Lição 4
20 a 27 de janeiro
Fugindo do mundanismo
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 12, 13
Verso para memorizar: “As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte […]. Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem” (Pv 11:4, 28).
Leituras da semana: Sl 119:11; Ef 6:18; Rm 8:5, 6; Hb 11:1-6; 1Rs 3:14; Ez 36:26, 27

Embora Satanás tenha fracassado ao confrontar Jesus, ele foi bem-sucedido em sua luta contra todas as outras pessoas. Ele continuará a vencer, a menos que o combatamos com a armadura e o poder de Deus. Somente o Senhor nos oferece libertação das seduções do mundo.

Portanto, devemos nos concentrar em nosso Mantenedor celestial. Davi percebeu o verdadeiro valor nesta vida quando escreveu: “Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Sl 34:10). Salomão reconheceu que a sabedoria e o entendimento eram mais valiosos do que a prata e o ouro (Pv 3:13, 14). A verdadeira felicidade e a vida correta surgem quando desviamos nossos olhos dos bens que possuímos e olhamos para o Cristo vivo, que nos possui.

Nossa única esperança de escapar da sedução do mundo é um relacionamento vital e eficaz com Jesus. Nesta semana, estudaremos os elementos desse relacionamento, veremos como é fundamental para nosso sucesso espiritual reconhecer o poder por trás da máscara desse mundo e entenderemos a importância de Cristo como a verdadeira razão para viver.


No dia 3 de março teremos o lançamento do programa Primeiro Deus. Você vai ter a oportunidade de viver uma experiência intensa de comunhão com o Senhor.

Domingo, 21 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 14, 15
Relacionamento com Cristo

O amor aos bens materiais, mesmo para aqueles que não têm muito dinheiro, é uma poderosa corrente que nos liga ao mundo, em vez de nos unir a Cristo. Mesmo que não tenhamos muito em termos de bens terrestres, o desejo ardente de obter bens materiais pode se tornar uma terrível maldição que, se não for colocada sob o controle do Senhor, afastará a pessoa da salvação. Satanás sabe disso e, por essa razão, ele usa o amor às posses materiais para enganar o maior número possível de pessoas. Qual é a nossa única proteção?

1. “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra” (Cl 3:2). Como podemos fazer o que Paulo nos mandou? (Veja também Sl 119:11; Ef 6:18.) Assinale a alternativa correta:

A.( ) Guardando a Palavra de Deus no coração e orando sempre.

B.( ) Pensando no ouro e nas riquezas que teremos na Nova Terra.

2. De acordo com Filipenses 4:8, no que devemos pensar?

A única cura para o mundanismo, seja qual for a sua forma, é a contínua devoção a Cristo (Sl 34:1) nos altos e baixos da vida. Moisés “considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito” (Hb 11:26). Antes de qualquer outro relacionamento, Cristo deve ser nossa prioridade. Ele busca um compromisso fundamentado na convicção, não em preferência; isto é, devemos nos devotar a Jesus porque sabemos quem Ele é e o que tem feito por nós, não por causa de vantagens imediatas que nossa fé e compromisso com Ele possam nos oferecer.

Nossa vida deve ser escondida em Jesus e Seus planos devem ser os nossos planos. O verdadeiro compromisso é colocar nossa mão no arado sem olhar “para trás” (Lc 9:62). Quando fazemos esse tipo de compromisso, Jesus nos eleva ao nosso pleno potencial. Quando nos rendemos a Cristo, Ele rompe o domínio do mundo sobre nós. Nossa vida deve estar centralizada em Cristo, não nas coisas; somente isso preencherá o nosso vazio.

Pense em um bem material que você queria muito adquirir. Quanto tempo duraram a alegria e a satisfação quando você finalmente conseguiu obtê-lo?

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Segunda-feira, 22 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 16, 17
Na Palavra

Mais de 6 bilhões de Bíblias já foram distribuídas no mundo, mas quantas delas são vistas como a Palavra do Deus vivo? Quantas são lidas com um coração sincero, aberto ao conhecimento da verdade?

O estudo bíblico apropriado direciona nossa bússola espiritual e nos permite navegar em um mundo de falsidade e confusão. A Bíblia é um documento vivo de origem divina (Hb 4:12), e como tal, ela nos revela verdades que não encontramos em outros lugares. A Bíblia é o roteiro para a vida diária. Ela nos educa ao expandir nosso intelecto e refinar nosso caráter.

3. Leia João 5:39; 14:6 e 20:31. Os evangelhos apresentam as informações mais confiáveis sobre Jesus. O que esses textos de João revelam sobre Ele? Por que Cristo é tão importante para nós e para tudo o que cremos?

Estudamos a Bíblia porque ela é a suprema fonte da verdade. Jesus é a Verdade. Na Palavra de Deus encontramos Cristo da maneira que Ele nos foi revelado em suas páginas. No Antigo e no Novo Testamentos, aprendemos quem é Jesus e o que Ele realizou por nós; então nos apaixonamos por Ele e entregamos nossa vida ao Seu eterno cuidado. Ao seguirmos Jesus e obedecermos às Suas palavras, somos libertados dos laços do pecado e do mundo (Jo 8:36).

4. Leia Romanos 8:5, 6. Sobre o que o apóstolo nos advertiu? Como o estudo da Palavra de Deus nos ajuda nessa luta pela nossa mente?

Se não tivermos cuidado, o amor ao mundo e aos bens mundanos pode nos afastar de Deus. Por isso, devemos nos manter na Palavra, que nos mostra as realidades espirituais e eternas, tão essenciais para a vida cristã.

O amor às coisas mundanas nunca eleva a mente à moralidade espiritual; em vez disso, ele substitui os princípios bíblicos pela ganância, egoísmo e luxúria. O amor, conforme revelado nas Escrituras, edifica relacionamentos ao nos ensinar a importância de nos doar aos outros. Em contraste com esse princípio, a essência do mundanismo é obter coisas para nós mesmos, que é o oposto de tudo o que Jesus representa.



Terça-feira, 23 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 18-20
Vida de oração

E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Não é de admirar que os cristãos, muitas vezes, digam que sua fé se resume a um relacionamento com Deus. Se conhecer a Deus é ter “vida eterna”, então podemos encontrar essa vida mediante um relacionamento com Ele. E a comunicação é algo fundamental nesse relacionamento. Vimos ontem que Deus Se comunica conosco por meio de Sua Palavra. Consequentemente, nós comungamos com Ele por meio da oração.

Devemos pensar nas coisas celestiais e não nos assuntos deste mundo. Por isso a oração é essencial, pois, pela sua própria natureza, ela nos mostra um reino superior ao mundo.

No entanto, mesmo assim devemos ter cuidado, pois às vezes nossas orações podem ser meramente uma expressão da nossa natureza egoísta. Por essa razão, precisamos orar em submissão à vontade de Deus.

Anos atrás, uma mulher cantou com ironia estas palavras: “Ó, Senhor, Você não vai me comprar uma Mercedes-Benz?” À sua maneira, ela estava fazendo um ataque ao materialismo daqueles que professam fé em Deus. Devemos estar seguros de que nossa oração é, de fato, um ato de submissão a Deus e morte para o mundo. Só assim, buscaremos a vontade de Deus, não a nossa.

5. Leia Hebreus 11:1-6. Qual elemento fundamental deve estar associado às nossas orações? O que significa ir a Deus em fé e orar com fé? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Fé. Significa confiar em Deus em qualquer circunstância.

B.( ) Milagres. Significa exigir que Deus faça tudo que queremos.

Se não houver fé em nossas orações, haverá presunção, a contrafação satânica da fé. “A oração e a fé são aliadas íntimas, e necessitam ser estudadas juntas. Na oração da fé há uma ciência divina; é uma ciência que deve ser compreendida por todo aquele que deseja fazer do trabalho de sua vida um êxito. Cristo disse: ‘Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco’ (Mc 11:24). Ele deixa bem claro que o nosso pedido deve estar de acordo com a vontade de Deus; devemos pedir as coisas que Ele prometeu, e o que quer que recebamos deve ser empregado em fazer Sua vontade. Satisfeitas as condições, a promessa é certa” (Ellen G. White, Educação p. 257, 258).

Reflita sobre sua vida de oração. Por que você ora? O que suas orações lhe revelam sobre suas prioridades? Sobre quais outras coisas você precisa orar?


Quarta-feira, 24 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 21-23
Vida sábia

Uma das histórias mais belas da Bíblia é o relato do pedido de Salomão a Deus, de que lhe desse, acima de tudo, um “coração compreensivo para julgar” Seu “povo, para que prudentemente” discernisse “entre o bem e o mal;” Salomão disse ao Senhor: “Quem poderia julgar a este grande povo?” (1Rs 3:9).

6. Leia 1 Reis 3:14; 1 João 5:3 e 1 Pedro 4:17. Quais palavras importantes Deus disse a Salomão que, se ele as tivesse atendido, o teriam poupado da ruína que suas posses lhe trouxeram? Por que essa orientação divina é tão importante para nós?

Salomão tinha grande sabedoria, mas a sabedoria em si mesma, se não for praticada e vivida, torna-se nada mais que uma boa informação. No sentido bíblico da palavra, a sabedoria que não é colocada em prática, não é verdadeiramente sabedoria. Muitos dos que estarão perdidos tiveram muitas informações corretas sobre Deus e Seus requisitos. A falta de obediência de Salomão fez com que ele se desviasse dos caminhos aos quais o Senhor o tinha chamado. Somente mais tarde em sua vida ele recobrou o juízo e escreveu com humildade: “Melhor é a sabedoria do que joias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela” (Pv 8:11).

Sabedoria é a aplicação do conhecimento e da compreensão. O conhecimento representa os fatos; a compreensão representa o discernimento; e a sabedoria surge no processo de aplicar essa compreensão e conhecimento na vida. Um mordomo sábio não precisa apenas de conhecimento e compreensão, mas da experiência resultante da prática desses dois.

O exemplo de Salomão mostra que, quando não se vive o conhecimento recebido, é muito fácil, até mesmo para os mais sábios e inteligentes, envolver-se no vazio de um estilo de vida materialista.

7. Compare 1 Coríntios 3:19 e Provérbios 24:13, 14. Qual é a diferença entre os dois tipos de sabedoria mencionados nesses textos?

 



Quinta-feira, 25 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 24-27
O Espírito Santo

O grande conflito é real; dois lados estão lutando pela nossa vida. Um nos atrai a Cristo (Jo 6:44) e o outro ao mundo (1Jo 2:16). O poder do Espírito Santo em nossa vida pode e vai nos guiar na direção certa, se apenas nos submetermos a Ele.

“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 16:13; veja também Jo 14:16). O Espírito Santo nos capacita a viver por princípios e pela fé, não por caprichos nem emoções que tanto dominam o mundo. A preparação eficaz para a vida no Céu ocorre quando vivemos fielmente neste mundo sob a direção do Espírito Santo.

O propósito dos conselhos e da pregação de Paulo era que a fé dos cristãos “não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:5). Por meio de bens materiais, a sedução do mundo pode nos afastar do Senhor. Em contrapartida, o poder do Espírito Santo nos levará a Jesus, se apenas não resistirmos a Ele.

8. O sucesso na batalha contra o mundo e suas seduções será conquistado apenas a partir de um poder externo. Leia Ezequiel 36:26, 27; João 14:26 e Efésios 3:16, 17. Quando deixamos o Espírito Santo nos possuir, quais coisas Deus faz para assegurar que tenhamos a vitória espiritual? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Ele nos dá um novo coração e coloca dentro de nós Seu Espírito.

B.( ) Ele apenas nos converte, pois, uma vez salvos, salvos para sempre.

“É por meio de falsas teorias e tradições que Satanás adquire seu domínio sobre a mente. Encaminhando os homens para falsas normas, deforma-lhes o caráter. Por intermédio das Escrituras o Espírito Santo fala à mente e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da pessoa. É pelo Espírito da verdade, operando pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671).

O Espírito Santo é o que ensina a verdade. Ele é o dom supremo que Jesus poderia dar para representar a divindade na Terra depois de Sua ascensão. O Espírito Santo Se esforça para nos dar poder para vencer a poderosa sedução do mundo e seus “encantos”.

O mundo nos atrai, não é mesmo? Como podemos nos entregar diariamente ao Espírito Santo, o único que nos capacita para resistir às tentações do mundo?

Coloque em sua agenda: de 4 de março a 2 de abril teremos a jornada espiritual de 30 dias. Prepare sua família. #PrimeiroDeus

Sexta-feira, 26 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 28, 29
Estudo adicional

Um mordomo age fundamentado no duplo princípio da obediência e do amor. “Lembrem-se de que o dever [obediência] tem um irmão gêmeo — o amor. Unidos, ambos podem realizar quase tudo; mas, separados, nenhum é capaz de fazer o bem” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 62). A obediência é o amor em ação. Precisamos apenas meditar no sacrifício de Cristo para que o amor desperte nossa obediência.

Em contraste com isso, estão os princípios do mundo: o ódio e sua irmã gêmea, a rebelião. A rebelião é o ódio em ação. Lúcifer se rebelou contra Deus (Ez 28:16, 17) e nunca deixará de fazê-lo até que seja destruído. Ele transformou a autoridade do amor em amor pela autoridade. Os líderes religiosos de Israel odiavam a autoridade e o poder que Jesus possuía (Mt 22:29). Mesmo quando eles deixaram o templo e se afastaram de Seu olhar penetrante, não mudaram seus caminhos.

Perguntas para discussão

1. O que Ellen G. White quis dizer quando, depois de chamar o amor e o dever de gêmeos, ela afirmou que, separados, eles não eram capazes de “fazer o bem”? O que é o amor sem a obediência, e como é a obediência sem o amor? Por que eles devem estar juntos?

2. Qual é o significado do verso para memorizar desta semana? O que ele revela sobre as riquezas?

3. Como a oração, o estudo da Bíblia e o relacionamento com Cristo podem nos manter no caminho espiritual certo?

4. As pessoas que não têm muitos bens neste mundo também podem cair nas armadilhas das ilusões de Satanás?

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, amável, de boa fama, virtuoso e louvável. Pergunte aos alunos: o que nos impede de manter esse tipo de pensamento? 3. Peça que alguns alunos leiam os textos em voz alta. Peça a opinião deles. Incentive a classe a grifar os textos bíblicos que falam sobre Jesus quando estiverem estudando a Bíblia. 4. Ele nos advertiu sobre a inclinação para as coisas da carne, que levam para a morte. Pergunte aos alunos: como o estudo da Bíblia nos conduz para as coisas do Espírito? 5. V; F. 6. Peça que alguns alunos leiam os textos em voz alta. Depois, comente as passagens com a classe. 7. Peça que os alunos mencionem a diferença entre inteligência e sabedoria. Conversem a respeito disso. 8. A.



Resumo da Lição 4
Fugindo do mundanismo

TEXTO-CHAVE: Provérbios 11:4, 28

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: O método divino para fugir do mundanismo.

Sentir: A libertação do mundanismo mediante a renovação espiritual.

Fazer: Desenvolver um novo foco pessoal a fim de desestimular o retorno ao mundanismo.

ESBOÇO

I. Conhecer: Jesus

A. Como o estudo da Bíblia reorganiza nossas prioridades e inspira a renovação espiritual?

B. Como a oração pode ir além de uma simples lista de desejos, tornando-se um instrumento de transformação espiritual?

C. Qual é o papel da sabedoria na vitória sobre o mundanismo?

D. De que maneira o Espírito Santo trabalha com o Pai e o Filho para reorientar e redirecionar nossa vida?

II. Sentir: A presença de Jesus

A. Como podemos cultivar uma percepção mais profunda da presença de Deus em nossa vida?

B. Como podemos apreciar mais intensamente a função do Espírito Santo na renovação espiritual?

III. Fazer: Demonstrando nossa devoção

A. Como respondemos ao convite para experimentar a renovação espiritual?

B. De que maneira os cristãos evitam “altos e baixos emocionais” a fim de manter uma experiência de constante crescimento?

C. Quais passos podemos dar para ter uma vida espiritual próspera?

RESUMO: Cultivar a vida espiritual é o único meio seguro de escapar do mundanismo. Estudo da Bíblia, oração, serviço cristão, comunhão cristã e contemplação das maravilhas da natureza podem contribuir para remodelar nossa visão de mundo e nos chamar à plenitude espiritual.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Provérbios 11:4, 28

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A vida espiritual prospera somente quando os cristãos cultivam intencionalmente as práticas que criam intimidade espiritual com o Criador e Redentor.

Para o professor: Jardineiros e agricultores reconhecem a importância do contato constante com o solo. Arranque uma planta do chão, e ela morrerá. A raiz, o fundamento da planta, não pode sustentar a vida nem produzir semente sem os nutrientes que recebe ao manter contato com o solo. A proximidade física da raiz com o solo é essencial para que a planta viva. Luz solar e umidade também possuem funções a desempenhar, mas, a menos que a raiz esteja protegida em seu solo rico em nutrientes, outros fatores positivos terão pouca utilidade.

Esse princípio também se aplica à vida espiritual. A menos que o cristão permaneça perto de Jesus, a intimidade espiritual tão vital ao crescimento cristão não poderá “enraizar-se”. Portanto, o estudo das Escrituras, a oração, a comunhão e o serviço não podem ser considerados elementos opcionais da experiência cristã. Em vez disso, eles devem ser considerados componentes essenciais de uma vida espiritual em desenvolvimento.

Atividade inicial: Na semana anterior a este estudo, arranque uma planta pela raiz (pode ser uma erva daninha) e deixe-a morrer e secar ao sol. Traga para a classe a planta morta e também uma pequena planta em um vaso. Se sua classe se encontra ao ar livre, ao redor de plantas, você não precisa trazer a planta viva no vaso, mas pode se referir às plantas vivas ao redor. Pergunte à classe quais propriedades a planta morta compartilha com a planta viva. As respostas podem incluir o formato, o tamanho e, possivelmente, a cor da planta. Pergunte aos alunos qual é a diferença essencial entre as duas plantas. Em seguida, pergunte por qual motivo eles acham que a planta morreu. Depois de dizer-lhes que arrancar a planta pela raiz foi o que causou sua morte, faça comparações com nossa vida espiritual. Se não estivermos constantemente recebendo a graça de Deus pelo meio que Ele providenciou, o que inevitavelmente ocorrerá em nossa vida espiritual?

Compreensão

Para o professor: Uma das afirmações mais extraordinárias das Escrituras está registrada em Romanos 8:4 a 6: “Com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.” Paulo, que nos primeiros capítulos de Romanos reuniu evidências das maneiras pelas quais Jesus cumpriu os justos requisitos da lei – passou a afirmar ousadamente que esses requisitos podem ser cumpridos em nós. A diferença entre a vida antes e depois de Cristo é a direção ou o foco do nosso pensamento; e os resultados são tão opostos quanto vida e morte. Quais práticas nos ajudam a nos concentrar nas coisas de cima?

Comentário bíblico

I. Vocabulário celestial

(Recapitule com a classe Sl 119:11; Jo 5:39; 20:31; Lc 24:27; 1Ts 2:13.)

“Ó, cantai, outra vez cantai, novas de amor e vida! Pois eu nelas encontro paz: novas de amor e vida! Belas, sublimadas, puras, inspiradas. Novas do Céus, bênçãos de Deus! Novas de amor e vida! Novas do Céus, bênçãos de Deus! Novas de paz e luz” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, 166). Assim é o início do clássico hino escrito por P. P. Bliss em 1874, propagando um convite à vida espiritual fundamentada nas Escrituras. Compositores, teólogos, comerciantes e praticamente todos que leem a Bíblia defendem seu valor na transformação da vida. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que descobriram a verdade por si mesmas, mediante a leitura da Bíblia?

O valor das Escrituras no desenvolvimento espiritual é incalculável. As Escrituras criam uma barreira contra o pecado (Sl 119:11). Embora essa barreira protetora possa estar oculta aos observadores descuidados, ela é real. Não é necessário usar as Escrituras em nossas vestimentas, como faziam os antigos fariseus. Porém, escondê-las em nosso coração mediante o estudo diário e a oração deve ser uma prioridade. Seria bom que o mesmo elogio de Paulo aos cristãos tessalonicenses pudesse ser dito de todos os cristãos hoje: “Apesar de muito sofrimento, ­[vocês] receberam a Palavra com alegria que vem do Espírito Santo. Assim, tornaram-se modelo para todos os crentes” (1Ts 1:6, 7, NVI).

Considere isto: Como as Escrituras nos protegem do pecado?

II. Comunicação celestial

(Recapitule com a classe Ef 6:18; Mc 11:24; Lc 11:1-13.)

São atribuídas ao clérigo inglês Samuel Chadwick as seguintes palavras: “A única preocupação do diabo é impedir que os cristãos orem. Ele não teme estudos, obras e religião destituídos de oração. Ele ri do nosso esforço, zomba da nossa sabedoria, mas treme quando oramos.” Raramente a importância da oração tem sido declarada com maior eloquência. Jesus, o único ser humano perfeito da História, subia bem cedo as colinas da Judeia para ficar sozinho em oração. Se o perfeito Filho de Deus necessitava de constante comunhão com o Senhor para sobreviver às atividades do Seu dia a dia, como nós, mortais imperfeitos e pecadores, podemos considerar a oração algo tão insignificante? Se a oração, de fato, é abrir nosso coração como a um amigo, por que negligenciaríamos um privilégio tão grande, especialmente considerando quem é esse Amigo?

Tiago, o irmão de Jesus, declarou: “A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tg 5:15, 16, NVI). Ah, se desejássemos orar com tanta intensidade quanto nossos pulmões desejam o ar!

Pense nisto: Como exércitos podem ser bem-sucedidos na batalha sem uma boa comunicação? Como podemos esperar vencer nossa batalha contra Satanás, sem uma boa comunicação com nosso Comandante?

Aplicação

Para o professor: O estudo desta semana é crucial para nosso desenvolvimento como cristãos. Porém, se não ocorrer nada mais além de uma discussão interessante, teremos cometido uma lamentável falha. Se quisermos ser bem-sucedidos em nosso crescimento espiritual, devemos incorporar as práticas da oração e do estudo da Bíblia em nossa vida. Incentive os alunos a fazer isso.

Perguntas para aplicação

1. Como posso me tornar mais constante no estudo da Bíblia?

2. De que maneira posso passar mais tempo em oração sem ficar entediado ou sem ser desnecessariamente repetitivo?

3. O que fazer para cultivar a sabedoria?

4. A interação com cristãos que pensam de modo igual ao meu pode melhorar meus hábitos de estudo da Bíblia e minha vida de oração?

5. Estudar a história da igreja pode me ajudar a desenvolver sabedoria?

6. De que modo longos momentos com Deus influenciam meu crescimento espiritual?

7. Como a aplicação dos princípios bíblicos mediante o serviço pode intensificar minha renovação espiritual?

 

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Incentive ações que incorporem no estilo de vida diário dos alunos as práticas de oração e estudo da Bíblia.

Atividades

1. Peça a seus amigos que tirem fotos de você orando, estudando a Bíblia ou vivendo sua fé no serviço cristão. Escolha as melhores e coloque-as em sua geladeira, em seu criado-mudo (em qualquer lugar em que você as veja com frequência para se encorajar a continuar).

2. Crie um “cantinho de adoração” em sua casa, trabalho ou outro espaço pessoal, para estudo da Bíblia e oração. Dedique esse local apenas para esse propósito.

3. Durante seus momentos de estudo da Bíblia, faça uma lista de ideias para o serviço cristão. Fundamente essa lista na pesquisa bíblica, e não apenas nas “necessidades” que você vê em sua comunidade.

4. Inicie um diário de oração que inclua espaço para resumos de suas conversas com Deus e a data em que cada uma delas foi registrada. Se você fizer pedidos, deixe espaço para anotações posteriores nas quais você possa reconhecer que Deus atendeu à sua oração.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


O primeiro amor

James e Louise são amigos desde a infância. Ambos cresceram em Belize, país da América Central. Quando se tornaram adultos, foram para os Estados Unidos em busca de trabalho. Louise trabalhou em várias empresas na Califórnia durante 30 anos. James trabalhou como engenheiro da Motorola, na Califórnia, Texas e Illinois.

À medida que se aproximavam do tempo de aposentadoria, voltaram para Belize e reataram a amizade. Eles estavam solteiros e James convidou Louise para um encontro. Mas, ela precisava fazer uma pergunta.

“Quem é o primeiro em sua vida?”, perguntou a James.

“Deus!”, ele respondeu.

“Bom, então podemos conversar”, disse ela.

Louise estava ansiosa para contar a James o que estava aprendendo sobre o sábado e ele tinha suas próprias novidades. Assim, os dois começaram a conversar. Louise conheceu a verdade sobre o sábado em uma campanha evangelística nos Estados Unidos, mas não pensou muito sobre o assunto até retornar a Belize e abrir um pequeno hotel. Ela estudava a Bíblia cuidadosamente. Depois de ler sobre o dízimo, começou a devolver 10% da renda a Deus. Em seguida, leu sobre ética sexual, e decidiu não receber casais que não fossem casados em suas instalações. Então, procurou informações sobre o verdadeiro dia de guarda. Ela gostava de frequentar a igreja aos domingos, mas também desejava obedecer à Bíblia.

Busca pela verdade

“Procurei na Bíblia alguma evidência de que era correto guardar o domingo”, disse em sua casa em Dangriga. “Quanto mais estudava, mais o Senhor mostrava que o sábado é o verdadeiro dia sagrado.”

Então, Louise leu Hebreus 4:4 a 7, que diz: “No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara.” O texto faz um apelo: “Se hoje vocês ouvirem a Sua voz, não endureçam o coração" (NVI).

“Quando li esse trecho bíblico, parei e pedi que Deus me mostrasse se eu poderia continuar a adorar no domingo”, disse Louise. “Agora tenho a resposta!” Porém, surgiu um dilema. Os hotéis abrem sete dias por semana e Louise não sabia o que fazer. Ela colocou Bíblias e exemplares do livro Caminho a Cristo em cada quarto. Parou de lavar roupa e fazer outros trabalhos de rotina no sábado. Mas não sabia se isso era suficiente.

James, que se aproximou de Louise depois de tantos anos, também não sabia o que fazer. Mas sabia que era importante orar e ouvir a voz de Deus. Ele disse a Louise que, certa vez, seu irmão o convidou para fazer uma viagem da Califórnia a Belize. Na noite anterior à partida, ele parou na casa de um amigo e expressou seu desconforto em aceitar o convite.

“Não vá”, disse o amigo. “Ouça seu coração.”

Mas James sentiu-se obrigado a ir, porque já havia prometido ao irmão. Naquela noite, o carro de James não ligou e teve que ser rebocado até a casa do irmão. “Mas eu ainda não quis ouvir a voz que dizia: ‘Não vá nessa viagem’”, conta James.

Os irmãos saíram pela manhã. Durante a travessia pelo México, um pneu estourou. O veículo capotou e o irmão foi atirado para fora do carro. James sofreu sérios ferimentos no rosto e nos braços, e passou dois dias em um hospital. Dias depois, em Belize, ele começou a ver duplamente e precisou ir aos Estados Unidos para uma cirurgia oftalmológica.

Reviravolta total

O acidente provocou uma reviravolta na vida dele.

“Comecei a voltar para a igreja e para Deus”, diz. “Percebi que, se tivesse ouvido a voz, não teria passado por esse acidente.”

James e Louise perceberam que ambos desejavam cumprir a vontade de Deus e decidiram se casar. Eles começaram a frequentar a igreja todos os sábados e se convenceram de que precisavam abandonar o hotel. Mas como?

“Então Deus fez uma obra maravilhosa para nós”, diz Louise. Certo dia, casualmente, ela mencionou a uma cliente empresarial americana que não saía de férias havia 20 anos e que precisava fazer uma pausa. No dia seguinte, a cliente se ofereceu para comprar o hotel. Eles louvam a Deus porque lhes apresentou qual é o dia de descanso e adoração semanal.

“O que aconteceu com nossa empresa não foi nada mais que um milagre”, diz Louise.

Assista aos vídeos do casal compartilhando a fé no YouTube. James está no link: bit.ly/james-pescascia, e Louise: bit.ly/louise-pescascia

Resumo missionário

  • Belize tem aproximadamente 900 lugares históricos relacionados aos maias.
  • Ali está a única reserva de jaguares no mundo, conhecida como Santuário de Vida Selvagem de Cockscomb.
  • Ao longo da extensão de Belize está o segundo maior recife de corais do mundo e o maior do Hemisfério Ocidental.
  • A Guatemala ainda reivindica Belize como território guatemalteco, com base, em parte, no Tratado anglo-guatemalteco de 1859.
  • Belize é líder na proteção da biodiversidade e dos recursos naturais; 37% do território de Belize está protegido oficialmente – mais do que qualquer outro país nas Américas.
  • Em Belize não existem cadeias de restaurantes fast-food como McDonald’s, KFC, e Burger King.
  • É considerado falta de educação cumprimentar os belizianos pelo primeiro nome.
  • Antes da independência, Belize era conhecida como Honduras Britânica.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 4: 20 a 27 de janeiro

Fugindo do mundanismo

 

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Mordomia cristã é o estilo de vida do pecador que deixou de se render às coisas deste mundo, como fazia antes, mas passou a se render a Cristo, o Dono de todas as coisas. Tal estilo de vida é diferente da maneira mundana de viver. A razão para viver é Cristo, não as coisas materiais. Jesus, não os bens materiais, é Quem deve possuir o cristão. O converso deixa de viver controlado pelas riquezas, pois se curva ao Senhor de todas as riquezas. Em Cristo, somos libertos da escravidão do mundanismo e passamos a viver a essência do cristianismo. E essa é uma mudança radical.

Contudo, na prática não parece tão simples assim. O livro “Mundanismo: Como resistir à sedução de um mundo caído”, editado por C. J. Mahaney, na pág. 19, contém esta reflexão:

Suponhamos que eu esteja fazendo um teste para identificar um autêntico seguidor de Cristo. Minhas escolhas são você e um indivíduo não regenerado.

Recebo dois relatórios que contêm conversas, atividades na Internet, maneira de se vestir, listas de músicas no iPod, hábitos televisivos, passatempos, atividades de lazer, transações financeiras, pensamentos, paixões e sonhos.

A questão é: Eu seria capaz de diferenciá-los? Conseguiria dizer a diferença entre você e o seu vizinho, colega de trabalho, de escola ou amigo não convertido?

Na sua vida, os limites entre as condutas cristã e mundana se tornaram tão indistinguíveis a ponto de não haver nenhuma diferença?

É possível que o mundanismo suplante os princípios do cristianismo na rotina das pessoas. O mundanismo é atraente ao descrente e uma tentação ao cristão. Satanás age visando tirar nosso foco de Cristo. Apesar de todas as estratégias satânicas de sedução, tentação e marketing, os recursos divinos à nossa disposição nos tornarão bons mordomos das coisas (em vez de escravos delas), caso os utilizemos diariamente. É impossível superar o mundanismo sem a utilização dos recursos espirituais que dão resultados sobrenaturais.

Com a ajuda dos recursos existentes no cristianismo, precisamos fugir do mundanismo. Para vencer a sedução materialista, devemos fugir para Cristo por meio do poder do Espírito Santo. Para isso, existem elementos que nos capacitarão a viver intimamente com Cristo e dedicar a existência Àquele que nos comprou com Seu sangue, que é infinitamente mais valioso do que ouro e prata (1Pe 1:17-21).

Como cristãos e mordomos de Deus, para fazer a diferença neste mundo infectado pelo pecado e afetado por modismos, devemos fazer uso dos seguintes elementos:

1. Relacionamento íntimo com Cristo: Em vez de confiar nas riquezas que de nada aproveitam no dia da ira (Pv 11:4, 28) o converso confia em Cristo. Em vez de pensar nas coisas do mundo, ele pensa nas coisas espirituais (Cl 3:1, 2). Em vez de abrigar maus pensamentos, alimenta a mente com virtudes cristãs (Fp 4:8). Assim como Moisés, o converso troca os tesouros efêmeros do mundo pelos tesouros eternos do Céu (Hb 11:26), pois Cristo está no centro da vida e é o primeiro no coração. Para o cristão, como diz Paulo, “o viver é Cristo” (Fp 1:21).

2. A Palavra de Deus: Ao se tornar devoto de Cristo, o cristão passa a ser mordomo Dele. Neste mundo ávido por satisfação, a Bíblia se torna seu manual de instruções. Ela é a Palavra viva de Deus (Hb 4:12). Ela lhe dá vigor e o guarda de pecar (Sl 119:11; Ef 6:17). Ela revela mais sobre o Cristo com quem nos comprometemos (Jo 5:39), o qual nos libertou das influências e da tirania do mundanismo (Jo 8:36). Nela encontramos princípios que moldam a mente, substituindo o amor egoísta pelas coisas deste mundo pelo amor altruísta concedido por Cristo. “Para vencer a secularização do adventismo”, alega Fernando Canale, é preciso “voltar para a Escritura” (Fernando Canale, Adventismo Secular?, p. 111).

3. Oração: Embora nossas orações corram o risco de se perverterem devido à nossa natureza egoísta e interesseira), é por meio delas que, com atitude de submissão, temos comunhão com Deus. A fé é essencial para que a oração não perca o objetivo idealizado por Deus para ela (Hb 11:1-6), pois o egoísmo e a cobiça podem gerar motivações espúrias (Tg 4:3). O hedonismo, a inveja e o orgulho são péssimos incentivos para buscar auxílio divino. Em lugar da ambição egoísta, nossa atitude deve ser de submissão ao Deus que deseja o melhor para Seus mordomos.

4. Sabedoria para usar os bens de Deus: Aqueles que se entregam a Deus e a Ele entregam tudo o que têm, recebem de volta os recursos que devem ser administrados para promover o reino eterno. Mas, a falta de sabedoria para administrar os recursos resulta em perdição do indivíduo. A sabedoria para usar os tesouros divinos promove a salvação do mundo (1Rs 3:3-14; Pv 8:11). A fé na Palavra de Deus e em Jesus é essencial para obter sabedoria celestial, e então vencer o mundanismo (1Jo 5:4, 5).

5. O Espírito Santo: “Não podemos superar o mundanismo por nós mesmos. Não somos suficientes. É preciso uma força maior” (Mahaney, p. 26). Portanto, sem o Espírito Santo não temos poder para vencer o poder das tentações sedutoras do materialismo, nem as investidas do mundanismo. Sem Ele não temos discernimento para saber como reagir frente às ameaças desta vida pervertida. Ele imprime a Lei de Deus no coração (Ez 36:26, 27), guia-nos a toda a verdade (Jo 14:26) e nos dá poder para vencer os desejos carnais (Gl 5:16-26), a fim de sermos sábios mordomos espirituais.

O cristão não tem nada, não é dono de nada no mundo. Jesus Se entregou por nós. E, nós nos entregamos a Ele com tudo o que temos. Já não serviremos ao dinheiro, mas podemos nos servir do dinheiro para servir a Deus.

Para fazer isso com sabedoria e agir como fiel mordomo de Deus é preciso uma constante dependência do senhorio divino em nossa vida, o que só é possível mediante relacionamento intenso e íntimo com Cristo, sob a regência do Seu Espírito. “Devemos lutar contra o mundanismo porque ele enfraquece nosso amor por Cristo e desvia nossa atenção de Cristo” (Mahaney, p. 27).

O mordomo fiel foge do mundanismo porque pertence ao reino dos Céus. Ele é propriedade de Cristo para cuidar das propriedades Dele. Sua satisfação está na santificação. “À luz da Palavra de Deus estamos autorizados a declarar que não pode ser genuína a santificação que não opere a completa renúncia de todo desejo pecaminoso e prazeres do mundo” (Ellen G. White. O Grande Conflito, p. 475).

O mundanismo tem sufocado a fé e assim vem diminuindo rapidamente a vitalidade espiritual do mundo e também dos crentes; entretanto, com os recursos de Deus à nossa disposição podemos alcançar extraordinárias experiências espirituais.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Fraiburgo, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.