A sexta praga provocará o secamento simbólico do rio Eufrates, à medida que o mundo desiludido retirar seu apoio popular à Babilônia do tempo do fim. A destruição de seu poder será precedida por extensivas ações demoníacas que falsificarão a obra de Deus (Ap 16:13, 14). A atuação demoníaca será bem-sucedida em unir os ímpios na preparação para a batalha do Armagedom.
No início da batalha final, ocorrerá um grande terremoto como parte da sétima praga. O terremoto destruirá a unidade de Babilônia e a dividirá em três partes (Ap 16:18, 19). A Babilônia do tempo do fim foi descrita como uma cidade, significando a breve união dos poderes políticos e religiosos do mundo em oposição ao povo de Deus. Essa unidade será destruída, causando a ruína da Babilônia do tempo do fim.
Em Apocalipse 16:19, anuncia-se apenas o colapso político da Babilônia do tempo do fim. Os capítulos 17 e 18 revelam como essa queda ocorrerá. Antes de descrever a ruína da Babilônia do tempo do fim e os motivos de sua queda (Ap 17:12–18:24), em Apocalipse 17, descreve-se esse sistema religioso, dessa vez em termos de uma prostituta montada em uma besta escarlate. Em associação com suas filhas, a meretriz Babilônia seduz o mundo contra Deus (Ap 17:1-11).
1. Leia Apocalipse 17:1. Jeremias 51:13 revelou que as “muitas águas” sobre as quais Babilônia está sentada são o rio Eufrates. De acordo com Apocalipse 17:15, o que as “muitas águas” simbolizam? Complete as lacunas:
“As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são ____________, multidões, ________________ e _________________” (Ap 17:15).
Na Bíblia, “mulher” é um símbolo para o povo de Deus. Em Apocalipse, a verdadeira igreja de Deus é retratada como uma mulher pura
(Ap 12:1; 22:17). Portanto, uma “prostituta” representa uma igreja falsa e apóstata. Em Apocalipse 17:5, essa prostituta é identificada como Babilônia, a Grande. Assim como a Babilônia antiga dependia do rio Eufrates para sua subsistência, a Babilônia do tempo do fim dependerá do apoio das massas para impor seus planos.
2. Leia Apocalipse 14:8; 17:2; 18:2, 3. Quais são os dois grupos envolvidos em uma relação ilícita com a Babilônia do tempo do fim, sendo seduzidos por ela? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Os reis e habitantes da Terra.
B. ( ) Os salvos e ímpios ressuscitados.
O primeiro grupo são os reis da Terra, os poderes políticos governantes. Eles são retratados em uma relação adúltera com a prostituta Babilônia. No Antigo Testamento, a expressão “prostituição” é usada frequentemente para descrever como o Israel apóstata se afastou de Deus e se voltou para as falsas religiões (Is 1:21; Jr 3:1-10). A relação adúltera entre os reis da Terra e a prostituta simboliza uma união ilícita entre a Babilônia do tempo do fim e os poderes políticos governantes, uma união entre Igreja e Estado.
O segundo grupo em uma relação ilícita com a prostituta Babilônia são os habitantes da Terra, o povo governado. Eles se embebedam com o vinho da prostituição de Babilônia. Em contraste com os poderes políticos governantes, a população em geral é intoxicada pelas práticas e ensinamentos falsos de Babilônia, sendo enganada a pensar que ela pode protegê-los. Quando as pessoas estão embriagadas, elas não pensam com clareza e são facilmente controladas (veja Is 28:7). O mundo inteiro será desviado por Babilônia, com exceção de um remanescente fiel.
3. Leia Apocalipse 17:1, 3. Por que os símbolos “água” e “besta” descrevem adequadamente os apoiadores de Babilônia?_______________________________________________________________________________________________
Ao ser levado em visão para o deserto, João viu uma mulher montada em uma besta escarlate. Enquanto a prostituta representa uma entidade religiosa, a besta simboliza um poder político. A imagem da religião dominando os poderes seculares e políticos indica duas entidades separadas, algo que não era o caso no passado, quando a religião e a política estavam integradas. Contudo, a profecia revela que essas duas entidades se unirão no tempo do fim. O conceito de montar em uma besta indica domínio; como aquela que está montada na besta, esse sistema religioso do tempo do fim dominará os poderes seculares e políticos.
4. Quais características da prostituta apontam para o dragão, para a besta do mar e para a besta que emerge da Terra, em Apocalipse 12 e 13?_______________________________________________________________________________________________
A prostituta foi retratada de maneira extravagante, vestida de púrpura e escarlate, e adornada com ornamentos de ouro, pedras preciosas e pérolas. O ato de se adornar era uma prática das prostitutas na Antiguidade para aumentar seu poder de sedução (Jr 4:30). Como a cor do sangue, a escarlate corresponde ao caráter opressor desse sistema religioso.
O vestido da prostituta falsifica as vestes do sumo sacerdote no Antigo Testamento, que incluíam as cores púrpura, escarlate e ouro (Êx 28:5, 6). A inscrição blasfema na testa da prostituta substitui a inscrição “SANTIDADE AO SENHOR” na mitra do sumo sacerdote (Êx 28:36-38). O cálice em sua mão nos lembra os utensílios do santuário, nos quais o rei Belsazar e seus convidados beberam vinho (Dn 5:2-4). O cálice na mão da prostituta utiliza a aparência da verdade para esconder o vinho, as falsidades do sistema religioso de Satanás no fim dos tempos, a fim de seduzir o mundo para longe de Deus.
Além disso, a prostituta Babilônia foi descrita como embriagada com o sangue dos santos e dos mártires que morreram como resultado de seu testemunho. Esses crimes de sangue ligam a Babilônia do tempo do fim ao cristianismo apóstata medieval, liderado pelo papado e responsável pela morte de milhões de cristãos fiéis ao evangelho.
Em Apocalipse 17:3, a besta escarlate é descrita em termos semelhantes aos da besta do mar do capítulo 13, que fez guerra contra o povo de Deus e o venceu (Ap 13:5-7). Esse período de perseguição levou a mulher pura a fugir para o deserto durante o tempo profético dos 1.260 dias/anos, de 538 d.C. a 1798 d.C. (Ap 12:13, 14). Embora vivam em uma era de ecumenismo, os protestantes ainda fariam bem em lembrar a terrível perseguição do passado, pois, de acordo com a profecia, algo semelhante, porém pior, acontecerá novamente.
5. Leia Apocalipse 17:8. Compare o estilo de palavras desse versículo com o de Apocalipse 13:8. Como Apocalipse 13:3 esclarece as três fases da existência e atuação da besta?_______________________________________________________________________________________________
A besta escarlate é identificada como a que “era e não é”, mas que “está para emergir do abismo e caminha para a destruição” (Ap 17:8). Essa frase constituída de três partes é, antes de tudo, uma contrafação do nome divino, Yahweh: Aquele “que é, que era e que há de vir” (Ap 1:4; 4:8). Além disso, ela indica as três fases de existência da besta:
(1) A besta “era”. Ela existiu no passado. Suas atividades anteriores continuaram durante o período profético de 42 meses, também conhecidos como 1.260 dias/anos (veja Ap 13:5 e o estudo do domingo na lição 9).
(2) “Não é”. Com sua ferida mortal (veja Ap 13:3), a besta deixou de existir, pelo menos como perseguidora, em 1798. Ela desapareceu por algum tempo da cena mundial; no entanto, sobreviveu […].
(3) Finalmente, com a cura da ferida mortal, a besta ressurgirá recuperando seu poder e exercendo-o com toda a fúria satânica.
Em Apocalipse 17, descreve-se a besta de Apocalipse 13:1 a 8 no período da cura de sua ferida mortal. A prostituta, Babilônia, se assenta sobre essa besta que ressurgiu. Mais uma vez, haverá uma breve união da religião com a política, assim como existiu na Idade Média, e a perseguição ocorrerá novamente.
6. Leia Apocalipse 17:9-11 e 13:18. A condição para compreender as sete cabeças é ter uma mente sábia (NVI). Que tipo de sabedoria está em questão aqui? Como se obtém essa sabedoria comunicada por Deus (veja Tg 1:5)?_______________________________________________________________________________________________
O anjo explicou que as sete cabeças eram sete montes. Alguns tradutores consideram que essas sete montanhas fazem alusão às sete colinas sobre as quais a cidade de Roma está situada e, por essa razão, eles traduziram a palavra grega oroi (“montes”) como “colinas” (NVI). Porém, há também sete reis, que são simbolizados pelos sete montes. Além disso, esses montes são sucessivos, não simultâneos.
Esses montes não simbolizam reis de maneira individual, pois o Apocalipse não lida com indivíduos, mas com sistemas. Na Bíblia, os montes muitas vezes simbolizam poderes ou impérios do mundo (Jr 51:25;
Ez 35:2, 3). Na profecia bíblica, os “reis” representam reinos (veja Dn 2:37-39; 7:17). Portanto, os sete montes simbolizam sete grandes impérios sucessivos que dominaram o mundo ao longo da história, mediante os quais Satanás se opôs a Deus e feriu Seu povo.
Da perspectiva de tempo de João, cinco desses impérios já haviam caído, um deles existia e o outro ainda não havia chegado ao poder. Embora os intérpretes adventistas não concordem em uma única opinião, muitos defendem que os cinco que haviam caído foram os grandes reinos que dominaram e, por vezes, feriram o povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento. São estes: Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia e Grécia. O reino que existia era o Império Romano dos dias de João.
O sétimo reino que ainda não havia chegado era a besta do mar de Apocalipse 13, o papado romano, que dominou e feriu o povo de Deus, e que viria após os dias de João e após a queda do Império Romano pagão. A história tem atestado poderosamente a verdade dessa profecia, escrita muitos séculos antes que os acontecimentos se desenrolassem.
João foi ainda informado de que a besta escarlate é um oitavo poder mundial, embora seja uma das sete cabeças (poderes mundiais). Qual das sete? Visto que as cabeças estão em uma sequência de tempo, a oitava deve ser a sétima cabeça que recebeu a ferida mortal. Nos dias desse oitavo poder mundial, a besta escarlate aparece, levando a prostituta, Babilônia, e promovendo seus objetivos. Hoje, vivemos no momento da cura da ferida mortal. O oitavo poder mundial aparecerá em cena pouco antes do fim e caminhará para a perdição.
7. Leia Apocalipse 16:14-16 e 17:12-15. O que esses textos declaram sobre os “dez reis”? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Eles ainda não haviam recebido o reino, mas receberiam autoridade como reis, com a besta, por uma hora.
B. ( ) Eles haviam se humilhado perante Deus.
Diferentes interpretações têm sido oferecidas em relação à identidade dos dez reis. No entanto, o Apocalipse não revela quem eles são. Tudo o que podemos extrair do texto é que eles são uma confederação política efêmera que surgirá pouco antes do fim e que apoiará a prostituta. O número deles significa que os poderes mundiais renderão total e resoluta fidelidade à besta.
Em Apocalipse 17:13, 14, reitera-se, em poucas palavras, a batalha do Armagedom, introduzida em Apocalipse 16:12 a 16. Induzida pelos poderes demoníacos operadores de milagres juntamente com o dragão, a besta do mar e o falso profeta, a confederação política mundial guerreará contra o Cordeiro. Em outras palavras, a batalha do Armagedom não será um conflito bélico no Oriente Médio, mas o conflito final da segunda vinda de Cristo, no qual Satanás e sua confederação lutarão contra Cristo e Sua hoste angélica.
8. Leia Apocalipse 17:16-18. Pelo que vimos em Apocalipse 16:2-12, o que está por trás da mudança de atitude dos dez reis em relação a Babilônia? Quem é responsável pelo que acontecerá com Babilônia?_______________________________________________________________________________________________
Os dez chifres, que sãos os poderes que sucedem as nações divididas da Europa, cheios de ódio, de repente se voltarão contra a prostituta, Babilônia (a manifestação do papado no tempo do fim), fazendo-a desolada e despojada. Simbolicamente, eles comerão sua carne e a destruirão com fogo. Ao escrever sobre o que ocorrerá com a prostituta Babilônia, João empregou uma linguagem semelhante ao que Deus disse que ocorreria com a adúltera Jerusalém (Jr 4:30). Queimar no fogo era o castigo da filha do sacerdote que estivesse envolvida com imoralidade sexual (Lv 21:9). Os poderes políticos enganados ficarão desiludidos por causa da incapacidade de Babilônia para protegê-los das pragas. Eles se sentirão enganados e, em hostilidade, a atacarão. Esse sistema religioso apóstata do tempo do fim sofrerá a plenitude do juízo divino, juntamente com todos aqueles que escolheram se identificar com ele.
Antes do pleno colapso moral de Babilônia, uma voz do Céu apela ao povo de Deus que ainda está em Babilônia: “Retirai-vos dela, povo Meu” (Ap 18:4). Muitos adoradores de Deus ainda estão em Babilônia por várias razões. Deus usa Sua igreja para apelar a essas pessoas que saiam desse sistema religioso apóstata e não participem de seus pecados. Elas devem se retirar para escapar do destino de Babilônia. Deus não deseja que ninguém pereça (2Pe 3:9). Em Apocalipse 19:1 a 10, revela-se que muitas pessoas que temem a Deus em Babilônia responderão ao chamado. Pense na tremenda responsabilidade que recai sobre nós como igreja remanescente de Deus. O que isso revela sobre nossa necessidade da verdade divina em nosso coração e do derramamento do Espírito Santo em nossa vida?
Perguntas para discussão
1. Como Apocalipse 18:4 revela, há muitas pessoas tementes a Deus em Babilônia a quem o Senhor chama de “Meu povo”. “Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são cristãos muito conscienciosos, que andam em toda a luz que brilha sobre eles, e Deus agirá em favor deles. Os que têm tido grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais […] estão em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham em erro a respeito de pontos doutrinários, mas que, não obstante, procuram viver para fazer o bem aos outros” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 575). Como devemos tratar os outros?
2. Em Apocalipse 17, é descrita uma prostituta montada em uma besta escarlate. Enquanto a mulher do capítulo 12 simboliza a igreja de Deus, a do capítulo 17 se refere a uma igreja apóstata que engana o mundo. Quais são as semelhanças e diferenças entre elas?
3. Por que é tão importante que hoje permaneçamos fiéis, verdadeiros e puros à mensagem que Deus nos concedeu? Leia Apocalipse 16:15, um apelo à fidelidade em meio à descrição da apostasia mundial. Como podemos aplicar essa advertência a nós hoje?
Respostas e atividades da semana:
1. Povos – nações – línguas.
2. A.
3. As águas simbolizam as nações e povos que apoiam Babilônia; a besta representa um poder político também apoiador de Babilônia.
4. A prostituta e o dragão vestem a cor escarlate; assim como a besta na qual a prostituta estava sentada tinha nomes de blasfêmia,
a besta do mar blasfemava contra Deus; assim como a prostituta tinha em sua testa um nome escrito, a besta da Terra obrigou os seus habitantes a receber sua marca.
5. A besta que “era” atuou ativamente no passado, perseguindo o povo de Deus na Idade Média; a besta que “não é” refere-se à fase de sua ferida mortal, quando o papa Pio VI foi preso pelo general Berthier em 1798; a besta que “aparecerá” refere-se à recuperação do poder papal.
6. A sabedoria é concedida por Deus; devemos pedi-la ao Senhor e Ele nos concederá.
7. V; F.
8. A desilusão dos grandes e poderosos com Babilônia e sua impotência para protegê-los das pragas. O Senhor está no controle de toda a situação.
RESUMO DA LIÇÃO 12 – Juízo sobre Babilônia
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 17:14
FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 17 e 18 enfatizam a queda da Babilônia do tempo do fim nos últimos dias da história da Terra.
INTRODUÇÃO: Apocalipse 17 descreve a ascensão e a queda da Babilônia do tempo do fim simbolizada por uma mulher, a grande meretriz (Ap 17:18). Apocalipse 18 também descreve a queda da Babilônia, mas dessa vez ela é simbolizada por uma grande cidade (Ap 18:10, 16, 18, 19).
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. Três alianças mundiais no tempo do fim
Os múltiplos símbolos do tempo do fim no Apocalipse se unem em três grandes alianças mundiais que ocorrem nas seguintes esferas: (1) religião, (2) governo ou poder secular/político, e (3) o corpo coletivo dos “santos”.
II. A diferença entre as visões e suas explicações
Em uma visão, o profeta pode ser tomado a qualquer momento e em qualquer lugar, mas as explicações da visão são dadas para o profeta a partir da perspectiva da época e do lugar em que ele se encontra.
III. A identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10
A fim de compreender a identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10, deve-se determinar a época do sexto rei.
IV. A narrativa de Apocalipse 17
Resumo dos eventos do fim dos tempos à luz do tema 1
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Nesta seção veremos como devemos tratar os cristãos de outras religiões, considerando que Deus tem muitos seguidores fiéis que ainda não ouviram a mensagem para sair da Babilônia. Examinaremos também as semelhanças e diferenças substanciais entre as mulheres de Apocalipse 12 e 17, e a preparação do povo de Deus para a segunda vinda de Cristo.
PARTE II: COMENTÁRIO
Em Apocalipse 17 e 18, Babilônia ganha o apoio dos poderes seculares/políticos mundiais para guerrear contra os santos (Ap 17:6), mas ao final eles se voltam contra a Babilônia e a destroem (Ap 17:16). Apocalipse 18 expressa o lamento triplo dos poderes seculares por terem feito isso (Ap 18:9-19). Enquanto a queda de Babilônia é lamentada pelo mundo, traz alegria aos santos (Ap 18:20).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO:
I. Três alianças mundiais no tempo do fim
Apocalipse 16–18 contêm grande variedade de simbolismos que descrevem os poderes do tempo do fim. Mas após uma análise cuidadosa, torna-se evidente que muitos desses símbolos são diferentes maneiras de descrever a mesma coisa. Por exemplo, as sete cabeças da besta também são descritas como sete montes e sete reis (Ap 17:9, 10). Da mesma forma, a grande meretriz (Ap 17:1) corresponde claramente à mulher montada sobre a besta (Ap 17:3), e a Babilônia, a grande (Ap 17:5). Observamos anteriormente, na lição 11 (tema 1), que o povo de Deus também é denominado com diferentes nomes no livro do Apocalipse.
A variedade de simbolismos nesses capítulos pode estar ligada a três grandes alianças mundiais que se desenvolvem no período final da história da Terra.
1. Há uma grande aliança mundial de instituições religiosas que se unem em oposição a Deus e Seu povo fiel. Essa aliança é chamada de diversas formas: Babilônia, a grande meretriz, a grande cidade, e a mulher montada sobre a besta.
2. Há uma grande aliança mundial de poder secular, político e militar. Essa aliança também é chamada de muitas formas em Apocalipse: os reis de todo o mundo habitado (Ap 16:14), as cidades das nações (Ap 16:19), os reis da terra, os que habitam na Terra (Ap 17:2), a besta (Ap 17:3), as sete cabeças, os sete montes, os sete reis (Ap 17:9, 10), e os dez chifres (Ap 17:12, 13). Esses poderes seculares também são representados pelos reis (Ap 18:9), mercadores (Ap 18:11) e marinheiros (Ap 18:17) no capítulo 18.
3. Há também uma aliança mundial dos santos no tempo do fim, que têm os seguintes nomes: os selados (Ap 7:1-3); os 144.000 (Ap 7:4-8); o remanescente (Ap 12:17); os santos (Ap 14:12); aqueles que guardam as suas vestes (Ap 16:15); e os chamados, escolhidos e fiéis seguidores do Cordeiro (Ap 17:14). No tema IV, será explorada brevemente a narrativa dessas três alianças nos últimos dias da história da Terra.
II. A diferença entre as visões e suas explicações
Na profecia apocalíptica, há uma distinção importante entre visões e explicações. Em uma visão, o profeta pode viajar a qualquer lugar do Universo e a qualquer ponto do tempo. Os eventos da visão não estão necessariamente localizados na época e no local em que se encontra o profeta. Mas quando a visão é explicada posteriormente, a explicação sempre vem no tempo, no lugar e nas circunstâncias do profeta.
Por exemplo, em Daniel 2, Nabucodonosor é levado para o tempo do fim em sua visão da grande imagem e da pedra que se tornou uma grande montanha que encheu toda a Terra (Dn 2:31-36). A explicação da visão de Daniel, no entanto, está firmemente fundamentada no tempo e lugar de Nabucodonosor. Começa com uma afirmação simples e inequívoca: “Tu és a cabeça de ouro” (Dn 2:38). Diz-se então a Nabucodonosor que a série de reinos que se seguem são “depois” dele (Dn 2:39) no tempo.
Como foi o caso com Daniel 2, a profecia apocalíptica de Daniel 7 também é dividida em duas partes: a visão (Dn 7:2-14, 21, 22), e explicações da visão (Dn 7:15-20, 23-27). Apesar de Daniel ter experimentado todos os elementos da visão, incluindo os eventos finais, a explicação esclarece que a visão é essencialmente sobre a experiência futura do povo de Daniel (Dn 7:17, 18, 23-27). O mesmo padrão pode ser visto em Daniel 8 e Zacarias 4.
Os profetas em geral não parecem entender uma revelação somente a partir das visões. Uma explicação é necessária para que a revelação seja compreendida. Pelo fato de que esse esclarecimento é dado para benefício do profeta, ele se baseia no tempo, lugar e circunstâncias em que o profeta vive. Esse princípio tem implicações profundas para a interpretação de textos apocalípticos difíceis, como Apocalipse 17:7-11, como veremos no tema III.
III. A identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10
O tema II nos ajuda a resolver um dos problemas mais inquietantes do livro do Apocalipse. Quem são os sete reis de Apocalipse 17:10? Eles são claramente sequenciais, mas onde começam e qual é o que “existe” na descrição do anjo? É um poder da época de João, do fim dos tempos ou de algum outro momento no curso da história?
Uma opção popular é considerar os sete reis como sete papas consecutivos. A sequência geralmente começa com o ano de 1929, quando Mussolini restaurou a cidade do Vaticano para a soberania da Igreja, e termina com o último papa da história da Terra. Essa visão sugere com frequência que o papa atual ou o seguinte seja o último, e, portanto, leva à marcação de datas.
Um segundo ponto de vista é bastante popular entre os estudiosos adventistas do sétimo dia. Ele sugere que o tempo do sexto rei (o que “existe”, de Apocalipse 17:10) é de 1798 a 1929, quando o papado não tinha poder temporal. Os cinco reis destituídos seriam então Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma, e o papado medieval. O que “existe” seria o tempo em que a Igreja não tem poder temporal. O sétimo rei seria o poder restaurado do Vaticano.
Mas o princípio apresentado no tema II acima descartaria essas duas opções, se fosse aplicado aqui. A passagem sobre os sete reis não está na visão (Ap 17:3-6), mas na explicação da visão (Ap 17:7-18). Então, o rei ou reino que “existe” teria que estar presente no momento em que João recebeu a visão para que ela fizesse sentido. Se o reino que “existe” é o Império Romano pagão da época de João (isto é, o sexto reino), então, os cinco que “caíram” são as superpotências do mundo do Antigo Testamento: Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia e Grécia. O sétimo reino é o papado romano medieval, e o “oitavo” reino (Ap 17:11), que é um dos sete, seria o papado romano ressurgido – a Babilônia de Apocalipse 17, que inclui os outros dois membros da tríade satânica (o “dragão” do paganismo/espiritualismo e o “falso profeta” do protestantismo apostatado). Essa forma globalizada da Babilônia montada na besta escarlate do poder político secular ainda está no futuro.
IV. A narrativa de Apocalipse 17
Como vimos no tema I, existem três alianças mundiais que se desenvolvem no fim dos tempos: uma aliança dos santos, composta por uma igreja remanescente expandida que inclui os que saíram de Babilônia para se unir a eles, uma aliança de instituições religiosas e uma aliança de poderes políticos seculares. As duas últimas alianças são desencadeadas pela proclamação final e global do evangelho pelo remanescente (Ap 14:6, 7; 18:1–4). Mediante o falso evangelho “inspirado” pelos anjos demoníacos (Ap 16:13, 14), Babilônia (a tríade satânica [Ap16:19]) reúne os poderes seculares/políticos mundiais para seu lado (Ap 16:14, 16). Ela “monta” a besta (Ap 17:2-7). Por um curto período de tempo, as instituições religiosas unidas dominam os governos mundiais, arrojando sua fúria contra os santos (Ap 17:6; 13:15-17). Mas o secamento do rio Eufrates (Ap 16:12) descreve simbolicamente o tempo em que os poderes seculares/políticos que apoiaram a meretriz Babilônia voltam-se contra ela e a destroem (Ap 17:16). Deus salva da destruição Seu remanescente do tempo do fim (Ap 17:14). Após a queda de Babilônia, os poderes seculares mundiais encontram seu fim na segunda vinda de Jesus Cristo (Ap 19:17-21).
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
Em uma passagem completamente concentrada nos eventos do tempo do fim, pode ser difícil encontrar aplicações para a vida. As sugestões a seguir podem ser úteis.
1. Quais são as implicações para nós hoje, uma vez que sabemos que, como remanescente fiel de Deus, devemos chamar outro povo fiel para que saia da Babilônia (Ap 18:4)? A percepção de que a Babilônia do tempo do fim tem uma face cristã superficial não deve nos enganar sobre sua verdadeira natureza como o principal inimigo de Deus nos últimos dias. No entanto, embora os líderes religiosos e fanáticos Zelotes tenham se oposto à missão de Jesus, Ele sempre tratou com graça os representantes individuais desses grupos (Lc 6:15; Mc 12:28-34).
2. O que podemos aprender com as descrições das mulheres de Apocalipse 12 e 17? Há algumas semelhanças entre elas. Ambas são religiosas por natureza (a meretriz de Babilônia simboliza uma falsa forma de cristianismo). Mas a mulher do capítulo 12 é a Igreja fiel de Deus ao longo da história, incluindo o período da história cristã durante os 1.260 dias/anos e, posteriormente, no tempo do fim, quando ela aparece como o remanescente da semente da mulher. O que causa o espanto de João (Ap 17:6) é que o adversário de Deus e Seu povo no tempo do fim é também uma mulher com um semblante cristão! Individualmente, esse fato deve chamar a atenção de todos os que seguem Jesus. O orgulho e a rebeldia podem levar qualquer um de nós à destruição, mesmo quando pensamos que estamos seguindo a Deus (Jo 16:2).
Salvando Angola
Paulo deixou a mãe extremamente zangada, quando abandonou o emprego e decidiu evangelizar os presos na Angola. Criado em uma família adventista do sétimo dia, lecionava para alunos do primeiro e segundo anos em uma escola pública. Era com o salário que recebia nesse emprego que ele pagava as mensalidades da universidade, sustentava a mãe e dez irmãos. Como filho mais velho, era responsável pela família depois que o pai morreu de febre tifoide sete anos antes.
Mas, no segundo ano de estudos, ele foi hospitalizado com febre tifoide em Benguela, cidade de 130 mil habitantes na costa do Atlântico. Por dois meses, ficou no hospital, com febre alta devastando seu corpo. Os membros da igreja adventista local oraram em favor dele e pagaram as contas médicas. “Ao receber alta, decidi mudar de vida”, Paulo conta. Assim, ao deixar o hospital em 2013, ele saiu do emprego na escola e da universidade.
“Eu não queria voltar porque temia que retornasse a minha antiga vida”, diz. Ele queria estudar teologia na Universidade Solusi em Zimbábue. Mas, precisava de dinheiro para as mensalidades e devia esperar o início do ano escolar em janeiro. Por isso, nos sete meses seguintes, Paulo ficou pregando aos presidiários. Com ajuda de parentes que trabalhavam na força policial, conseguiu autorização para entrar nas prisões, com o ancião da igreja local responsável pelo ministério das prisões. Vinte pessoas foram batizadas em uma das prisões de Benguela.
Mas, a família não conseguia entender a nova vida de Paulo. Ele não tinha mais emprego para sustentá-los e, na visão deles, abandonara empregos promissores ao deixar a universidade. Sua mãe o deserdou. Paulo chegou à Universidade Solusi em janeiro com pouco dinheiro para a alimentação e aulas de inglês. Só falava português e tinha que aprender inglês para estudar na universidade. Então, orou: “Se o Senhor permitir que eu termine, trabalharei no ministério em tempo integral. Mostrarei a quem precisa de Cristo porque vim a Solusi.”
No campus, ele logo descobriu que tinha muito a aprender sobre Deus. Apesar de sua família ser adventista, ele havia sido criado em um país devastado por uma guerra civil de 27 anos, onde o conhecimento de Deus era deficiente. “Não tínhamos muita informação sobre Deus e a Bíblia”, disse Paulo. “Minha primeira vez em interagir com a Bíblia em tempo integral foi na Solusi.” Ele também aprendeu que Deus ama os estrangeiros, e diz que os alunos estrangeiros recebem tratamento especial em Solusi. “Alguns professores visitam os quartos e oram conosco. Algumas pessoas que não conhecemos nos doam alimentos.”
Paulo comprovou que a Universidade Adventista de Solusi segue as instruções de Deus em Levítico 23:22: “Quando fizerem a colheita da sua terra, não colham até às extremidades da sua lavoura, nem ajuntem as espigas caídas da sua colheita. Deixem-nas para o necessitado e para o estrangeiro. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Depois do seu primeiro semestre em Solusi, um primo mais velho em Angola concordou em pagar as mensalidades. Quando o primo morreu, um membro da igreja angolana o patrocinou por um semestre. Agora, uma mulher angolana cujo neto se formou em Solusi está pagando suas mensalidades.
Na Solusi, Paulo entrou em contato com outros estudantes angolanos de Zâmbia, Uganda e Filipinas, e eles pretendem coordenar seus esforços evangelísticos em Angola após a graduação. Também quer compartilhar com a família seu novo conhecimento sobre Deus. Paulo pede orações por Angola, um país de 29 milhões de pessoas, incluindo quase 176 mil adventistas.
“Não temos a intenção de converter todos”, disse ele. “Mateus 24:14 diz: ‘E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações e então virá o fim.’ Então, precisamos pregar o evangelho como um testemunho para que todos O conheçam. Então, Jesus virá.
Parte de oferta missionária de 2015 foi destinada a Universidade de Solusi para ampliação do refeitório para mil assentos. Agradecemos suas ofertas missionárias que permitem que escolas adventistas como Solusi preparem pessoas para proclamar a vinda de Jesus.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2019
Tema Geral: O livro do Apocalipse
Lição 12: 16 a 23 de março
“Juízo sobre Babilônia”
Autor: Érico Tadeu Xavier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
Apocalipse 17 se divide em duas partes. A primeira é a visão simbólica de João nos versos 3 a 6. A segunda é a explicação da visão, nos versos 8 a 18. A visão trata principalmente do julgamento da mulher impura vista sentada numa besta. Na explicação, dez versos falam sobre a besta e apenas um verso tratam da mulher.
1. A visão da mulher e da besta (Ap 17:1-8)
Em Apocalipse 17:1, é declarado que a mulher "se acha sentada sobre muitas águas". O verso 15 explica que as águas representam as massas humanas nas nações da Terra. O verso 2 indica que reis colocam sua autoridade e recursos à disposição dessa mulher descrita no verso 3 como estando sentada numa “besta escarlate” – Satanás e seus representantes terrestres. O quadro de seu poder mundial e da fonte da qual ele provém nos deixa perplexos, como aconteceu com o apóstolo João (Ap 17:6).
“A principal diferença entre as bestas de Apocalipse 13 e 17 é que a primeira, identificada com o papado, não faz distinção entre os aspectos religioso e político do poder papal, ao passo que, na segunda, os dois são distintos: a besta representa o poder político, e a mulher, o poder religioso” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 944). A cor da besta é um símbolo do pecado. (Ver Isaías 1:18; Apocalipse 12:3.)
Os habitantes da Terra embriagados – Compare os textos de Apocalipse 14:8 e 18:3. “Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas” (Testemunhos Para Ministros, p. 61).
O cálice de ouro na mão da mulher – O cálice é belo, mas está cheio de falsas doutrinas e enganos. A ideia é que ele representa o irresistível fascínio das falsidades que a mulher apresenta ao mundo. Sua habilidade para seduzir e sua impureza moral são representadas pelas vestes de púrpura e de escarlata que ela está usando. A mulher adotou as cores da realeza, mas na realidade é uma meretriz. Que contraste com a noiva do Cordeiro descrita em Apocalipse 19:7, 8!
A mãe das meretrizes – “No Apocalipse, ‘Babilônia, a Grande’, designa, de maneira especial as religiões apostatadas unidas no fim do tempo. [...] Babilônia mística é chamada de ‘a grande cidade’. [...] Porque o capítulo aborda mais especificamente o grande esforço final de Satanás para garantir a lealdade da humanidade por meio da religião” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 944).
“As filhas dessa ‘mãe’ representam os vários grupos religiosos que constituem o protestantismo apostatado” (Idem, p. 945).
2. Explicação da visão (Ap 17:8-18).
Algumas ideias que têm sido apresentadas por expositores adventistas do sétimo dia:
Em Apocalipse 17, a besta de sete cabeças é mais semelhante ao dragão de sete cabeças em Apocalipse 12. Os dois são vermelhos. Em sua aplicação primária, o dragão vermelho é identificado como Satanás (Ap 12:9). No sentido secundário, o dragão pode ser identificado como Roma pagã, pois foi por meio desse poder ou “cabeça” que Satanás agiu para destruir Jesus.
As cabeças da besta – “Ao que tudo indica, elas representam os sete principais poderes políticos por meio dos quais Satanás tentou destruir o povo e a obra de Deus na Terra” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 947).
Os principais conceitos sobre a identidade desses poderes:
a) Alguns acham que essas cabeças representam oposição a Deus e Seu povo através da História, sem qualquer identificação de poderes políticos específicos.
b) Outros identificam as cabeças como sete nações mencionadas nos livros de Daniel e do Apocalipse. As quatro primeiras são as nações de Daniel 2 e 7: Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma. A quinta cabeça representa o mesmo poder que é representado pela ponta pequena de Daniel 7 e 8, bem como pela besta semelhante a leopardo, de Apocalipse 13 (o papado). Acredita-se que a sexta cabeça tenha sido a França revolucionária (Ap 11:7). A sétima cabeça é identificada como a segunda besta de Apocalipse 13 – os Estados Unidos da América.
c) Outro conceito considera as cabeças da perspectiva do tempo do apóstolo João (96 d.C.). As cinco nações que já haviam caído são identificadas como o Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia, Grécia. A que “existe” referia-se a Roma pagã. A que estava para vir seria o papado.
Nota: De acordo com o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, as evidências são insuficientes “para fazer uma identificação final” (v. 7, p. 948).
É ela própria o oitavo – Essa é a besta em seu estado restaurado, no período do ‘mas aparecerá’, depois de emergir do ‘abismo’. ... Alguns consideram o oitavo poder como unicamente o papado; outros sugerem que ele represente Satanás. Os que adotam o último ponto de vista salientam que, no tempo indicado aí, Satanás procurará personificar a Cristo.
Um dos sete – Literalmente: ‘procede dos sete’. A própria besta – ‘o oitavo’ – era, ao que parece, a mesma besta à qual tinham sido atribuídas as sete cabeças. ... No texto grego, a ausência do artigo definido antes da palavra ‘oitavo’ denota que a própria besta seria a verdadeira autoridade por trás das sete cabeças, e que ela seria, portanto, mais do que meramente outra cabeça – a oitava numa série. É a sua totalidade e clímax – a própria besta” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 856).
Os dez chifres – As evidências indicam que eles representam nações modernas que dão apoio político às exigências religiosas de “Babilônia” (Ap 17:13). O verso 16 denota que, por fim, as nações representadas pelos dez chifres se voltarão contra a meretriz por reconhecerem que ela os enganou (Ver O Grande Conflito, p. 659-661).
Conclusão – Apocalipse 18 é uma lamentação pela ruína da grande cidade de Babilônia, durante a sétima praga (Ap 16:19). A lamentação sobre a destruição de Babilônia se divide em três partes: 1) o lamento dos reis da Terra – os poderes políticos (Ap 18:9, 10); 2) o lamento dos mercadores que negociam com ela – as forças econômicas envolvidas (verso 11-17); 3) o lamento dos capitães de navios que também mantiveram relações comerciais com ela (versos 18, 19).
Conheça o autor do comentário: Érico Tadeu Xavier tem graduação em Teologia Pastoral (1991) e mestrado (2000) pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia; Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011). Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE – Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na Bolívia e na Bahia, na FADBA. Atualmente é professor de teologia sistemática no SALT – IAP. Autor de 11 livros, é casado com a psicopedagoga e mestre em educação Noemi, com que tem dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.