Lição 8
15 a 21 de agosto
Ministrando como Jesus
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jr 17-19
Verso para memorizar: “Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36).
Leituras da semana: “Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36).

Jesus Se importava com as pessoas. Ele estava mais interessado nas preocupações e necessidades delas do que nas Suas. Seu ministério era de amorosa compaixão. Ele atendia às necessidades físicas, mentais e emocionais das pessoas e, assim, o coração delas se abria às verdades que Ele ensinava. Ao curar leprosos, abrir os olhos dos cegos, desobstruir os ouvidos dos surdos, libertar endemoninhados, alimentar os famintos e cuidar dos necessitados, as pessoas eram tocadas e transformadas.

Isso acontecia porque, quando as pessoas viam Seu genuíno interesse, elas se abriam às verdades espirituais. “Unicamente o método de Cristo trará verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma Pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143). Jesus reconhecia que o mundo precisava de uma demonstração do evangelho tanto quanto de sua proclamação. O testemunho de uma vida semelhante à de Cristo, comprometida em servir aos outros, é uma evidência das palavras que falamos e dá credibilidade ao nosso testemunho.



Domingo, 16 de agosto
Ano Bíblico: Jr 20-23
A atitude de Jesus em relação às pessoas

Jesus sempre procurava o bem nos outros. Ele extraía o melhor das pessoas. Uma das críticas feitas pelos líderes religiosos de Seus dias era que Ele recebia pecadores e comia com eles (Lc 15:2). Eles estavam preocupados porque Ele tinha comunhão com “os ímpios”. A visão deles sobre religião era mais de alienação do que de envolvimento. Aqueles homens ficaram surpresos quando Jesus disse acerca de Si mesmo: “Não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento]” (Mt 9:13).

A religião dos escribas, fariseus e saduceus era “evitar”. Eles pensavam: “Faça tudo o que puder para evitar ser contaminado pelo pecado”. Os ensinamentos de Jesus eram dramaticamente diferentes. Ele veio a este mundo tenebroso para redimi-lo, não para evitá-lo. Ele é a “luz do mundo” (Jo 8:12).

1. Leia Mateus 5:13, 14. Quais duas ilustrações Jesus usou para descrever Seus seguidores? Em sua opinião, por que Ele usou essas ilustrações específicas? Veja também João 1:9; 12:46, Fp 2:15.

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O sal era um dos recursos mais importantes do mundo antigo. Era extremamente valioso e, às vezes, as legiões romanas o usavam como moeda. Era um símbolo de grande riqueza. Também era usado para preservar os alimentos e dar sabor a eles. Quando Jesus usou a ilustração do sal para simbolizar Seus seguidores, Ele estava dizendo que a verdadeira riqueza do mundo não são as pessoas mais poderosas e ricas. A verdadeira riqueza do mundo são cristãos comprometidos, que fazem a diferença em prol do reino de Deus. Seus atos amorosos de serviço altruísta preservam a bondade do mundo e dão sabor à sua atmosfera.

A segunda ilustração que Jesus usou em Mateus 5:14 foi a da “luz do mundo”. A luz não evita as trevas nem se separa delas. Ela brilha na ­escuridão e a penetra, tornando-a luz. Os seguidores de Jesus devem entrar nas trevas deste mundo em seus bairros, aldeias, vilas e cidades para iluminá-los com a glória de Deus.

Depois de considerar as palavras de Jesus em João 17:15-18, como devemos entender a ideia de separação do mundo e a ideia de evitá-lo? Elas são a mesma coisa? O que ­Jesus quis dizer quando orou para que Seus seguidores estivessem no mundo, mas não fossem do mundo? Como fazer isso?


Segunda-feira, 17 de agosto
Ano Bíblico: Jr 24-26
Como Jesus tratava as pessoas

O objetivo de Jesus era extrair o melhor das pessoas. Mesmo quando as circunstâncias eram excepcionalmente desafiadoras, Ele respondia com a graça salvadora. O evangelho de Lucas registra que as multidões “se maravilhavam das palavras de graça que Lhe saíam dos lábios” (Lc 4:22),
e o evangelho de João acrescenta que “a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17). A abordagem de Cristo para com as pessoas era irresistível. Suas palavras graciosas tocavam o coração delas de maneira que elas respondiam positivamente.

2. Leia Mateus 8:5-10 e Marcos 12:34. Quais palavras de esperança Jesus falou a duas pessoas improváveis – um centurião romano e um escriba judeu?

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A declaração de Jesus a um oficial militar romano foi revolucionária. Pense como aquele oficial de carreira do exército deve ter se sentido quando Jesus afirmou que não havia encontrado tamanha fé nem mesmo em Israel! Considere os pensamentos do escriba judeu quando Jesus lhe disse: “Não estás longe do reino de Deus”. Jesus tinha a capacidade de realçar o melhor das pessoas. Poucas coisas são tão eficazes quanto um elogio para abrir o coração ao evangelho. Busque o que há de bom nas pessoas ao seu redor e permita que elas saibam que você as aprecia.

3. Compare Isaías 42:3, Colossenses 4:5, 6 e Efésios 4:15. Quais princípios vitais esses textos revelam sobre compartilhar a fé e sobre relacionamentos?

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Quando nossas palavras são encorajadoras e repletas de graça, elas influenciam positivamente a vida dos outros. As palavras proféticas de Isaías revelam que Jesus não esmagaria o “caniço rachado” nem apagaria “o pavio fumegante” (NVI). Ou seja, Jesus era tão compassivo que ­cuidava para não ferir desnecessariamente alguém que estava apenas chegando à fé nem apagar a menor brasa de fé no coração das pessoas.

Por que a maneira de dizer é tão importante quanto o que dizemos, ou ainda mais importante? Há algo errado com a seguinte afirmação: “A verdade é a verdade, e as pessoas precisam aceitá-la ou abandoná-la”?


Terça-feira, 18 de agosto
Ano Bíblico: Jr 27-29
O ministério de cura de Jesus: parte 1

O método de evangelismo do Senhor ultrapassa discursos memorizados e apresentações “enlatadas”; ele é tão rico e dinâmico quanto a própria vida. Todos os dias convivemos com pessoas que têm necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais. Cristo anseia satisfazer essas carências por meio de nós, ao demonstrarmos preocupação pela solidão, tristeza e sofrimento das pessoas, bem como por suas alegrias, esperanças e sonhos.

Jesus ministrava às necessidades perceptíveis das pessoas, para que pudesse, por fim, atender às suas necessidades mais profundas. Uma necessidade percebida é uma área da vida em que as pessoas não conseguem resolver um problema por si mesmas. Pode ser uma necessidade de parar de fumar, perder peso, seguir uma dieta melhor ou reduzir o estresse. Pode ser uma necessidade de comida, moradia ou atendimento médico. Pode ser a necessidade de aconselhamento matrimonial ou familiar.

Contudo, a maior carência do ser humano é a de um relacionamento pessoal com Deus e a percepção de que sua vida tem uma importância eterna. A reconciliação com o Criador neste mundo destruído é nossa necessidade suprema.

4. Leia as histórias do paralítico em Mateus 9:1-7 e da mulher com o fluxo de sangue em Marcos 5:25-34. Que indício temos nessas duas histórias de que Jesus associou a cura física ao atendimento da necessidade suprema de reconciliação com Deus?

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O ministério de cura de Cristo incluía muito mais que a cura física e emocional. Ele ansiava que as pessoas voltassem a experimentar a plenitude que havia sido destruída pelo pecado. Para Cristo, a cura física sem a cura espiritual era incompleta. Se o amor de Deus nos motiva a desejar a saúde física e emocional de alguém, ele também nos motiva muito mais a desejar o bem-estar espiritual da pessoa, para que ela viva da maneira mais plena possível aqui e por toda a eternidade. Afinal, todos os que Jesus curou acabaram morrendo depois. Portanto, a necessidade real deles, acima de tudo, era espiritual.

Como igreja, quais iniciativas podemos tomar para atender às necessidades da nossa comunidade e demonstrar que realmente nos importamos com ela? Estamos fazendo a diferença na vida das pessoas?


Quarta-feira, 19 de agosto
Ano Bíblico: Jr 30-32
O ministério de cura de Jesus: parte 2

5. Leia Mateus 4:23-25; 9:35. Que tríplice abordagem formava a base do ministério de Cristo? Como Ele atendeu às necessidades das pessoas e que impacto isso teve na vida delas? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Pregação, ensino e cura.
B.(  ) Discussão, prosperidade e tradição.

Jesus reuniu três aspectos do ministério, isto é, o ensino, a pregação e a cura. Ele compartilhou princípios eternos para que todos pudéssemos viver com significado e propósito. Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10). Seu ministério revelou uma superabundância de graça. Ele veio para nos habilitar a viver com “superabundância” agora e para sempre.

6. Leia Marcos 1:32-39. Jesus passou o dia todo curando os doentes e expulsando demônios. Na manhã seguinte, depois de passar um tempo em oração, quando multidões buscavam ainda mais cura, Ele partiu para outra cidade. Por que Ele não as curou? Observe a razão nos versos 38 e 39. Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Porque Ele estava cansado e precisava repousar.
B.(  ) Porque Ele desejava pregar em outros lugares, já que viera também por isso.

Essa história é esclarecedora. Depois de curar multidões no dia anterior, no dia seguinte Jesus abandonou as multidões, que O buscavam e ainda precisavam de cura. Sua explicação é que o propósito de Sua vinda ao mundo era pregar o evangelho. Cristo não era apenas um milagreiro espetacular. Ele era o divino Filho de Deus, que veio com uma missão redentiva. Ele não estava contente apenas em curar doenças físicas, mas desejava que as pessoas recebessem o dom da vida eterna que Ele tinha a oferecer. Jesus declarou o propósito de Sua vinda à Terra com estas palavras: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Cada ato de cura era uma oportunidade de revelar o caráter de Deus, aliviar o sofrimento e proporcionar uma oportunidade de vida eterna.



Quinta-feira, 20 de agosto
Ano Bíblico: Jr 33-35
O que importa para Jesus

A mensagem de Jesus aos Seus discípulos em Mateus 24, que reúne eventos relacionados à destruição de Jerusalém e aos dias anteriores ao Seu retorno, é seguida por três parábolas que tratam do fim dos tempos, em Mateus 25. Essas parábolas descrevem as qualidades de caráter que realmente importam para Jesus quanto ao povo que espera a Sua segunda vinda. A parábola das dez virgens enfatiza a importância de uma vida genuína, autêntica e repleta do Espírito. A parábola dos dez talentos destaca a importância de usar fielmente os dons que Deus deu a cada um. A parábola das ovelhas e cabritos revela que o cristianismo genuíno realmente ministra às necessidades dos que Deus coloca em nossa vida a cada dia.

7. Leia Mateus 25:31-46. Como Jesus descreveu o cristianismo genuíno? Liste as áreas de ministério das quais essa passagem trata:

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Embora a parábola fale de atender às necessidades físicas reais das pessoas, há um aspecto da história que não devemos negligenciar. Há uma fome e sede de Jesus, ocultas no coração do ser humano, que precisam ser satisfeitas (Jo 6:35; 4:13, 14). Somos todos estrangeiros que almejam o lar até descobrirmos nossa verdadeira identidade em Cristo (Ef 2:12, 13, 19). Estamos nus espiritualmente até que estejamos cobertos com Sua justiça (Ap 3:18; Ap 19:7, 8).

Os profetas do Antigo Testamento muitas vezes descreveram a condição humana como irremediavelmente doente (Is 1:5; Jr 30:12-15). A doença
do pecado é fatal, mas o profeta nos apontou o remédio. “Porque te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o Senhor” (Jr 30:17). Jesus é o remédio para a doença fatal da nossa alma.

A parábola das ovelhas e cabritos nos adverte a atender às necessidades físicas das pessoas ao nosso redor, mas faz muito mais que isso. É a história de um Cristo que atende às mais profundas necessidades do coração, e é Seu convite que nos reunamos a Ele para ministrar às pessoas ao nosso redor. Viver de maneira egocêntrica e negligenciar as necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais dos outros é correr o risco da perda eterna. Na parábola, os que dedicam a vida a algo mais do que a si mesmos são elogiados por seu Senhor e recebidos na eternidade, enquanto os que, de maneira egoísta, seguem seus próprios planos e negligenciam as necessidades dos outros são condenados pelo Senhor.

É possível ter a vida abundante que Jesus oferece vivendo em situação de pobreza ou doença? Jesus ofereceu algo mais profundo que a cura física? Na prática, de que maneira podemos levar as pessoas a verdades espirituais quando ministramos às suas necessidades físicas e emocionais?


Sexta-feira, 21 de agosto
Ano Bíblico: Jr 36-38
Estudo adicional

Muitos não têm nenhuma fé em Deus e perderam a confiança no homem. Mas apreciam os atos de simpatia e prestatividade. Ao verem uma pessoa, sem nenhum incentivo de louvor terrestre nem de compensação, ir à sua casa, ajudando o doente, alimentando o faminto, vestindo o nu, confortando o triste e encaminhando-os ternamente Àquele de cujo amor e piedade o obreiro humano não é senão um mensageiro - ao verem isso, seu coração é tocado. Brota a gratidão. Ateia-se a fé. Veem que Deus cuida deles, e ficam preparados para escutar ao ser-lhes aberta a Sua Palavra” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 145).

O ministério altruísta de Jesus abre corações, quebra preconceitos e cria receptividade ao evangelho. A igreja é o corpo de Cristo, que atende às necessidades com amor em todos os lugares. Cristo nos envia à nossa comunidade para fazer a diferença em Seu nome. Embora devamos ter cuidado com a contaminação do mundo (e isso é uma ameaça muito perigosa para nossa igreja), ainda precisamos alcançar os outros onde eles estão e ser usados por Deus, que deseja levá-los a uma vida melhor.

Perguntas para consideração

1. Por que o ministério compassivo de Cristo é tão poderoso para destruir preconceitos e abrir o coração das pessoas para que ouçam verdades espirituais? Imagine como nosso testemunho seria mais eficaz se refletíssemos o interesse altruísta de Jesus pelos outros.

2. Pense numa ocasião em que você disse algo verdadeiro, correto e necessário, porém de maneira errada, com uma atitude ruim. O que aprendeu com essa experiência? Ela pode ajudá-lo a agir de modo diferente, mais calmo, da próxima vez?

3. Reflita sobre a ideia de que todas as pessoas curadas ou ressuscitadas por Jesus acabaram morrendo. Como devemos conduzir o evangelismo e o ministério às pessoas?

4. Quais tipos de ministério sua igreja pode iniciar em sua comunidade?

5. Como podemos criar oportunidades espirituais para os que buscam auxílio, por meio de nossos ministérios voltados às necessidades perceptíveis?

Respostas e atividades da semana: 1. O sal da Terra e a luz do mundo. 2. Jesus falou para o centurião romano que nem em Israel Ele havia achado uma fé como aquela. Além disso, Ele disse ao escriba judeu que ele não estava longe do reino dos Céus. 3. Devemos aproveitar as oportunidades para testemunharmos, sempre com palavras agradáveis e ale - gres. 4. O fato de Ele ter dito ao paralítico que seus pecados estavam perdoados e o homem ter começado a andar; Cristo disse que sentiu sair de Si poder quando a mulher O tocou. 5. A. 6. B. 7. A verdadeira religião de Cristo consiste em amor e serviço ao próximo. Ele citou como verdadeiros cristãos aqueles que foram visitá-Lo, que O alimenta - ram e que O cobriram. O ministério do auxílio e da misericórdia é enfatizado nessa passagem.



Resumo da Lição 8
Ministrando como Jesus

Texto-chave: Mt 9:26

Foco de Estudo: Mt 5:13, 14; 9:23; 9:35; 25:31-46; Fp 2:15; Mc 12:34; Lc 15:2; Is 42:3

ESBOÇO

As palavras de Jesus causaram impacto nas vidas que tocaram, pois Seu viver altruísta estava em harmonia com Suas palavras. Seus ensinamentos causaram impacto porque Suas ações amorosas refletiam Seus ensinos. Se as ações de Cristo não estivessem em harmonia com Suas palavras, Ele teria pouca influência sobre as pessoas. Há um velho ditado que diz: “Ações falam mais alto que palavras”. Isso certamente é verdade quando se trata de nosso testemunho cristão.

A lição desta semana destaca a importância do serviço abnegado, totalmente orientado aos outros e que causa impressão duradoura na vida. Examinaremos as demonstrações de amor de Jesus como Seu meio mais eficaz de testemunhar.

Milênios atrás, nos vastos reinos celestiais do espaço, Lúcifer se rebelou contra Deus alegando que Ele era parcial, injusto e sem amor. A vida de Jesus testemunha do imenso amor de Seu Pai. Todo milagre de cura revelava esse amor. Toda vez que alguém possuído por demônios era liberto, o amor do Pai era revelado. Sempre que Cristo alimentava os famintos, confortava os que sofriam, perdoava os culpados, fortalecia os fracos, rompia as correntes do pecado ou ressuscitava os mortos, Ele revelava o amor do Pai.

Nesta semana, examinaremos como a igreja pode demonstrar o amor de Jesus na comunidade. Vamos descobrir princípios bíblicos na vida de Cristo que definem o que é a igreja, o corpo de Cristo, ministrando em nome de Jesus, revelando Seu amor e atendendo às necessidades em todos os lugares.

COMENTÁRIO

O Mestre nos chama ao engajamento com o serviço ao mundo, não ao afastamento dele. Não somos chamados a nos isolarmos, mas a dissipar as trevas com a luz do amor de Cristo.
A luz vence a escuridão, não o contrário. Onde a luz está, não pode haver trevas. O apóstolo Paulo declarou: “Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4:6).

Você percebeu o significado do ensinamento de Paulo? A luz do amor de Deus brilha de nossa vida para os que estão em trevas, a fim de que possamos revelar a verdade sobre o Criador, o conhecimento de Seu caráter amoroso, a um mundo que jaz nas trevas.

A Bíblia também emprega a metáfora do sal para ilustrar o papel do testemunho cristão no mundo. O sal não dará muito sabor aos alimentos se permanecer no saleiro.
Somente quando o sal é misturado com os alimentos ele pode preservar e dar sabor.
Os cristãos que permanecerem juntos, confinados confortavelmente em suas igrejas, e tiverem pouco contato com o mundo terão poucas oportunidades de impactá-lo para Cristo.

O movimento monástico da Idade Média considerava que o mundo era mau. Os monges acreditavam que o caminho para a santidade era o abandono das coisas deste mundo.
Alguns deles fizeram esforços extremos para evitar o contato com a sociedade. No entanto, Deus espera que sejamos separados do pecado para alcançar os pecadores.

Ilustração: Simeão Estilita

Em sua tentativa de alcançar a santidade e se separar do mundo, Simeão Estilita habitou sobre uma série de pilares por 37 anos em uma pequena cidade fora de Alepo, na Síria. Como monge ascético, passava os dias meditando, orando e contemplando o divino. Muitas vezes, as pessoas se reuniam em torno do pilar em que ele estava, olhavam para esse “homem santo” e às vezes pediam conselhos. Sua fama se espalhou pela região, e muitos outros monges imitaram seu estilo de vida. Um princípio básico desses ascetas era que a unidade interior com Deus é alcançada mediante a separação do mundo.

As Escrituras nos chamam à oração, meditação na Palavra de Deus e separação do mal. O propósito de passar tempo com Cristo na “montanha” é a habilitação para que testemunhemos às multidões. Os monásticos muitas vezes perdiam um aspecto vital da fé cristã. A luz brilha na escuridão, o sal penetra no alimento ao qual dá sabor, e os cristãos são a luz do mundo e o sal da Terra.

A grande oração intercessória de Jesus, em João 17, diz: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (Jo 17:15). Alguém disse que os cristãos são como um barco na água. Tudo bem que o barco esteja na água se não houver água no barco.
Os cristãos estão no mundo para influenciá-lo para Cristo, mas quando o mundo está nos cristãos, absorvendo seu tempo, atenção e energia, algo está errado.

Jesus mergulhou neste mundo rebelde e pecaminoso para revelar o amor de Deus e redimir a humanidade. Ele olhou para cada pessoa com os olhos da compaixão divina. Sobre um oficial militar romano, disse: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta” (Mt 8:10); também encorajou um escriba judeu dizendo: “Não estás longe do reino de Deus” (Mc 12:34). Os escribas passavam a vida estudando a Torá judaica. Embora os discípulos talvez tivessem desejado debater com esse escriba, Jesus pensava o melhor sobre ele. Jesus via cada pessoa como um candidato ao reino de Deus.

Segundo a profecia de Isaías, Jesus não esmagaria a cana quebrada nem apagaria o pavio que fumega. Em outras palavras, Ele gentilmente curaria pessoas machucadas, e não as condenaria. Pense nas dolorosas palavras de condenação que Jesus poderia ter dito à mulher flagrada em adultério ou à mulher samaritana no poço. Pense na repreensão que Ele poderia ter dado a Simão Pedro depois que esse discípulo O negou ou nas críticas severas que poderia ter feito ao ladrão na cruz. Mas Jesus não fez nada disso. Suas palavras eram de esperança, graça, misericórdia e perdão. Paulo nos dá esta advertência: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Cl 4:6). Como Ellen G. White afirmou tão claramente: “Só o amor desperta amor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 22). Ela então acrescentou: “O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os corações, quando a simples repetição de doutrinas nada conseguiria” (O Desejado de Todas as Nações, p. 826). Quando palavras amorosas são combinadas com ações ponderadas que atendam às necessidades humanas práticas, o coração não convertido é transformado.

O método de evangelismo de Jesus era encontrar uma necessidade e atendê-la. Seu ministério tríplice e abrangente de pregar, ensinar e curar transformava vidas. Os evangelhos revelam que Ele atendia às necessidades das pessoas para que pudesse tocá-las no ponto de suas necessidades espirituais mais profundas. Considere o evangelho de João. No capítulo 2, na festa de casamento em Caná da Galileia, Jesus atendeu a uma necessidade social, salvando o anfitrião do constrangimento. Em João 3, Jesus satisfez a mais profunda fome de Nicodemos por uma fé autêntica. No capítulo 4, Jesus tratou a mulher samaritana com dignidade e respeito, atendendo à sua necessidade emocional de ter senso de valor próprio. Em João 5, Jesus atendeu às necessidades físicas na cura miraculosa de um homem doente, que havia ficado deitado junto a um tanque de águas supostamente terapêuticas por 38 anos. No capítulo 6, quando Jesus partiu o pão e alimentou cinco mil pessoas famintas, a multidão quis fazê-Lo Rei (Jo 6:14, 15).

O que tornou a popularidade de Jesus tão alta nesse ponto de Seu ministério? O mundo nunca tinha visto alguém com tanto amor altruísta que pudesse satisfazer suas necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais. Foi em João 6 que Jesus pregou o poderoso sermão sobre o pão da vida. Pela primeira vez, muitos de Seus ouvintes entenderam que Ele estava exigindo um profundo compromisso espiritual, algo que muitos deles não estavam dispostos a assumir; então foram embora (Jo 6:66).

Jesus veio não apenas para atender às necessidades que as pessoas sentiam de boas relações públicas para a igreja cristã. Sua missão era muito mais que uma organização filantrópica. Seu propósito de vida era “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Depois de curar dezenas de pessoas no sábado à noite, Jesus acordou cedo na manhã seguinte e buscou o Pai em oração. Embora houvesse ainda mais pessoas doentes para curar, Jesus disse: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que Eu pregue também ali, pois para isso é que Eu vim” (Mc 1:38). Jesus não tem nada mais importante do que salvar pessoas perdidas. Ele não curou pessoas para que elas simplesmente pudessem retornar mais saudáveis a uma vida de pecado. O Senhor não aliviou a doença para que os indivíduos tivessem mais energia para viver uma vida de indulgência egoísta. Ele aliviou o sofrimento físico para revelar o amor do Pai e prover evidências tangíveis de Sua capacidade de curar o coração. Todos os milagres físicos de Jesus serviram para ilustrar Seu poder divino de libertar da escravidão do pecado.

Aplicação para a vida

Passe alguns minutos pensando em alguém em sua esfera de influência que tenha uma necessidade espiritual tangível. Talvez haja uma mãe solteira que precise descansar um pouco das suas atividades no cuidado das crianças. O que você pode fazer para possibilitar que ela tenha um “tempo de folga”? Como é possível fazer amizade com ela? Você poderia convidá-la para uma refeição? Que tal se oferecer para trocar o óleo do carro?

Possivelmente haja um homem aposentado morando do outro lado da rua, cuja esposa tenha morrido recentemente. Ele é solitário e precisa de amizade. Na prática, o que você pode fazer por ele? E o jovem casal que acabou de se mudar para o apartamento no final do corredor ou para a casa do outro lado da rua? Como você pode ajudá-los a se familiarizarem melhor com a comunidade? Quais são as necessidades deles, sabendo que são novos na área?

Pense nas pessoas da sua comunidade que precisam de uma saúde melhor e desejam isso. Pode ser a vontade de parar de fumar, adotar uma dieta mais saudável, perder peso, reduzir o estresse, exercitar-se mais ou ter um estilo de vida melhor. De que modo nossa igreja pode desenvolver um trabalho social abrangente e contínuo na área de saúde em nossas comunidades, como método evangelístico e expressão do amor de Cristo?

E se a comunidade estiver em uma área desfavorecida, onde as pessoas precisam aprender a ler e desenvolver habilidades básicas em informática? O que fazer pelos que necessitam de mantimentos ou tenham alguma outra necessidade?

Se seguirmos os passos do Mestre, vamos pensar em maneiras concretas de atender às necessidades de nossa comunidade no amoroso nome de Jesus.


Jejuando pela família

O portão estava aberto, por isso, entrei no quintal da casa. Um homem e uma mulher conversavam na varanda e dois garotos brincavam ao lado. “Bom dia, irmão e irmã!”, eu os cumprimentei sorrindo. “Meu nome é Tranqulle Fassinadouno. Estou muito feliz em conhecê-los.”

Aproximei-me das crianças. Ao ver que um garoto estava na idade escolar, perguntei: “Como é a escola? O que você aprendeu hoje?” O garoto sorriu e começou a recitar o abecedário. “Seus filhos são inteligentes!”, falei aos pais, e eles relaxaram quando perceberam que elogiei os filhos. Então perguntei pelo nome de cada um deles.

“Meu nome é Maimouna Bangoura”, disse a mulher, e o esposo informou: “Meu nome é Alpha.” Eu peguei um folheto com o título de “O amor de Deus pelo homem”, e o entreguei a Maimouna, dizendo: “Aqui temos boas notícias. Esta é a palavra de Deus.” Ela deu uma olhadela no folheto e sugeriu: “Não, dê ao meu esposo”, o qual respondeu: “Não, eu não consigo ler. Dê para minha esposa!” Então, dirigiu-se aMaimouna e pediu: “Leia-o para mim.” Ela jogou o folheto no chão e entrou para a sua costumeira oração noturna. Perguntei se Alpha tinha algum pedido de oração e, enquanto conversávamos, Maimouna voltou e pediu para orar por sua saúde.

Percebi que eles não queriam ler o folheto porque havia o nome Jesus em um pequeno texto. Para aquelas pessoas não cristãs, era pecado ler algo relacionado a Cristo. Ao perceber que não estavam interessados, saí da casa decidido a orar e jejuar por eles. Assim que passei pelo portão, escrevi o nome de cada um deles em um pedaço de papel e o coloquei dentro da Bíblia. Durante três dias, não comi nem bebi. A noite comia uma refeição leve de banana, laranja e mingau de arroz.

Eu não tinha muito tempo disponível para orar pelo casal, porque dava estudos bíblicos e procurava novos contatos como pioneiro da Missão Global. Então, pedi a Deus que me despertasse. Durante três noites, Ele me acordou no meio da noite, entre 1h e 4h da madrugada. Então, orei: “Deus, muito obrigado por me permitir conhecer essa família. Quero que Sua vontade seja cumprida na vida deles. Se for da Sua vontade, desejo que os visite antes destes três dias.”

Os três dias acabariam no sábado. Eu decidi visitá-los após o culto e orei antes de sair de casa: “Senhor, não tenho a intenção de converter esta família. Isso é obra do Espirito Santo. Peço que Ele me acompanhe nessa visita.” Durante a Escola Sabatina, senti uma necessidade urgente de visitar a família. Talvez eles saíssem à tarde. Maimouna me cumprimentou com muito entusiasmo e contou que ela havia sido curada após minha oração. Pediu para orar pelo filho, que estava enfermo. Eu orei. Naquela noite, voltei a fim de perguntar sobre ele.

“Ele está ali, brincando com os amigos”, Maimouna disse, apontando para ele. “Estou muito feliz pelo que o senhor fez!” Pedi que ela o chamasse, para orarmos juntos. Ao ver a mão de Deus agir, tomei coragem para apresentar Jesus. “Foi Jesus quem curou seu filho”, eu disse. “Por isso, vamos orar em nome Dele.” Inclinei a cabeça e orei: “Muito agradecido, Senhor! A Ti toda honra e glória porque através do Seu poder aconteceu um milagre. Muito obrigado por curar Anthony. Em nome de Jesus de Nazaré, Amém.”

Após um mês, Alpha e Maimouna foram à igreja. Alpha deixou de frequentá-la pouco tempo depois. Ele espancava a esposa todas as noites porque ela não havia deixado de ir à igreja. Porém, isso não a impediu de participar dos cultos. Ela me disse: “Por favor, me ensine sobre a Bíblia. Quero conhecer mais sobre Palavra de Deus.” Começamos a estudar a Bíblia. Depois de algum tempo, ela começou a ler a Bíblia sozinha, até que certo dia, falou: “Somos Jesus e eu para sempre.” Ela entregou o coração a Ele. 

Alpha continua espancando a esposa, porém, ela encontra força em Mateus 10:37-39, onde Jesus diz: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.” (NVI).

Maimouna e eu jejuamos e oramos por Alpha.

Sou muito feliz porque ela ama a Jesus. A verdadeira alegria é mostrar a verdade às pessoas e vê-las abraçar o evangelho. Parte da oferta do trimestre ajudará a construir a Kobaya Academy, uma instituição educativa de Ensino Médio em Conacri, Guiné. Obrigado por se lembrar de Tranqulle e todos os pioneiros da Missão Global em suas orações.

Dicas da história

  • Peça a um homem para contar esta história na primeira pessoa.
  • Pronúncia de Tranqulle
  • Pronúncia de Maimouna as: mai-mU-na
  • Leia a versão sobre Maimouna na história da semana passada.
  • Leia mais sobre Tranqulle na próxima semana.
  • Assista ao vídeo sobre Tranqulle no YouTube: bit.ly/Tranqulle-Fassinadouno.
  • Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq) ou banco de dados ADAMS (bit.ly/fasting-for-family).
  • Faça o download das fotos dos projetos do trimestre: bit.ly/WAD-2020.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2020
Tema Geral: Como interpretar as Escrituras
Lição 8 – 15 a 21 de agosto de 2020

Ministrando como Jesus

Autor: César Luís Pagani
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Os evangelhos revelam como foi a vida de Jesus de Nazaré. Ele foi descrito por Isaías como “Homem de dores”, que padeceu muito, que foi desprezado e ignorado. “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; Homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como Um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e Dele não fizemos caso” (Is 53:3).

A vida de Cristo foi inteiramente dedicada ao serviço à humanidade. Ele viveu para servir, ensinar e curar. Fez muitas viagens missionárias a pé, percorrendo Israel de norte a sul. Quantas vezes renunciava a Seus próprios direitos, preterindo-os para priorizar os direitos de outrem. Quantos sacrifícios pessoais Ele fez? Ellen White diz que Ele repartia a própria refeição com quem tinha fome. Esse repartir, muitas vezes, significava entregar Sua refeição diária, ficando em jejum.

Com amor totalmente desinteressado, Ele nunca requereu remuneração por Seus serviços. Nem mesmo uma casa própria Ele tinha!

E como era Seu expediente diário? Não poucas vezes passava a noite inteira em oração. Quando não, levantava-Se bem cedinho, antes do raiar do Sol, para fazer Seu culto de adoração ao Pai. Orava, meditava na Palavra de Deus e cantava louvores. Em Suas preces, rogava ao Pai que Lhe desse graça para reparti-la com o povo. Dali saía para o cumprimento de Sua agenda de beneficência.

Cristo como paradigma ou padrão

É disso que trata nossa lição. Nosso Senhor Se apresenta como o Modelo a ser imitado. Paulo desafiava: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11:1). Imitar o Modelo perfeito também requer ser semelhante a Ele. Imitar é fazer exatamente ou aproximadamente o que o modelo faz.

Ele Se misturava com o povo como Alguém que deseja seu máximo bem. Tratava todos com afabilidade, cortesia, não importava se o beneficiado fosse rico ou pobre, letrado ou analfabeto, famoso ou obscuro.

O sal de Cristo

"Assim, também, o cristão exerce uma influência agradável entre os homens. Isto é, quando leva uma verdadeira vida cristã entre os outros, desperta neles o desejo de também levar uma vida melhor. A presença de muitos cristãos desta classe, no mundo, é a única influência que preserva a sociedade de se entregar completamente à impiedade, o que tornaria o mundo um lugar em que ninguém desejaria viver. Lembrem-se de que não podemos ser esta bênção aos outros somente por sermos bonzinhos e nos assentarmos num canto. Devemos viver nossa vida cristã entre o povo" (Children's Gospel Commentary, p. 43).

A luz de Cristo

Cristo trouxe ao mundo a luz divina do amor de Deus. Ele era a própria luz. Porém, transferiu para Seus discípulos de todas as eras a responsabilidade de retransmitir essa luz. Em Mateus 5:14 lemos: “Vós sois a luz do mundo”.

Para transmitir a luz de Cristo é preciso expor-se aos raios da maravilhosa vida do Sol da Justiça. Nenhum crente nominal poderá ser luz, a menos que se torne crente real e absorva a luz de Jesus. Trocado em miúdos, você, crente, precisa receber diariamente a luz que emana da vida de Cristo, conforme revelada nas Escrituras. Vai precisar também do batismo diário do Espírito Santo, de Seu poder e deve orar por isso com insistência.

O Pr. Morris Venden sugere que nos coloquemos nos quadros da vida de Cristo, cena por cena, para incorporarmos o modus operandi de Jesus no trato com o povo. “Veja-O dirigindo-Se a você hoje e permita que Ele quebre as barreiras na sua vida. Jesus ama pessoas – todo tipo de pessoas e tem um lugar no coração para você. Que você possa conhecê-Lo melhor e confiar mais ainda Nele ao considerar como Ele tratava as pessoas” (Como Jesus Tratava as Pessoas, p. 5).

Observe como Ele lidou com prostitutas, adúlteras, os desonestos publicanos, os enfermos, os párias da sociedade, as autoridades, os marginalizados sociais, os gentios, os enlutados, as mulheres, os pobres, os ricos, os pecadores obstinados, os ignorantes, os arrogantes líderes religiosos....

Jesus e Seu sistema tríplice

Dizem-nos as Escrituras que Cristo usava um sistema ministerial tríplice: Ensinava, curava e pregava. Ele ia de casa em casa curando enfermos, confortando angustiados, consolando os tristes, transmitindo a paz de Deus aos corações e garantindo-lhes o acesso às promessas divinas.

Quando reuniu o corpo de discípulos, confiou-lhes também o mesmo ministério (Mt 7:8; Lc 10:17). Cheios do Espírito Santo, eles saíram para cumprir o mandado do Senhor.

Há uma questão a considerar: Em alguns casos, a cura não acontece. Por quê? Não está Deus disposto a curar todos? Ponderemos: Quando o Senhor realiza a cura de alguém, Ele não o faz apenas fisicamente, mas também espiritualmente. “A referência ao perdão dos pecados mostra que Deus não irá, por meio de um ritual, restaurar fisicamente alguém que não deseja também a cura espiritual. Veja o que escreveu Ellen White em A Ciência do Bom Viver, p. 228: ‘Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento que a transgressão da Lei de Deus, quer natural, quer espiritual, é pecado, e que, a fim de receber Suas bênçãos, o pecado deve ser confessado e abandonado’” (Lição da Escola Sabatina, quarto trimestre de 2014, edição de professor, p. 148).

A IASD não tem o poder de cura hoje? Absolutamente! Ela tem todos os dons espirituais em sua posse. Muito embora ocorram milagres em seu meio, temos uma mensagem de saúde muito ampla a comunicar. O conhecimento das leis de saúde é uma bênção inestimável que deve ser compartilhada com todos. Lembremo-nos de que esse ministério é o braço direito da mensagem do terceiro anjo.

A cura miraculosa ainda é válida e seu poder ainda nos pertence. Está escrito: “Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5:14, 15).

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: César Luís Pagani é jornalista, escritor e tradutor de inglês, francês, italiano e espanhol. Casado há 51 anos com Neusa Albamonte Pagani, é pai de três rapazes, César Augusto, Marcel e André, e avô de duas lindas netinhas: Bellinha e Bia. Trabalhou na Casa Publicadora Brasileira por 11 anos, primeiramente como designer gráfico no Departamento de Artes e depois como editor-associado das revistas Vida e Saúde, Nosso Amiguinho e do caderno de Notícias da Revista Adventista. Traduziu vários livros do Espírito de Profecia. Também trabalhou como tradutor para a revista Diálogo Universitário. Hoje é membro ativo na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central Paulistana, onde atua como professor da Escola Sabatina e cantor do Coro Masculino Edificanto.