Lição 13
17 a 23 de junho
Iluminados com a glória de Deus
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: Sl 42
Verso para memorizar: “Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória” (Ap 18:1).
Leituras da semana: 1Ts 5:1-6; Jo 8:32; Ap 18:1; 4:11; Êx 33:18, 19; Ap 5:6, 12; 13:8

Cedo ou tarde, os eventos finais se desenrolarão. Não sabemos exatamente quando, nem como, mas temos informações suficientes. Haverá algum tipo de legislação que irá impor a observância do domingo, em contraste com a guarda do sábado. O Apocalipse nos mostrou as questões fundamentais em jogo, os agentes cruciais envolvidos e, em termos gerais, nos contou o que vai acontecer quando, em vez de adorarem Aquele “que fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7), todos “aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8), adorarão a besta e a sua imagem. Em outras palavras, todos que escolheram seguir o Senhor Jesus e obedecer aos Seus mandamentos terão seus nomes no livro da vida. Quanto melhor é estar no registro de Deus do que nos registros do homem.

Deus levantou a Igreja Adventista do Sétimo Dia para pregar essa mensagem ao mundo. Assim, precisamos ser convertidos à verdade como esta é em Jesus e sermos transformados em novas criaturas pelo “evangelho eterno” de Apocalipse 14:6, o qual está centrado na morte de Cristo por nós, a garantia de nossa salvação Nele.

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Domingo, 18 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 43
Preparação para a crise final

1. Que alerta Paulo fez sobre os últimos dias da história? 1Ts 5:1-6

O  apóstolo instou os crentes em Tessalônica a vigiar e ficar sóbrios no contexto da segunda vinda de Cristo. Se ele disse isso aos crentes do passado, o que nos diria hoje?

Ele declarou que eles eram “filhos da luz” e que não estavam em “trevas, para que esse Dia” [o dia do retorno de Cristo] os apanhasse de surpresa “como ladrão” (1Ts 5:4, 5). Jesus usou a expressão “vigiar” em conexão com a oração sincera e genuína (Mt 24:42; 26:40, 41). Vigiar é estar espiritualmente alerta. Ser sóbrio é levar a sério a época em que vivemos e focalizar as coisas que realmente importam.

Ellen G. White declarou: “Nós, que conhecemos a verdade, deveríamos estar preparados para o que em breve virá sobre o mundo como uma terrível surpresa” (Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 8, p. 26).

E ainda que seja uma surpresa para o mundo, não deve nos surpreender. Embora não saibamos quando isso vai acontecer, podemos ver o suficiente para saber que está chegando e que hoje é o dia de estar pronto.

2. Revise Daniel 2 e observe a sequência de reinos que surgiram e se foram, exatamente como previsto. Podemos confiar que tudo que Deus disse que vai acontecer realmente acontecerá?

Cristo nos deu mensagens referentes aos últimos dias para que, sabendo do que está por vir, nos preparássemos para os eventos que estão à nossa frente. As profecias de Daniel e Apocalipse, combinadas com o dom de profecia moderno, nos dão uma percepção divina do que está por vir. A profecia descreve a história da salvação com antecedência, e Daniel 2 dá evidências fortes e lógicas para confiar em Deus.

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Paulo nos exorta a não dormir como os demais. O que isso significa? Como podemos saber se estamos dormindo e, se estivermos, o que será preciso para nos acordar?

Segunda-feira, 19 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 44
Conhecer a verdade

3. Leia João 8:32; 7:17 e 17:17. Que promessas Jesus fez em relação ao conhecimento da verdade? Onde ela é encontrada?

O último apelo de Deus ao Seu povo é para fugir dos erros de Babilônia e caminhar na luz da verdade eterna da Palavra. A chave de tudo é a Bíblia. Enquanto as pessoas se apegarem à Bíblia e seguirem seus ensinos, não serão enganadas no momento decisivo, especialmente em relação ao sábado.

A mensagem do segundo anjo nos chama a aceitar a verdade em vez da mentira, a Bíblia em lugar da tradição humana, e os ensinos bíblicos em vez da falsa doutrina.

A mensagem do terceiro anjo, que segue os dois primeiros, apresenta um aviso contra a marca da besta. Nas profecias bíblicas, uma besta representa um poder político ou religioso. A besta do mar surge de Roma como um sistema mundial de adoração (Ap 13; 14). Por fim, esse poder romano estende sua influência sobre o mundo e conduzirá um movimento para unir Igreja e Estado. O objetivo será alcançar a unidade mundial em um momento de reviravolta econômica, catástrofes naturais, desordens sociais, crise política internacional e conflitos globais.

Os Estados Unidos acabarão assumindo a liderança nessa confederação global. “Por meio de dois grandes erros – a imortalidade da alma e a santidade do domingo –, Satanás aprisionará o povo em sua armadilha. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o segundo cria um laço de afinidade com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender a mão para o espiritismo por cima de um abismo e, por sobre outro abismo, segurará a mão do poder romano; e, sob a influência dessa tríplice união, esse país seguirá os passos de Roma, pisoteando os direitos da consciência” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 489, 490).

Essas mensagens terminam com um apelo urgente para que os fiéis guardem os mandamentos de Deus por meio da fé viva de Jesus, que habita no coração (Ap 14:12).

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“A verdade os libertará”? O que significam essas palavras de Cristo? Como a verdade libertou você? O que significa ser “livre”, nesse contexto?

Terça-feira, 20 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 45
A Reforma continua

Nos últimos dias, Deus levantou um povo que se inspira nos reformadores do passado, que têm a Bíblia como seu único credo, Cristo como fonte de salvação, o Espírito Santo como única fonte de força e o retorno do Senhor como a consumação de suas esperanças. Verdades há muito obscurecidas pela escuridão do erro e da tradição, incluindo o sábado bíblico, serão proclamadas ao mundo antes do retorno do Senhor.

As mensagens dos três anjos deram origem a esse movimento do tempo do fim para completar a Reforma e participar com Cristo na conclusão de Sua obra na Terra. As grandes profecias do Apocalipse revelam um movimento profético que surge a partir de um desapontamento para proclamar a mensagem final de Deus ao mundo. Apocalipse 14 descreve uma igreja mundial que prega o evangelho eterno.

Os três anjos de Apocalipse 14 se unem a um quarto anjo em Apocalipse 18. Esse anjo dá poder à proclamação dos três anjos de forma que a Terra se ilumina com a sua glória (Ap 18:1). O capítulo 18 se concentra nos grandes eventos que antecedem o clímax da história humana e o triunfo final e supremo do evangelho.

4. Leia Apocalipse 18:1. Quais três coisas João disse sobre esse anjo? (Veja também Hc 2:14.)

O anjo que desce da gloriosa presença divina na sala do trono do santuário foi encarregado de proclamar a última mensagem de misericórdia de Deus e avisar os habitantes da Terra do que está por vir sobre o planeta.

O texto diz que o anjo tinha “grande autoridade” (Ap 18:1). A palavra grega para “autoridade” é exousia. Jesus usou essa palavra em Mateus ao enviar os discípulos. Em Mateus 10:1, Jesus deu aos Seus discípulos “autoridade” sobre os principados e poderes do mal. Ele os enviou com o poder divino para ser vitoriosos na batalha entre o bem e o mal. Em Mateus 28:18, 19, Ele mais uma vez os enviou, mas dessa vez com “toda a autoridade” no céu e na Terra para ir e fazer discípulos de todas as nações.

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As questões dos últimos dias (e de todos os dias) se resumem à autoridade. Qual autoridade seguimos: a de Deus, a nossa, a do poder da besta, ou a de outra pessoa?

Quarta-feira, 21 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 46
A glória de Deus enche a Terra

5. Quais palavras estão associadas à glória de Deus que enche a Terra, conforme a descrição de Apocalipse 18:1? Ap 4:11; 5:12 e 19:1.

O grande conflito entre o bem e o mal é também sobre a honra ou reputação de Deus. Satanás declarou que Deus é injusto, que Ele exige adoração, mas dá pouco em troca. O mal declara que a lei de Deus restringe nossa liberdade e limita nossa alegria.

A vida, a morte e a ressurreição de Jesus desmascararam esse mito. Aquele que nos criou mergulhou no poço de horrores para nos redimir. Na cruz, Ele respondeu às acusações de Satanás e demonstrou que Deus é amoroso e justo. Encantado por Seu amor, preocupado com Sua honra, Seu povo do tempo do fim revela Sua glória – Seu caráter amoroso e abnegado a um mundo egocêntrico e sem Deus, e a Terra é iluminada pelo caráter divino.

6. Leia Êxodo 33:18, 19. Como Deus revelou Sua glória a Moisés? Qual é a glória de Deus?

A glória de Deus é Seu caráter. A Terra estará cheia da glória de Deus quando estivermos cheios de Seu amor, e nosso caráter for transformado por Seu amor.

Revelar Seu amor em nossa vida ajuda a demonstrar Sua glória e Seu caráter ao mundo. A última mensagem a ser proclamada por três anjos no meio do céu a um mundo envolto em trevas espirituais é “Temam a Deus e deem glória a Ele” (Ap 14:7).

Não há glória em nossas obras, justiça ou bondade. “A mensagem da justiça de Cristo soará desde uma até a outra extremidade da Terra. [...] Essa é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 6, p. 20). Ellen G. White ainda escreveu: “O que é justificação pela fé? – É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele por si mesmo não pode fazer” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 456). Glória a Deus, e não a nós!

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Quinta-feira, 22 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 47
O Cordeiro que foi morto

Há muitos símbolos importantes no Apocalipse. Um dragão no céu (Ap 12:3, 4, 7), anjos voando no meio do céu (Ap 14:6), uma mulher montada numa besta escarlate (Ap 17:3), e assim por diante. O Espírito Santo inspirou João a colocá-los na Palavra, e eles têm papéis importantes na revelação da verdade para os que leem as palavras desse livro e as praticam (Ap 1:3).

No entanto, há outra imagem que aparece com frequência em todo o livro do Apocalipse. Qual é essa imagem, e o que ela representa?

7. O que o Cordeiro simboliza, e por que aparece tantas vezes em Apocalipse? Ap 5:6, 8, 12; 7:17; 14:1; 15:3; 19:7; 21:22, 23; 22:1, 3

Como diz a introdução do livro, ele é uma revelação “de Jesus Cristo”. Ele não é só um Cordeiro, mas um Cordeiro “que foi morto” (Ap 5:6, 12; Ap 13:8). Ou seja, Jesus Cristo crucificado. Esse é o coração e a alma de toda a Bíblia, do Apocalipse e das três mensagens angélicas. Não podemos ser fiéis ao nosso chamado, não podemos realizar a obra para a qual Deus criou esta igreja, a menos que tenhamos o Cordeiro morto, crucificado por nossos pecados, como o foco de nossa mensagem.

“Devemos colocar intencionalmente o Cordeiro que foi morto no centro de nossas doutrinas e nossa missão e no cerne de cada sermão que pregamos, cada artigo que escrevemos, cada oração que fazemos, cada canção que cantamos, cada estudo bíblico que damos e em tudo o que fazemos. Que o amor revelado pelo Cordeiro na cruz transforme a maneira como tratamos uns aos outros e nos motive a também cuidar do mundo” (Ángel Manuel Rodríguez, The Closing of the Cosmic Conflict: Role of the Three Angels’ Messages, manuscrito não publicado, p. 70).

Em meio às imagens de bestas perigosas, de um dragão que faz guerra, de pragas, de perseguição e da marca da besta, permanece à frente e no centro o Cordeiro que foi morto. No fim das contas, as três mensagens angélicas são sobre Ele somente, e sobre o que fez por nós, está fazendo e fará até o fim da história da salvação.

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Focalizar o Cordeiro morto é crucial em nossa mensagem aos outros e em nossa vida?

Sexta-feira, 23 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Sl 48
Estudo adicional

“Servos de Deus, com o rosto iluminado, irradiando uma santa consagração, se apressarão de um lugar a outro para proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Haverá milagres, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas acompanharão aqueles que creem. Satanás também realizará seus falsos milagres, fazendo até mesmo descer fogo do céu diante do povo (Ap 13:13). Assim, os habitantes da Terra terão que tomar sua decisão.

“A mensagem será levada avante, não tanto por argumentos quanto pela convicção profunda do Espírito de Deus. Os argumentos foram apresentados. A semente foi semeada e agora germinará e frutificará. As publicações distribuídas pelos missionários têm exercido sua influência, mas muitos que ficaram impressionados foram impedidos de compreender completamente a verdade ou de prestar obediência a ela. Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza, e os leais filhos de Deus cortam os laços que os têm prendido. Laços de família e relacionamentos na igreja não têm poder para detê-los agora. A verdade é mais preciosa do que tudo mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, um grande número de pessoas se posicionará ao lado do Senhor” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 508, 509).

Perguntas para consideração

  • Ellen G. White afirma que “a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo” (Evangelismo, p. 190). O que isso significa?
  • Leia Apocalipse 14:12. Qual é a diferença entre guardar os mandamentos e o legalismo? Quando a obediência se torna legalismo? Alguém que não guarda os mandamentos pode ser legalista?
  • Somos criticados ao falar sobre as bestas ferozes e avisos terríveis do Apocalipse. Deveríamos esconder uma parte importante da verdade? Que respostas você daria?
  • Que acontecimentos mundiais poderiam conduzir aos eventos finais? Como ter equilíbrio entre estar ciente dos tempos em que vivemos e não ser pego em especulações infrutíferas sobre o que ainda não nos foi revelado?

Respostas e atividades da semana: 1. O Dia do Senhor vem como o ladrão. Devemos vigiar e ser sóbrios. 2. Se as predições de Daniel 2 se cumpriram, temos evidências poderosas e lógicas para confiar nas profecias bíblicas. 3. Se andarmos na verdade e na sua luz, não seremos enganados. A Bíblia é a fonte da verdade que nos liberta. 4. Ele desceu do céu, tem grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória. 5. Honra, poder e glória. 6. Fazendo passar toda Sua bondade diante dele e proclamando Seu nome, Seu caráter. 7. Jesus Cristo crucificado. Porque Ele é o coração e a alma, não só de toda a Bíblia, mas do livro do Apocalipse, que inclui as três mensagens angélicas.

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Resumo da Lição 13
Iluminados com a glória de Deus

PARTE I – VISÃO GERAL

As profecias do Apocalipse revelam o que está por vir para que o povo de Deus esteja preparado. Em sua carta à igreja de Tessalônica, o apóstolo Paulo declara abertamente o propósito da profecia: “Vocês, irmãos, não estão em trevas, para que esse Dia os apanhe de surpresa como ladrão. Porque vocês todos são filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios” (1Ts 5:4-6). A Palavra de Deus ilumina o caminho à frente. Na lição desta semana, estudaremos as profecias de Apocalipse sobre os movimentos finais da história da Terra.

Entender o que está por vir nos ajudará em nossa preparação para o conflito final entre as forças do bem e do mal. O capítulo 18 do Apocalipse prediz que uma união de poderes religiosos, políticos e econômicos, chamada Babilônia, tentará governar o mundo. Entretanto, Deus nunca é pego de surpresa. De acordo com Apocalipse 18:1, 2, Ele agirá por meio de Seu Espírito Santo para iluminar o mundo com Sua glória. Os poderes demoníacos das profundezas serão enfrentados pelo poder do alto. Então, será demonstrado por meio do povo de Deus que a Sua glória é o Seu caráter.

O foco da lição desta semana está na glória de Deus, revelada por meio de Seu povo para iluminar este mundo escurecido pelo pecado. Transformada pela graça, mudada pelo amor, cheia do Espírito Santo, a igreja de Deus nos últimos dias faz Seu apelo final ao mundo, e dezenas de milhares ouvem e respondem ao apelo. Assim, “será pregado este evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14).

PARTE II – COMENTÁRIO

A glória de Deus

Apocalipse 18:1 é uma das passagens mais importantes de todo esse livro profético. Esse verso declara: “Depois destas coisas, vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a Sua glória”. A expressão “a Terra se iluminou com a Sua glória [a glória de Deus]” é extremamente significativa. Por todo o livro do Apocalipse, há três expressões que estão ligadas entre si: “Glória de Deus, honra de Deus e poder de Deus”.

Apocalipse 4:11 diz: “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder” (NVI). Analise Apocalipse 5:12, em que João mais uma vez diz que Jesus é digno de receber, entre outras coisas, glória, honra e poder. Vemos esse pensamento novamente em Apocalipse 19:1: “A salvação, a glória e o poder são do nosso Deus”. Observe ainda como o Apocalipse termina, referindo-se à habitação da Nova Jerusalém pelos santos: “E Lhe trarão a glória e a honra das nações” (Ap 21:26).

O grande conflito entre o bem e o mal no Universo é sobre a honra e a reputação de Deus. Satanás, um anjo rebelde, declarou que Deus é injusto, que Ele exige adoração, mas dá pouco em troca. O maligno declara que a lei de Deus é arbitrária, restringe nossa liberdade e limita nossa alegria.

A vida, a morte e a ressurreição de Jesus acabaram com esse mito. Aquele que nos criou mergulhou neste covil de víboras, que é o mundo, para nos redimir. Na cruz, Jesus respondeu às acusações de Satanás e demonstrou que Deus é amoroso e justo. Encantado pelo Seu amor, preocupado com a Sua honra, o povo de Deus no tempo do fim revela a Sua glória – Seu caráter abnegado e amoroso – a um mundo egocêntrico e sem Deus. Desse modo, a Terra será iluminada por uma revelação do caráter de Deus.

A plenitude do Espírito

O Espírito Santo será derramado com a plenitude do Seu poder pouco antes da segunda vinda de Jesus, e a Terra será iluminada com a glória de Deus. Apocalipse 18:1 é o cumprimento das palavras do profeta Habacuque: “A Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc 2:14). Como acabamos de comentar, a glória de Deus é o Seu caráter de amor. No entanto, essa afirmação levanta uma pergunta: Como essa glória será revelada nos últimos momentos da história em um planeta moralmente escurecido e poluído pelo pecado?

Para responder a essa pergunta, vamos analisar uma experiência de Moisés. Você se lembra de quando Moisés pediu a Deus que lhe mostrasse a glória Dele? O que Deus revelou? Vamos ler a resposta de Deus ao pedido de Moisés: “Então disse Moisés: ‘Peço-te que me mostres a Tua glória’. E Deus respondeu: ‘Diante de você farei passar toda a Minha bondade, e diante de você proclamarei o Meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem Eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem Eu quiser ter compaixão’” (Êx 33:18, 19, NVI). A glória de Deus é o Seu caráter.

A glória de Deus enche a Terra em um tempo de escuridão espiritual, quando Seu povo, maravilhado pelo Seu amor, transformado pela Sua graça e comprometido com Sua missão, revela ao mundo o caráter amoroso de Deus em sua vida e seu testemunho. O testemunho da vida altruísta do Seu povo e a proclamação da mensagem de Sua bondade, graça e verdade contrastam fortemente com o egoísmo, orgulho e mentiras do sistema deste mundo.

O apelo final de Deus

Um anjo desce do Céu com uma mensagem diretamente do trono de Deus, uma mensagem que chama Seu povo para sair da uma união político-religiosa apóstata chamada Babilônia. O apelo de Deus é: “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou morada de demônios” (Ap 18:2). Essa proclamação reflete a do segundo anjo, que também anunciou a queda de Babilônia (Ap 14:8). Apocalipse 18:4 é o último apelo de Deus a toda a humanidade. Ele apela urgentemente àqueles que são chamados pelo Seu nome: “Saiam dela, povo Meu, para que vocês não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam sobre vocês”. “O pecado é a transgressão da lei [de Deus]” (1Jo 3:4). Deus está chamando Seu povo para sair de toda igreja que transgride a lei. Por que Deus está chamando Seu povo para fora de Babilônia nesse momento? Apocalipse 18:5 nos diz: “Porque os pecados dela se acumularam até o Céu, e Deus Se lembrou das injustiças que ela praticou”. Babilônia encheu o cálice de sua iniquidade. Deus mantém um registro preciso dos pecados dos poderes terrenos e, quando os números atingem uma certa medida, Deus diz: “Basta!”

Foi exatamente isso que aconteceu nos dias de Noé. Deus enviou uma mensagem de salvação ao mundo antediluviano, mas quando seus pecados atingiram um certo nível, e depois que todas as pessoas na Terra tiveram a chance de se arrepender, as chuvas vieram. Vemos a mesma coisa novamente na destruição de Sodoma e Gomorra. Ló fez um apelo solene a seus filhos para que deixassem Sodoma com ele. Quando a contagem do pecado atingiu um limite, desceu fogo do Céu.

O mesmo aconteceu com a antiga Babilônia. Deus enviou mensagem após mensagem a Babilônia, chamando seus líderes e o povo ao arrependimento, mas quando essas mensagens foram rejeitadas, os medo-persas a invadiram. A misericórdia de Deus dura muito com Seus filhos rebeldes. Ele lhes dá todas as chances de se arrependerem. Ele envia Seu Espírito a cada coração. Ele dá advertências proféticas e faz apelos urgentes, mas dá liberdade de escolha a todos. A Babilônia espiritual, assim como sua contraparte antiga, endurece seu coração em rebelião.

As forças demoníacas por fim assumirão o controle total da Babilônia moderna e espiritual. Ela se tornará “morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito imundo” (Ap 18:2). O povo de Deus está cheio do Espírito Santo e, em contraste, a Babilônia está cheia dos espíritos dos demônios. Quando qualquer indivíduo ou organização religiosa se afasta conscientemente dos ensinamentos das Escrituras, eles ficam abertos a ilusões espirituais. A única maneira de evitar ser controlado por espíritos profanos é ser controlado pelo Espírito Santo.

Os enganos da Babilônia espiritual se tornam universais, pois todas as nações beberão o vinho de sua prostituição. O vinho representa as falsas doutrinas, como vimos na lição anterior. Aqueles que bebem o vinho de Babilônia ficam com seus pensamentos confusos. Eles confundem erro com verdade e concluem que verdade é erro. Observe atentamente as palavras de Apocalipse 18:3: “Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da Terra. Também os mercadores da Terra se enriqueceram à custa da sua luxúria”.

A prostituição é uma união ilícita. Existem três grupos que se unem nessa união ilícita, ou confederação do tempo do fim: Babilônia (todas as falsas religiões do mundo, incluindo o espiritismo, em aliança com o poder papal), os reis da Terra (poderes políticos/ do Estado) e os mercadores da Terra (forças econômicas). Falando sobre a união entre a igreja e o Estado que está por vir, Ellen G. White nos adverte de que, “quando o protestantismo estender os braços por sobre o abismo a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança os Estados Unidos forem induzidos a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram deles um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das ações sobrenaturais de Satanás e que o fim está próximo” (Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 5, p. 385). Deus enfrentará as “operações maravilhosas de Satanás” com a maior manifestação do poder do Céu desde o Pentecostes – o derramamento do Espírito Santo na chuva serôdia. A Terra resplandecerá com a glória de Deus. O evangelho será pregado até os confins do mundo por pessoas que serão testemunhas vivas de Seu poder transformador. Dezenas de milhares de homens e mulheres de coração honesto fugirão de Babilônia e se unirão aos seguidores de Cristo. Então, Jesus descerá em glória pelo corredor dos Céus e levará Seus filhos para o lar.

PARTE III – APLICAÇÃO À VIDA

Reflita: As duas coisas mais importantes da vida são conhecer Jesus e ajudar outros a conhecê-Lo. Colocando de outra forma, as duas coisas mais importantes na vida são estar pronto para a segunda vinda de Jesus e ajudar outros a estar prontos quando Ele vier. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais revelamos Sua glória ao mundo. Como João escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai [...]. Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1:14, 16). Refletir a glória de Deus é estar cheio do amor, da graça e do poder de Cristo. É viver para a glória do Seu nome e para a honra do Seu reino.

O hino “Nothing Between” (Nada Entre), expressa o anseio de todo coração convertido: “Nada entre a minha alma e o Salvador, nada do sonho ilusório deste mundo: eu renunciei a todo prazer pecaminoso – Jesus é meu! Não há nada entre nós (The Seventh-day Adventist Hymnal, [Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association, 1985], nº 322).

Peça aos alunos que reflitam durante a próxima semana sobre as perguntas abaixo:

  1. Existe alguma coisa que eu preferiria ter do que Jesus? Se sim, que “ídolo” é esse? O que ocupa o meu tempo? Como passo os meus momentos de lazer? O que consome os meus pensamentos mais íntimos?
  2. Minha vida prática reflete minha profissão de fé? Como minhas ações testificam do meu compromisso espiritual?
  3. Se Jesus viesse hoje, eu estaria pronto? Se não, por quê?
  4. Cristo tem o controle total da minha vida? Se não, o que está bloqueando minha entrega plena e o que posso, com a ajuda do Espírito Santo, fazer a respeito disso?

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O homem misterioso de bicicleta

Vera

Portugal | 17 de junho

Vera dava estudos bíblicos para um casal de idosos, Ana e Pedro, que não sabia ler nem escrever. O filho do casal, Benvendo, ajudava nos estudos bíblicos. Ele lia os versos da Bíblia em voz alta para eles e escrevia suas respostas.

Nenhum adventista do sétimo dia vivia na remota cidade de 100 pessoas no centro de Portugal. As pessoas da cidade eram simples e honestas, e nunca haviam viajado além da cidade mais próxima, que ficava a certa distância. Vera foi enviada para a cidade para trabalhar como missionária por um ano.

Ana e Pedro tinham mais de 70 anos. Algo neles chamou a atenção de Vera. Quando o estudo bíblico examinou o sábado, Ana prontamente aceitou o ensinamento bíblico de que o sábado é o sétimo dia da semana.

“Sim, sim, eu sei que isso é verdade”, disse ela.

Vera ficou surpresa. As pessoas na vila tendiam a se apegar às suas crenças. Mas Vera não disse nada.

Uma semana depois, o estudo bíblico voltou para o tema das carnes limpas e impuras de Levítico 11.

“Sim, sim, eu sei que é verdade”, disse Ana.

A surpresa de Vera aumentou. Ela não conseguiu ficar em silêncio.

“Como você sabe que isso é verdade?”, perguntou ela.

Ana explicou que mais de 60 anos antes, quando ela era jovem, um homem havia chegado à sua cidade de bicicleta em uma tarde de sábado.

O visitante se dirigiu à praça central da cidade e pregou para quem quisesse ouvir. Entre os que ouviram, estava o pai de Ana.

Ele ouviu e depois foi para casa verificar em sua própria Bíblia se o que o homem havia falado era verdade. Diferentemente de sua filha, ele sabia ler.

O homem na bicicleta veio sábado após sábado. O pai de Ana ouvia a cada sábado e comparava o que ouvia com o que sua Bíblia dizia. Ele viu que o homem pregava apenas verdades bíblicas. Ele disse à jovem Ana muitas vezes: “Agora, o sétimo dia é o sábado. Você sabe, não devemos comer carne imunda”.

Vera ficou maravilhada ao ouvir sobre o pregador adventista. Por causa da pregação do homem muitas décadas antes, Vera não precisava convencer Ana sobre nada na Bíblia. Ana sabia que o que estava ouvindo era a verdade, porque ela havia ouvido a mesma verdade de seu pai. Os estudos bíblicos com Vera simplesmente confirmavam as palavras de seu pai.

Vera ficou emocionada com a experiência. Ela sentiu como se Jesus estivesse lhe dizendo: “Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: ‘Um é o que semeia, outro é o que colhe’. Eu os enviei a colher o que vocês não semearam; outros trabalharam, e vocês aproveitaram o trabalho deles” (João 4:37, 38, NAA).

Vera conseguiu ver Ana e Pedro se batizarem por causa dos sermões pregados por um homem desconhecido muitos anos antes. O filho do casal, Benvendo, também se batizou.

Vera nunca se esqueceu de Ana e Pedro. Aqueles estudos bíblicos aconteceram no início de seu trabalho como missionária, e a experiência fortaleceu sua fé. Onde quer que trabalhe como missionária, ela não se preocupa em ver resultados imediatos. Seu trabalho é semear a semente e confiar os resultados a Deus.

“Estou ansiosa para encontrar o homem de bicicleta no Céu”, diz Vera.

“Eu vou dizer a ele: ‘Olhe, o trabalho que você fez não foi em vão. Veja as pessoas que foram batizadas por sua causa’.”

A educação, incluindo os estudos bíblicos em cidades não alcançadas, é uma das principais maneiras pelas quais a Igreja Adventista do Sétimo

Dia compartilha as boas-novas sobre a breve volta de Jesus em Portugal. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre, que será recolhida no próximo sábado, ajudará a expandir a educação adventista, abrindo uma escola de ensino fundamental em Setúbal, Portugal. Obrigado por planejar uma oferta generosa.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Lembre a todos que a oferta do décimo terceiro sábado será recolhida no próximo sábado. A oferta do décimo terceiro sábado ajudará diretamente cinco projetos em quatro países da Divisão Intereuropeia. Os projetos estão listados na página 3 e na contracapa. Você pode baixar um mapa de missão com os projetos no Facebook no bit.ly/fb-mq.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2023

Tema geral: As três mensagens do Apocalipse

Lição 12 – 10 a 17 de junho

O selo de Deus e a marca da besta – parte 2

 

Autor: Moisés Mattos

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

Introdução

Nesta semana continuamos o estudo da lição anterior aprofundando mais o contraste entre o selo de Deus e a marca da besta.

I – Características da besta

A besta é um poder político e religioso que lidera um sistema mundial de falsa adoração. A interpretação da profecia classificada como apocalíptica estabelece que uma besta ou um animal é símbolo de um reino (Dn 7). No caso da besta do mar de Apocalipse 13, estamos falando de um reino que mistura religião com controle político. O impressionante é perceber que esse animal, também identificado como o anticristo, surge a partir do cristianismo (1Jo 2:18, 19). Empoderado por Satanás, o verdadeiro iníquo, esse poder promove a apostasia. O apóstolo Paulo já antevia isso quando afirmou: “Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2:3).

Mas afinal, quem nominalmente é a besta?

II – Quem é a besta?

 

Estudando Daniel e Apocalipse, conclui-se que a besta (anticristo) tem sua origem no fim do Império Romano com o chifre pequeno (Dn 7:7, 8). Há uma sequência cronológica dentro das profecias de Daniel. A base de Daniel 2, com Babilônia (ouro), Media-Pérsia (prata), Grécia (bronze), Roma (ferro) e as divisões de Roma (ferro e barro), se desenvolve nos demais capítulos proféticos, como Daniel 7, 8 e 9. Daniel trabalha com o que convencionamos chamar de recapitulação. A profecia de um capítulo é a repetição de uma anterior, geralmente com o acréscimo de alguns detalhes. Um exemplo: os metais do capítulo 2 encontram a mesma aplicação com os animais do capítulo 7 de Daniel.

Se essa sequência deve ser seguida, então perguntamos: que poder vem após a divisão do Império Romano? Roma religiosa ou papal vem como um dos produtos da queda de Roma Imperial e entra no vácuo de poder deixado por ela a partir do ano 476 d.C.

Pouco tempo depois, em 538 d.C., o bispo de Roma foi proclamado o cabeça visível da Igreja, misturando poder religioso com política. A partir daí, ele cresceu além de sua paróquia e ampliou grandemente sua influência e jurisdição.

Outro detalhe: Apocalipse 13:5 estabelece um tempo de atuação decisiva da besta. Esse tempo seria de 42 meses ou 1.260 dias. Em profecia, temos 1.260 anos. Tal profecia combina com o tempo de supremacia do bispo de Roma, que passou a ser chamado de Papa. O cumprimento dessa profecia começou em 538 d.C. e foi até 1798 (quando o Papa foi aprisionado e começou o que se chama de ferida mortal de Apocalipse 13:3). Esse foi o tempo de Roma, que com sua influência e poderio efetuou mudanças na lei de Deus e, em determinados momentos, empreendeu perseguição aos guardadores dessa lei.

III – E qual é a marca da besta?

Essa não é uma marca literal; em vez disso, consiste em um sinal de aliança que identifica o portador como alguém leal ao poder representado pela besta. Ela está em oposição à marca ou selo de Deus. A marca indica não só a ação do indivíduo (simbolizado pela marca na mão), mas também o que o indivíduo acredita e pratica. Isso envolve um conjunto de crenças (simbolizado pela marca na testa).

Lendo Apocalipse 14:12, percebemos que a controvérsia envolve os mandamentos de Deus. Os marcados de Jesus obedecem, os da besta não. É aí que chegamos ao sinal visível entre Deus e Seu povo. Ele tem a ver com o sábado (Ez 20:12, 20; Ap 14:7). Na lição 8, estabelecemos a conexão entre o sábado e as três mensagens angélicas de Apocalipse, embora o sábado não apareça nominalmente no trecho. Porém, o conceito amplo do sábado está ali, mostrando a necessidade de se reconhecer e adorar o Criador, o que confirma a mensagem do anjo de Apocalipse 14:7.

Mas há argumentos no sentido contrário. O sábado não é o selo de Deus, dizem alguns. Geralmente, tomam como base a interpretação de Efésios 1:13, 14, em que o escritor bíblico afirma que o selamento é com o Espírito Santo. Resta, então, uma explicação baseada no contexto de Efésios.

Na verdade, estamos falando do mesmo selo. Só que no primeiro (o de Efésios), temos o início da jornada cristã, ocasião em que a pessoa recebe a marca interior. Observe o texto completo: “Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória.”

A palavra garantia (v. 14) é a tradução da palavra grega “arrabon”. E o que ela significa?

“Arrabon" era um pagamento inicial que garantia que viria o pagamento integral. Para Barclay, o que "Paulo está dizendo, portanto, é que o dom do Espirito Santo que Deus nos dá aqui e agora, é um sinal, uma garantia, um antegozo da vida que o cristão um dia viverá quando estiver na presença de Deus” (William Barclay, Palavras Chaves do Novo Testamento, p. 37).

Ser selado interiormente hoje com o Espírito Santo não anula o selamento no tempo do fim, mesmo porque o selo do fim, segundo Apocalipse 7, é um marco que define e protege os salvos. Pode-se dizer que o selo de Efésios 1:13 é interior e identifica o convertido, enquanto o de Apocalipse é exterior e identifica este mesmo convertido que reconhece a autoridade do Criador e O adora. Um não exclui o outro.

Conclusão

Em toda esta discussão sobre o selo de Deus versus selo da besta, há uma pergunta que sempre surge. Quem guarda o domingo (dia em oposição ao selo de Deus, que é o sábado) já está com a marca da besta?

A resposta é: não, pois ainda não existe uma lei que obrigue todos a observar o dia de repouso antibíblico. O texto de Ellen G. White no livro O Grande Conflito é esclarecedor: “Porém, quando a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido sobre a obrigatoriedade do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma estará honrando mais o papado do que a Deus. Estará prestando homenagem a Roma e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Estará adorando a besta e sua imagem” ([CPB, 2021], p. 377).

Ainda há tempo para tomar uma decisão.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Moisés Mattos é mestre em Teologia e pós-graduado em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há mais de 30 anos em diferentes funções. Atualmente exerce sua atividade como pastor na Igreja Central de São Carlos, SP, e produz os comentários da Lição da Escola Sabatina para o canal Classe de Professores, no YouTube. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires e Lucas.