Lição 6
03 a 10 de fevereiro
Marcas de um mordomo
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Lv 8-10
Verso para memorizar: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1Co 4:1, 2).
Leituras da semana: Hb 11:8-12; Rm 4:13, 18-21; Mt 6:24; Hb 9:14; 1Jo 5:2, 3; Lc 16:10-12

O mordomo é conhecido por sua marca ou sinal distintivo, assim como as grandes empresas são conhecidas por seus logotipos ou marca comercial. Na verdade, muitas pessoas se tornaram famosas transformando-se em uma marca comercializável.

A marca, ou o sinal de um mordomo cristão, é um reflexo do amor de Cristo mediante seu relacionamento com Ele. Quando vivemos e praticamos os traços de caráter de Jesus, revelamos nossa marca. Nossa marca é Sua marca; nossa identidade está associada à Dele (1Co 6:17).

Nesta semana estudaremos os traços de caráter distintivos dos mordomos de Deus. Esses traços formam a sua marca. Eles nos inspiram a aguardar o retorno de Jesus e a realizar o trabalho que nos foi confiado como mordomos fiéis de Sua verdade. Cada característica descreve o relacionamento cada vez mais profundo que podemos ter com Aquele que veio buscar e salvar os perdidos. Quanto mais essas qualidades forem estudadas, mais profundamente elas serão enraizadas em nós. O amoroso caráter de Deus, em toda sua dinâmica, vai se tornar a nossa marca e influenciará cada aspecto da nossa vida, hoje e eternamente.


Faltam três semanas para o movimento mundial dos Dez Dias de Oração! Onde participaremos? Nos pequenos grupos, nas igrejas e em outros lugares. Use sua criatividade!

Domingo, 04 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 11, 12
Fidelidade

"Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1Co 4:2). Lutar e vencer “o bom combate da fé” (1Tm 6:12) é fundamental para um mordomo fiel. Deus é “fiel” e assim devemos ser mediante Sua atuação em nós. Ser fiel significa permanecer firme pelo que sabemos ser o certo, especialmente no momento mais violento de nossas batalhas espirituais.

Os conflitos espirituais entre o certo e o errado, o bem e o mal, certamente ocorrerão. Eles fazem parte da luta da fé. O que caracteriza os mordomos em toda situação é sua decisão de ser fiel. Se você tem a tendência de amar as riquezas, certifique-se de permanecer fiel a Deus e prestar atenção ao que Ele diz sobre os perigos do amor ao dinheiro. Se o desejo pela fama é o seu problema, permaneça fiel ao que a Palavra de Deus revela sobre a humildade. Se você luta contra pensamentos sensuais, permaneça fiel às promessas de santidade. Se sua luta é em relação ao poder, permaneça fiel ao que Deus afirma sobre ser servo de todos. Muitas vezes, a decisão de ser fiel ou infiel é feita em uma fração de segundo, mesmo que as consequências sejam eternas.

1. Leia Hebreus 11:8-12, 17-19 e Romanos 4:13, 18-21. O que esses versículos nos ensinam sobre a fidelidade?

Em hebraico, “fiel” vem da palavra que significa confiar. Dessa mesma raiz hebraica procede a palavra “amém”, cujo significado é ser “sólido” ou “firme”. Ser fiel significa que fomos testados e provados, mas permanecemos firmemente comprometidos com o plano de Deus.

Preparando-se para falar diante do imperador, o reformador Martinho Lutero “leu a Palavra de Deus, examinou seus escritos e procurou redigir sua resposta de maneira apropriada […]. Aproximou-se das santas Escrituras […] e, com emoção, colocou a mão esquerda sobre o volume sagrado. Levantando a mão direita para o céu, jurou permanecer fiel ao evangelho e confessar livremente sua fé, mesmo que tivesse que selar seu testemunho com sangue” (H. Merle d’Aubigné, History of the Reformation [História da Reforma]; Nova York: The American Tract Society, 1846, v. 2, livro 7, p. 260).

Leia Apocalipse 2:10. Em nossa caminhada com o Senhor, o que significa ser “fiel até a morte”?

Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org

Segunda-feira, 05 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 13, 14
Lealdade

2. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6:24). O que esse texto ensina sobre a suprema importância da lealdade a Deus?

Saber que o nome de Deus significa “zeloso” (Êx 34:14) deve representar para nós um forte chamado à lealdade ao nosso Deus “zeloso”, que tem o sentido de lealdade no amor. Na luta da fé, a lealdade ajuda a definir quem somos e nos incentiva a permanecer na batalha.

Nossa lealdade é importante para Deus (1Rs 8:61). Ela não é um contrato que tenta prever todas as eventualidades; nem é apenas uma lista de regras. É, antes, a expressão visível de nossas crenças pessoais, fé e compromisso.

3. Leia 1 Crônicas 28:9. Qual é a importância da lealdade?

Contudo, onde há lealdade, há a possibilidade de traição. A lealdade, assim como o amor, deve ser livremente oferecida, ou não é lealdade verdadeira. Na guerra, as tropas da linha de frente às vezes são forçadas a permanecer e lutar; caso contrário, seus oficiais mandariam matá-las. Esses homens podem cumprir seu dever, mas não necessariamente por lealdade. Esse não é o tipo de lealdade que Deus nos pede.

Pense em Jó. Ele não previu os eventos catastróficos que destruíram sua família, seus bens e sua saúde. Ele poderia ter desistido de confiar, amar e manter seu compromisso com Deus. Porém, sua lealdade foi inabalável. Honesto e sem medo de louvar a Deus publicamente, ele pronunciou as famosas palavras: “Embora Ele me mate, ainda assim esperarei Nele” (Jó 13:15, NVI). A fidelidade de Jó diante do desastre é a essência da lealdade, e ilustra os mordomos fiéis em sua melhor forma.

Pergunte a si mesmo: sou leal ao Senhor que morreu por mim? De que maneira posso revelar melhor essa lealdade?


Terça-feira, 06 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 15, 16
Consciência limpa

Há muitas coisas preciosas que podemos possuir. Saúde, amor, amigos, uma família maravilhosa: todas essas coisas são bênçãos. Mas talvez uma das mais importantes seja a consciência limpa.

4. Leia Hebreus 10:19-22 e 1 Timóteo 4:1, 2. O que significa ter uma “má consciência” e uma “consciência cauterizada”?

Nossa consciência funciona como um monitor interno de nossa vida exterior. A consciência precisa se ligar a um alto e perfeito padrão: a lei de Deus. O Senhor escreveu Sua lei no coração de Adão, mas o pecado quase a apagou (não apenas nele, mas também em seus descendentes). Restaram apenas fragmentos da lei. “[Os gentios] mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-­lhes também a consciência” (Rm 2:15). Jesus venceu onde Adão fracassou porque a lei de Deus estava “dentro do [Seu] coração” (Sl 40:8).

5. Leia Hebreus 9:14. De acordo com Paulo, qual é a única solução para a má consciência? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) O sangue de Jesus derramado por nós.

B.(  ) Fazer penitências a fim de receber o perdão.

“A câmara da consciência, coberta de teia de aranha, deve ser adentrada. As janelas do ser devem ser fechadas em direção da Terra e escancaradas para o Céu, a fim de que os brilhantes raios do Sol da justiça tenham livre acesso […]. A mente deve ser mantida clara e pura para que possa distinguir entre o bem e o mal” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 327, 328). Quando a lei de Deus é escrita no coração do cristão (Hb 8:10), e ele, pela fé, procura seguir essa lei, o resultado é uma consciência limpa.

Manter o foco em Jesus e em Sua morte na cruz o ajuda a se livrar da maldição da “má consciência”?


Quarta-feira, 07 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 17-19
Obediência

Em obediência, Abel se ajoelhou diante do altar, segurando a oferta do cordeiro como Deus tinha ordenado. Caim, por outro lado, ajoelhou-se furiosamente diante de seu altar, segurando o fruto. Ambos trouxeram ofertas, mas apenas um havia obedecido ao mandamento de Deus. O cordeiro morto foi aceito, mas o fruto da terra foi rejeitado. Ambos os irmãos compreendiam o significado e as instruções relacionadas à oferta de sacrifícios, mas apenas um obedeceu ao que o Senhor havia ordenado (Gn 4:1-5).

“A morte de Abel foi consequência da recusa de Caim em aceitar o plano de Deus na escola da obediência, para ser salvo pelo sangue de Jesus Cristo, simbolizado pelas ofertas sacrificais que apontavam para Cristo. Caim recusou-se a derramar o sangue que tipificava o sangue de Cristo, o qual seria derramado pelo mundo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1237).

A obediência começa na mente. Ela envolve o processo delicado de aceitar mentalmente a responsabilidade de executar ordens dadas por um superior. A obediência decorre de um relacionamento com uma figura de autoridade e da disposição de obedecer a ela. No caso do relacionamento com Deus, a obediência é uma ação voluntária e de amor, que molda nosso comportamento para com as obrigações morais. A obediência a Deus deve ser tão específica quanto Ele ordena, e não somente como pensamos ou desejamos que ela seja. O caso de Caim é um exemplo perfeito de alguém fazendo a própria vontade em vez de fazer o que Deus pede.

6.Leia 1 João 5:2, 3; Romanos 1:5; 10:16, 17. O que a obediência significa para os cristãos salvos pela fé, independentemente das obras da lei? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) Significa que amamos ao Senhor.

B.(  ) Significa que somos forçados a servir ao Senhor.

Não obedecemos para ser salvos, mas porque fomos salvos. A obediência é a declaração prática de uma fé virtuosa. Samuel disse a Saul: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1Sm 15:22).

O que Samuel quis dizer com as palavras “obedecer é melhor do que sacrificar”? Como isso nos ajuda a não cair no falso evangelho da “graça barata”?


Quinta-feira, 08 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 20-23
Digno de confiança

7. Leia Lucas 16:10-12. O que significa ser digno de confiança? Por que essa característica é tão importante para um mordomo fiel? Assinale a alternativa correta:

A.(   ) Ser confiável em todas as coisas, começando pelas coisas pequenas.
           Assim, Deus nos confiará as coisas mais importantes.

B.(   ) Ser honesto apenas para com as pessoas da minha igreja.

O princípio da confiabilidade é visto na Bíblia. Quatro guardas levitas eram encarregados de proteger o santuário do Antigo Testamento à noite. Eles deviam guardar os aposentos repletos de tesouros, bem como as chaves para abrir as portas todas as manhãs (1Cr 9:26, 27). Eles recebiam essa tarefa porque eram considerados dignos de confiança.

Ser digno de confiança é uma marca de um bom mordomo. Os mordomos fiéis compreendem o significado de sua função; eles entendem que Deus é digno de confiança e buscam imitá-Lo (Dt 32:4; 1Rs 8:56).

A confiabilidade implica uma série de traços de caráter que demonstram maturidade. Ela é o mais alto nível de caráter e competência que uma pessoa pode alcançar aos olhos dos observadores. Refletir o caráter de Deus significa fazer o que afirmamos que faremos, independentemente das circunstâncias ou de pressões contrárias (2Rs 12:15).

Daniel foi considerado digno de confiança por monarcas de dois reinos mundiais. Sua reputação como conselheiro que destemidamente transmitia sabedoria e verdade aos reis opunha-se diretamente àquela dos adivinhos e dos mágicos da corte. A confiabilidade é a joia da coroa da ética; ela exibe seus princípios morais da maneira mais pura. Essa qualidade em um mordomo não aparece “do dia para a noite”, mas surge ao longo do tempo, à medida que somos fiéis mesmo nas pequenas coisas.

As pessoas percebem se somos, ou não, dignos de confiança. Elas confiarão em nós se perceberem que não somos influenciados por opiniões, modismos nem lisonjas. Ser digno de confiança é uma demonstração do desempenho do nosso caráter em todas as nossas responsabilidades; um teste para o Céu. “Devemos ser súditos fiéis do reino de Cristo, dignos de confiança, para que os que são mundanos possam ter uma imagem fiel das riquezas, bondade, misericórdia, compaixão e cortesia dos cidadãos do reino de Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 190).

 

Pense em alguém confiável. Essa pessoa pode ajudar você a ser mais confiável?


Sexta-feira, 09 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 24, 25
Estudo adicional

Outra característica de um bom mordomo é a responsabilidade individual. “Sempre tem sido o desígnio de Satanás afastar a mente do povo, de Jesus para o homem, e destruir a responsabilidade individual. Satanás fracassou em seu desígnio quando tentou o Filho de Deus; porém, foi mais bem-sucedido quando veio ao homem decaído. O cristianismo se corrompeu” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 213).

Tendo Cristo no centro do nosso ser, estamos abertos à Sua orientação. Como resultado, nossa fé, lealdade, obediência, consciência limpa, confiabilidade e responsabilidade individual serão reveladas em nossa vida. Assim, tornamo-nos plenos nas mãos de Deus (Sl 139:23, 24).

A responsabilidade individual é um princípio bíblico essencial. Enquanto esteve na Terra, Jesus foi responsável perante o Pai (Jo 8:28). Somos responsáveis por toda palavra frívola que pronunciamos (Mt 12:36; leia também Lc 12:48). Porém, a maior ameaça à responsabilidade individual é a tendência de transferir nossas responsabilidades para outra pessoa. “Não é nossa propriedade particular que é confiada a nós para investimento. Se fosse, poderíamos reivindicar poder arbitrário sobre ela; poderíamos transferir nossa responsabilidade para os outros e deixar nossa mordomia com eles. Todavia, não pode ser assim, porque o Senhor nos fez individualmente Seus mordomos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 177).

Perguntas para discussão

1. Um mordomo deve ter responsabilidade individual, confiabilidade, obediência e consciência limpa. Qual é a relação entre elas? A negligência em uma área leva à negligência nas outras? A fidelidade em uma área pode levar à fidelidade nas outras?

2. As promessas do evangelho podem ajudar aqueles que estão lutando com a “má consciência”? Quais promessas eles podem reivindicar?

3. Muitas vezes vemos o conceito de “lealdade” como algo bom. Mas é sempre assim? Podemos ser leais a alguém ou algo que não é bom? Por que o conceito de “lealdade” deve ser sempre entendido num contexto específico, para que verifiquemos se essa lealdade é boa ou inapropriada?

Respostas e atividades da semana: 1. Escolha dois alunos e peça a cada um deles que leia um dos textos em voz alta. Pergunte à classe: “Quais são as maiores dificuldades que enfrentamos para ser fiéis?” 2. Pergunte à classe: “O que significa, na prática, a lealdade ao Senhor?” 3. Peça que um aluno leia o texto. Comente a questão com a classe. Compartilhe testemunhos de pessoas que foram leais a Deus em meio a grande provação e saíram vitoriosas. 4. Solicite que dois voluntários leiam os textos em voz alta. Em seguida, comente a questão com a classe. Discutam a importância de ter uma consciência limpa. 5. A. 6. V; F. 7. A.



Resumo da Lição 6
Marcas de um mordomo

TEXTO-CHAVE: 1 Coríntios 4:1, 2

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Identificar as características de um mordomo cristão.

Sentir: A importância de incorporar essas características à sua vida pessoal.

Fazer: Tomar medidas tangíveis para integrar essas características em sua caminhada diária.

ESBOÇO

I. Saber: Identificação das marcas de um mordomo

A. Qual é a essência da fidelidade e da lealdade?

B. Qual é o significado fundamental de integridade?

C. Qual é a importância da obediência e da confiabilidade?

II. Sentir: A vida de um mordomo autêntico

A. Como podemos promover a reprodução de uma mordomia autêntica, primeiramente em nossa vida e, em seguida, em toda a igreja?

B. Como podemos estimular o amadurecimento de jovens cristãos que genuinamente desejam ser mordomos de Deus?

III. Fazer: Criando uma atmosfera de mordomia

A. Como podemos tornar a mordomia atrativa e cheia de aventuras para quem nunca a experimentou?

B. Como podemos ilustrar os princípios da mordomia para que sua imagem seja clara e não excessivamente complexa?

C. Como podemos demonstrar os benefícios espirituais da verdadeira mordomia?

RESUMO:
Assim como um alvo oferece metas para o arqueiro, nossa lição apresenta objetivos a todos os que buscam o caminho da mordomia comprometida. Essas marcas da verdadeira mordomia, quando integradas na vida, constituem o fundamento do sucesso, propósito, significado e senso de pertencimento.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: 1 Coríntios 4:1, 2

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A fidelidade é um requisito divino. Sem ela, nenhum ser humano pode alcançar a paz duradoura nem desfrutar de uma realização espiritual.

Para o professor: Toda atividade atlética envolve o domínio de certas práticas para que o sucesso seja alcançado. Essas práticas são repetidas com sucesso cada vez maior até que finalmente as dominemos. Algumas habilidades surgem mais naturalmente do que outras, e é com grande dificuldade que nos tornamos peritos naquelas que não são inatas. Porém, com esforço contínuo, mesmo esses comportamentos aprendidos podem se tornar quase que instintivos.

Os filhos destros de Dan decidiram, quando começaram a jogar basquete, que treinariam o corpo para usar a mão esquerda tão habilmente quanto utilizavam a mão direita. Eles não apenas driblavam com a bola usando a mão esquerda nos treinos, mas também comiam e tentavam escrever com essa mesma mão; tentavam se tornar canhotos tão bons quanto eram destros. Utilizar a mão esquerda tornava-se mais normal a cada sucessiva tentativa. Da mesma forma, as características da verdadeira mordomia podem parecer distantes e difíceis de alcançar, mas com esforço diligente elas podem se tornar tão naturais quanto respirar.

Discussão inicial: Escolha uma profissão ou vocação com a qual os alunos estejam familiarizados. Listem juntos as características que uma pessoa precisaria para ser bem-sucedida nesse trabalho. Em seguida, incentive-os a justificar por que essas coisas são necessárias ou úteis. Discutam o que poderia acontecer se essa pessoa não tivesse essas características essenciais.

Em seguida, faça a aplicação espiritual: sem se limitar à lista enfatizada na lição, peça aos alunos que desenvolvam uma lista das características essenciais a um mordomo cristão. Por que elas são necessárias e como elas contribuem para a realização do trabalho de um mordomo? Se essas características estiverem ausentes, como a função do mordomo é comprometida?

 Compreensão

Para o professor: O estudo desta semana destaca algumas características fundamentais de um mordomo cristão. É evidente que outras qualidades podem ser adicionadas, mas a nossa lista nos dá a oportunidade de analisar profundamente muitos requisitos essenciais à mordomia bem-sucedida. Por uma questão de organização, o comentário bíblico a seguir se vale dos seguintes grupos: (a) fidelidade e lealdade, (b) integridade (consciência limpa), (c) obediência e confiabilidade.

Comentário bíblico

I. Fidelidade e lealdade

(Recapitule com a classe 1Co 4:1, 2; Hb 11:8-12, 17-19; Ap 2:10; Mt 6:24; 1Cr 28:9.)

Paulo escreveu: “O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis. Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo” (1Co 4:2, 3). Quando a fidelidade e a lealdade são avaliadas, a única opinião que conta é a de Deus. O ser humano errante, ao desejar aprovação e aceitação, muitas vezes perde de vista esse fato e tenta agradar a igreja, seus amigos, colegas de trabalho e colegas de classe.

Fidelidade, segundo Paulo, não tem nada a ver com popularidade. É nada mais nada menos que dedicada lealdade aos deveres atribuídos por Deus. Assim como não podemos servir a Deus e a Mamon, também não podemos ser fiéis às pessoas e ao nosso Deus. Se nos distrairmos com opiniões mundanas, certamente interpretaremos mal as ordens de Deus. Podemos facilmente ser aprovados pelo mundo e ainda assim falharmos miseravelmente quando avaliados de acordo com o padrão de Deus. Seu padrão exige que tenhamos firmeza e determinação. Davi admoestou Salomão: “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-O de coração íntegro e alma voluntária; porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento” (1Cr 28:9).

Ananias e Safira não tiveram essa atitude firme. Muitas vezes nos esquecemos de que eles tinham a obra de Deus no coração, provavelmente mais do que milhões de cristãos hoje que sequer pensam em apoiar a missão de Deus de alguma forma. Eles fizeram uma doação substancial à causa. Contudo, não estavam doando tudo o que tinham prometido. A lealdade deles estava dividida. Eles não foram firmes. “Deus ficará com a maior parte, mas também precisamos cuidar de nós”, parece ter sido o pensamento deles. Deus não aceita lealdade parcial. O jovem rico do capítulo dezenove de Mateus aprendeu essa verdade da maneira mais difícil.

Uma mente disposta e um coração leal, incondicionalmente rendido a Deus, são os requisitos absolutos de Cristo.

Pense nisto: À luz das histórias trágicas de Ananias e Safira e do jovem rico, como podemos assegurar que nossa lealdade não seja dividida?

II. Integridade

(Recapitule com a classe Hb 9:14; 10:19-22; 1Tm 4:1, 2; Rm 2:14, 15; Sl 40:7, 8.)

Uma consciência limpa é o resultado inevitável da integridade, que significa plenitude e firmeza. Ela pode se referir à completa lealdade ou a um estado incólume do ser. Sem integridade é absolutamente impossível ter uma consciência limpa. A palavra “consciência” em inglês
é derivada da palavra grega syneid?sis, uma combinação das palavras syn, que significa “com”, e
oida, que significa “conhecer”. Sempre que o eu que projetamos ao mundo é diferente da pessoa que realmente somos, a crise de integridade nos torna suscetíveis à psicose e a outras formas de degeneração mental, produzindo até mesmo sintomas físicos. Feliz é a pessoa autêntica e sincera diante de Deus.

Pense nisto: A disposição para receber críticas nos ajuda a validar nossa integridade. De que maneira isso ocorre?

III. Obediência e confiabilidade

(Recapitule com a classe 1Jo 5:2; Rm 1:5; 10:16, 17; Lc 16:10-12; 1Cr 9:26, 27.)

A obediência talvez seja a evidência mais pura de confiança. J. H. Sammis certamente entendeu essa relação quando escreveu a letra do clássico hino de Daniel Towner, “Crer e Observar”. A obediência (ou fazer o que o outro manda) está fundamentada em um relacionamento de confiança com alguém aceito como autoridade.

Além da confiança, há outro motivo para obedecer. Nossa obediência pode ser motivada pelo medo. Se uma pessoa for capturada por um terrorista, ela provavelmente obedecerá por medo. Essa obediência forçada, no entanto, não é a que sustenta o relacionamento constante entre senhor e mordomo. A confiança de que falamos é resultado de um relacionamento cada vez maior, construído ao longo do tempo. George Beverly Shea, o solista associado às vigorosas campanhas evangelísticas de Billy Graham, cantou: “Quanto mais eu O sirvo, mais doce Ele Se torna”. Esse relacionamento é edificado e fortalecido sempre que Deus supre nossas necessidades, cada vez que examinamos mais profundamente o preço de nossa redenção, em toda ocasião em que nossa oração é respondida e sempre que refletimos sobre as maravilhas da criação.

Ter uma imagem mais completa do caráter e da personalidade de Deus torna mais fácil nossa confiança e obediência a Ele. Os relacionamentos, no entanto, não são unilaterais. Os mordomos comprometidos aprendem primeiramente a confiar em Deus, mas, inevitavelmente, colocam a vida em ordem para que Deus possa confiar neles. Esse compromisso é confiabilidade. Ele também é construído ao longo do tempo. Primeiramente Deus nos prova com coisas pequenas, mas à medida que o relacionamento cresce, Ele nos confia responsabilidades maiores.

Considere isso: Como a confiança e a confiabilidade estão relacionadas? 

Aplicação 

Para o professor: A marca indispensável de um mordomo é ter um relacionamento com o Proprietário. Esse relacionamento pode não ser perfeito, mas ele deve existir até certo ponto. Se incorporarmos à nossa vida as características apresentadas nesta lição, poderemos desfrutar da suprema paz e plena satisfação que a vida pode oferecer.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. Quais práticas nos ajudarão a confiar mais em Deus?

2. O que precisamos mudar para que Deus possa confiar mais em nós?

3. Quais planos a igreja pode desenvolver para cultivar e incentivar os itens acima?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Nada temos a temer, a não ser que nos esqueçamos de como Deus nos guiou e nos ensinou no passado. Visto que estabelecemos que a obediência depende da confiança e a confiança depende do relacionamento, os alunos devem recapitular essa relação entre confiança e obediência, concentrando-se na maneira pela qual Deus os conduziu pessoalmente.

Atividade final

Peça aos alunos que compartilhem testemunhos pessoais de como Deus os guiou e instruiu, destacando como isso desenvolveu sua confiança e obediência.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 


A oração respondida

Na primeira vez em que Olga Chee convidou o marido, Johnny, para acompanhá-la à igreja adventista, ele respondeu rispidamente: “Irei com você a qualquer igreja, menos a essa!” Johnny pensava que a Igreja Adventista fosse uma seita e, algumas semanas depois, rejeitou o segundo convite de Olga. Eles estavam procurando uma igreja em Orange Walk, cidade de 15 mil habitantes em Belize, país centro-americano. Eles não eram religiosos, mas Olga começou a sentir um desejo muito grande de conhecer uma igreja. O casal foi com amigos a uma igreja conservadora aos domingos, mas havia algo errado. “Saíamos da igreja e nossa vida continuava da mesma forma”, Olga diz. “Participávamos de jogos de azar com os amigos e meu esposo bebia. Sentia um vazio que não conseguia entender.”

Atrás da casa em que moravam, vivia um casal adventista. A esposa se aproximou do muro, conversou e orou com Olga. Por duas vezes, ela a convidou e aos três filhos para visitar a igreja. Foi quando Olga perguntou se Johnny gostaria de acompanhá-los.

Finalmente, Olga se converteu a uma igreja liberal que guardava o domingo, e Johnny se apaixonou pelos membros dessa igreja, da qual participaram por quase cinco anos. Mas, novamente, Olga e Johnny começaram a sentir que faltava alguma coisa na vida deles, e oraram a Deus pedindo ajuda. Poucos dias depois, um parente telefonou a Johnny, que era empresário, e lhe pediu para auxiliar no trabalho com um restaurante e pizzaria no outro lado do país.

O sinal

Após a partida do marido, Olga orou: “Deus, se é a Tua vontade que nos mudemos, por favor, dá-me um sinal.” Ela não contou a ninguém sobre sua oração. Quatro semanas se passaram, e Johnny telefonou para Olga dizendo-lhe que havia chegado o momento de se mudarem com os filhos. “Não se preocupe”, ele explicou: “Você já tem tudo: um lar, escola para crianças e todos os móveis. De fato, terá tudo de que precisar, exceto energia elétrica.”

Parecia uma resposta à sua oração. Então, Olga e as crianças se mudaram. Na nova cidade, ela encontrou uma igreja da mesma denominação que frequentava. Um verso bíblico na fachada da igreja chamou sua atenção: “Se hoje vocês ouvirem a Sua voz, não endureçam o coração” (Hb 3:15, NVI). Olga leu esse verso todos os domingos durantes seis meses. Após esse período, Johnny terminou seu trabalho na pizzaria e a família voltou para Orange Walk. Olga e Johnny voltaram para sua antiga igreja, mas algo não parecia certo.

Certa manhã, Olga ligou o rádio e ouviu o evangelista adventista Doug Batchelor falar sobre o sábado. “Por algum motivo, meu coração aqueceu enquanto ele falava”, disse Olga. “Então me lembrei do versículo da Bíblia sobre não endurecer meu coração. Eu sabia que tinha que agir.”

Olga encontrou Johnny trabalhando em um restaurante que ele tinha aberto havia pouco tempo. “O que você pensa sobre o sábado?”, ela perguntou. Johnny gritou com raiva: “Não quero ouvir nada sobre o sábado! Podemos guardar uma quarta-feira, uma sexta-feira ou outro dia. Não importa.” Olga recuou. “Se vamos discutir sobre isso, então não é de Deus”, disse ela. “Vou parar com isso agora.”

Naquela tarde, Olga ajoelhou-se na cozinha do restaurante e disse: “Deus, se for Tua vontade que guardemos o sábado, faça com que meu marido vá comigo à igreja. Tu criate a família e sei que não é Tua vontade que as famílias se dissolvam.”

A decisão

Olga foi dormir às 21 horas. Levantou-se a 1 hora da manhã para ir ao banheiro, e notou que Johnny estava sentado na frente do computador com uma Bíblia aberta sobre a mesa. Ele estava procurando algo. Johnny nada falou, e Olga voltou para a cama. Pela manhã, quando Olga se levantou para ir trabalhar, Johnny disse: “Sabe de uma coisa? Estou totalmente convencido de que precisamos adorar a Deus no sábado.” Olga ficou chocada! Ela pediu a seu marido que explicasse por que havia mudado de ideia. Ele disse que tinha ligado a televisão depois que ela tinha ido para a cama e acabou assistindo a um programa com Doug Batchelor.

“Doug Batchelor estava pregando sobre os Dez Mandamentos e como as pessoas estavam enganadas sobre a guarda do quarto mandamento”, disse Johnny. “Isso me levou a iniciar uma pesquisa mais profunda na Bíblia na mesma noite”. Olga e Johnny foram para a igreja adventista no sábado seguinte e nunca mais saíram dela!

Assista no YouTube a curtos vídeos de Olga, no link: bit.ly/olga-chee; e Johnny, no link: bit.ly/johnny-chee

Resumo missionário

  • A mensagem adventista chegou a Belize (então Honduras britânica) por meio da literatura adventista. Por volta de 1885, a Sra. E. Gauterau, de Honduras, que havia se convertido na Califórnia, distribuiu publicações em ambos os países.
  • A culinária de Belize é uma mistura de todas as diferentes culturas do país – é semelhante às culinária mexicana/centro-americana e jamaicana/anglo-caribenha.
  • O Cross-Country Cycling Classic é um dos eventos esportivos mais importantes em Belize. Esse evento de um dia é para ciclistas amadores e ganhou popularidade mundial. Um funcionário do governo, Monrad Metzgen, teve a ideia quando viu pessoas de uma pequena aldeia na estrada do Norte, que viajavam longas distâncias em bicicletas, por péssimas estradas, participando do jogo semanal de críquete.
  • A flor nacional é a orquídea negra, e o pássaro nacional é o tucano de bico colorido.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 6: 3 a 10 de fevereiro

Marcas de um mordomo

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Até agora neste trimestre consideramos (1) a influência do materialismo na vida das pessoas, mesmo as cristãs; (2) o problema do egoísmo, ambição e ganância dos quais o cristão deve fugir; (3) a questão da devoção e do serviço – é impossível servir a Deus e à riqueza: é um ou o outro; (4) os recursos divinos disponíveis para que o cristão fuja do mundanismo; e, (5) o conceito de mordomo no Antigo e Novo Testamentos.

Após considerar esses temas, é imprescindível conhecer o perfil do mordomo de Deus, cujo caráter é confiável. Para isso, é necessário entender que mordomo, mais que um título, é uma função que requer atitude e ação. Um mordomo que não cumpre seu dever não é apenas negligente: é irresponsável e desonesto; portanto, descartável!

Pelo menos seis características revelam os mordomos confiáveis, que satisfazem o coração de seu Senhor:

1. Fidelidade: O mordomo precisa ser fiel ao seu senhor. Considerando que fidelidade gera confiança, sem ela o mordomo se torna desclassificado. No âmbito religioso, “todos os que possuem [...] o espírito de Cristo, com espontânea alegria farão com que suas doações fluam para a tesouraria do Senhor. Inspirados pelo amor a Cristo e pelo amor às pessoas por quem Ele morreu, sentem intenso fervor em desempenhar sua parte com fidelidade” (Ellen G. White. Conselhos Sobre Mordomia, p. 30).

O mordomo fiel é aquele que, desde que se converteu, torna-se um reflexo do caráter de Cristo e passa a representá-Lo ao mundo. O mordomo deve ser fiel ao seu Senhor mesmo em face da morte (Ap 2:10), como Cristo foi.

2. Lealdade: Cristo é o Criador de todas as coisas; “tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1:16). Por isso, desde o início Ele esperou e ainda espera lealdade de Seus representantes na Terra. “O Senhor colocou nossos primeiros pais no Jardim do Éden. Cercou-os de tudo aquilo que lhes poderia trazer felicidade, e lhes ordenou que O reconhecessem como o possuidor de todas as coisas. Fez crescer, no jardim, toda árvore agradável à vista ou boa para se comer; mas, dentre elas, fez uma reserva. De todas as demais, Adão e Eva poderiam comer livremente; mas, sobre essa única árvore, disse Deus: ‘Dela não comerás’. Aí estava a prova de sua gratidão e lealdade a Deus (Ibid., p. 66).

Mesmo não tendo a árvore da ciência do bem e do mal nos dias atuais, o princípio de lealdade ao Criador deve caracterizar todos os mordomos de Deus em cada circunstância.

3. Consciência limpa: Liberto do pecado, livre da culpa e salvo da condenação, o pecador que passa a pertencer a Deus recebe a impressão dos Seus mandamentos no coração (Jr 31:31-34). Consequentemente, o indivíduo arrependido e convertido a Cristo terá consciência limpa. “Se ama e teme a Deus, aquele a quem Ele tem confiado grande capital não considerará um fardo pesado atender às exigências de uma consciência iluminada segundo os ditames de Deus” (Ibid., p. 74). Ao morrer para o eu, o cristão vive para Deus. Dessa forma ele manterá a consciência limpa.

4. Obediência: Assim como um rei exige obediência de seus súditos, ou como um empregador espera obediência de seus empregados, o Soberano Deus Criador e Salvador espera obediência de Suas criaturas racionais. Quando o pecador é liberto da rebelião e da desobediência, torna-se submisso e dependente do Salvador. Obediência parcial não é verdadeira obediência, como se nota no exemplo de Caim (Gn 4:1-5). O cristão que deseja ser mordomo fiel deve decorar o princípio exposto em 1 Samuel 15:22: “Obedecer é melhor que sacrificar”. Além disso, é preciso abraçar essa norma. Esse é “um dos trechos clássicos da Palavra de Deus. A obediência precisa vir antes e acima de todas as coisas. Esse é o lema de quem deseja servir e agradar ao Senhor” (William MacDonald, Comentário Bíblico Popular, p. 207).

5. Confiabilidade: Assim como o empregado dedicado, proativo e responsável é digno da confiança de seu patrão, um mordomo fiel, leal e obediente é digno da confiança de seu Senhor. “Quando Deus confia ao homem riquezas, é para que ele possa adornar a doutrina de Cristo, nosso Salvador, usando seus tesouros terrestres no avanço do reino de Deus no mundo. Ele deve representar Cristo, e, portanto, não viver para agradar e glorificar a si mesmo, para receber honra porque é rico. Sempre que o coração é purificado do pecado, Cristo é colocado no trono uma vez ocupado pela condescendência própria e pelo amor aos tesouros terrenos. Vê-se a imagem de Cristo na expressão do rosto. A obra de santificação é levada avante na pessoa. É banido o egoísmo. Vê-se o aparecimento do novo homem, que, segundo Cristo, é criado em justiça e verdadeira santidade” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 27, 28).

Assim transformado, o ser humano se torna digno da confiança divina.

6. Responsabilidade individual: Cada cristão deve ser responsável. “É propósito de Deus que ricos e pobres sejam intimamente ligados pelos laços da simpatia e da prestatividade. Ele tem um plano para nós, individualmente. A todos os que O servirem Ele designou um trabalho” (Ibid., p. 161). Portanto, o mordomo fiel cumpre sua responsabilidade. Quando o mordomo não é responsável “Deus é ultrajado pela indiferença daqueles a quem Ele confiou os Seus bens”. Seus mordomos negligentes Lhe “trazem descrédito” (Ibid., p. 48).

Conhecendo as marcas do “mordomo bíblico” é possível se autoavaliar. Além disso, há exemplos positivos e negativos na Bíblia para orientar nossa vida. Abel foi fiel até a morte. Caim obedeceu conforme o próprio padrão (Gn 4:1-5). Jó consagrou tudo o que tinha ao Senhor; sua integridade, retidão, temor a Deus e firmeza ao desviar-se do mal, mesmo em face da desgraça, caracterizam-no como bom mordomo (Jó 1-2). Ananias e Safira, e também o jovem rico, embora dedicados a Deus, não foram íntegros nem leais: Ficaram divididos entre o Senhor e os bens materiais (Mt 19:16-22; At 5:1-10).

O conselho de Davi a Salomão é valioso aos que almejam ser bons mordomos nos dias atuais (1Cr 28:9). O exemplo de Paulo em 1 Coríntios 4:1-4 nos motiva para isso.

“Deus requer dos despenseiros fidelidade. Sucesso sem fidelidade é consumado fracasso. No dia em que formos prestar contas de nossa administração, o que Deus vai pesar não é o critério do sucesso ou da popularidade, mas o critério da fidelidade. O que Deus requer do despenseiro não é sucesso nem popularidade, mas fidelidade: fidelidade ao Senhor, fidelidade à missão e fidelidade ao povo” (Hernandes Dias Lopes. 1 Coríntios, p. 74, 75).

Deus precisa de bons e fiéis mordomos! Ele procura pessoas com essas qualidades. Nós seremos esse tipo servos do Senhor? Que Deus possa nos transformar em mordomos com essas características, de modo que nossa vida glorifique Seu nome!

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Fraiburgo, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.