em um dia 22 de outubro – os que estudarem a lição de Daniel entenderão!), e o caçula Daniel (o mesmo nome do profeta!).

 

1 Zdravco Stefanovic, Daniel – Wisdom to the wise, p. 395.
2 Mervin Maxwell, Uma nova era segundo as profecias de Daniel, p. 308, 309.
3 Jaques Doukhan, Secretos de Daniel – Sabiduría y sueños de un príncipe hebreo em el exílio, p. 175, 176.
Angel Manuel Rodriguez, Daniel 11 and the islam interpretation, p. 8-12.