Lição 2
03 a 09 de julho
Inquietos e rebeldes
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 106-110
Verso para memorizar: “Estas coisas aconteceram com eles para servir de exemplo e foram escritas como advertência a nós, para quem o fim dos tempos tem chegado” (1Co 10:11).
Leituras da semana: Nm 11:1-33; Nm 12:1-13; Nm 13:27-33; Nm 14:1-23; 1Co 10:1-11; Nm 14:39-45

Ao longo dos séculos, houve relatos de comportamentos estranhos de cães e outros animais domésticos antes de grandes terremotos. Cientistas já determinaram que os animais são capazes de detectar a primeira onda sísmica de um terremoto – a onda de pressão –, que chega antes da onda de tremor secundária. Isso provavelmente explique por que há relatos de animais com reações de confusão ou inquietação pouco antes de o solo começar a tremer. Alguns animais, como os elefantes, percebem ondas sonoras de baixa frequência e vibrações a partir de tremores de pequenas proporções, que o ser humano não consegue detectar.

Poucos minutos antes de o terremoto de magnitude 5,8 atingir a área de Washington, D.C., em 23 de agosto de 2011, alguns animais do zoológico nacional da Smithsonian Institution começaram a se comportar de maneira estranha. Entre eles estavam os lêmures, que começaram a gritar cerca de 15 minutos antes de o chão começar a tremer.

Nesta semana, veremos exemplos de uma estranha inquietação, provocada não por desastres naturais iminentes, como terremotos, mas pela pecaminosidade dos seres humanos que não se apoiaram no que Cristo oferece a todos os que vão a Ele em fé e obediência.



Domingo, 04 de julho
Ano Bíblico: Sl 111-118
Inquietos em um deserto

Os israelitas ficaram inquietos e infelizes quando partiram do Sinai para Canaã. Mais de um ano havia se passado desde que eles saíram do Egito (Nm 1:1). Estavam prontos para entrar na terra prometida. Foram contados e organizados. Testemunharam demonstrações da graça e sinais da presença de Deus. No entanto, mal partiram do Sinai, estavam reclamando.

1. Leia Números 11:1-15. Do que os israelitas reclamaram?

Os israelitas desejavam a carne, pepinos, melões, alhos silvestres, cebolas e alhos do Egito. “Quem nos dará carne para comer? Lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito. Que saudade dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos! Mas agora a nossa alma está seca, e não vemos nada a não ser este maná” (Nm 11:4-6). Eles também devem ter sofrido de memória seletiva severa ao se lembrarem da comida e se esquecerem da escravidão e da incrível miséria (compare com Êx 1).

Eles estavam sendo alimentados pelo maná havia mais de um ano; no entanto, queriam outra coisa. Até Moisés foi afetado. Liderar pessoas inquietas não é fácil. Mas Moisés sabia a quem recorrer. “Por que fizeste mal a Teu servo, e por que não achei favor aos Teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga de todo este povo?” (Nm 11:11).

2. Como Deus respondeu às reclamações? Nm 11:16-33

Deus não é indiferente às nossas inquietações. Ele deu codornizes para saciar a fome do povo. Mas o desejo real de Israel não era de carne. Quando estamos inquietos, o objeto da nossa ira é às vezes apenas o gatilho – não a causa do conflito. Lutamos porque há um problema mais profundo afetando nossos relacionamentos. Israel se rebelou contra a liderança de Deus, algo com que devemos ter cuidado, pois é mais fácil ter essa atitude do que pensamos.

Por que é tão fácil lembrar do passado como algo melhor do que realmente foi?


Segunda-feira, 05 de julho
Ano Bíblico: Sl 119
É contagioso

3. Leia Números 12:1-3. Por que Miriã e Arão estavam perturbados?

Aparentemente, Miriã e Arão estavam aborrecidos por causa da esposa cuxita de Moisés. Zípora era uma estrangeira, vinda de Midiã (Êx 3:1). Vemos assim que, mesmo entre a “elite” de Israel, a degradação da natureza humana se revela de maneira desagradável.

No entanto, o texto mostra que o aborrecimento dos irmãos era um pretexto. O foco da reclamação era o dom profético. Conforme relatado no capítulo anterior, Deus havia instruído Moisés a designar setenta anciãos de Israel que o ajudassem a levar o fardo da liderança (Nm 11:16, 17, 24, 25). Arão e Miriã também desempenhavam importantes funções de liderança (Êx 4:13-15; Mq 6:4), mas se sentiram ameaçados pelo desdobramento da nova liderança e disseram: “Será que o Senhor falou somente por meio de Moisés? Será que não falou também por meio de nós?” (Nm 12:2).

4. Como Deus respondeu a essa reclamação? Por que o Senhor foi tão severo? Nm 12:4-13

A resposta de Deus foi imediata e não deixou espaço para interpretação. O dom profético não era uma arma usada para exercer mais poder. Moisés era adequado para liderar porque havia aprendido que era extremamente dependente de Deus.

Miriã foi mencionada antes de Arão no verso 1. Isso sugere que ela pode ter instigado a investida contra Moisés. Arão já ministrava como sumo sacerdote. Se ele tivesse sido acometido de lepra, não poderia ter entrado no tabernáculo nem ministrar em favor do povo. O castigo a Miriã com uma lepra temporária comunicava o descontentamento divino com os dois irmãos. Esse castigo promoveu a necessária mudança de atitude. O apelo de Arão por Miriã confirma que ele também estava envolvido (Nm 12:11), e agora, em vez de críticas e inquietação, vemos Arão implorando por Miriã, e Moisés intercedendo por ela (Nm 12:11-13). Deus deseja ver essa mesma atitude em Seu povo. Ele ouviu e curou Miriã.

Embora seja fácil criticar a liderança da igreja, nossa igreja e nossa vida espiritual não seriam melhores se intercedêssemos em favor de nossos líderes, mesmo quando discordamos deles?


Terça-feira, 06 de julho
Ano Bíblico: Sl 120-134
Inquietação leva à rebelião

A história começa com um parecer positivo. Os israelitas tinham alcançado as fronteiras de Canaã, e doze espias foram enviados para explorar a terra. O relatório deles foi extraordinário!

5. Leia o relatório dos espias em Números 13:27-33. Em que ponto as expectativas dos israelitas foram frustradas?

Apesar da intervenção de Calebe, os duvidosos e céticos prevaleceram. Israel não partiu para a terra prometida. Preferiu chorar e murmurar em vez de marchar e clamar pela vitória.

Quando estamos inquietos, temos dificuldade de andar pela fé. A inquietação, entretanto, não afeta somente nossas emoções. Cientistas afirmam que há uma linha direta de causa e efeito entre pouco descanso (incluindo a privação de sono) e más escolhas, resultando em obesidade, vícios e mais inquietação e infelicidade.

6. Leia Números 14:1-10. O que aconteceu depois?

As coisas foram de mal a pior. O apelo de Calebe, “tão somente não sejam rebeldes contra o Senhor” (Nm 14:9), não foi atendido, e aquela assembleia se preparou para apedrejar seus líderes. A inquietação leva à rebelião, e a rebelião, no final das contas, leva à morte.

“Os espias infiéis denunciavam em alta voz Calebe e Josué, e levantou- se o clamor para os apedrejar. [...], quando subitamente as pedras caíram de suas mãos, um silêncio tomou conta de todos e tremeram de medo. Deus interveio para impedir seu desígnio assassino. A glória de Sua presença, como uma luz brilhante, iluminou o tabernáculo. Todo o povo viu o sinal do Senhor [...] e ninguém ousava prosseguir com a resistência. Os espias que trouxeram o relatório negativo agacharam-se tomados de terror e, com a respiração contida, procuraram suas tendas” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 390).

Quando lemos Números 14, parece que a cena foi paralisada, e podemos ouvir a conversa de Deus com Moisés. O Senhor reconheceu que, embora a intenção do povo fosse jogar pedras em Moisés, Calebe e Josué, em última análise, a rebelião era contra Deus.



Quarta-feira, 07 de julho
Ano Bíblico: Sl 135-139
Intercessor

7. Que oportunidade Deus ofereceu a Moisés diante da rebelião? Nm 14:11, 12

Deus Se ofereceu para destruir os israelitas e fazer, a partir de Moisés, uma nova nação.

8. Como Moisés reagiu a essa completa rebelião, levantada não simplesmente contra ele, mas contra Deus? Nm 14:13-19

É nesse momento que vemos o verdadeiro homem de Deus. A resposta de Moisés, congelada no tempo, antecipava o Intercessor que, mais de 1.400 anos depois, rogaria por Seus discípulos em suas aflições (Jo 17). De fato, muitos teólogos e estudiosos da Bíblia viram nessa ação de Moisés um exemplo do que Cristo faz por nós. A culpa do povo, que é nossa culpa, nem mesmo foi questionada. No entanto, Moisés implorou, dizendo: “Segundo a grandeza da Tua misericórdia” (Nm 14:19), por favor, perdoa essas pessoas. Assim como o Senhor fez naquela ocasião por causa da intercessão de Moisés, Ele faz por nós por causa de Jesus, por Sua morte, ressurreição e intercessão por nós.

Portanto, Moisés rogou: “Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da Tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui” (Nm 14:19). A graça combate a rebelião e a inquietação em sua essência. O perdão oferece novos começos.

No entanto, existem custos. A graça nunca pode ser barata. Embora perdoado, o povo enfrentaria as consequências de sua rebelião, e aquela geração não entraria na terra prometida (Nm 14:20-23).

Deus os sustentaria por mais 38 anos no deserto. Ele os alimentaria. Falaria com eles do santuário. Estaria ao lado deles no deserto. Mas eles morreriam, e uma nova geração teria que pegar o bastão e encontrar descanso na terra prometida.

Parece juízo; no entanto, é graça. Como aquela geração seria capaz de conquistar as poderosas cidades-estados de Canaã se ainda não tinham aprendido a confiar no Senhor? Como seriam uma luz para as nações quando eles mesmos tropeçavam na escuridão?

Quais lições difíceis você aprendeu sobre as consequências do pecado perdoado?


Quinta-feira, 08 de julho
Ano Bíblico: Sl 140-144
Fé versus presunção

9. Quais semelhanças você vê nas peregrinações de Israel pelo deserto e a experiência do povo de Deus vivendo pouco antes da segunda vinda de Jesus? 1Co 10:1-11

Ao longo da história, o povo de Deus tem vagado pelo deserto em busca da terra prometida. Esse deserto tem muitas faces. No momento, parece uma enxurrada de mídias sem fim, bipes constantes de mensagens que chegam e o profundo zunido de entretenimento interminável. Esse deserto tenta nos vender pornografia como amor e materialismo como resposta aos nossos problemas. Se pudéssemos estar um pouco mais em forma, ser um pouco mais jovens, um pouco mais ricos, um pouco mais sensuais – isso resolveria todos os nossos problemas.

Como os israelitas, estamos inquietos em nossa busca pela paz, e com frequência a procuramos nos lugares errados.

10. Como os israelitas reagiram ao juízo de Deus em Números 14:39-45?

A reação de Israel ao juízo divino foi típica. “Pecamos”, disseram eles. “Aqui estamos e subiremos ao lugar que o Senhor nos prometeu” (Nm 14:40).

O compromisso sem convicção é como uma vacina mal administrada – não funciona. Hoje, os médicos recomendam a vacinação contra a hepatite B logo após o nascimento, nas primeiras 24 horas de vida. Esse é um bom começo. No entanto, após a primeira injeção, se não houver duas ou três doses de reforço administradas no momento certo e na dosagem correta, não haverá nenhuma proteção contra a hepatite B.

A rebelde reviravolta de Israel, relatada nos últimos versos de Números 14, resultou em morte e decepção, já que os israelitas se recusavam a aceitar as novas instruções de Deus e obstinadamente lançaram um ataque sem a arca da aliança e sem a liderança de Moisés.

A presunção custa caro, pois leva à morte. Às vezes, a presunção é alimentada pelo medo. Em virtude de temermos algo, tomamos decisões das quais nos arrependemos mais tarde.

Pense em uma ocasião em que você agiu pela fé e em uma situação em que agiu com base na presunção. Qual foi a diferença crucial?


Sexta-feira, 09 de julho
Ano Bíblico: Sl 145-150
Estudo adicional

“Pareciam ter se arrependido com sinceridade, mas estavam mais tristes pelo resultado de sua má conduta do que pela ingratidão e desobediência que haviam demonstrado. Quando viram que o Senhor não mudou a sentença que tinha dado, seu espírito rebelde se revelou novamente e disseram que não voltariam mais para o deserto. Ao ordenar que se retirassem da terra de seus inimigos, Deus estava testando a aparente submissão do povo e provou que ela não era real. Os israelitas sabiam ter pecado gravemente, consentindo que seus sentimentos temerários os dominassem e procurando matar os espias que insistiam com eles para que obedecessem a Deus; mas estavam aterrorizados apenas por perceber que tinham cometido um erro terrível, cujas consequências seriam desastrosas para eles. Seu coração não estava mudado; eles precisavam somente de um pretexto para dar início a outra rebelião semelhante. E esse pretexto surgiu quando Moisés, pela autoridade de Deus, ordenou-lhes que voltassem ao deserto” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 391).

“Presunção, a falsificação da fé, é produzida por Satanás. A fé reivindica as promessas de Deus e produz frutos de obediência. A presunção também reivindica as promessas, mas as usa como fez Satanás: para justificar a transgressão. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus e a obedecer Seus mandamentos. A presunção os levou a transgredir Sua lei, crendo que Seu grande amor os salvaria da consequência de seu pecado. Reivindicar a aprovação do Céu sem cumprir as condições pelas quais a misericórdia é concedida não é fé. A verdadeira fé se fundamenta nas promessas e providências das Escrituras” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 126).

Perguntas para consideração

1. Por que a conquista de Canaã no primeiro momento teria sido um ato de fé e depois, quando os israelitas a atacaram, foi vista como ato presunçoso? A questão era a motivação?

2. Embora o pecado possa ser perdoado, convivemos com as consequências dele. Como ajudar os que lutam com a culpa de pecados que ainda os afetam, bem como seus queridos?

Respostas e atividades da semana: 1. Da falta da comida do Egito. Não estavam satisfeitos com o maná. 2. Mandou codornizes. 3. Por ciúme da mulher cuxita de Moisés e por causa da liderança dele. 4. Repreendeu os dois. Miriã ficou leprosa. 5. Quando os espias falaram da grande estatura do povo que habitava em Canaã. 6. O povo murmurou e quis buscar um líder que os levasse de volta ao Egito. Josué e Calebe apresentaram as qualidades da terra e incentivaram o povo a crer no Senhor quanto à conquista da terra. No entanto, o povo quis apedrejá-los. Então, a ira do Senhor se acendeu contra o povo. 7. Comente com a classe. 8. Intercedeu pelo povo. 9. Incredulidade, imoralidade, murmuração e cobiça. 10. Com tristeza e precipitação.



Resumo da Lição 2
Inquietos e rebeldes

ESBOÇO

A lição desta semana, “Inquietos e rebeldes”, focaliza a relação entre a pecaminosidade da natureza humana decaída e a falta de paz interior. A inquietação é aquele descontentamento persistente com a vida, quando as pessoas lutam contra circunstâncias que não estão de acordo com suas expectativas e falham tragicamente em aceitar quaisquer outros termos que não os seus. Os inquietos não se satisfazem com o que possuem e buscam mais.

Esse descontentamento foi revelado na atitude rebelde dos israelitas no deserto. Deus graciosamente lhes deu o maná para saciar a fome enquanto vagavam a caminho de Canaã. Insatisfeitos, reclamaram com Moisés e imploraram pelas “panelas de carne” do Egito (Êx 16:3). A inquietação e a rebeldia deles os levaram a implorar para voltar ao cativeiro. A rebeldia leva à inquietação, e a inquietação leva a mais rebeldia.

Essas irmãs gêmeas, a inquietação e a rebeldia, resultam, em geral, da falta de fé. Na lição desta semana, consideraremos a experiência dos 10 espias que analisaram a terra prometida. Eles viram a incrível riqueza da região, reconheceram-na como uma terra que manava leite e mel, mas não tiveram fé para acreditar que Deus poderia derrotar os inimigos que a ocupavam. Essa falta de fé explodiu em franca rebelião. Então, quando Deus expôs as consequências de sua rebeldia, eles se mobilizaram rapidamente para a batalha, contrariando as instruções divinas, e sofreram uma derrota terrível. Nesta lição também consideraremos atentamente a diferença entre fé e presunção.

Inquietação e rebeldia levam a decisões precipitadas e consequências terríveis. Encontramos isso também na experiência de Arão e Miriã, que se rebelaram contra a autoridade divina na liderança de Moisés. Em vez de permitir que esses dois líderes sofressem o impacto total das consequências de sua rebelião, Moisés intercedeu por eles. Deus ouviu suas orações. A intercessão faz uma grande diferença na controvérsia entre o bem e o mal.

COMENTÁRIO

Há uma história fascinante sobre um rei dedicado que ficou perturbado com a ingratidão de sua Corte. Teve a ideia de preparar um grande banquete para todos. Quando o rei e seus convidados estavam assentados (com os assentos dispostos em ordem prévia), um mendigo arrastou-se para o salão, sentou-se à mesa, fartou-se da comida e, sem dizer uma palavra, saiu da sala. Os convidados ficaram furiosos e pediram permissão para agarrar o miserável e arrancar seus membros por causa de sua ingratidão. O rei respondeu: “Esse mendigo fez uma única vez a um rei terrestre o que cada um de vocês faz três vezes por dia a Deus. Vocês se sentam à mesa e comem até ficarem satisfeitos e depois vão embora sem reconhecer a Deus ou expressar uma palavra de agradecimento a Ele”.

Esse foi precisamente o problema de Israel. A ingratidão está no centro da lição desta semana. Quando esquecemos o que Deus fez por nós no passado, faz por nós no presente e fará por nós no futuro, o resultado natural é o descontentamento. Em uma declaração notável, Ellen G. White fala diretamente sobre o problema de esquecer as bênçãos divinas em nossa vida:

Esqueceram-se de sua amarga servidão no Egito. Perderam de vista a bondade e o poder de Deus, manifestados em favor deles, em seu livramento do cativeiro. Não se lembraram de como seus filhos foram poupados quando o anjo destruidor matou todos os primogênitos do Egito. Deixaram cair no esquecimento a grande demonstração do poder divino no Mar Vermelho. Esqueceram-se de que, enquanto atravessaram sem perigo pelo caminho que lhes havia sido aberto, os exércitos de seus inimigos foram submersos nas águas do mar, ao tentar persegui-los. Viam e sentiam apenas seus incômodos e provações presentes; e, em vez de dizerem: ‘Deus fez grandes coisas por nós; éramos escravos, mas Ele está fazendo de nós uma grande nação’, falavam somente das dificuldades que encontravam na viagem e ficavam pensando em quando terminaria sua cansativa peregrinação” (Patriarcas e Profetas, p. 293, ênfase acrescentada).

Ingratidão denota imaturidade espiritual. Você já percebeu como os bebês têm memória muito curta? Eles querem que suas necessidades sejam atendidas de imediato, não têm muita paciência e não se lembram de como seus pais supriram suas necessidades ontem nem têm confiança de que as suprirão amanhã. Vivem para o presente. Os israelitas eram, de certa forma, como crianças imaturas. Eles queriam que suas necessidades fossem satisfeitas imediatamente e esqueceram o que Deus havia feito por eles no passado.

Vagando no deserto árido, atravessando as areias escaldantes, serpenteando por estreitas gargantas de montanha e cruzando territórios irregulares e acidentados, os israelitas exaustos e cansados pensavam apenas em suas necessidades imediatas. Esqueciam-se da abundância das bênçãos divinas e careciam de maturidade espiritual. A ingratidão sempre leva à inquietação. O descontentamento aumenta quando não somos gratos e é, em grande parte, causado pela falta de fé. Quando Moisés se casou com Zípora, uma estrangeira de Midiã, Miriã e Arão ficaram descontentes. Falharam em confiar na orientação divina. Quando Deus forneceu maná no deserto, muitos dos israelitas ficaram descontentes e quiseram voltar para o Egito. Ficamos inquietos quando perdemos o foco. O salmista Davi nos incentiva: “Não se esqueça de nem um só de seus benefícios” (Sl 103:2). Manter a bondade de Deus em mente traz paz ao coração. Todos os dias, durante 40 anos em suas peregrinações pelo deserto, os israelitas tiveram a oportunidade de se alegrar na bondade divina quando o maná caía.

Maná: um símbolo do Pão da Vida

O maná no deserto foi uma poderosa demonstração do cuidado divino constante. Foi também uma lembrança do Messias que viria para satisfazer a fome espiritual e dar verdadeiro descanso. Os profetas judeus viam, na imagem do pão, um símbolo do Messias vindouro, que atenderia a todas as necessidades de Israel. O profeta Isaías declarou: “Ah! Todos vocês que têm sede, venham às águas; e vocês que não têm dinheiro, venham, comprem e comam! [...] Por que vocês gastam o dinheiro naquilo que não é pão, e o seu suor, naquilo que não satisfaz? Ouçam com atenção o que eu digo, comam o que é bom e vocês irão saborear comidas deliciosas” (Is 55:1, 2). Nessa passagem, o pão é obviamente um símbolo de alimento espiritual que satisfaz a alma. Depois de alimentar as 5.000 pessoas em uma colina na Galileia, em um milagre que lembrava Israel sendo divinamente alimentado pelo maná, Jesus declarou: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente” (Jo 6:51). O maná que caía diariamente no deserto para satisfazer às necessidades físicas do povo de Deus tinha uma mensagem mais profunda. Assim como o Senhor saciou a fome física, Ele saciaria a fome da alma. Ele ansiava lhes dar descanso mental e físico, sob a condição de que, pela fé, eles confiassem nas provisões divinas para suprir as necessidades deles. Mas falharam em apreciar as bênçãos do Céu, e seus espíritos inquietos os levaram a se rebelar contra os planos divinos para sua vida.

O relato das peregrinações de Israel no deserto é uma história clássica de ingratidão, descontentamento e falta de fé, que resultam em inquietação, ansiedade paralisante e preocupação excessiva. Existem exceções. Às vezes, o sofrimento emocional profundo decorre de uma condição física ou mental e requer uma solução médica, mas na maioria das vezes, como no caso de Israel, é a falta de fé que traz inquietação e ansiedade.

Dez espias: inquietação e presunção

Certamente a falta de fé foi o problema dos espias que Moisés enviou à terra de Israel. Sua análise investigativa deveria ser completa. Os exércitos de ataque de Israel deviam ser totalmente informados. Um relatório positivo os impulsionaria a uma conquista corajosa. Eles seguiram as instruções de Moisés com cuidado, foram fiéis em sua missão, exploraram a terra por 40 dias e depois voltaram para casa. O relatório foi brilhante. Contaram com entusiasmo sobre uma terra que era rica e fértil, com safras abundantes. Mas então a ansiedade terrível fez com que eles vissem gigantes na terra, fortalezas impenetráveis e enormes exércitos inimigos. Eles estavam inquietos e não tinham fé para acreditar que Deus poderia livrá-los. Ficaram tão frustrados que ameaçaram apedrejar os dois espias, Calebe e Josué, que trouxeram um relatório positivo sobre suas chances de conquista. Finalmente, em um ato precipitado, depois que Deus os proibiu de seguir em frente, correram para a batalha e sofreram uma derrota esmagadora.

A fé os teria levado adiante, dando-lhes confiança em Deus para a vitória. A presunção os levou à frente, fazendo com que confiassem em suas próprias habilidades para cumprir a tarefa, e foram totalmente derrotados. A fé confia em Deus, apega-se à Sua palavra e avança para a vitória. A presunção confia no impulso humano, substitui a fé pelos sentimentos e julgamentos humanos e avança para a derrota.

Moisés: intercessão

Uma das principais ênfases desta lição é a intercessão de Moisés pelos israelitas. Apesar da rebelião inquieta deles, Moisés não os abandonou. Ele intercedeu em favor deles até ter a certeza de que Deus pouparia Seu povo e, por fim, o conduziria à terra prometida. Moisés é um tipo de Cristo. Jesus nos conduz da escravidão do Egito deste mundo pelo deserto até a terra prometida. Ele nunca vai nos abandonar. Ele não nos rejeitará por falharmos com Ele. Hoje Ele intercede por nós. Estamos nos pensamentos e no coração do Senhor. Se permitirmos, nosso poderoso Intercessor nos levará para casa a fim de vivermos com Ele eternamente.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Ellen G. White faz este comentário profundo, que revela a causa subjacente de todo descontentamento e ingratidão: “Fazemos bem em ser assim duvidosos? Por que deveríamos ser ingratos e desconfiados? Jesus é nosso Amigo; todo o Céu se interessa em nosso bem-estar; e nossa ansiedade e temor entristecem ao Espírito Santo de Deus. Não devemos condescender com cuidados que apenas nos impacientem e fatiguem, mas não nos auxiliam a suportar as provações. Nenhum lugar deve ser dado à desconfiança para com Deus, a qual nos leva a fazer dos preparativos para as futuras necessidades a principal preocupação da vida, como se nossa felicidade consistisse nessas coisas terrestres. Não é vontade de Deus que Seu povo se sobrecarregue de cuidados” (Patriarcas e Profetas, p. 294). O apóstolo Pedro nos convida a lançar “sobre Ele todas as [nossas] ansiedades, porque Ele cuida de [nós]” (1Pe 5:7).

Como podemos aprender a confiar verdadeiramente em Deus e em Suas promessas, além de agir pela fé de acordo com elas? Compartilhe exemplos das experiências em que você agiu de acordo com as promessas divinas.


Sou Jodi Optiz. Meu esposo, Derek, e eu estávamos viajando por três horas até a Escola Adventista Indígena de Holbrook, situada em Phoenix, Arizona. Trabalho como secretária e assistente administrativa; e Derek, como auxiliar de manutenção. Naquela tarde de sábado, eu dirigia nosso Jeep e Derek cochilava no banco de passageiros.

Estávamos atrasados para chegar à igreja de Phoenix, a fim de ouvir o sermão do sábado a tarde. Porém, antes, precisávamos buscar minha m.e na casa dela. Chovia muito durante a viagem. A estrada molhada passava por muitas cadeias de montanhas, e atravessei por muitas curvas sinuosas. Ainda assim, pisava no acelerador. Vários carros passavam acelerados ao nosso lado.

Aproximadamente na metade da viagem, nosso veículo começou a dar hidroplanagem. Em alguns segundos, o Jeep girou 180 graus e bateu em uma coluna de lama ao lado da estrada. Em seguida, rodopiou no lado de Derek, deslizou para trás na estrada e parou 75 metros após o ponto inicial do impacto. De alguma forma, o Jeep parou em pé.

Derek e eu ficamos completamente chocados. Derek tentou abrir a porta, mas ela não se moveu, porque estava presa na estrutura do carro. Em seguida, ele sentiu um cheiro de fumaça. Temendo que o carro incendiasse, exclamou: “Precisamos sair daqui!”

Naquele momento, minha porta abriu. “Você está bem?”, perguntou a senhora que abriu a porta do carro. Ela havia testemunhado todo o acidente e parou para ajudar. Alguns minutos depois, uma pequena multidão aproximou do veículo, perguntando se já havíamos chamado o caminhão do guincho. Quando estávamos prestes a responder que não, um guincho parou à nossa frente. O motorista, que era o proprietário da empresa do guincho, estava vindo de uma consulta com o dentista.

“Posso ajudar?”, ele perguntou. Então, sem que chamássemos a polícia, um policial surgiu para direcionar o fluxo do tráfego que passava por nós. Essa ajuda foi muito necessária porque nosso veículo estava localizado em uma curva na ladeira e não tinha muita visibilidade para quem aproximava.

Em poucos minutos, o Jeep estava no caminhão de guincho e pronto para ir. Analisamos os danos: havia duas rodas funcionando, o capô e teto intactos. Todo o resto estava quebrado. O veículo foi avariado.

Derek e eu nos acomodamos no caminhão, tentando juntar as peças do que havia acontecido. Pretendíamos levar um amigo conosco até Phoenix, mas o plano não deu certo. Normalmente, levávamos nossa cadela, mas ela não nos acompanhou naquela tarde. No lado oposto da estrada, distante da colina de barro na qual inicialmente colidimos, havia um despenhadeiro. Derek e eu sobrevivemos ao acidente com alguns cortes, músculos doloridos e alguns hematomas.

Como foi possível não atingirmos outros carros? Como terminamos no lado certo? Porque não batemos na grade de proteção e mergulhamos em uma queda de 30 metros? A única resposta possível é que Deus poupou nossa vida. Ele cuidou de tudo, antes mesmo de começarmos a nossa jornada. Em seguida, soubemos que, naquele dia, três amigos e familiares foram impressionados a orar por nós. Deus respondeu àquelas orações. Menos de uma hora do acidente, amigos da escola de Holbrook nos buscaram e nos levaram para casa.

O Salmo 94:22 diz: “Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio.” Deus tem nos protegido muitas vezes na Escola Adventista. Somos verdadeiramente agradecidos a Ele por Sua constante vigilância sobre nós.

Agradecemos pelas ofertas generosas que foram doadas há três anos e ajudaram a dar início a um novo ginásio e um centro de saúde chamado “Centro New Life” (Centro Vida Nova) na Escola Adventista Indígena de Holbrook. Neste trimestre, as ofertas ajudarão a finalizar a segunda fase do centro, permitindo a escola atuar no tratamento contra a obesidade, doenças coronárias, diabete, depressão e suicídio entre crianças e jovens nativos americanos.

Informações adicionais

• Peça que uma jovem apresente esta história na primeira pessoa.

• Faça o download das fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

• Para outras notícias missionárias e informações sobre a Divisão Norte Americana acesse: bit.ly/NAD-2021. Jodi contou sua história missionária para “ajudar jovens e adultos a colocarem Deus em primeiro lugar e exemplificar uma cosmovisão bíblica”. Esse é o objetivo espiritual n. 7 do plano estratégico da Igreja Adventista do S.timo Dia “I will Go”.

Conheça mais sobre esse projeto no IWillGo2020.org.

 


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2021

Tema Geral: Descanso em Cristo

Lição 2 – Inquietos e rebeldes

3 a 9 de julho

Autor: Weverton Castro

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

Introdução

A jornada do povo de Israel do Egito para Canaã contém muitas lições preciosas para o povo de Deus que está na jornada deste mundo para a Canaã celestial. Por causa de sua imparcialidade, a Bíblia não ocultou os fracassos de seus personagens. Dessa forma, ao analisarmos os momentos de derrota do povo de Deus, podemos aprender por contraste, ou seja, os erros nos ensinam o que não devemos fazer.

Dentre os erros cometidos pelo povo de Israel destaca-se o sentimento de insatisfação, mesmo diante de todas as bênçãos recebidas de Deus. Ao longo de sua jornada do Egito a Canaã é possível enxergar que, embora eles tivessem saído do Egito, o Egito não havia saído deles. A exemplo da esposa de Ló, a maioria olhava para trás, sem sentir gratidão pelo futuro apontado por Deus.

1. Insatisfeitos

O povo de Israel tinha como líder um homem manso e humilde, contemplou enormes milagres, recebeu revelações diretas de Deus, porém, mesmo com todos esses benefícios, nunca estava satisfeito. Sempre achavam defeito em algo ou em alguém. Sempre tinham um motivo para reclamar.

Em Êxodo 14, lemos o relato do grande milagre de Deus ao abrir o Mar Vermelho diante do povo de Israel, mostrando que Ele tinha poder sobre as águas. Porém, poucos dias depois, quando chegaram ao deserto de Sim, o povo começou a reclamar, como que se esquecendo do poder do Deus que os havia resgatado. No capítulo 17 lemos: “Tendo partido toda a congregação dos filhos de Israel do deserto de Sim, fazendo suas paradas, segundo o mandamento do Senhor, acamparam-se em Refidim; e não havia ali água para o povo beber. Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor? Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos? Então, clamou Moisés ao Senhor: Que farei a este povo? Só lhe resta apedrejar-me” (Êx 17:1-4, ARA).

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo usa o exemplo do povo de Israel como alerta para o atual povo de Deus. Em 1 Coríntios 10, ele aponta para o pecado da murmuração como um dos principais erros que levou a nação à destruição: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1Co 10:10, 11, ARA).

Diante do exemplo negativo, Paulo apontou para um segredo, a confiança de que Deus não permitirá que vivamos situações cujas provações sejam maiores que as nossas forças: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13, ARA).

Assim, a insatisfação e a murmuração são sintomas da falta de fé na providência de Deus. A verdadeira confiança no Criador desenvolve um sentimento de contentamento mesmo em meio ao sofrimento. Afinal, o Senhor do Universo nunca abandonará Seus filhos no meio da tempestade.

2. A bênção do não de Deus

Em 2003, foi lançado um interessante filme, “Todo Poderoso”, dirigido por Tom Shadyac e estrelado por Jim Carrey. A trama apresenta um homem que, por um período, ficou com os poderes de Deus. Em certo momento, incomodado com tantas vozes em sua cabeça, as quais vinham das orações, ele decidiu dizer sim para tudo. Porém, o filme retratou o caos que veio após tal decisão. No fim, todos perceberam que nem sempre o que pedimos é o melhor para nós, ou para a sociedade.

Em Números 11, Deus respondeu à oração do povo que desejava comer carne em vez do maná celestial. Porém, o texto revela que o pedido do povo não foi bom, tanto é que, logo após o banquete, seguiu-se uma terrível praga. Essa cena nos lembra de que nem sempre a melhor resposta para o que pedimos é o sim. Muitas vezes, o não de Deus é a bênção de que precisamos.

Vale lembrar que Deus sempre responde às nossas orações. Porém, às vezes Ele diz “sim”, outras vezes diz “não” e outras vezes pode dizer “espere”. E o que aprendemos do estudo da Bíblia é que, tanto o “sim”, quanto o “não” ou o “espere” de Deus são bênçãos para a nossa vida.

3. O perigo da projeção

Projeção é um termo usado na Psicologia para a tendência de enxergar nos outros defeitos que estão em nós. Tal princípio pode ser visto no caso dos espias enviados por Moisés, conforme registrado em Números 13. Dos doze espias enviados, dez trouxeram um relatório negativo. Eles reclamaram da terra, supervalorizaram os inimigos, e no fim do discurso, declararam: “Éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles” (Nm 13:33).

Perceba que eles disseram como as pessoas os viam. Segundo eles, os inimigos os olhavam como insetos, pequenos e frágeis. Porém, a incoerência é que muitos anos depois, não mais Moisés, mas Josué enviou novamente espias para ver a terra de Canaã. E ao conversar com uma mulher que era do povo inimigo, ela deu um relato totalmente contrário ao que os primeiros espias haviam dito. Raabe declarou: “Bem sei que o Senhor deu esta terra a vocês, e que o pavor que vocês estão causando caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão se derretendo de medo. Porque ouvimos que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vocês, quando saíram do Egito. Também ouvimos o que vocês fizeram com os dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam do outro lado do Jordão, os quais vocês destruíram. Quando ouvimos isso, o nosso coração se derreteu, todos ficamos desanimados, por causa da presença de vocês. Porque o Senhor, o Deus de vocês, é Deus em cima nos Céus e embaixo na Terra” (Js 2:9-11).

O que percebemos é que os inimigos, na verdade, não viam o povo de Israel como inferiores. Eles tinham medo, pois sabiam qual era o Deus que estava com eles. Esse é um triste exemplo de como nos enganamos ao achar que temos certeza do que os outros estão pensando de nós.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Weverton de Paula Castro é pastor e professor de Teologia no Seminário Adventista da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA). Ele é casado com a enfermeira Jozy Anne e é pai do pequeno André, nascido no início de 2021. Graduado em Teologia e Filosofia, tem mestrado intracorpus em Interpretação Bíblica (FADBA) e em Ciências da Religião (UEPA). Atualmente é doutorando em Educação Religiosa (Andrews University).