Lição 7
12 a 18 de maio
Mateus 24 e 25
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Cr 8, 9
Verso para memorizar: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24).
Leituras da semana: Mt 24:1-25; Ap 13:11-17; Mt 7:24-27; Lc 21:20; Mt 25:1-30

Em Mateus 24 e 25, Jesus revelou verdades importantes sobre o tempo do fim e sobre a preparação para esse tempo. Em certo sentido, esses capítulos são ensinamentos de Cristo sobre os eventos finais. Ao mesmo tempo, contemplando o futuro mais imediato, Jesus viu a iminente destruição de Jerusalém, uma tragédia de proporções catastróficas para Seu povo.

Cristo também falou aos Seus seguidores das gerações futuras, incluindo especialmente a última geração, aquela que estará viva quando Ele retornar. O cenário descrito por Jesus também não é muito agradável. Guerras, rumores de guerras, pestes, falsos cristos e perseguições – esse será o destino do mundo e o desafio para Sua igreja. Surpreendentemente, ao contemplar a história, podemos ver como Suas profecias foram exatas. Portanto, podemos crer que Ele cumprirá também as profecias ainda não cumpridas em nosso tempo.

Mas Jesus não apenas advertiu sobre o que estava por vir. Em Mateus 25, Ele contou parábolas que, se forem ouvidas e colocadas em prática, prepararão Seu povo para a vinda do “Filho do Homem” (Mt 25:31). Tempos difíceis virão, mas o Senhor preparará um povo para encontrá-Lo quando Ele voltar.


No dia 27 de maio, logo após o Impacto Esperança, realize em sua comunidade uma Feira de Saúde. Faça parceria entre as igrejas da sua cidade e multiplique esperança!

Domingo, 13 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Uma poderosa confirmação das profecias

Uma poderosa confirmação das profecias

Nos dias anteriores à crucificação de Jesus, os discípulos falaram com Ele no Monte das Oliveiras. Imagine ouvir Cristo dizendo que o templo seria destruído! Não sabemos exatamente o que se passou na mente deles, mas as perguntas que eles fizeram posteriormente indicam que eles relacionaram a destruição do templo com “o fim dos tempos” (Mt 24:3; NVI).

1. Leia Mateus 24:1-25. Qual foi a mensagem de Jesus aos Seus seguidores sobre os últimos dias?

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O texto de Mateus 24:1-25 deixa claro que, entre outras coisas, Cristo estava preocupado com os enganos que confundiriam Seu povo ao longo dos séculos, até o tempo do fim. Um desses enganos são os falsos profetas e falsos cristos. Alguns falsos profetas alegarão representar Cristo; outros reivindicarão ser o próprio Jesus. E algo terrível é que muitas pessoas acreditarão neles.

Temos visto uma triste mas poderosa confirmação da Palavra de Deus. Ao longo da História, e até mesmo em nos nossos dias, têm surgido enganadores dizendo: “Eu sou o Cristo”. Que profecia extraordinária! Vivendo neste tempo, podemos examinar os longos séculos da história e ver exatamente como essa profecia foi precisa, de uma forma que os que viveram no tempo de Cristo não puderam testemunhar! Também não devemos ficar surpresos se enganos como esses se intensificarem à medida que nos aproximamos da crise final.

Além disso, no contexto da confirmação da fé, veja como Jesus descreveu a condição do mundo. Em diversas ocasiões na história da Terra desde Cristo, as pessoas puseram sua esperança em coisas que “eliminariam” ou pelo menos “reduziriam” muito os sofrimentos e a aflição da humanidade. Movimentos políticos, tecnologia, ciência ou razão – em um momento ou outro, as pessoas têm esperado que essas coisas introduzam uma utopia na Terra. Conforme o doloroso testemunho da história tem mostrado repetidamente, essa esperança sempre tem se provado infundada. O mundo hoje é exatamente como Jesus disse que seria. As palavras de Cristo, proferidas há quase dois mil anos, mostram como essa “esperança” tem sido realmente um equívoco.

Leia Mateus 24:25. Como podemos fortalecer nossa fé?

Viva a comunidade do amor: organize um pequeno grupo. Convide seus amigos.

Segunda-feira, 14 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
Perseverando até o fim

2. Leia Mateus 24:9 e Apocalipse 13:11 a 17. Quais são os paralelos entre o que Jesus disse em Mateus e o que Ele inspirou João a escrever no Apocalipse?

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A preocupação de Cristo com Seu povo no tempo do fim inclui um engano de esfera global que fará com que as nações se oponham à verdadeira fé e imponham uma falsa forma de adoração no mundo. Aqueles que permanecerem firmes enfrentarão ódio, tribulação e até morte.

3. Leia Mateus 24:13. Qual é o segredo para ser salvo e se manter fiel, mesmo em meio à oposição mundial? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Devemos parar de pecar e garantir nossa salvação.

B.( ) Devemos perseverar na fé em Cristo até o fim.

“Nenhuma pessoa, a não ser os que fortaleceram a mente com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 593). Isso significa que todos os que fortalecem a mente com as verdades bíblicas não serão arrastados por nenhum engano do tempo do fim. Eles devem estar fundamentados na verdade para este tempo; caso contrário, os enganos os esmagarão.

4. De acordo com Mateus 7:24 a 27, o que é fundamental para que permaneçamos fiéis a Deus? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Apoiar-se na sabedoria das pessoas mais inteligentes.

B.( ) Firmar-se na Rocha, que é Cristo e Sua Palavra, e obedecer.

Por mais importante que seja fundamentar-se intelectualmente na Palavra de Deus, de acordo com Jesus, isso não é suficiente para que permaneçamos fiéis em meio às provações que enfrentaremos. Devemos praticar o que aprendemos; ou seja, temos que obedecer à verdade como ela é em Jesus. Na parábola acima, ambos os construtores ouviram as palavras de Cristo. A diferença entre eles, entre resistir e não resistir, foi a obediência ao que Jesus ensinava.

Por que aquele que obedece se mantém de pé e o que não obedece cai? A obediência faz a diferença para que permaneçamos firmes na fé?


Terça-feira, 15 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
“A abominação da desolação”

Em Seu poderoso discurso sobre o tempo do fim, Cristo mencionou “a abominação da desolação” (Mt 24:15, ARC), uma imagem do livro de Daniel (Dn 9:27; 11:31; 12:11).

Quando algo era uma grave transgressão de Sua lei, Deus declarava que isso era “abominável”, como a idolatria (Dt 27:15) ou as práticas sexuais imorais (Lv 18:22). Por isso, essa “abominação desoladora” envolvia um certo tipo de apostasia religiosa.

5. Leia Mateus 24:15 e Lucas 21:20. Sobre o que Jesus Se referiu quando falou sobre a “abominação desoladora”? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Ao sofrimento causado pela seca, falta de alimentos e doenças.

B.( ) À destruição de Jerusalém.

Esses dois textos deixam claro que a profecia de Jesus inclui, em um sentido mais imediato, a terrível destruição que viria sobre Jerusalém em 70 d.C., quando Roma pagã destruiria não apenas a cidade, mas também o templo sagrado.

No entanto, há um segundo cumprimento para essa profecia, em que os eventos mais imediatos, como a destruição de Jerusalém, constituem um tipo do futuro, os eventos finais. “Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo endurecido na incredulidade e rebelião, e apressando-se ao encontro dos divinos juízos retributivos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 22).

Em Daniel 12:11 e 11:31, a “abominação desoladora” aparece relacionada à última fase de Roma, o período papal, em que um sistema alternativo de mediação e salvação foi estabelecido, e que busca usurpar o que Cristo fez e está fazendo por nós hoje no santuário celestial.

Daniel 8, especialmente os versos 9 a 12, coloca esses eventos em seu contexto histórico, dividindo o poder romano em duas fases. A primeira fase, vista na rápida expansão horizontal do chifre pequeno (Dn 8:9), mostra o vasto império de Roma pagã. Na segunda fase (Dn 8:10-12), o chifre pequeno cresce verticalmente, lançando por terra algumas estrelas (perseguindo o povo de Deus) e engrandecendo-se até ao “príncipe do exército” (Dn 8:11), Jesus. Essa fase representa o período papal, que surgiu da queda do Império Romano pagão, mas continua sendo Roma. É por isso que um único símbolo, o chifre pequeno, representa ambas as fases do mesmo poder. O juízo em Daniel 7:9, 10, a purificação do santuário em Daniel 8:14 e os sinais no céu em Mateus 24 – todos indicam a intervenção de Deus em favor de Seu povo nos últimos dias.



Quarta-feira, 16 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
As dez virgens

Depois de Seu discurso sobre os sinais de Sua vinda (Mt 24), Jesus falou sobre a preparação para esse evento (Mt 25).

6. Leia Mateus 25:1 a 13, a parábola das dez virgens. Como podemos nos preparar para a volta de Cristo?

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Jesus começou essa parte de Seu discurso falando sobre dez virgens. O fato de serem chamadas de “virgens” sugere que elas representavam os que professavam ser cristãos. No conflito, elas não estavam do lado de Satanás. Elas são comparadas ao “reino dos Céus” (Mt 25:1). Mas no tempo do fim, todas adormeceram (Mt 25:5). Cristo já havia alertado que os cristãos deviam se manter vigiando (Mt 24:42), ou ficar acordados para que não se encontrassem despreparados quando Ele retornasse.

Todas as dez virgens tinham lâmpadas, e todas saíram ao encontro do noivo, o que significa que todas estavam aguardando ansiosamente sua vinda. Houve um atraso, e todas essas que acreditavam em Sua vinda adormeceram. De repente, na calada da noite, todas foram despertadas: o noivo estava chegando (Mt 25:1-6)!

As virgens tolas ficaram espantadas, despreparadas. Por quê? Uma versão diz: “nossas lâmpadas se apagaram” (Mt 25:8). Outras versões, fiéis ao original grego, dizem que as lâmpadas estavam se apagando. Ainda havia uma chama vacilante. Elas ainda tinham um pouco de azeite, mas não o suficiente para estar prontas para o encontro com Cristo.

Qual é, então, o problema?

Essas virgens representam os cristãos que estão esperando a volta de Cristo, mas que têm uma experiência superficial com Ele. Eles têm um pouco de azeite, alguma atuação do Espírito em sua vida, mas a chama é vacilante. Eles estavam satisfeitos com pouco, quando precisavam de muito.

“O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com o seu desejo e consentimento, nele implantando uma nova natureza; mas a classe representada pelas virgens loucas se contentou com uma obra superficial. Não conhecem a Deus; não estudaram Seu caráter; não tiveram comunhão com Ele; por isso não sabem como confiar, olhar e viver. Seu serviço para Deus se degenera em formalidade” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 411).

Como ter certeza de que não estamos cometendo os mesmos erros que essas pessoas cometeram? Se nos encontramos nessa situação, como podemos mudar?


Quinta-feira, 17 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
Usando seus talentos

7. Leia Mateus 25:13 a 30. O uso dos nossos dons na causa de Deus pode nos ajudar na preparação para a volta de Cristo?

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Embora essa parábola seja diferente da anterior, ambas falam sobre a necessidade de estar pronto para a volta de Jesus. As duas tratam dos que estavam prontos e dos que não estavam. E ambas mostram o destino daqueles que, por sua negligência espiritual, enfrentaram a perdição eterna.

Assim como o azeite representa o Espírito Santo para as dez virgens, as “moedas de ouro” (Mt 25:15, NTLH) representam talentos, que vem da palavra grega talanta. “Os talentos representam dons especiais do Espírito Santo, juntamente com todos os dotes naturais” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 545).

Todos os servos da parábola haviam recebido bens de seu mestre. Perceba que eram talentos de seu senhor (Mt 25:14), que lhes haviam sido confiados “a cada um segundo a sua capacidade” (Mt 25:15). Os dons lhes haviam sido confiados; em um sentido real, esses servos eram mordomos do que não era deles, mas eram responsáveis por esses recursos. Por essa razão, quando o senhor voltou, ele “acertou contas com eles” (Mt 25:19, NVI).

Os dons espirituais vêm do Espírito Santo (veja 1Co 12:1-11, 28-31; Ef 4:11). Há boas notícias para os que julgam ter o menor dom. Os dons nunca são recebidos sem o Doador. Portanto, essas pessoas recebem seu dom ao receberem o dom maior: o Espírito Santo.

Os dons já são nossos em Cristo, mas nossa posse efetiva depende do nosso recebimento do Espírito Santo e entrega ao Senhor. Esse foi o erro do empregado inútil. Ele recebeu um dom, mas não fez nada com esse recurso. Ele não aperfeiçoou seu dom. Não fez um esforço para obter alguma coisa com o que tinha graciosamente recebido, a fim de multiplicá-lo. Como resultado, Jesus o chamou de “servo mau e negligente” (Mt 25:26) – uma poderosa condenação.

Jesus contou essa parábola no contexto dos últimos dias e de Sua volta. O uso dos nossos talentos é fundamental para estarmos preparados para os últimos dias?

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Sexta-feira, 18 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Estudo adicional

O homem que recebeu um talento ‘foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor’” (Mt 25:18, ARC).

“O que havia recebido a menor dádiva deixou o talento improdutivo. Nisso é feita uma advertência a todos quantos pensam que a pequenez de seus dotes os dispense do trabalho para Cristo. Se pudessem fazer alguma coisa grande, com que boa vontade não a empreenderiam! Mas, porque só podem servir em coisas pequenas, pensam que são justificados ao não fazer nada. Erram nisso. O Senhor prova o caráter na distribuição dos dons. O homem que foi negligente em fazer prosperar seu talento mostrou-se um servo infiel. Se houvesse recebido cinco talentos, os teria enterrado como fez com um único. Seu mau uso do único talento mostrou que desprezava as dádivas do Céu.

“‘Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito’ (Lc 16:10, ARC). A importância das coisas pequenas é muitas vezes subestimada por serem simples; porém, suprem muito da real disciplina da vida. Realmente, não há coisas não essenciais na vida cristã. A formação de nosso caráter será cheia de perigos, se avaliarmos mal a importância das coisas pequenas” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 355, 356).

Perguntas para discussão

1. Quais ideologias e ideais as pessoas acreditam que inaugurariam uma utopia na Terra? Quais foram essas ideias e por que, sem exceção, todas falharam?

2. A obediência ao que Deus nos manda fazer fortalece nossa fé? Ou seja, por que a fé sem as obras é “morta” (Tg 2:26)? Considerando as provações que sobrevirão aos que “guardam os mandamentos de Deus” (Ap 14:12), por que é tão importante nos prepararmos hoje para o que virá quando menos esperarmos?

3. Reflita: O que nos garante que não seremos enganados como as virgens insensatas?

4. Qual é a nossa compreensão sobre os “eleitos”? (Veja Mt 24:31; Rm 8:33; Cl 3:12). O que isso revela sobre o grande poder dos enganos?

Respostas e atividades da semana: 1. Solicite que os alunos falem de memória quais são os principais enganos do tempo do fim e como devemos nos preparar para a volta de Jesus. 2. Solicite que dois alunos leiam os textos bíblicos. Peça que a classe trace os paralelos. Leve um gráfico com esses paralelos para reforçar o aprendizado. 3. B. 4. B. 5. F; V. 6. Pergunte aos alunos: O que significa o azeite, as lâmpadas, o noivo e a preparação para a festa? 7. Discuta com a classe a relação entre o uso dos dons para a obra de Cristo e a preparação para o encontro com Ele. Sugestão: imprima um teste de dons e peça aos alunos que respondam às perguntas em casa. Motive-os a usar seus dons para o crescimento do reino de Deus.



Resumo da Lição 7
Mateus 24 e 25

 

TEXTO-CHAVE: Mateus 25:13

Saber: Entender a época em que vive a humanidade e identificar os sintomas do fim à luz das advertências de Jesus.
Sentir: Perceber a urgência do momento e intensificar a esperança.
Fazer: Preparar-se para o encontro com o Senhor. Mudar as prioridades. Não crer em falsos messias.

I. Saber: Os sintomas do fim

A. Como devemos nos informar a fim de nos situarmos de forma apropriada no calendário profético?
B. Quais são os sinais do fim? Como discernir as falsas doutrinas e os falsos messias nestes últimos dias?
C. Por que não é possível saber o tempo exato do fim?

II. Sentir: A urgência do momento

A. Por que os eventos finais são tão assustadores? Como devemos lidar com esses sentimentos?
B. Por que não devemos temer essas dificuldades?
C. Por que esses eventos inspiram nosso anseio pelo reino de Deus?

III. Fazer: Preparar o caminho do Senhor

A. O que você deve fazer na sua vida pessoal para se preparar para a segunda vinda de Jesus?
B. O que você deve fazer para ajudar outras pessoas a se prepararem?
C. O que você deve fazer para proclamar ao mundo a segunda vinda do Senhor?

As últimas palavras de Jesus antes da crucifixão são sérias advertências de juízo que têm a ver com os últimos dias e com o destino do mundo.

Ciclo do aprendizado

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: Mateus 24:42-44

Conceito-chave para o crescimento espiritual: As novas da vinda do Filho do Homem não são apenas sobre os eventos surpreendentes que precedem Sua vinda; o evento em si tem um efeito imediato em nossa vida espiritual. Agora é a hora de renovar nossa ligação com Deus. O acontecimento futuro da vinda de Cristo enche nossa presente jornada espiritual de propósito e significado. Quanto mais próximos nos achegamos do Senhor em oração e adoração, mais almejaremos vê-Lo face a face.

Para o professor: A lição desta semana focaliza as profecias proferidas por Jesus e os ensinos de Seu último sermão no Monte das Oliveiras. As advertências de Cristo se aplicam aos Seus discípulos de todas as gerações, mas em especial aos fiéis dos últimos dias. A história humana caminha para o fim. Jesus adverte que o tempo do fim será turbulento e agitado, e Ele nos exorta a nos prepararmos adequadamente para esses acontecimentos. A ênfase não deve ser amedrontar as pessoas, mas encorajá-las a fortalecer sua fé e esperança e a reajustar prioridades.  À medida que percebemos que o tempo do fim chegou, a recomendação de Jesus de buscar em primeiro lugar o reino de Deus torna-se mais relevante do que nunca (Mt 6:33).

Discussão e atividade inicial: Por que, e como, podemos renovar a percepção de nossa identidade “adventista” e da missão, que envolvem o tempo do fim e a vinda de Cristo? Ao refletirmos sobre nossa história, talvez nos sintamos frustrados e desencorajados e nos voltemos a outros pontos de ênfase. O movimento adventista do sétimo dia tem passado por desapontamentos e, agora, depois de tanto tempo proclamando a mesma mensagem, tornamo-nos uma organização complexa e bem organizada; por isso, às vezes, pode parecer que estamos satisfeitos com o resultado.

Perguntas para discussão

1. Como harmonizar a necessidade de uma ação prudente na Terra com o anseio pelo reino celestial?

2. De que modo podemos equilibrar a necessidade de nos sentirmos confortáveis com a percepção de urgência em nos prepararmos para a segunda vinda de Jesus?

2 Compreensão

Para o professor: O modo como Jesus Se empenha na proclamação do tempo do fim e de Sua vinda deve nos inspirar. Jesus não começou Seu sermão com uma afirmação ou mensagem teológica, nem com uma exposição sobre um ponto doutrinário importante. Ele o iniciou com uma pergunta direta que envolve a situação contemporânea: “Não vedes tudo isso?” (Mt 24:2). Então, chocou Seus discípulos com as revelações perturbadoras que tinham a ver com a realidade deles, o templo. Os discípulos fizeram a pergunta: “Dize-nos, quando [...] e que [...]?” (Mt 24:3). Somente depois dessa pergunta, Jesus falou da situação a partir da qual Ele concluiu Sua mensagem: “Quando, pois [...]” (Mt 24:15).

Observe que o primeiro argumento de Jesus foi tirado das Escrituras, de uma passagem bem conhecida do livro de Daniel, que menciona “o abominável da desolação” (Mt 24:15), e então encorajou Seus discípulos: “quem lê entenda” (Mt 24:15). Sua primeira mensagem foi uma profecia sobre a “grande tribulação” (Mt 24:21). Com base nessa profecia do tempo do fim, Ele ensinou sobre “o reino dos Céus” por meio de parábolas (Mt 24:22–25:30).

Comentário bíblico

I. A grande tribulação

(Recapitule com a classe Mt 24:15-28.)

Desde a antiguidade, o santuário e depois o templo representaram o cosmos. Quando Moisés escreveu o livro de Êxodo, descreveu o processo da construção do santuário (Êx 25–40) em paralelo com a história da criação (Gn 1:1–2:4). Ambos os relatos ocorrem em sete estágios e ambos terminam com a mesma expressão: “acabou a obra” (Gn 2:2; Êx 40:33).

De igual maneira, a construção do templo por Salomão se desenvolveu em sete estágios, e o relato terminou com a frase: “terminou ele de fazer toda a obra” (1Rs 7:40, 51). Essa frase aparece apenas nessas três passagens. O paralelo entre a construção do santuário/templo e a criação do mundo indica claramente que, para Moisés, havia uma relação entre o mundo e o santuário/templo (ver também Sl 78:69; compare com 134:3; 150:1, 6). Portanto, quando Jesus falou sobre a destruição do templo, os discípulos entenderam de imediato que Ele Se referia ao fim do mundo.

A expressão “o abominável da desolação” é muito rara, e foi usada por Daniel para predizer a destruição de Jerusalém que aconteceu no ano 70 d.C. (Dn 9:27; Dn 12:11). E, de fato, Jesus aplicou essa expressão a esse acontecimento, mas o empregou também em relação à destruição final do mundo, do qual o templo era considerado uma figura. Desse modo, Jesus falou a duas audiências: Seus discípulos, contemporâneos da destruição de Jerusalém, e nós, seguidores de Cristo no fim dos tempos, contemporâneos dos eventos que ocorrerão nos últimos dias.

Como os discípulos de Jesus e os judeus daquela época, precisamos entender em primeiro lugar que haverá um fim. Jesus simplesmente afirmou o fato sem indicar seu tempo. Portanto, essa mensagem é relevante de forma geral para todas as gerações de cristãos. Porém, Jesus tinha em mente a geração de cristãos que testemunharão esses acontecimentos. Esses discípulos serão os únicos capazes de reconhecer e “ver” esses eventos finais (Mt 24:15). Verão e reconhecerão Jesus como o Messias porque Ele os advertiu de antemão sobre os falsos messias (Mt 24:25).

Pense nisto: Discuta o método pedagógico de Jesus. Como podemos aplicar esse método às nossas estratégias evangelísticas? Qual foi o primeiro foco de Jesus? O que podemos aprender sobre a abordagem do Senhor ao lidar com as Escrituras? Qual relação tem as Escrituras com nossa vida e com a história? Como podemos evitar cair nas armadilhas dos falsos messias e das falsas interpretações das profecias?

II. O reino dos Céus

(Recapitule com a classe Mt 25:1-30.)

Embora Jesus tenha anunciado que falaria sobre o “reino dos Céus” (Mt 25:1, 14), Sua intenção não é descrevê-lo. O reino dos Céus foi apresentado por meio de uma comparação: será “semelhante a”. Depois, Jesus Se concentrou na situação da Terra em nosso dia a dia. A primeira parábola, a das “virgens”, pertence à esfera pessoal. A segunda parábola, a dos “talentos”, pertence à esfera dos negócios. Quando comparamos as duas, podemos encontrar lições similares, mas também diferentes, que devem nos ajudar na preparação para o “reino dos Céus”.

Uma lição comum: o azeite e os talentos simbolizam as dádivas divinas: o Espírito Santo e as Escrituras. A ideia é que não podemos produzir luz por nós mesmos, necessitamos da luz externa da fonte divina. Devemos aprender a considerar com seriedade essas dádivas preciosas. Devemos ter cuidado em preservar o azeite. As virgens insensatas desprezaram seu velho azeite, assim como o servo mau desprezou seu talento.

Além da lição de encorajamento à fidelidade e de preservação de nossa herança, a parábola dos talentos acrescenta a lição da criatividade. Não devemos apenas preservar o que recebemos, mas também precisamos encontrar novas maneiras de multiplicar as dádivas recebidas. Isso também vale para o exame das Escrituras. Não é suficiente repetir as mesmas verdades de sempre; devemos estudar o texto bíblico para encontrar novas joias. Isso também se aplica à igreja: não é suficiente manter nossos membros; precisamos ajudá-los a crescer e devemos formar novos discípulos.

Perguntas para discussão

Por que Jesus não descreveu o reino dos Céus? Como as lições comuns das duas parábolas se aplicam à nossa preparação para o reino de Deus? Por que nem todas as virgens e nem todos os servos foram aceitos? Como conciliar o conceito bíblico de um Deus de amor e graça com o retrato de um noivo ou Senhor rígido?

3 Aplicação

Para o professor: Uma das razões pelas quais Jesus ensinava por parábolas sobre o reino celestial é que Ele não queria que Seus discípulos apenas entendessem e apreciassem verdades ricas e profundas; também queria que incorporassem essas verdades na vida diária.

Pergunta para reflexão:

Como a parábola das virgens e a parábola dos talentos se aplicam à nossa vida prática? Encontre exemplos no seu trabalho ou na sua experiência pessoal que ilustrem as lições dessas duas parábolas.

Atividade: Convide sua classe a comparar as duas parábolas e a listar as semelhanças ou diferenças entre elas. Como elas se complementam?

4 Criatividade

Para o professor: Assim como Jesus usou parábolas para ensinar algumas das verdades mais difíceis, deveríamos ser capazes de fazer o mesmo. Observe que algumas das parábolas faziam parte do folclore cultural das pessoas daquela época. O que podemos aprender de Jesus sobre Sua familiaridade com a cultura local e ao mesmo tempo Sua capacidade de tirar dela algo novo?

Atividades: 

1. Essas parábolas são comprovadas no cotidiano? Cite casos concretos na sua vida que mostrem as verdades dessas parábolas de Jesus.

2. Desafie os membros da classe a encontrar histórias ou parábolas dentro do folclore cultural que possam ilustrar lições espirituais.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Informativo 7
Contato com os mortos

“Quando soube que ele estava morto, senti um arrepio em meu pescoço”, Kim disse. “Senti que ela estivera na presença de um mau espírito.” Kim é professora de matemática e ciências na Escola Mamawi Atosketan, uma escola adventista missionária para as crianças de Primeiras Nações, em Alberta. Muitos dos 200 alunos são de famílias com práticas espiritualistas tradicionais e ouvem falar de Jesus pela primeira vez nessa instituição.

Shelly conversa muito sobre os espíritos com a professora. Depois de um pow-wow, reunião realizada pelos povos nativos da América no Norte, ela descreveu um centauro, uma figura mística que é metade homem metade cavalo, pulando de casa em casa na reserva. Contou que ouvia seus ancestrais falando através de uma árvore no quintal de casa. “Ela sentou-se tranquilamente e ouviu as vozes que pensava ser dos ancestrais”, Kim disse. Havia pelo menos duas conversas com uma aparição do avô. A conversa na varanda da casa, Shelly falava sobre o que desejava da vida, e o espírito não deu nenhuma ordem de conotação negativa como, por exemplo, “vá e pule no lago”. Eles simplesmente conversaram e ela achava a conversa agradável. Ela gostava de conversar com o avô.”

Encontro com a verdade Kim se sentiu muito incomodada e, em silêncio, pediu que Deus lhe desse as palavras corretas. Em seguida fez algumas perguntas: “Você já estudou as crenças adventistas?”, perguntou. “Fale-me o que você acha que era o espírito? Era mesmo seu avô? Quem enviou o espírito?” Shelly sabia que, segundo a Bíblia, os mortos estão dormindo e não sabem de nada. Então, respondeu: “Sim, você está correta, Sra. Harrington, entendi o que a senhora está tentando dizer.” Naquele momento, Kim orou pela garota. “Ela estava confusa porque a experiência foi positiva”,diz a professora. “Saiu com muitas perguntas, mas disse que ficou muito grata pela oração.”

Depois daquela primeira oração, Shelly pediu várias vezes que a professora orasse por problemas na família ou alguma luta diária, e Kim percebeu algo positivo emergir daquela conversa. “A conversa sobre os espíritos abriu repentinamente a porta para seu relacionamento pela oração”, disse. Shelly começou a pensar muito sobre a presença de espíritos em sua vida. Algum tempo depois, contou a Kim que foi abordada pelo espírito da avó. Ela não viu um ser físico, mas ouviu a voz da avó. Ouviu um ou dois minutos porque sentia falta da avó e queria conversar com ela. Porém, lembrou-se de suas conversas com a professora sobre a origem dos espíritos.

Ela disse com firmeza: “Se você é um espírito mau, quero que vá embora!” Em seguida, começou a cantar canções que falavam de Jesus, aprendidas na escola, e o espírito foi embora.

Deus tem um plano Kim ora para que Shelly aprenda a confiar em Deus. “Sempre digo a ela que Deus está no controle de sua vida, não importa o que aconteça”, diz. “Ela procurava conselhos do avô e questionava sobre o futuro; então, lembrou-se de que Deus tem um plano para ela, embora não possa saber o que é agora.” Kim leu a promessa encontrada em Jeremias 29:11, onde o Senhor diz: “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro,”

O desejo de Kim é que seus alunos saibam que pertencem a Deus e não a espíritos. Em cada carteira na sala de aulas, ela colocou adesivos com a seguinte frase: “Esta carteira está ocupada por um(a) filho(a) de Deus.” E afirma: “Quero que os garotos saibam que são especiais e que Deus os ama incondicionalmente”.

Parte da oferta deste trimestre ajudará a expandir o programa de matemática e ciências da escola para que, assim, mais crianças possam ter acesso e aprender sobre Jesus.

*Pseudônimo

*Assista a Kim no link: bit.ly/Kim-Harrington

 

Resumo missionário

  1. A Associação de Alberta tem 11.646 membros e 67 igrejas.
  2. Em maio de 1895, dois colportores – Thomas Astleford e George W. Sowler – chegaram a Alberta com a mensagem adventista.
  3. O primeiro pastor a se estabelecer em Alberta foi Henry Block. Ele chegou em outubro de 1899 para dirigir a congregação alemã em Leduc.
  4. A Igreja Adventista em Alberta sofreu perseguição em 1902 e 1903. J. L. Hamren, de Wetaskiwin, foi multada por dois dólares e outros custos por trabalhar na fazenda num domingo. A lei proibia trabalhar naquele dia, entretanto, não era aplicada aos fazendeiros. Hamren apelou da sentença e ganhou uma demissão. Depois, um ferreiro em Leduc chamado Gebanus foi multado em $10,70 abrir a loja no domingo.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2018

Tema Geral: Preparação para o Tempo do Fim

Lição 7: 12 a 19 de maio

Mateus 24 e 25

Autor: Flávio da Silva de Souza

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Nesta semana estudaremos Mateus 24 e 25, onde aparece o sermão profético pronunciado por Jesus.

1. Uma poderosa confirmação das profecias

Em Mateus 24:23-25 Jesus previu o surgimento de falsos cristos. Alguns falsos messias surgiram ainda no período apostólico e pós-apostólico. Podemos destacar João de Giscala, que pregava a luta de resistência em defesa da Galileia, entre 66 e 70 d. C., Simão Bar Giora, que também lutou até 70 d. C. Este teve até uma entrada triunfal em Jerusalém no período da Páscoa. Teudas, que se considerava um novo Moisés com base em Deuteronômio 18:15, citado por Gamaliel em Atos 5:36, foi preso entre 44 e 46 d. C. Fora de Israel houve um pretenso messias chamado Andreas Lukuas, líder da grande rebelião de 114 d.C. Ele comandou judeus de diversas localidades como Cirene, Egito, Mesopotâmia e Chipre, e ainda foi proclamado rei. Mas, talvez o mais famoso seja Bar Kokhba, que liderou a rebelião de 132-135 d. C. Ele teve uma vitória inicial sobre os romanos e foi considerado pelo rabino Akiba como o cumprimento de Números 24:17 (SCARDELAI. Movimentos Messiânicos nos Tempos de Jesus: Jesus e Outros Messias, 1998). Nos dias atuais também ouvimos falar de falsos messias e com certeza surgirão outros. A profecia de Mateus 24:23-25 tem se cumprido ao longo da história. Como essa profecia pode nos ajudar para que não sejamos enganados nos eventos finais da história?

2. Perseverando até o fim

Em Mateus 24:9, Jesus falou de perseguição e morte por causa do nome Dele. Ao se referir a essa profecia Ellen White afirmou: “Do Monte das Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja apostólica” (White, O Grande Conflito, p. 39). E ainda: “Tudo isso sofreram os cristãos. Pais e mães traíram os próprios filhos. Filhos traíram os pais” (White, O Desejado de Todas as Nações, p. 629). Em Apocalipse 13:11-17, o tema da perseguição aparece novamente, dessa vez apontando para o tempo do fim. “Essa profecia se cumprirá quando aquela nação [Estados Unidos] impuser a observância do domingo” (White, O Grande Conflito, p. 579). Muitos cristãos da igreja primitiva foram fiéis até o fim. O segredo deles foi seguir o conselho de Cristo de perseverar até o fim (Mt 24:13). Agora, no tempo do fim esse conselho é tão importante como foi para a igreja apostólica. Mas, como podemos perseverar até o fim? Em meio às tempestades da perseguição, só permanecerá firme quem estiver edificado sobre a Rocha (Mt 7:24-27). Cristo deve ser nossa base e a razão da nossa fé. Se estamos na igreja por algum interesse ou por causa de pessoas, estamos firmados na areia. Quando vier a perseguição fatalmente cairemos. A cada dia precisamos dar a razão da nossa fé, e buscar Cristo e Sua palavra. Você tem se firmado na Rocha ou na areia?

3. “A abominação da desolação”

Em Mateus 24:15, Jesus mencionou a abominação da desolação. O contexto imediato (Mt 24:16-20) e o texto paralelo (Lc 21:20) indicam que Jesus estava falando sobre a destruição de Jerusalém profetizada em Daniel 9:27, que ocorreu em 70 d.C., através de Roma Imperial. Comentando Mateus 24:15, Ellen White afirmou que essa foi uma “profecia dada a Daniel acerca do tempo deles” (Jesus e os discípulos; White, O Desejado de Todas as Nações, p. 234). Já Daniel 8:13, 11:31 e 12:11 falam sobre um período posterior em que Roma Papal atacaria o contínuo serviço de Cristo, substituindo a salvação pela fé em Cristo por um sistema de salvação por obras ordenadas pela igreja (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 928). Esse ataque (Dn 11:31) começou antes dos 1260 dias (Dn 11:32-35) e tanto o ataque como os 1260 dias são antes do tempo do fim (Dn 11:40). Um outro detalhe importante ao estudar a profecia de Daniel 11 e 12 é que Daniel 11:1 a 12:4 é o corpo da profecia e Daniel 12:5-13 é a conclusão da mesma. Os vínculos verbais entre essas duas porções nos impedem de colocar Daniel 12:5-13 depois do surgimento de Miguel em Daniel 12:1. Por exemplo, compare Daniel 11:32-35 com Daniel 12:7-10, especialmente Daniel 11:35 com Daniel 12:10, que estão claramente falando do mesmo período anterior ao tempo do fim (Shea, As Profecias de Tempo de Daniel 12 e Apocalipse 12 e 13. Revista Teológica do SALT-IAENE, Jan-Jun 1999, p. 18-20). Apesar desses ataques, sabemos que Deus está no controle e por fim Miguel Se levantará e nos salvará.

4. As dez virgens

Os discípulos estavam preocupados com o fator tempo: “Quando sucederão estas coisas” (Mt 24:3). Mas, apesar de falar de sinais da Sua volta e da destruição de Jerusalém, Jesus estava mais preocupado com o “como” do que com o “quando”. Em Mateus 25, Jesus utilizou parábolas para explicar “como” deveríamos aguardar a volta Dele. A primeira foi a parábola das dez virgens. Um dos símbolos-chave dessa parábola é o azeite, que, segundo Zacarias 4, representa o Espírito Santo. Portanto, essa parábola apresenta dois tipos de cristãos: os que têm pouco do Espírito Santo em sua vida e os que têm a plenitude do Espírito Santo. Jesus estava dizendo que a primeira coisa que precisamos fazer enquanto aguardamos a volta Dele é buscar o Espírito Santo e estar cheios do Espírito. Além disso, como pode ser visto em Mateus 25:8, 9, a experiência espiritual não pode ser transferida. A experiência espiritual de nossos pais ou de nossos líderes não substituem a nossa. Como tem sido sua experiência com Deus? Você tem sido um cristão superficial ou tem buscado a Deus verdadeiramente? Quando Cristo voltar você terá azeite suficiente?

5. Usando seus talentos

A segunda parábola é a dos talentos. Os servos deveriam multiplicar os talentos dados pelo seu Senhor. A primeira pergunta a ser feita não é quantos talentos Deus me deu, mas quais? Imaginamos como talento em primeiro lugar as nossas habilidades. Você já parou para pensar nas habilidades que Deus lhe deu? O que você tem feito com elas? Mas os talentos não são apenas as habilidades. Os recursos e sobretudo o tempo que temos fazem parte dos talentos que Deus nos deu. Como você administra seu tempo? A multiplicação dos talentos não se dá através do uso para benefício pessoal, mas do uso na obra de Deus, na missão. Ao olhar para as duas parábolas entendemos que Cristo estava dizendo que devemos aguardar Sua vinda buscando o Espírito Santo e trabalhando na Sua obra. Quando Jesus estava para ascender aos Céus, os discípulos perguntaram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (At 1:6). Jesus respondeu: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1:7, 8). Podemos concluir que não podemos aguardar a volta de Jesus inertes. Precisamos buscar o Espírito Santo e testemunhar. Como você tem esperado a volta de Cristo?