Os capítulos 14 a 16 de Marcos são conhecidos como “narrativa da Paixão” porque descrevem o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus. Conforme observado na lição 9, os últimos seis capítulos de Marcos cobrem apenas cerca de uma semana. A maioria dos eventos de Marcos 14 a 16 ocorreram entre quinta e sexta-feira da Semana da Paixão. A morte de Jesus ocorreu na sexta-feira, e Sua ressurreição, no domingo.
A lição desta semana se concentra em Marcos 14, começando com a quinta “história em formato de sanduíche” desse evangelho, que liga duas ações opostas relacionadas a Jesus. Isso é seguido pela última ceia e, depois, pelo conflito espiritual de Cristo no Getsêmani. Ali Ele foi preso e levado perante os líderes para ser julgado. A cena do julgamento está ligada à negação de Jesus por Pedro, que forma a sexta e última das histórias em formato de sanduíche relatadas em Marcos. Mais uma vez, ocorreram duas ações opostas, mas, por ironia, elas transmitem a mesma verdade.
Ao longo da narrativa, dois enredos contrastantes andam de mãos dadas. Em estilo bastante cristalino, Marcos apresenta ao leitor essas tramas conflitantes enquanto revela o triunfo de Jesus.
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1. Qual é a relação entre as duas histórias relatadas em Marcos 14:1-11?
Faltavam dois dias para a Páscoa (Mc 14:1). Essa reunião pode ter ocorrido entre terça e quarta-feira daquela semana. Os líderes tinham um plano e um cronograma. Só precisavam de um meio para atingir esse objetivo. Esse meio seria surpreendente.
Essa passagem é a quinta “história em formato de sanduíche” em Marcos (ver lição 3). A história da conspiração contra Jesus está ligada à história de uma mulher que unge Sua cabeça com perfume precioso. Dois personagens paralelos realizaram ações opostas, exibindo um contraste irônico.
Marcos não revela o nome dessa mulher. Sua dádiva a Jesus contrasta com a artimanha de Judas ao trair o Senhor. Judas é mencionado como um dos doze. O valor do presente dela é mencionado; o preço dele é apenas uma promessa de dinheiro.
Nenhuma razão é dada para a mulher ter feito isso, mas os convidados do jantar ficaram horrorizados com o que consideraram o desperdício de quase um ano de salário ao derramar o perfume sobre Jesus. O Senhor, porém, a defendeu dizendo que o ato dela seria incluído na pregação do evangelho em todo o mundo, em memória dela. Seria algo inesquecível. Os quatro evangelhos contam essa história de uma forma ou de outra, provavelmente por causa das palavras de Jesus em memória do seu feito.
A traição de Judas também foi inesquecível. Marcos dá a entender que a motivação dele foi a ganância. O Evangelho de João deixa isso explícito (Jo 12:4-6).
Marcos faz um trocadilho com a palavra “bom” para ilustrar que duas motivações ou tramas diferentes estavam em jogo nessas histórias. Em Marcos 14:6, Jesus chamou a ação da mulher de “boa” (kalon, em grego, que também pode ser traduzida como “bela”). Depois, Ele disse que sempre poderemos fazer o “bem” para os pobres (Mc 14:7) e chamou a ação da mulher de parte do “evangelho”, que significa “boas-novas” (Mc 14:9). Por último, em Marcos 14:11, Judas procurou uma “boa ocasião” para trair Jesus. Esse jogo de palavras indica que a conspiração humana para destruir o Messias se tornaria parte da história do evangelho, porque estava cumprindo a vontade de Deus ao dar Seu Filho para a salvação da humanidade.
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2. Leia Marcos 14:22-31 e Êxodo 24:8. Que grande significado para a fé cristã se encontra no relato de Marcos?
Marcos 14:12 observa que aquele era o primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro da Páscoa era sacrificado. A refeição ocorreu na quinta-feira à noite.
Na última Ceia, Jesus instituiu um novo serviço memorial. Era uma transição da celebração da Páscoa judaica, ligada à saída de Israel do Egito e ao estabelecimento da nação como o povo da aliança de Deus no Sinai. Ao selar a aliança, Moisés aspergiu o povo com o sangue dos sacrifícios e disse: “Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas estas palavras” (Êx 24:8).
É surpreendente que, na Ceia do Senhor, instituída por Jesus nessa ocasião, o cordeiro da ceia pascal não seja mencionado. Isso ocorreu porque Jesus é o Cordeiro de Deus (Jo 1:29). O pão da Ceia do Senhor representa o Seu corpo. A nova aliança (Jr 31:31-34) foi selada com o sangue de Jesus, e o cálice representa isso (Mc 14:24).
Então, nesse ínterim, Jesus predisse que todos os Seus discípulos O abandonariam. Ele citou Zacarias 13:7, que se refere à espada atingindo o pastor, e as ovelhas sendo dispersas. Jesus era o Pastor, e os Seus discípulos eram as ovelhas. A mensagem foi dura e deprimente. Mas Jesus acrescentou uma palavra de esperança, repetindo a predição da Sua ressurreição. Além disso, Ele disse que iria adiante dos discípulos para a Galileia. Essa predição seria mencionada pelo “jovem” (um anjo) no túmulo de Jesus, em Marcos 16:7, e por isso tem um peso especial nessa passagem.
Mas, para os discípulos, era muito difícil aceitar a mensagem, especialmente no caso de Pedro, que argumentou que todos os outros poderiam abandoná-Lo, mas ele não o faria. Contudo, com a linguagem solene, Jesus predisse que Pedro O negaria três vezes antes que o galo cantasse duas vezes. A predição desempenharia um papel crucial na cena do julgamento de Jesus e da negação de Pedro; portanto, também tem relevância nesse texto.
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3. Leia Marcos 14:32-42. De que maneira Jesus orou no Getsêmani, e como essa oração foi respondida?
Saindo de Jerusalém, onde comeram a Páscoa, Jesus e Seus discípulos atravessaram o vale do Cedron até um jardim localizado nas encostas do monte das Oliveiras. O nome Getsêmani significa “lagar de azeite”, sugerindo que havia um lagar de processamento de azeite nas proximidades. A localização exata é desconhecida, porque os romanos cortaram todas as árvores do monte das Oliveiras durante o cerco, em 70 d.C.
Ao entrar no jardim, Jesus deixou ali Seus discípulos e seguiu adiante com Pedro, Tiago e João. Mas então também deixou esses três e prosseguiu sozinho. Esse distanciamento espacial sugere que Jesus Se tornava cada vez mais isolado e sozinho à medida que enfrentava o sofrimento que se aproximava.
Jesus orou para que o cálice do sofrimento fosse removido, mas somente se fosse a vontade de Deus (Mc 14:36). Ele usou o termo aramaico Abba, que Marcos traduz como “Pai”. O termo não significa exatamente “papai”, como alguns sugerem. A palavra usada pelas crianças para se dirigirem ao pai era abi (Raymond E. Brown, A Morte do Messias [Paulinas, 2013], v. 1, p. 229). Contudo, o uso do termo Abba, “Pai”, carrega consigo o estreito vínculo familiar, que não deve ser diminuído.
Jesus orou para que o cálice do sofrimento fosse removido. Mas Ele Se submeteu à vontade de Deus (compare com a oração do Pai-Nosso; Mt 6:10). No restante da narrativa da Paixão, fica evidente que a resposta de Deus à oração de Jesus foi “não”. Ele não removeria o cálice do sofrimento, pois, mediante essa experiência, a salvação seria oferecida ao mundo.
Nas dificuldades, é motivador ter amigos nos apoiando. Paulo disse: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fp 4:13). Mas às vezes nos esquecemos do verso seguinte: “No entanto, vocês fizeram bem, associando-se comigo nas aflições” (Fp 4:14). Era isso que Jesus desejava no Getsêmani. Três vezes Ele foi buscar conforto dos discípulos. E três vezes eles estavam dormindo. No fim, Jesus os despertou para irem com Ele e enfrentarem a provação. Ele estava pronto, mas eles não.
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4. Leia Marcos 14:43-52. O que aconteceu nessa passagem que foi tão crucial para o plano da salvação?
É chocante que um dos associados mais próximos de Jesus O tenha entregado aos Seus inimigos. Os evangelhos não explicam a motivação de Judas. Ellen G. White escreveu: “Judas tinha naturalmente grande amor ao dinheiro, mas não fora sempre tão corrupto para praticar um ato como esse. Havia alimentado a avareza até que esta se transformou na grande motivação de sua vida. O amor a Mamom superou seu amor por Cristo. Tornando-se escravo de um vício, entregou-se a Satanás para ser levado a todo tipo de pecado” (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 573).
A traição em si é deplorada por todos, mesmo por aqueles que usam traidores (Mt 27:3-7). Mas a atitude de Judas foi especialmente desprezível porque ele tentou esconder a traição sob o pretexto de amizade. Ele deu instruções à multidão de que o homem a quem beijasse era Aquele que deveria ser preso. Parece que Judas quis esconder sua astúcia de Jesus e dos outros discípulos.
O caos irrompeu quando a multidão prendeu Jesus. Pedro desembainhou uma espada (Jo 18:10, 11) e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. Jesus Se dirigiu à multidão, repreendendo aquelas pessoas por fazerem em segredo o que tiveram medo de fazer abertamente, quando Ele ensinava no templo. Mas Jesus terminou com uma referência ao cumprimento das Escrituras. Trata-se de outro sinal dessa trama dupla que permeia a narrativa da Paixão – a vontade de Deus estava se cumprindo enquanto a vontade humana trabalhava para destruir o Messias.
Todos os discípulos fugiram, incluindo Pedro, que reapareceu seguindo Jesus a distância e acabando por se meter em problemas. No entanto, Marcos 14:51 e 52 fala de um jovem que seguia Jesus, um relato encontrado apenas em Marcos. Alguns pensam que era o próprio Marcos, mas isso é improvável. É notável que ele fugiu nu. O jovem, em vez de deixar tudo para “seguir” Jesus, deixou tudo para “fugir” de Jesus.
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5. Leia Marcos 14:60-72. Como Jesus reagiu a esses acontecimentos? E como Pedro reagiu? Que lições podemos aprender com as diferenças?
Marcos 14:53-59 descreve Jesus sendo levado ao Sinédrio e a primeira parte do julgamento. Foi um exercício de frustração. Repetidas vezes, os líderes tentaram fazer com que sua acusação contra Jesus fosse validada. O escritor do evangelho observa que o testemunho era falso e que os relatos das testemunhas não concordavam entre si.
O sumo sacerdote se dirigiu a Jesus. A princípio Ele não respondeu. Mas então o sumo sacerdote O colocou sob juramento (Mt 26:63) e perguntou se Ele era o Messias. Jesus admitiu que era o Messias e citou Daniel 7:13 e 14, que se refere ao Filho do Homem sentado à direita de Deus e vindo com as nuvens do Céu. Isso foi demais para o sumo sacerdote, que rasgou as vestes e clamou pela condenação de Jesus, o que o concílio autorizou imediatamente. Humilharam Jesus e cuspiram Nele. Então, vendaram Seu rosto, bateram Nele e pediram-Lhe que profetizasse.
Enquanto Jesus, dentro da casa do sumo sacerdote, era julgado e dava um testemunho fiel, Pedro, no pátio, mentia. Essa é a sexta e última “história em formato de sanduíche” em Marcos, e nesse texto a ironia é acentuada. Dois personagens paralelos, Jesus e Pedro, realizaram ações opostas. Jesus deu um testemunho fiel; Pedro, um testemunho falso. Três vezes Pedro foi abordado por um servo ou por espectadores, e três vezes negou sua ligação com Jesus, chegando a amaldiçoar e jurar.
Nesse momento, um galo cantou pela segunda vez, e Pedro subitamente se lembrou da profecia de Jesus de que ele negaria o Senhor três vezes naquela noite. Ele desmoronou e chorou. Aqui está a ironia: no fim do Seu julgamento, Jesus foi vendado, espancado e ordenado a profetizar. O objetivo era zombar Dele, pois Ele não conseguia ver quem O havia golpeado. No entanto, no exato momento em que faziam isso, Pedro estava negando Jesus no pátio abaixo, cumprindo uma das profecias do Mestre. Consequentemente, ao negar Jesus, Pedro mostrou que Jesus é o Messias!
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Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 560-572 (“Perante Anás e Caifás”), e p. 573-579 (“Judas, o traidor”).
“Quando os degradantes juramentos acabavam de sair dos lábios de Pedro e o agudo canto do galo ainda soava em seu ouvido, o Salvador, em meio aos severos juízes, virou-Se e olhou diretamente para o pobre discípulo. Ao mesmo tempo, os olhos de Pedro eram atraídos para o Mestre. Naquela suave fisionomia, ele viu profunda piedade e tristeza, mas nenhuma irritação era vista ali.
“Contemplar aquele rosto pálido e sofredor, aqueles lábios trêmulos e aquele olhar amável e cheio de perdão atravessou como uma flecha o coração de Pedro. Sua consciência foi despertada. Sua memória foi ativada. O discípulo se lembrou de sua promessa feita poucas horas antes, de que iria com seu Senhor à prisão e à morte. Lembrou-se de sua tristeza quando, no cenáculo, Cristo lhe dissera que ele negaria seu Senhor três vezes naquela mesma noite. Pedro acabava de declarar que não conhecia Jesus, mas compreendia agora com amarga dor que o Senhor o conhecia muito bem e que lia em detalhes seu coração, cuja falsidade nem ele próprio conhecia” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 570).
Perguntas para consideração
- Jesus predisse que onde o evangelho fosse pregado seria contada a história da mulher que O ungiu. Quando lemos essa predição (Mc 14:9) estamos cumprindo essa profecia? Isso não seria improvável, dadas as circunstâncias em que a predição foi feita?
- Quais são as diferenças e semelhanças entre Judas e Pedro na narrativa da Paixão?
- O que significa a Ceia do Senhor? Como tornar especial essa celebração para todos?
- Deus disse “não” à oração de Jesus no Getsêmani. O que significa quando Deus nos diz “não”?
- Embora Pedro tenha falhado com Jesus em suas negações, o Mestre não o rejeitou. Que esperança você pode tirar desse fato?
Respostas e atividades da semana: 1. Maria ungiu Jesus com um perfume caríssimo, num sacrifício de gratidão motivado pelo perdão de Cristo, que transformou sua vida; em contraste com esse ato, a conspiração dos líderes religiosos e de Judas mostra a ganância e o desejo de poder dos que traíram Jesus. 2. Na Santa Ceia, Jesus e os discípulos beberam o suco de uva, que simbolizava o sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro sangue da aliança, que seria derramado na cruz para salvar a todos. 3. Jesus orou para que, se fosse possível, o Pai fizesse passar Seu cálice do sofrimento, mas a resposta do Pai foi “não”, pois a salvação da humanidade dependia do sofrimento de Jesus. 4. Jesus foi traído por Judas, preso por uma turba, abandonado pelos discípulos e levado para ser julgado. 5. Jesus manteve a calma e declarou ser o Cristo, o Filho de Deus, enquanto Pedro o negava no pátio do sumo sacerdote.
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TEXTO-CHAVE: Marcos 14:1
FOCO DO ESTUDO: Marcos 14
ESBOÇO
Introdução: Em Marcos 14, lemos sobre a conspiração para matar Jesus. Marcos nos diz explicitamente que a trama já estava em andamento havia algum tempo, pois “os principais sacerdotes e os escribas procuravam uma forma de prender Jesus, à traição, para matá-Lo” (Mc 14:1). Assim, o desejo dos inimigos de Jesus de condená-Lo à morte começava a tomar uma forma tenebrosa.
Marcos 14 narra os acontecimentos da traição de Jesus e Sua condenação pelos líderes religiosos.
Temas da lição: O estudo desta semana analisa três eventos importantes dos últimos dias da vida de Jesus:
1. A unção de Jesus com perfume caro.
2. O abandono de Jesus por Pedro.
3. O sofrimento de Jesus como cumprimento direto da profecia.
COMENTÁRIO
Três atitudes em relação ao Salvador
Marcos 14:1 a 11 é a primeira perícope (ou seção) do capítulo. Nesse segmento, o evangelho apresenta duas cenas com três personagens ou grupos de personagens principais: (1) os sacerdotes e escribas, (2) uma mulher não identificada e (3) os discípulos e Judas Iscariotes. O primeiro grupo estava disposto a pagar uma quantia considerável de dinheiro para matar Jesus, conforme revelado em Marcos 14:1 e 11. A disposição deles mostra quão corrompidos os líderes do templo e dos seus serviços haviam se tornado. Jesus estava certo quando lhes disse: “Vocês fizeram dela um covil de salteadores” (Mc 11:17). Tão grande era o desespero deles para condená-Lo à morte, a qualquer custo, que recorreram ao financiamento de um dos membros do Seu grupo de amigos para alcançar o seu propósito. O texto também parece indicar que os líderes religiosos subornaram pessoas para prenderem Jesus: “Chegou [...] uma multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e anciãos” (Mc 14:43). Também é possível que os líderes religiosos estivessem por trás dos “muitos [que] testemunhavam falsamente contra Jesus, mas [cujos] depoimentos não eram coerentes” (Mc 14:56). À luz dessas conjecturas, é interessante ponderar quanto dinheiro os sacerdotes e os outros líderes israelitas gastaram para assegurar a morte do Messias.
A segunda personagem é uma mulher não identificada que estava disposta a gastar com Jesus uma quantia exorbitante de seu próprio capital. Ela comprou um perfume muito caro para ungir a cabeça e os pés de Jesus. Os discípulos avaliaram que o perfume valia uma grande quantia, mais de 300 denários (Mc 14:5). O denário era a moeda romana básica: “Parece equivaler ao salário do dia inteiro de um trabalhador médio” (Mt 20:1-16; Lee Martin McDonald, “Money in the New Testament Era”, em The World of the New Testament: Cultural, Social, and Historical Contexts, ed. Joel B. Green e Lee Martin McDonald [Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2013], p. 573). Com essa informação em mente, podemos inferir que a mulher gastou um valor equivalente ao salário de quase um ano de trabalho. Talvez ela tenha economizado o dinheiro de vários anos de trabalho duro. De qualquer forma, era, de fato, muito dinheiro. A mulher desejava mostrar gratidão a Jesus a um grande custo e sacrifício para si mesma. Jesus, por Sua vez, recompensou grandemente o presente dela, o que mostrou que ela O valorizava profundamente. Marcos 14:9 registra: “Em verdade lhes digo que, onde for pregado em todo o mundo o evangelho, também será contado o que ela fez, para memória dela.”
Os personagens da terceira cena, conforme observamos, são os discípulos e Judas. Ao contrário da mulher anônima, eles consideraram o perfume caro demais para ser desperdiçado com Jesus. Insistiram que aquele “perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, para ser dado aos pobres” (Mc 14:5). Mesmo que o dinheiro não fosse deles, culparam e desacreditaram a mulher por fazer aquela homenagem a Jesus.
Judas estava disposto a receber dinheiro para entregar Jesus aos que tramavam Sua morte. Marcos não fornece detalhes sobre a negociação do preço pela morte de Jesus, mas obtemos essas informações no evangelho de Mateus. De acordo com ele, Judas perguntou aos sacerdotes: “Quanto me darão para que eu O entregue a vocês? E pagaram-lhe trinta moedas de prata” (Mt 26:15). A expressão “trinta moedas de prata”, também traduzida como “trinta siclos de prata”, vem do grego triakonta argyria. Cada uma dessas 30 argyria equivalia a cerca de quatro dracmas. A dracma era “a moeda grega padrão básica, equivalente em valor ao denário romano. [...] É provável que essa seja a moeda na qual Judas recebeu suas ‘trinta moedas de prata’, ou 120 denários” (Mt 26:15; “Money in the New Testament Era”, em The World of the New Testament: Cultural, Social, and Historical Contexts, p. 573, 574).
O valor pago pelos sacerdotes e aceito por Judas era inferior ao valor que a mulher pagou pelo perfume. Resumindo, uma mulher que vivia sozinha pagou aproximadamente 300 denários para ungir Jesus com perfume em Sua memória, enquanto Judas aceitou apenas 120 denários para traí-Lo. A discrepância diz muito. Mostra quão pouco Judas e outros discípulos que simpatizavam com seu ponto de vista valorizavam o Mestre.
O impetuoso Pedro: perto e longe de Jesus
O último personagem das cenas mencionadas de Marcos 14 é Pedro. Ele desempenha um papel ativo nos capítulos finais. Estava entre as pessoas designadas para preparar a Páscoa (Mc 14:12, 13; compare com Lc 22:8). Mais tarde, quando Jesus predisse que Seus discípulos O abandonariam quando fosse preso, “Pedro insistia com mais veemência: – Ainda que me seja necessário morrer com o Senhor, de modo nenhum O negarei” (Mc 14:31; compare com Mc 14:29).
Pedro não conseguiu cumprir o pedido de Jesus: “Vigiem e orem” (Mc 14:38). Mais tarde, tentando defender Jesus, ele cortou violentamente a orelha direita do servo do sumo sacerdote (Jo 18:10; compare com Mc 14:47).
Outra cena em que Pedro aparece é o episódio em que Jesus é conduzido ao sumo sacerdote. Ele O seguiu a distância (Mc 14:54). Mais tarde, foi confrontado por aqueles que o denunciaram como um dos seguidores de Jesus. Em resposta aos seus acusadores, Pedro “começou a praguejar e a jurar: – Não conheço esse Homem de quem vocês estão falando!” (Mc 14:71).
Finalmente, o capítulo termina com Pedro irrompendo em lágrimas de amarga tristeza. A maneira como ele é representado nessas seis cenas ilustra a experiência de muitos seguidores de Jesus em nossos dias. Em certo momento, podemos ser heróis fervorosos na causa de Jesus, mas no momento seguinte podemos vacilar e nos tornar vilões que O traem de maneira inesperada. Para evitar essa instabilidade de caráter, Jesus nos aconselha: “Vigiem e orem, para que não caiam em tentação” (Mc 14:38). A história de Pedro não termina em derrota. Guiado pelo Espírito Santo, ele se tornou um dos pilares da comunidade cristã.
Jesus e o cumprimento da profecia
Por último, vamos destacar a agonia de Jesus nas cenas de Marcos 14. Deve ter sido bastante doloroso para Cristo que Seus próprios discípulos, as pessoas mais próximas Dele, não compreendessem Sua missão. Ao verem Jesus ser ungido pela mulher, os discípulos discutiram sobre o grande desperdício de dinheiro gasto para comprar o caro perfume derramado em Sua cabeça. Deve ter sido muito doloroso para Jesus que dois de Seus discípulos O traíssem e os demais O abandonassem. E deve ter sido profundamente devastador para Ele testemunhar os líderes religiosos e mestres do Seu próprio povo tentando matá-Lo, sendo que Ele era o Messias prometido. Jesus viveu neste mundo como homem. Ele sentiu toda a tristeza que o coração humano poderia suportar em meio a essas circunstâncias traumáticas. “E lhes disse: – A Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14:34). No entanto, nada nem ninguém poderia desviá-Lo do caminho escolhido: o caminho da morte.
Jesus tinha uma compreensão clara de Seu destino. Ele sabia por que estava seguindo o caminho que havia escolhido e aonde isso O levaria. Ele disse: “Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a Seu respeito” (Mc 14:21). Jesus estava consciente de que tudo o que estava acontecendo com Ele ou contra Ele fazia parte do plano divino. Ele sabia que aquilo era “para que se cumprissem as Escrituras” (Mc 14:49). Por isso, quando Pedro tentou convencê-Lo a renunciar à vontade de Deus para Ele no plano da salvação, Jesus viu claramente Satanás falando por intermédio dele como antes havia falado com Eva por meio da serpente. Jesus veio a este mundo para entregar a vida como resgate pela humanidade. Assim, a Bíblia predisse: “O Ungido será morto e não terá nada” (Dn 9:26), ou, literalmente, “não terá ninguém”. Esse terrível destino foi exatamente concretizado.
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Pergunte aos alunos: Por que os discípulos consideraram um desperdício o ato de derramar um perfume caro sobre a cabeça de Jesus? À luz dessa discussão, peça aos membros da classe que considerem os seguintes pensamentos:
“As palavras ditas em indignação: ‘Para que este desperdício?’ (Mt 26:8) fizeram Cristo Se lembrar vividamente do maior sacrifício já feito – a oferta de Si mesmo como expiação por um mundo perdido. O Senhor seria tão generoso para com a família humana que não se poderia dizer que era possível fazer mais. Ao oferecer Jesus, Deus deu todo o Céu. Do ponto de vista humano, esse sacrifício era um desperdício absurdo. Para o raciocínio humano, todo o plano da salvação é um desperdício de misericórdia e recursos. Em toda parte, podemos ver abnegação e sincero sacrifício. Com razão, as hostes celestiais podem observar com espanto a família humana recusando ser erguida e enriquecida com o ilimitado amor expressado em Cristo. Com razão podem exclamar: ‘Para que este desperdício?’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 449).
Você já pensou por que Judas traiu Jesus? Antes de dar sua resposta, leia o parágrafo a seguir:
“Judas pensava que, se Jesus devia ser crucificado, isso aconteceria de qualquer maneira. Seu ato em trair o Salvador não mudaria o resultado. Se Jesus não devia morrer, isso apenas O forçaria a Se libertar. Independentemente do que acontecesse, Judas lucraria alguma coisa com sua traição. Imaginava ter feito um inteligente negócio, traindo seu Senhor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 557).
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Mais do que um ‘‘Olá’’
Costa Rica | Harlin
Harlin reconheceu Flor enquanto passavam pela rua. Como ex-policial, Harlin sabia que Flor estava disposta a vender qualquer coisa em troca de dinheiro para comprar drogas e álcool.
Flor também reconheceu Harlin. As duas mulheres moravam a apenas uma quadra de distância em uma cidade na Costa Rica.
Elas haviam se cumprimentado ao longo dos anos, mas nunca nada além disso.
Naquele dia, Harlin sentiu o desejo de dizer mais do que um simples “olá”.
“Como você está?”, ela perguntou. “Como está sua vida?”
“Está tudo ruim”, respondeu Flor, com tristeza.
Harlin olhou atentamente para a mulher.
“Você tem o que comer?”, perguntou ela.
Flor abaixou a cabeça e começou a chorar.
Harlin estava caminhando até a loja e decidiu comprar comida para Flor.
No caminho de volta para casa depois da loja, ela parou na casa de Flor e deixou um saco de arroz, uma sacola de feijão, e dois pedaços de frango.
No dia seguinte, Harlin viu o pastor da sua igreja do lado de fora de um banco.
“Eu tenho um pouco de comida aqui”, disse o pastor, apontando para uma sacola com arroz, feijão, óleo, farinha e outros itens. “Você conhece alguém que precisa?”
“Sim”, Harlin disse. “Eu tenho uma vizinha que não tem nada para comer”.
“Pegue isso e dê a ela”, disse ele.
Harlin convidou o pastor para ir com ela.
“Venha comigo, assim você verá onde ela mora”, disse ela.
Os dois foram até a casa de Flor e entregaram a comida para ela. Flor ficou muito grata.
Enquanto conversavam, Harlin perguntou se ela gostaria de estudar a Bíblia. Flor disse que sim.
No dia seguinte, Harlin chegou para o estudo bíblico com um homem e três mulheres da igreja. A casa de Flor estava em ruínas demais para se reunirem lá dentro, então eles se reuniram em seu pequeno jardim da frente.
Depois disso, o grupo passou a se reunir uma vez por semana para cantar e estudar a Bíblia. Flor gostava de cantar e gostava muito de uma música que dizia: “Dá-me um novo coração”.
O coração de Flor começou a mudar. Ela parou de insultar e bater nos membros da família e vizinhos que a incomodavam. Suas falas cheias de palavrões tornaram-se puras.
Dois meses depois dos estudos bíblicos, começou a estação chuvosa na Costa Rica, e o grupo não podia mais se reunir no quintal da Flor sem se molhar.
Flor sentia falta dos encontros semanais e procurava a companhia dos membros da igreja adventista no sábado.
Ninguém a convidou para a igreja. Ela foi sozinha.
Mais dois meses se passaram e o pastor da igreja perguntou a Flor se ela gostaria de entregar se coração a Jesus através do batismo.
Ela gostou da pergunta. “Sim”, disse ela. ‘‘Ninguém nunca me perguntou se eu gostaria de ser batizada”.
Pouco tempo depois, Flor mergulhou nas águas do arrependimento.
Flor tinha uma reputação bem conhecida na cidade. Todos conheciam sua vida. As pessoas da cidade tinham visto como ela estava mudando e ficaram maravilhadas ao vê-la caminhando alegremente para casa após seu batismo. Pessoa após pessoa parava para abraçá-la e parabenizá-la.
Flor estava muito feliz! Ela não recebia um abraça há anos.
Vários meses após o seu batismo, Flor continua sendo uma fiel adventista do sétimo dia na Costa Rica.
“Eu agradeço a Deus por minha nova vida”, diz ela. “Eu sou grata por tudo que os membros da igreja fazem por mim”.
Harlin atribui a transformação na vida da Flor ao Espírito Santo. Ela também acredita que foi o Espírito Santo que a levou a dizer mais do que um “olá” no dia em que Flor não tinha comida.
“Deus é grande”, diz Harlin. “Não há nada tão difícil que Ele não possa fazer”.
Essa história missionária fornece uma visão interna da vida na Costa Rica e dos desafios missionários do país. Parte das ofertas deste trimestre ajudarão a abrir um centro de influência que ajudará a compartilhar o amor de Jesus com crianças que correm o risco de se envolverem em uma vida de drogas e álcool. Obrigado por suas ofertas generosas.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2024
Tema geral: O Evangelho de Marcos
Lição 11 – 7 a 14 de setembro
“Levado e julgado”
Autor: Natal Gardino
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Esther Fernandes
Nesta lição, vemos os acontecimentos que ocorreram pouco antes da crucifixão de Cristo. Como já havia sido previsto, os discípulos de Jesus O abandonaram na hora mais difícil. Apesar disso, Ele estava disposto a continuar a missão que veio cumprir e permaneceu firme nela até o fim.
A ação de uma mulher que entrou para a história (Mc 14:1-11)
Ainda que Marcos não mencione o nome da mulher que ungiu Jesus com perfume, sabemos por meio do relato de João que foi Maria, irmã de Marta e de Lázaro (Jo 12:1-3). Alguns estudiosos dizem que, pelo fato de o livro de Marcos ter sido escrito enquanto Maria ainda vivia, não seria prudente que o nome dela fosse revelado, pelo receio de possíveis perseguições, especialmente dos líderes judeus. Porém, como o livro de João foi escrito cerca de cinco décadas depois, ele não viu problema em revelar nomes.
O que Maria fez foi um tratamento de honra. Ela estava muito grata porque Jesus havia perdoado seus pecados. Ela ungiu os pés e a cabeça do Mestre com um perfume caríssimo e molhou os pés Dele com suas lágrimas. Foi um ato de gratidão e de entrega total. Ela não sabia, mas Jesus disse que ela O estava ungindo em preparação para a sepultura.
A última Ceia
O que chamamos de “última Ceia” foi, na verdade, a última ceia pascoal e a primeira cerimônia da Ceia cristã, a Ceia do Senhor. A cerimônia que Jesus e os 12 discípulos tiveram naquela quinta-feira à noite, inicialmente foi a mesma que Deus havia instituído na saída do Egito, a qual era constituída por um cordeiro assado, pão sem fermento e ervas amargas, para lembrar a amargura do Egito (Êx 12:8). Séculos mais tarde, os judeus adicionaram a essa refeição sagrada o suco de uva, também chamado de “vinho”, mas sem fermentação, pois todo tipo de fermento era considerado símbolo do pecado e era proibido nessa ocasião, tendo que ser jogado fora antes da festa da Páscoa (Êx 12:15, 19; Mt 16:6).
Após ter comido a ceia pascoal com os discípulos (Mt 26:19-20; Lc 22:7-8,13-15; Jo 13:4), Jesus lavou os pés de todos eles. Depois disso, Ele voltou à mesa (Jo 13:12) e aproveitou alguns daqueles mesmos símbolos para instituir uma nova cerimônia em lugar da anterior, a qual eles haviam acabado de celebrar minutos antes. Ele tirou o cordeiro assado (ou o que sobrara dele), pois Ele mesmo Se tornaria “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). E removeu também as ervas amargas, que lembravam a escravidão egípcia. Ele escolheu manter da cerimônia anterior apenas o pão e o vinho, ambos sem fermento, para representar o Seu corpo e o Seu sangue, sem pecado, que seriam oferecidos pela humanidade em menos de 24 horas a partir daquele momento.
O sangue que Jesus derramaria no dia seguinte seria, ao mesmo tempo, um cumprimento e uma substituição da aliança mosaica. Moisés havia dito enquanto espargia o sangue de um animal sobre o povo: “Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês” (Êx 24:8). E agora, cerca de 1.500 anos depois, Jesus diz enquanto segura o símbolo de Seu sangue: “Este cálice é a nova aliança no Meu sangue” (Lc 22:20). Até hoje revivemos o significado profundo de Sua morte ao participarmos dessa cerimônia na igreja.
Getsêmani
Jamais entenderemos o sofrimento que Jesus experimentou no jardim do Getsêmani. O horroroso peso dos pecados do mundo já começava a afastá-Lo do Pai de tal maneira que O deixava aterrorizado (Mc 14:34). É assustador ler que Ele suou gotas de sangue (Lc 22:44). A medicina chama essa condição de “hematidrose”, rara estado que pode acontecer quando, sob extrema angústia e tensão psicológica, alguns vasos sanguíneos logo abaixo da pele se rompem e o sangue sai pelos poros.
Mas Ele estava ciente de Sua missão: “Agora a Minha alma está angustiada, e o que direi? ‘Pai, salva-Me desta hora’? Não, pois foi precisamente com este propósito que Eu vim para esta hora. Pai, glorifica o Teu nome” (Jo 12:27,28).
Julgando o Rei
Os líderes religiosos se reuniram furtivamente, à noite, para julgar com suas próprias leis o Juiz do Universo. Contrataram pessoas para mentir e torceram as leis para que pudessem condenar à morte Aquele que os incomodava tanto com Sua luz. De acordo com Marcos, “muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos não eram coerentes” (Mc 14:56).
O segredo messiânico agora não tinha mais sentido. Agora Jesus podia revelar claramente quem era. Ele disse aos Seus acusadores que Ele era o Cristo, e que um dia aquele quadro estaria invertido e Ele seria o juiz julgando os atos deles: “Eu sou, e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu” (Mc 14:62).
Conclusão
Jesus sabia o que O aguardava. Mas Ele veio para isso. A Sua angústia não O impediu de ir até o fim para salvar Seus filhos. A gratidão de Maria foi uma motivação para Ele prosseguir. Além disso, o Salvador foi impelido pela esperança de que muitas outras pessoas também aceitariam a salvação e seriam gratas por isso.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Natal Gardino é mestre em Novo Testamento e doutor em Ministério pela Universidade Andrews. Iniciou seu ministério em 2003 como pastor distrital e atuou em quatro diferentes regiões. Desde 2022, é professor de Novo Testamento do Seminário Adventista de Teologia na FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Irineide Gardino, psicóloga clínica. O casal tem dois filhos: Kaléo e Nicholas.