Lição 11
03 a 09 de setembro
Esperando no crisol
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ez 21-23
Verso para memorizar: “Mas o fruto do Espírito é [...] longanimidade” (Gl 5:22).
Leituras da semana: Rm 15:4, 5; 5:3-5; 1Sm 26; Sl 37:1-11

Cientistas fizeram uma experiência com crianças de 4 anos em que foram utilizados marshmallows. Foi dito a cada criança que poderia comer um marshmallow; no entanto, se ela esperasse até que o cientista voltasse de uma tarefa, ganharia dois. Algumas enfiaram o marshmallow na boca no momento em que o cientista saiu; outras esperaram. As diferenças foram observadas.

Os cientistas então acompanharam essas crianças até a adolescência. Aquelas que souberam esperar se mostraram melhores alunos, mais bem ajustados e mais confiantes do que as que não haviam esperado. Pareceu que a paciência indicava algo maior, algo importante no caráter humano. Não é de admirar que o Senhor nos orienta a cultivá-la.

Nesta semana, veremos o que pode estar por trás de um dos mais difíceis de todos os crisóis que enfrentamos: a provação da espera.

Resumo da semana: Por que às vezes temos que esperar tanto? Que lições podemos aprender sobre paciência enquanto estamos no crisol?

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!



Domingo, 04 de setembro
Ano Bíblico: Ez 24-26
O Deus da paciência

1. Leia Romanos 15:4, 5. O que há nesses versos para nós?

Em geral, somos impacientes com as coisas que realmente queremos ou que nos foram prometidas, mas que ainda não temos. Muitas vezes ficamos satisfeitos somente quando conseguimos o que desejamos. Como raramente conseguimos imediatamente o que queremos, significa que com frequência estamos irritados e impacientes. E, quando estamos assim, é quase impossível manter a paz e a confiança em Deus.

Esperar é doloroso por definição. Em hebraico, uma das palavras para esperar com paciência (Sl 37:7) vem de um termo que pode ser traduzido como “sofrer muito”, “agitar-se”, “tremer”, “estar ferido”, “estar triste”. Aprender a ter paciência não é fácil; às vezes é a própria essência do que significa lidar com o crisol de maneira adequada.

2. Leia os Salmos 27:14; 37:7; Romanos 5:3-5. O que esses versos nos dizem sobre paciência?

Enquanto esperamos, podemos nos concentrar no que estamos esperando ou nos concentrar em Quem tem o controle de tudo. O que faz a diferença não é tanto quanto tempo temos que esperar, mas nossa atitude enquanto esperamos. Se confiamos no Senhor, se colocamos nossa vida em Suas mãos, se entregamos nossas vontades a Ele, então podemos crer que Ele fará o que é melhor para nós quando for melhor para nós, não importa quanto seja difícil acreditar.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!

Pelo que você tem esperado? Como aprender a entregar tudo a Deus e ao tempo Dele? Ore até chegar a uma atitude de completa rendição e submissão ao Senhor.


Segunda-feira, 05 de setembro
Ano Bíblico: Ez 27-29
No tempo de Deus

3. Leia Romanos 5:6 e Gálatas 4:4. O que essas passagens nos dizem sobre o tempo de Deus?

Nesses versos, Paulo nos diz que Jesus veio para morrer por nós no tempo certo, mas não nos diz por que aquele foi o tempo certo. É muito fácil ler esses versos e se perguntar: Por que Jesus esperou milhares de anos até vir à Terra para lidar com o pecado? O Universo não havia entendido que o pecado era uma coisa muito ruim bem antes disso? Podemos perguntar por que Jesus está esperando para voltar. E, também, por que o Senhor está esperando tanto para responder à nossa oração?

4. Pense na profecia das 70 semanas de Daniel 9:24-27, que aponta para Jesus como o Messias (revise-a se precisar). Quanto tempo durou esse período? O que isso quer dizer sobre aprender a esperar pelas coisas no tempo de Deus?

Existem muitas razões espirituais importantes pelas quais teremos períodos de espera. Primeira, a espera pode redirecionar nossa atenção para longe das “coisas” e de volta para o próprio Deus. Segunda razão, a espera nos permite desenvolver uma imagem mais clara de nossos próprios motivos e desejos. Terceira, a espera gera perseverança – vigor espiritual. Quarta, ela abre a porta para o desenvolvimento de forças espirituais, como fé e confiança. Quinta, permite que Deus coloque outras peças no “quebra-cabeça” do cenário completo. Sexta, podemos nunca saber o motivo pelo qual temos que esperar. Portanto, aprendemos a viver pela fé. Você consegue pensar em algum outro motivo para esperar?

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!

 

Que exemplos encontramos na Bíblia de quando Deus fez coisas em Seu próprio tempo e que podem nos ensinar a crer que Ele também fará por nós o que é certo e em Seu próprio tempo? (Pense, por exemplo, em Abraão e Sara e na promessa de um filho). Pergunte-se: “Estou fazendo algo que esteja atrasando a resposta a uma oração que poderia ter sido respondida há muito tempo?”


Terça-feira, 06 de setembro
Ano Bíblico: Ez 30-32
Davi: um exemplo prático de espera

Em 1 Samuel 16:1-13, o jovem Davi foi ungido por Samuel como rei. No entanto, foi uma longa jornada desde os campos de seu pai, Jessé, até o trono em Jerusalém. Sem dúvida, algumas vezes ele se sentiu no meio de um crisol.

Primeiro, o rapaz foi chamado para tocar música para acalmar o espírito perturbado de Saul (1Sm 16). Depois, ele se tornou o herói de Israel quando matou Golias (1Sm 17). Então, por muitos anos, Davi fugiu para salvar sua vida. Tanto Saul quanto seu filho Jônatas sabiam que ele estava destinado a ser o próximo rei (1Sm 23:17; 24:20). Mas Davi não fez nada para promover seu destino dado por Deus. Na verdade, ele parecia fazer o oposto. Mesmo quando Saul tentou matá-lo e Davi cortou um pedaço do manto do rei, ele desejou nunca ter feito isso (1Sm 24:5-7). Em outra ocasião, quando Saul tentava matar Davi, ele se recusou a matar o rei mesmo tendo oportunidade (1Sm 26:7-11).

5. Leia 1 Samuel 26:1-11. Por que Davi se recusou a matar Saul? Que princípios isso nos ensina sobre a maneira de Deus realizar Seus planos em nossa vida?

6. Leia 1 Samuel 26:12-25. Como a atitude de Davi afetou Saul? O que isso nos ensina sobre as vantagens de esperar em Deus?

Quando olhamos todo o caminho de Davi até o trono, podemos resumir sua jornada em uma frase curta: não pegue o que Deus ainda não lhe deu. Os dons de Deus são sempre mais bem recebidos quando vêm de Suas mãos e em Seu tempo. No entanto, isso pode exigir muito tempo de espera. Os brotos de feijão podem crescer em poucas horas, enquanto um carvalho pode levar muitos anos. Porém, quando os ventos fortes vierem, a árvore não será arrancada.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!

Davi poderia ter assassinado Saul e se justificado facilmente. (Afinal, fora dito a Davi que ele teria o trono; além disso, Saul era mau). No entanto, suas ações demonstraram fé em Deus. O que você pode extrair desse exemplo para si mesmo em sua espera por respostas?


Quarta-feira, 07 de setembro
Ano Bíblico: Ez 33-35
Elias: o problema da precipitação

O confronto no topo do monte Carmelo havia terminado (1Rs 18). Fogo desceu do céu, todos reconheceram o verdadeiro Deus, e os falsos profetas foram mortos. Deus foi vindicado. Podemos pensar que Elias estivesse crescendo em força espiritual com o passar dos dias, mas, de repente, ele ouviu algo que o aterrorizou tanto que teve vontade de morrer. Leia o restante da história em 1 Reis 19:1-9. As últimas palavras dos versos são preocupantes: “E eis que a palavra do Senhor veio a ele e lhe disse: – O que você está fazendo aqui, Elias?” (1Rs 19:9). Evidentemente, o medo fez com que o profeta fugisse e fosse para o lugar errado.

7. Depois de uma intervenção tão poderosa do Senhor no monte Carmelo, Elias deveria estar cheio de e confiança; em vez disso, ele temeu por sua vida. Que lição podemos aprender disso?

A história ilustra algo importante: quando nos precipitamos, podemos facilmente ir para o lugar errado. No caso de Elias, foi seu medo que o levou a se sentir oprimido e partir apressadamente para o deserto, desejando nunca ter nascido. Em nossa vida, há também temores que podem nos levar a fugir do plano de Deus para nós.

8. Leia Gênesis 16:1-3; Números 20:10-12; Juízes 14:1-3; Mateus 20:20, 21; Lucas 9:52-56. O que fez com que os personagens descritos nesses versos não cumprissem a vontade de Deus?

Como é fácil permitir que coisas como ambição, ira, paixão, falta de fé ou um suposto “zelo” pelo Senhor nos façam correr para onde não deveríamos. Ninguém está imune a esse perigo. A chave é cultivar uma fé confiante na bondade e na misericórdia de Deus, que nos ama e quer o melhor para nós. Isso não acontece automaticamente. A fé pode ser um dom, mas é um dom que precisa ser cultivado, nutrido e zelosamente guardado.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!



Quinta-feira, 08 de setembro
Ano Bíblico: Ez 36-38
Aprendendo a ter prazer no Senhor

“Agrade-se do Senhor, e Ele satisfará os desejos do seu coração” (Sl 37:4). Que promessa maravilhosa! Imagine conseguir o que você sempre quis! No entanto, obter os desejos do nosso coração depende de termos um coração que se agrada do Senhor. E o que significa “agradar-se do Senhor”?

Leia o Salmo 37:1-11. O contexto do Salmo 37:4 talvez seja surpreendente. Davi escrevia sobre estar cercado por pessoas que trabalhavam contra Deus e contra ele. Quando pessoas trabalham contra nós, nossa reação natural geralmente é ficarmos irados ou tentarmos nos justificar. Mas Davi aconselhou a fazer algo diferente.

9. Qual é o conselho de Davi ao povo de Deus nessa situação?

Sl 37: 1

Sl 37: 5

Sl 37: 7

Sl 37: 8

10. No contexto do Salmo 37:4, o que significa “agradar-se do Senhor”?

Davi estava repetindo, de maneiras diferentes, um princípio: “Confie no Senhor”. Confie Nele para agir. Não fique chateado, pois o Senhor é o seu Deus, e Ele está trabalhando por você. Não há necessidade de entrar em ação e tentar resolver tudo sozinho. Seu Pai no Céu está no comando. Confie Nele completamente!

É nesse contexto que Davi escreveu sobre agradar-se do Senhor. Ter prazer em Deus significa viver em um estado de perfeita confiança. Nada pode perturbar nossa paz, porque Ele está trabalhando por nós. Podemos louvá-Lo, podemos até sorrir, porque ninguém pode enganar nosso Deus! Quando aprendermos a fazer isso, realmente teremos o que nosso coração anseia, porque receberemos o que nosso amoroso Pai deseja nos dar, no momento que mais beneficie a nós e a Seu reino.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!

Como aprender a “agradar-se do Senhor”? Passe um tempo em oração, buscando a orientação divina sobre como isso pode ser uma realidade em sua vida.


Sexta-feira, 09 de setembro
Ano Bíblico: Ez 39-41
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 566-569 [637-642] (“A unção de Davi”). O plano de Deus para nós talvez exija um tempo de espera, e isso pode parecer um crisol. Podemos aprender a ser pacientes nesse período se voltarmos nossa atenção a Deus e crermos que Ele atua por nós. Há muitos motivos para esperar, mas todos têm a ver com o cumprimento dos planos de Deus para nós e Seu reino. Perdemos muito se nos adiantamos a Deus, mas ganhamos muito confiando Nele com gratidão.

O Senhor pesa e mede cada provação.

“Não posso descobrir o propósito de Deus em minha doença, mas Ele sabe o que é melhor, e a Ele confio minha alma, meu corpo e meu espírito, como ao meu fiel Criador. ‘Porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia’ (2Tm 1:12). Se educássemos e treinássemos nosso coração no sentido de ter mais fé, mais amor, maior paciência e mais perfeita confiança em nosso Pai celestial, sei que dia a dia teríamos mais paz e felicidade, ao sofrermos os conflitos desta vida.

“O Senhor não Se agrada de que nos agitemos e nos preocupemos, saindo dos braços de Jesus. Há falta do calmo esperar e vigiar, combina- dos. Julgamos não estar no caminho certo a menos que sintamos isso, e conservamo-nos olhando para dentro de nós, em busca de um sinal apropriado à ocasião; o que conta, porém, não é o sentimento, mas a fé” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 242).

Perguntas para consideração

  1. O que significa dizer que Jesus “pesa e mede” cada provação? Saber disso nos ajuda?

  2. Você já esperou com paciência? Como lidou com isso? O que aprendeu?

  3. Como podemos ajudar os que estão no crisol enquanto aguardam o tempo de Deus?

  4. A oração produz paciência? Ore por pessoas que precisam do dom da paciência e peça que o Espírito Santo produza esse fruto no coração delas.

Respostas e atividades da semana: 1. Precisamos aprender com os relatos bíblicos, confiar em Deus e ter paciência. 2. Devemos descansar e esperar em Deus. A perseverança produz experiência, e esta produz esperança. 3. A morte de Jesus ocorreu no tempo de Deus. 4. 490 anos. Esperar pelo tempo de Deus exercita nossa fé. 5. Davi decidiu esperar o tempo de Deus. Não devemos passar adiante Dele. Ele age no tempo certo. 6. Saul se arrependeu de perseguir Davi. O futuro rei mostrou seu valor e sua confiança em Deus. 7. Devemos confiar em Deus e não nos apressar a resolver as coisas em nossas próprias forças. 8. Falta de paciência e de confiança em Deus. 9. Não se irritar; não invejar; confiar, descansar e esperar. 10. Ser justo mesmo que muitos prosperem por meio da injustiça.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!



Resumo da Lição 11
Esperando no crisol

TEXTO-CHAVE: Gl 5:22

FOCO DO ESTUDO: 1Sm 26; Sl 37:1-11; Rm 5:3-5; 15:4, 5

ESBOÇO

Esperança e mansidão, como ferramentas essenciais para vencer crisóis, são ambas definidas pela espera. No entanto, o conceito bíblico de espera não se trata apenas de esperar, mas de esperar com paciência, a qual não é um estratagema político, mas um fruto do Espírito. O povo de Deus espera pacientemente no crisol, porque o próprio Deus é paciente. O Senhor é paciente porque tem um caráter amoroso e escolhe o melhor momento para intervir. Esse momento mais apropriado é calculado por Ele para oferecer o máximo de tempo à salvação do maior número de pessoas. Mais uma vez, a espera só é possível quando confiamos Naquele por quem esperamos.

Temas da lição

A lição desta semana destaca dois temas principais:

  1. Compreendemos que a espera paciente é parte do fruto do Espírito e é crucial para vencer os crisóis.
  2. Esperar pacientemente se torna possível quando conhecemos Aquele a quem aguardamos e confiamos Nele.

COMENTÁRIO

A paciência de Deus

Uma expressão bíblica que descreve a paciência de Deus é: “tardio em irar-Se” (Ne 9:16, 17; veja também Êx 34:6; Nm 14:18; Sl 103:8; Jn 4:2; Na 1:3). Observe que a maioria dessas passagens coloca a expressão “tardio em irar-Se” no contexto de outras descrições divinas, que declaram que Deus é “rico em bondade”, “compassivo e bondoso” e “grande em misericórdia”. Além disso, a Bíblia apresenta Deus tendo que “aguentar” as pessoas (Gn 18:17-33; Nm 14:27; Dt 8:2; Ne 9:30, 31; Sl 78:38; Is 42:14; Ez 20:17; At 13:18; 1Pe 3:20). Ao mesmo tempo, as Escrituras enfatizam que Deus é “grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6) e é Autor de “maravilhas” (Ne 9:17). Ao mesmo tempo, Ele “não inocenta o culpado” (Nm 14:18; veja também Na 1:3; 1Pe 3:20).

Assim, está evidente que a paciência divina não deve ser confundida com indiferença, fraqueza ou indecisão. Tampouco a paciência de Deus é uma fachada para calcular o melhor momento para a vingança. Em vez disso, Ele é paciente porque transborda de amor por nós e deseja salvar o maior número possível de pessoas. Paulo perguntou de forma retórica: “Ou será que você despreza a riqueza da bondade, da tolerância e da paciência de Deus, ignorando que a bondade de Deus é que leva você ao arrependimento?” (Rm 2:4; veja também Rm 9:22-24). Pedro também aconselhou que considerássemos “a longanimidade do nosso Senhor como oportunidade de salvação” (2Pe 3:15), pois “o Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, Ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (veja o contexto mais amplo de 2Pe 3:9).

Nossa paciência

A explicação bíblica da paciência divina ajudará todos os cristãos, especialmente nós como adventistas do sétimo dia, a compreender a demora da segunda vinda de Jesus. Além disso, nos auxiliará a avaliar e a aumentar nossa paciência. Um estudo bíblico breve e não abrangente sobre a paciência destaca vários pontos:

  1. A Bíblia ensina que a paciência é parte integrante da vida cristã e vem de Deus. Ele nos reveste de paciência, junto com misericórdia, humildade e mansidão, porque “Cristo é tudo e está em todos” (Cl 3:11), e porque somos “eleitos de Deus” (ver Cl 3:12). Jesus opera em nós a Sua paciência (1Tm 1:16). Somos pacientes por causa do “chamado” que Deus nos fez (Ef 4:1, 2; 2Tm 4:2). A paciência cristã é parte do fruto produzido pelo Espírito Santo (Gl 5:22). Ela vem em um pacote com outras virtudes cristãs, como amor, esperança e mansidão (Gl 5:22; Cl 3:12; Ef 4:1, 2; 2Tm 4:2). O amor é paciente (1Co 13:4), e nossa esperança nos permite ter paciência no processo (Rm 8:25). Somos fortalecidos pela paciência com alegria (Cl 1:11), e a paciência produz um caráter aprovado por Deus (Rm 5:3, 4; Tg 1:3, 4).
  2. Paciência é uma característica-chave do remanescente de Deus no tempo do fim: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12; ver também Ap 13:10). O remanescente entende que deve ser paciente até a vinda do Senhor, da mesma forma que o fazendeiro é paciente até que a colheita esteja pronta (Tg 5:7, 8; ver também Lc 8:15; Hb 6:12; 10:36; Ap 14:14-20). Encorajemo-nos inspirados na ordem de Deus a Habacuque de que embora, às vezes, certas profecias do tempo do fim pareçam estar longe de seu cumprimento final, devemos perseverar em nossa espera: “Porque a visão ainda está para se cumprir no tempo determinado; ela se apressa para o fim e não falhará. Mesmo que pareça demorar, espere, porque certamente virá; não tardará” (Hc 2:3). Deus nos diz: “aquietem-se e saibam que Eu sou Deus” (Sl 46:10). Davi insistiu no conselho ao crente: “espere no Senhor. Anime-se, e fortifique-se o seu coração; espere, pois, no Senhor!” (Sl 27:14).
  3. Enquanto isso, toda uma nuvem de testemunhas pacientes nos alegra no caminho: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de todo peso e do pecado que tão firmemente se apega a nós e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, sem Se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus” (Hb 12:1, 2). Dentre os grandes exemplos de paciência estão Abraão (Hb 6:15) bem como os profetas e Jó, que provaram “que o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão” (Tg 5:11). Jeremias decidiu esperar no Senhor, não importava o que acontecesse: “‘A minha porção é o Senhor’ diz a minha alma; ‘Portanto, esperarei Nele’” (Lm 3:24), porque “o Senhor é bom para os que esperam Nele, para aqueles que O buscam” (Lm 3:25). Paulo explicou que os exemplos que temos nas Escrituras são designados para nos ajudar a desenvolver perseverança e nos dar esperança (Rm 15:4, 5). Vários outros homens e mulheres de fé, tanto durante os tempos do NT quanto depois, suportaram pacientemente a tribulação e corajosamente carregaram o nome e a causa de Deus: “Você tem perseverança e suportou provas por causa do Meu nome, sem esmorecer” (Ap 2:3; veja também Rm 12:12; 2Tm 2:24; 2Ts 1:4; Ap 1:9; 2:19; 3:10). Claro, Jesus é o nosso maior exemplo de paciência e mansidão no sofrimento: “Porque para isto mesmo vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo para que vocês sigam os Seus passos. Ele não cometeu pecado, nem foi encontrado engano em Sua boca. Pois Ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas Se entregava Àquele que julga retamente” (1Pe 2:21-23).
  4. Existem aspectos práticos da paciência para esta vida: seu oposto, a impaciência, nos arruína no presente e nos torna tolos (Pv 14:29; 15:18; 16:32; 25:15; Ec 7:8, 9). Mas a paciência é a virtude que Deus nos dá no crisol da tribulação; ela nos ajuda a vencer e garante a vida eterna. Em Seus ensinamentos sobre a tribulação, Jesus nos instruiu: “É pela perseverança que vocês ganharão a sua alma” (Lc 21:19). O apóstolo Paulo declarou que Deus dará “vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade” (Rm 2:7). Por meio do profeta Isaías, Deus nos prometeu: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40:31; ver também Sl 37:7-9; 40:1).

A paciência é confiante

Ian estava no hospital com câncer. Era um inverno rigoroso, com temperaturas extremamente baixas. Certa manhã, quando a enfermeira entrou em seu quarto para ver como ele estava, Ian lhe disse que sua esposa, Anastasia, viria visitá-lo naquele dia. A enfermeira respondeu: “Acho que não, está 30 graus negativos lá fora!” Ian respondeu: “Conheço minha esposa e confio nela. Ela é especial! Quando promete algo, cumpre a promessa, não importa o que aconteça!” Uma hora depois, Anastasia entrou no quarto de Ian no hospital. Mais tarde naquele dia, a enfermeira disse ao paciente: “Duvidei seriamente de que sua esposa viesse, mas agora sei que ela é realmente especial!” Nossa espera é determinada pelo nosso conhecimento da Pessoa que esperamos e de nossa confiança Nela. Se conhecemos a Deus e confiamos Nele, nossa espera não nos levará ao desespero, mas será paciente e ativa.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

  1. Nossa paciência se manifesta, e, de fato, precisamos muito dela, em vários aspectos da vida: na família, nos negócios, na saúde, na espiritualidade, etc. No entanto, a paciência genuína sempre estará enraizada no fruto do Espírito. Escreva uma avaliação de sua paciência sob vários aspectos de sua vida. O que você descobriu? Em quais áreas da vida ela pode ser melhorada? Como fazer isso acontecer, com a ajuda de Deus?
  2. A impaciência é considerada característica da imaturidade. As crianças geralmente acham difícil esperar; pessoas maduras são capazes de esperar mais facilmente, pois foram capacitadas pela experiência e pela confiança. Avalie sua maturidade espiritual. Como você planeja continuar crescendo em paciência?

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!


Roupa de banho na igreja

Regina

Brasil | 3 de setembro

Os funcionários do escritório gostavam de zombar de Álvaro. “Por que você não vai conosco tomar um drinque depois  do trabalho às sextas-feiras?”, questionava um. “Onde você estava no último sábado?”, perguntava outro. “Você nunca vem às nossas festas de sábado.” Álvaro sempre sorria com paciência. Ele falava de maneira gentil e afetuosa com seus colegas de trabalho. A atenção de Regina foi atraída para seu comportamento. Ela soube que ele era adventista do sétimo dia.

As piadas e a ridicularização continuaram por vários anos no gabinete do governo brasileiro onde Regina e Álvaro trabalhavam na cidade de Salvador. Mas Álvaro nunca se aborreceu. Um dia, um colega de trabalho, Gilberto, convidou Regina para ir com ele visitar o local onde Álvaro adorava todos os sábados. “Ouvi dizer que é um lugar incomum, não uma igreja”, disse Gilberto. “Podemos aprender mais sobre a Bíblia lá.” Regina queria saber mais sobre a Bíblia. Então, foi com Gilberto no sábado. Ela usava maiô sob algumas roupas leves, porque planejava ir à praia depois.

Gilberto a levou para uma casa de aparência comum em um bairro residencial. Imediatamente, Regina se sentiu confortável. A casa não parecia uma igreja, e não havia nenhuma placa ao ar livre com o nome de uma organização religiosa. O lugar era conhecido como “Compartilhando Jesus”.

As pessoas cumprimentaram Regina com sorrisos e abraços. Ela viu Álvaro no grupo formado principalmente por alunos e professores. O pastor e sua esposa deram um estudo bíblico, e depois responderam a perguntas. Houve muitas perguntas, e Regina se surpreendeu ao sorrir enquanto ouvia. Ela gostou do interesse sincero que as pessoas do grupo demonstravam pela Bíblia.

Depois do estudo da Bíblia, o pastor se levantou para pregar. Gilberto foi para sua casa, e Regina foi para a praia. Essa rotina continuou por vários sábados. Gilberto e Regina frequentavam o estudo bíblico e, depois, ele ia para casa, e ela ia à praia.

Num sábado, um de seus novos amigos os convidou para ficar para o sermão. "Vou pregar e ficaria muito feliz se vocês ficassem", disse ele. 

Regina e Gilberto ficaram com vergonha de recusar. Então, eles ficaram e tentaram se manter fora de vista, porque não haviam se vestido para ir à igreja. Mas eles gostaram muito do sermão e, a partir daquele dia, ficaram para o sermão todos os sábados.

Um ano se passou, e Gilberto entregou seu coração a Jesus no batismo. Regina continuou resistindo. O que sua família e amigos diriam? Ela se lembrava de como as pessoas tratavam Álvaro no trabalho. Ela havia sido criada em outra denominação, e a Igreja Adventista do Sétimo Dia parecia tão não tradicional em comparação com essa outra religião.

Quatro anos se passaram, e Regina soube que o pastor estava sendo transferido para outro lugar. Imediatamente, ela ligou para ele. Ela não viu nenhuma razão para atrasar mais. Ela queria assumir uma posição pública por Jesus no batismo.

Muitos familiares e amigos não aceitaram a decisão de Regina, mas ela não se arrepende. Ela se tornou um membro ativo, inclusive na evangelização dos necessitados. Com o tempo, ela foi convidada a ingressar na comissão da igreja.

Regina agradece a Deus todos os dias pela forma amorosa com que Jesus foi apresentado a ela. Ela diz que, como resultado, hoje ela faz parte da família adventista de Deus. “Sempre que tenho a oportunidade, compartilho meu amoroso Jesus no trabalho e em todos os lugares”, diz ela. “Somos os instrumentos que Deus usa para atrair as pessoas ao Seu grande amor.” Obrigado por sua oferta do décimo terceiro sábado, três anos atrás, que ajudou a igreja “Compartilhando Jesus” a comprar uma casa para suas reuniões. Obrigado por sua oferta do décimo terceiro sábado, em 24 de setembro, que ajudará a abrir quatro novas igrejas no Brasil.

 Dicas para a história 

  • Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

  • Baixe publicações sobre a missão e fatos rápidos da Divisão Sul-Americana: bit.ly/sad-2022.

Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça aqui a sua assinatura!


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º trimestre de 2022

Tema geral: Provados pelo fogo

Lição 11 – 3 a 10 de setembro de 2022

Esperando no crisol

 

Autor: Célio Barcellos

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

No início da década de 1940, o lendário pastor Plácido da Rocha Pita abandonou a vida militar e se alistou no exército de Cristo. A princípio como colportor, ele seguiu para as cidades da foz do rio São Francisco a fim de pregar o evangelho por meio da literatura. Ao chegar à região, Plácido percebeu uma praga de bicho-de-pé na população. Visto que ele havia lido na revista Vida e Saúde que querosene resolveria esse tipo de problema, providenciou o produto e embebeu os pés das pessoas naquele líquido. Os moradores não só ficaram curados como também providenciaram um andor para carregá-lo como santo.

Plácido se viu diante da veneração do povo e da sua consciência para com Deus. Ele não aguardou o prazo estipulado para dar a resposta se aceitaria ou não. Simplesmente, na primeira oportunidade, tomou seus pertences e foi embora do lugar deixando para trás a veneração das pessoas e uma quantidade expressiva de entrega de livros. O crisol de Plácido da Rocha Pita estava relacionado com a seguinte questão: embora ele precisasse muito do dinheiro, visto não ter mais a remuneração regular como militar, será que ele trocaria Deus pela fama e pelo dinheiro? (Plácido da Rocha Pita, Por Que Mudei de Exército [Casa Publicadora Brasileira, 2018], p. 26-31).

A Bíblia relata um incidente parecido com o de Plácido, envolvendo Paulo e Barnabé, quando Paulo, em nome de Jesus, curou um paralítico na cidade de Listra. Os moradores da cidade quiseram venerar Paulo e Barnabé chamando-os pelos nomes dos deuses Júpiter e Mercúrio. Paulo os repreendeu com veemência afirmando que ele e Barnabé também eram seres humanos comuns (At 14:8-15). O cristão cheio do poder de Deus precisa estar consciente de que ele não deve se deixar levar por vaidades nem buscar atribuições que não lhe pertencem. É muito fácil se perder em meio ao egocentrismo e idolatria. Paulo e Barnabé suportaram o crisol.

Plácido da Rocha Pita, Paulo e Barnabé fizeram o que todos os cristãos devem fazer: eles desenvolveram a longanimidade. Essa palavra faz parte do fruto do Espírito (Gl 5:22). De acordo como William D. Mounce, o termo grego para longanimidade é (makrothumia) e significa paciência para suportar o mal como uma fortaleza. (The Analytical Lexicon To The Greek New Testament [Grand Rapids, MI: Zondervan, 1993], p. 307). Nos crisóis que surgem na vida, o cristão precisa ser uma fortaleza, agindo firmemente contra as investidas do diabo.

Continuamente, Satanás lança em nossa direção suas setas de maldade. De acordo com Lutero, para vencer os diversos ataques do inimigo, “devemos usar a longanimidade, que espera pacientemente não apenas a emenda daqueles que nos fazem mal, mas também o fim das tentações que o diabo levanta contra nós” (Martin Luther, Commentary On Galatians [Oak Harbor, WA: Logos Research Systems], Inc., 1997, p. 524). Talvez a longanimidade seja vista mais do ponto de vista do cristão que não reage às provocações e controla a sua ira. Porém, é preciso olhar para ela no contexto da resistência ao próprio “eu”.

Para suportar o crisol e permanecer firme na caminhada, é preciso ter foco na renovação espiritual da mente e na racionalidade (Rm 12:1, 2). Do contrário, uma pessoa emocionalmente vulnerável, sem firmeza de propósito, tende a sucumbir em meio aos muitos crisóis da vida. De acordo com Maria do Carmo Rabelo, uma pessoa que possui a “mente dirigida apenas pelas emoções tem dificuldade em discernir o certo do errado” (Inteligência Espiritual: A nova dimensão para a vida plena [Casa Publicadora Brasileira, 2009], p. 130).

Na batalha do crisol, a fortaleza que a longanimidade proporciona é indispensável para resistirmos às tentações multifacetadas do diabo. Se você escolheu servir a Cristo e, ainda assim, estiver diante de situações semelhantes aos desafios enfrentados por homens e mulheres fiéis do passado, persevere com a longanimidade que faz parte da vida cristã. Não permita que as dificuldades ou palavras negativas tirem seu foco da caminhada com Jesus Cristo. Ele é a sua garantia de suporte, pois Ele tem amparado a milhões de seguidores ao longo dos séculos, dando a eles capacidade para suportar as provas.

A pessoa que escolhe o evangelho precisa ter consciência de que haverá obstáculos no caminho. Ela passa a compreender o propósito de Deus como o grande objetivo para a vida. Por isso, decide enfrentar as artimanhas do inimigo.

Na carta aos Romanos, Paulo menciona que os que são chamados para o propósito de Deus são desafiados a andar conforme a imagem de Deus (Rm 8:28, 29). Em suas emoções e devaneios, o ser humano se perde no existencialismo de quem ele é, de onde vem e para onde vai. E se esquece de que a pergunta mais importante que ele deve fazer é: Para que estou aqui? Se ele compreender isso, e encontrar a verdadeira resposta, nenhum crisol poderá detê-lo.

O cristão consegue superar as provas porque sabe que o propósito de Deus é restaurar no homem a Sua própria imagem. O ser humano se distanciou de Deus e perdeu o conhecimento do propósito divino para Sua vida. Da mesma forma que Deus criou o homem à Sua imagem (Gn 1:27), por meio da aceitação desse propósito, há a promessa da restauração de tudo (Ap 21:1-4). Esse é o grande o objetivo de Deus. E todo ser humano deve ter o objetivo de ser restaurado conforme a imagem do seu Criador. Entendendo isso, as demais coisas poderão até ser importantes, mas jamais serão prioritárias, pois há um objetivo maior e muito bem definido.

Dentro dessa perspectiva celestial e eterna, o grande dilema que pode passar na mente do ser humano é o seguinte: Como posso cumprir esse propósito? Para aquele que espera no crisol a resposta é simples: por meio da lei da contemplação, somos transformados à semelhança do Senhor (2Co 3:18). Essa é a lei mais importante da vida (Ef 5:1). O que o homem contemplar definirá as suas ações. Se ele decide contemplar as coisas deste mundo, ele será uma cópia de coisas que certamente o conduzirão para a ruína. Porém, se ele decide contemplar a Cristo, passa a imitar a Cristo e a se tornar semelhante a Ele.

Talvez a pergunta que fica é: onde encontrar Jesus para contemplá-Lo? O próprio Jesus Cristo tem a resposta, e com bastante propriedade: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim (Jo 5:39, ARA). Ou seja, é na Bíblia que o ser humano encontra Jesus para contemplá-Lo. E a partir desse encontro com as Escrituras, tudo passa a ter um sentido superior, pois, como bem disse o professor Orlando Ritter, “A revelação é forma superior de conhecimento”. A partir do contato com as Escrituras, o homem pecador passa a conviver com a Santidade do Universo.

Nessa simbiose homem-contemplação, o mais interessante é que, quando o ser humano conhece o propósito para a sua vida, seu desejo é neutralizado e ele passa a viver para Deus. Ele aceita ser crucificado com Cristo e começa a suportar com longanimidade as provações. O seu “eu" morre para que Jesus Cristo viva (Gl 2:19, 20). Por isso, é compreensível a atitude do Pr. Plácido Pita ao rejeitar ser adorado. Ao lado de muitos outros servos dos Senhor que suportaram diferentes provas, ele demonstrou que havia compreendido bem as palavras de Jesus: “ Eu sou a videira, vocês são os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim vocês não podem fazer nada (Jo 15:5).

Como a longanimidade faz parte do fruto do Espírito (Gl 5:22) e a lista em Gálatas inclui diversas qualidades como amor, paciência, bondade, temperança, domínio próprio e tantas outras, a fala de Jesus só reforça a necessidade que o cristão tem de buscar o Espírito Santo para compreender cada vez mais o propósito de Deus para a sua vida e, por meio da contemplação na Palavra, andar com Cristo e suportar as adversidades dos crisóis.

Portanto, o segredo é imitar a Cristo e ter longanimidade e amor para lidar com os crisóis, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que nos amou e Se entregou por nós (Ef 5:1, 2). O Seu sacrifício na cruz demostra que nenhuma situação que o ser humano enfrentar se compara ao que Ele passou. Se o servo de Deus decidir ser firme e forte, mesmo que surjam tentações no sentido de colocá-lo no lugar de Deus para ser adorado, ele recusará a oferta, pois compreende que o propósito de Deus é restaurá-lo à imagem do Criador, livrando-o da natureza pecaminosa e colocando-o na condição de santo transformado pelo poder de Deus. Aguarde com paciência, pois a vitória é certa.

 

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Célio Barcellos é pastor no distrito de Pirassununga, na Associação Paulista Central. Atualmente cursa jornalismo e possui MBA em Liderança Missional. Contribui com artigos em veículos denominacionais e seculares, além de transcrever palestras e pregações para auxiliar a igreja. É natural de Itaúnas/Conceição da Barra, ES. Casado com Salomé Barcellos, tem dois filhos, Kairos Álef, de 18 anos, ilustrador e estudante de Arquitetura, e Krícis Barcellos, de apenas 10 anos.