As Escrituras nos dão esta esperança: “Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita a justiça” (2Pe 3:13).
Para alguns, no entanto, a promessa de “um novo céu e uma nova Terra” (Ap 21:1) parece uma fantasia, histórias contadas por pessoas em posições de poder que usaram a esperança de uma vida após a morte para ajudar a manter as multidões sob controle. A ideia é: embora você esteja com dificuldades no momento, um dia você terá sua recompensa no Céu, ou algo parecido.
Apesar de alguns terem usado a esperança futura apresentada na Bíblia dessa maneira, seu mau uso não muda a verdade das promessas que temos sobre novos céus e nova Terra.
Nos últimos dias, escarnecedores ridicularizarão nossa bendita esperança (2Pe 3:3-7). Mas essa zombaria, exatamente conforme predita, pode ser considerada mais uma evidência de que o que a Bíblia diz é verdade, pois estão zombando como a Bíblia predisse que fariam.
Nesta semana, refletiremos sobre a gloriosa promessa de um novo céu e uma nova Terra, incluindo o templo celestial, a presença de Deus, o fim da morte e das lágrimas e, finalmente, o triunfo final do amor de Deus.
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Para alguns seguidores da filosofia grega, a ideia de que algo é físico significa que é ruim. Por isso, para eles é inconcebível pensar em um futuro paraíso real com pessoas reais. Nessa linha de pensamento, para ser Céu e ser bom, deve ser um estado puramente espiritual, livre das manchas encontradas neste mundo físico. Se algo é material, afirmam, não pode ser espiritual; e se algo é espiritual, não pode ser material. Por outro lado, a Bíblia fala do Céu em termos concretos, mas sem as limitações impostas pela presença do pecado.
1. Leia Isaías 65:17-25; 66:22, 23; 2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21:1-5. Qual é a mensagem desses textos?
O livro de Isaías apresenta vislumbres interessantes de como a Terra teria sido se Israel, como nação, tivesse permanecido fiel à sua aliança com Deus (Is 65:17-25; 66:22, 23; compare com Dt 28:1-14). Toda a natureza, com suas várias expressões de vida, teria crescido cada vez mais em direção ao plano original de Deus, ou seja, antes da entrada do pecado.
No entanto, esse plano não se concretizou como esperado. Então, um novo plano foi estabelecido, dessa vez com a igreja, composta por judeus e gentios de todas as nações (Mt 28:18-20, 1Pe 2:9). As profecias de Isaías, portanto, devem ser relidas a partir da perspectiva da igreja (2Pe 3:13; Ap 21:1-5).
“Na Bíblia, a herança dos salvos é chamada ‘pátria’ (Hb 11:14-16). Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de água viva. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. Existem rios sempre a fluir, claros como cristal, e, ao lado deles, árvores agitando-se suavemente projetam sua sombra sobre os caminhos preparados para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies se expandem na direção de lindas colinas, e as montanhas de Deus erguem seus majestosos cumes. Nessas planícies pacíficas, ao lado daquelas correntes cristalinas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 558).
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Alguns falam do Céu como sendo o santuário de Deus, mas o livro do Apocalipse se refere a um santuário/templo específico dentro da Nova Jerusalém, onde estão o trono de Deus e o mar de vidro (Ap 4:2-6; 7:9-15; 15:5-8). Lá a grande multidão de santos de todas as nações, tribos, povos e línguas adorarão a Deus para sempre (Ap 7:9-17).
2. Compare Apocalipse 7:9-15 com 21:3, 22. Como podemos harmonizar a descrição da grande multidão de remidos servindo a Deus “de dia e de noite no Seu santuário” (Ap 7:15) com a afirmação “Não vi nenhum santuário” na Nova Jerusalém (Ap 21:22)?
O santuário/templo celestial sempre foi o lugar em que as hostes celestiais adoram a Deus. Mas, com o surgimento do pecado, esse santuário se tornou também o lugar de onde a salvação é oferecida à humanidade. “Quando o problema do pecado não mais existir, o santuário celestial voltará a desempenhar sua função original. Em Apocalipse 21:22, João, o Revelador, relatou que não viu templo na cidade, pois o Senhor Deus todo poderoso e o Cordeiro são seu templo. Mas isso significa que não há mais casa do Senhor onde Suas criaturas possam ir e ter comunhão especial com Ele? De modo nenhum!” (Richard M. Davidson, “The Sanctuary: ‘To Behold the Beauty of the Lord’”, em Artur Stele, ed., The Word: Searching, Living, Teaching, v. 1 [Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 2015], p. 31).
O livro do Apocalipse dá atenção especial Àquele que está sendo adorado e àqueles que O adoram. Essa adoração celestial é centrada em Deus e no Cordeiro (Ap 5:13; 7:10). Como sempre, e como deveria ser, Cristo é o foco da adoração.
Os adoradores são os “que vêm da grande tribulação, que lavaram suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14). São testemunhas vivas do divino poder redentor e transformador. Louvam a Deus por quem Ele é e pelo que fez por eles.
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A Bíblia diz que Deus “habita em luz inacessível” (1Tm 6:16) e que “ninguém jamais viu Deus” (Jo 1:18; 1Jo 4:12). Isso significa que os santos no Céu nunca verão Deus o Pai? De jeito nenhum! Os seres humanos foram impedidos de ver Deus somente após a queda, mas há várias indicações nas Escrituras de que os santos O verão no Céu.
3. Leia Mateus 5:8; 1 João 3:2, 3 e Apocalipse 22:3, 4. O que essas passagens nos dizem sobre o privilégio supremo de ver Deus?
O mesmo apóstolo João que afirmou que “ninguém jamais viu Deus” (Jo 1:18; 1Jo 4:12) também declarou que “haveremos de vê-Lo como Ele é” (1Jo 3:2, 3) e contemplaremos “a Sua face” (Ap 22:3, 4). Pode ser discutível se essas passagens se referem a Deus Pai ou a Cristo, mas todas as dúvidas desaparecem à luz da própria declaração de Cristo: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5:8). Que privilégio será para os redimidos adorar a Deus em Seu santuário! Mas a felicidade suprema será ver Sua face.
“O povo de Deus tem o privilégio de manter comunhão direta com o Pai e o Filho. ‘Agora, vemos como em espelho, obscuramente’ (1Co 13:12). Contemplamos a imagem de Deus refletida como que em espelho, nas obras da natureza e em Sua maneira de lidar com os seres humanos; mas então O veremos face a face, sem que nada atrapalhe nossa visão. Estaremos em Sua presença e contemplaremos a glória de Seu rosto” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 559).
Observe em alguns dos versos de hoje a ligação entre pureza e a possibilidade de ver Deus. Os “limpos de coração” verão Deus; aquele que verá Deus “purifica a si mesmo, assim como Ele é puro” (1Jo 3:3). O que esses versos revelam é que Deus deve fazer uma obra em nós agora para nos preparar para o Céu.
Embora nosso direito ao Céu tenha sido garantido pela morte de Jesus, passaremos por um processo de purificação aqui e agora que ajudará a nos preparar para o lar eterno. Um requisito essencial nesse processo é a obediência à Sua Palavra.
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A teoria de uma alma imortal, sofrendo para sempre em um inferno ardente, contradiz o ensino bíblico de que no novo céu e na nova Terra “já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21:4). Se a teoria de um inferno de fogo eterno fosse verdadeira, então a “segunda morte” não erradicaria o pecado e os pecadores do Universo, apenas os confinaria em um inferno eterno de tristeza e pranto. E mais: nesse caso, o Universo nunca seria todo restaurado à sua perfeição original. Mas louvado seja o Senhor, pois a Bíblia descreve um cenário completamente diferente!
4. Leia Isaías 25:8; Apocalipse 7:17 e 21:4. Que conforto e esperança essas passagens nos trazem em meio às provações deste mundo?
A vida pode ser muito dura, injusta, cruel. Algumas pessoas, tão queridas para nós, são brutalmente arrebatadas pelo frio abraço da morte. Outras entram sutilmente em nossa vida, roubam nossos sentimentos e depois vão embora como se nada tivesse acontecido. Como é terrível ser traído por alguém que amamos e em quem confiamos!
Há momentos em que podemos até nos perguntar se a vida vale a pena. No entanto, Deus está sempre ansioso para enxugar de nossa face as nossas lágrimas. Mas algumas de nossas lágrimas mais pesadas continuarão caindo até aquele dia glorioso em que a morte, a tristeza e o pranto deixarão de existir (Ap 21:1-5).
Podemos confiar que no juízo final Deus tratará cada ser humano com justiça e amor. Todos os nossos queridos que morreram em Cristo serão ressuscitados dentre os mortos para estar conosco por toda a eternidade. Os indignos da vida eterna deixarão finalmente de existir, sem ter que viver em um Céu “desagradável” ou em um inferno. Nosso maior conforto deriva da maneira justa como Deus trata todos. Quando a morte deixar definitivamente de existir, os remidos exclamarão alegremente: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1Co 15:54, 55).
O Senhor prometeu que no novo céu e na nova Terra que Ele criará “não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas” (Is 65:17). Isso não significa que o Céu será um lugar de amnésia, mas sim que o passado não minará a alegria duradoura.
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5. Leia Apocalipse 22:3-5. Como podemos ter certeza de que estaremos entre aqueles que terão o nome de Deus gravado na testa?
Após a rebelião de Lúcifer e a queda de Adão e Eva, Deus poderia ter destruído os pecadores. No entanto, como expressão de amor incondicional por Suas criaturas, Deus estabeleceu um plano misericordioso para salvar todos aqueles que aceitam o que Ele oferece. Isso é o que se conhece como “plano da salvação”, o qual, embora existindo mesmo antes da criação da Terra (Ef 1:3, 4; 2Tm 1:9; Tt 1:2; Ap 13:8), foi apresentado pela primeira vez à humanidade no Éden, logo após a queda. Foi então revelado nos tipos e sombras do serviço do santuário hebraico (Êx 25), e sua expressão mais completa encontra-se na vida, morte e ressurreição de Jesus (veja Rm 5).
No centro do plano da salvação está a promessa de vida eterna, com base nos méritos de Jesus, a todos os que aceitam, pela fé, a grande provisão feita na cruz. Tanto antes da cruz quanto depois da cruz a salvação sempre foi pela fé, e nunca pelas obras, por mais que as obras sejam uma expressão da nossa salvação.
6. Paulo escreveu sobre Abraão, que existiu muito antes da vinda de Cristo, como um exemplo de salvação pela fé: “Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem do que se orgulhar, porém não diante de Deus. Pois o que diz a Escritura? Ela diz: ‘Abraão creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça’” (Rm 4:2, 3). Como esses versos nos ajudam a entender o que é a salvação pela fé?
Podemos ter a certeza da salvação se aceitarmos Jesus, nos rendermos a Ele e reivindicarmos Suas promessas, incluindo as de uma nova vida, agora, Nele, e se nos apoiarmos totalmente em Seus méritos e em nada mais. Abraão creu, e isso lhe foi imputado como justiça. Da mesma forma é conosco.
Isso é o que significa ter o nome de Deus escrito em nossa testa. Se o tivermos escrito agora e não nos afastarmos Dele, então também será escrito lá nos novos céus e na nova Terra.
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Textos de Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 548-560 (“A vitória do amor”); Visões do Céu, p. 133-145 (“A terra renovada”); p. 146-158 (“O Céu é uma escola”); p. 159-166 (“Não tardará”); p. 167-176 (“O Céu pode começar agora”); p. 177-184 (“A música do Céu”); p. 185-192 (“Um apelo para estarmos lá”).
“A cruz de Cristo será a ciência e o cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado, eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se esquecerá que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins têm prazer em adorar, humilhou-Se para reerguer a humanidade decaída. [...]” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 539).
“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única pulsação de harmonia e felicidade vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 560).
Perguntas para consideração
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Cristãos secularizados vivem como se o mundo fosse durar para sempre (Lc 12:16-21). Como equilibrar nossos ideais terrenos com nossas prioridades celestiais? Como nos protegermos contra o que Jesus nos advertiu em Lucas 12?
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Se o Céu começa aqui, o que devemos fazer para transformar nosso lar e nossa vida pessoal em pequenas expressões de princípios celestiais?
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Qual é a lógica por trás do pessimismo dos que não acreditam na vida eterna? Como explicar a suposta “felicidade” dos que não expressam esperança futura?
Respostas e atividades da semana: 1. Isaías mostra como a Terra teria sido se Israel tivesse permanecido fiel à sua aliança com Deus. Visto que esse plano não foi concretizado conforme o esperado, essas profecias, portanto, devem ser relidas a partir da perspectiva da igreja. 2. Na Nova Jerusalém, o santuário será o próprio Deus e o Cordeiro, mas haverá um templo de adoração. 3. Os limpos de coração terão o privilégio de ver Deus face a face. 4. Deus nos fará justiça, e não haverá mais morte nem lágrimas. Confiemos Nele e nos consolemos com Suas promessas! 5. Todos os que aceitarem, pela fé, a provisão feita na cruz e não se afastarem de Cristo terão o nome de Deus gravado na testa. 6. Abraão creu no sacrifício de Cristo, e isso lhe foi atribuído como justiça. Assim é conosco. Se pela fé aceitarmos Jesus, nos rendermos a Ele e reivindicarmos Suas promessas, seremos salvos por Seus méritos e mediante Sua graça.
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TEXTOS-CHAVES: Is 65:17-25; Ap 21–22
ESBOÇO
Nossa última lição deste trimestre trata da esperança final do cristão e do anseio pelo tempo em que Deus estabelecerá um novo céu e uma nova Terra escatológicos. Toda a velha ordem do nosso mundo pecaminoso passará. Nosso passado pecaminoso não nos incomodará mais, e todas as nossas falhas, pecados e transgressões serão apagados. Todas as angústias, decepções e feridas serão curadas.
Após o milênio, Deus enxugará nossas lágrimas, e o grande conflito terminará. O Senhor criará tudo novo. Nessa paisagem, o amor, a felicidade, a paz e a alegria reinarão. Deus estabelecerá novos céus e nova Terra com uma nova qualidade de vida. Não haverá mais necessidade de hospitais, prisões e cemitérios porque não haverá dor, doença, sofrimento, violência, crime, exploração ou morte (Ap 21:4, 5). A Nova Jerusalém será “o tabernáculo de Deus com os seres humanos. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles e será o Deus deles” (Ap 21:3). A vida na nova Terra será empolgante e muito satisfatória. A compreensão plena do que o Criador nos revelou sobre isso está além de nossa imaginação, pois “nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os Seus servos O adorarão, contemplarão a Sua face, e na sua testa terão gravado o nome Dele. Então já não haverá noite, e não precisarão de luz de lamparina, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão para todo o sempre” (Ap 22:3-5).
COMENTÁRIO
Descrição de Isaías 65:17-25
O profeta Isaías é um profeta de esperança. Mais do que qualquer outro profeta, Isaías apontou para a vinda do Messias e o estabelecimento do reino de Deus. Isaías é justamente chamado de profeta evangelista. Em Isaías 65:17 a 25, o profeta falou sobre os novos céus e a nova Terra. Como ele descreveu a vida na nova Terra? Ele nos apresentou 12 características:
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A nova Terra é a criação única de Deus (Is 65:17). Deus intervém e a cria porque Ele é o Criador.
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O passado pecaminoso não mais sobrecarregará os servos de Deus (Is 65:17).
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Jerusalém será um lugar de alegria e felicidade (Is 65:18).
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Não haverá choro e clamor em Jerusalém (Is 65:19).
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Não haverá mortalidade infantil nem abortos (Is 65:20, 23).
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A longevidade dos fiéis é garantida (Is 65:20, 22); mas, antes que a vida na nova Terra comece, os pecadores morrerão prematuramente (Is 65:20).
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O trabalho criativo prevalecerá (Is 65:21-23): casas serão construídas e vinhas plantadas.
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A paz e a prosperidade serão asseguradas (Is 65:22). Não haverá ameaças de guerra ou destruição.
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As pessoas desfrutarão a vida sob a presença e as bênçãos de Deus (Is 65:23).
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As orações serão imediatamente respondidas por Deus (Is 65:24).
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Novas condições de vida na natureza serão criadas (Is 65:25).
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Os habitantes experimentarão a reversão das maldições da aliança em bênçãos abundantes, conforme indicado pela teologia dessa passagem em comparação com as bênçãos e maldições de Deuteronômio (Dt 27; 28; compare com Lv 26).
É digno de nota observar que Isaías declara repetidamente que Deus cria o céu e a Terra e combina essas duas palavras-chaves, embora às vezes de forma bastante livre (ver Is 1:2; 13:13; 24:4, 18, 21; 37:16; 40:12, 22, 26-28; 42:5; 44:23, 24; 45:8, 12, 18; 48:13; 49:13; 51:6, 13, 16; 55:9). Céu e Terra são frequentemente mencionados no contexto do poder de Deus para salvar Seu povo. A partir dessas ocorrências, é óbvio que Isaías emprega uma linguagem figurada quando fala sobre Deus criar novos céus e uma nova Terra. A linguagem figurada aponta para a restauração. Deus declarou anteriormente em Isaías que Ele é o Criador e estabelecerá “novos” céus e uma nova Terra: “Confio a você as Minhas palavras e o protejo com a sombra da Minha mão, para que Eu estenda os céus, firme a Terra e diga a Sião: ‘Você é o Meu povo’” (Is 51:16). Apenas duas vezes na Bíblia hebraica é declarado que o Senhor cria “novos céus e nova Terra”, e isso ocorre somente em Isaías (Is 65:17; 66:22). A outra referência está no livro do Apocalipse (Ap 21:1).
A questão crucial é se a descrição de Isaías 65:17 a 25 é sobre os novos céus e sobre a nova Terra escatológicos. Fica claro que Isaías 65 e 66 não descrevem o quadro escatológico como descrito em Apocalipse 21 e 22, porque a morte, o pecado, a maldição, o casamento e o nascimento de bebês estão incluídos. A que situação ou evento, então, Isaías 65:17 a 25 se refere?
Isaías 65:17 a 25 relata as novas condições que existiriam em Israel se o povo de Deus vivesse de acordo com Sua Palavra. O modelo em miniatura do reino divino seria manifestado em Israel. Posteriormente, o conhecimento sobre o verdadeiro Deus cresceria, e a possibilidade de aceitar o Messias se expandiria. Jerusalém se tornaria uma megalópole. As nações afluiriam ao templo de Deus para aprender sobre o verdadeiro Senhor vivo, a fim de servi-Lo e adorá-Lo (ver, por exemplo, Is 2:2-4; 56:3-8; Mq 4:1- 3). Os “novos céus e a nova Terra” é uma expressão hiperbólica que significa, em seu contexto, novas condições de vida na Terra e aponta para a restauração de Judá após o retorno do cativeiro babilônico. Essa expressão descreve as condições ideais para o povo de Deus em sua terra naquele tempo. Certamente Isaías 65 é uma pré-imagem, um antegozo, ou tipo dos antitípicos novos céus e nova Terra. Mas o que pode ser aplicado à descrição da nova Terra escatológica? É preciso implementar três princípios para descobrir a aplicação correta.
Princípio 2: O que é negado não é transferido
A que os autores bíblicos posteriores se opõem ou o que explicitamente negam da descrição de Isaías 65:17 a 25 não se aplica à nova Terra escatológica. Em outras palavras, os aspectos da vida que contradizem outras passagens das Sagradas Escrituras não serão incluídos. Então o que não vai estar lá?
1. Morte
Isaías tem em vista a morte (depois de uma vida produtiva, abençoada e próspera), mas João a renuncia explicitamente:
“Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:4, NVI).
2. Pecado, pecadores e maldição
Isaías menciona “maldição” e “pecadores”, mas João claramente proclama que nada pecaminoso entrará na nova Terra (Ap 21:8, 27; 22:3).
3. Casamento e nascimento de filhos
Isaías sublinha que na “nova Terra” não haverá abortos ou morte infantil, o que implica que haverá casamentos significativos com abundância de filhos como expressão da bênção de Deus. No entanto, quando Jesus foi questionado sobre a ressurreição e a vida posterior, Ele respondeu que o casamento e o nascimento de filhos não farão parte da vida eterna (Mt 22:29-32; ver também Ellen G. White, Manuscrito 28, 1904; e Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 172, 173). O que Deus prepara para Seus filhos será muito melhor e mais gratificante do que podemos experimentar hoje no melhor, mais feliz, mais harmonioso e significativo casamento. Deus dará aos redimidos algo melhor e ainda mais satisfatório.
Princípio 3: Coisas novas serão incluídas
Na nova Terra escatológica, haverá coisas novas e surpreendentes que não foram mencionadas em Isaías 65:17 a 25 ou em Gênesis 2. Pelo menos três realidades magníficas serão completamente novas:
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A Nova Jerusalém descerá do Céu (Ap 21:2, 3).
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O trono de Deus com a água da vida estarão na cidade (Ap 22:1, 3).
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O próprio Deus, em Sua presença física, visível e constante, habitará com o Seu povo (Ap 22:4, 5).
As observações finais de Isaías 66:22 a 24 abrangem o tempo escatológico em que todos os servos do Senhor estarão na Nova Jerusalém vivendo sob as novas condições descritas como novos céus e nova Terra (Is 66:23). Os servos fiéis do Senhor estarão na Nova Jerusalém, mas os que estarão fora receberão o juízo divino de condenação e destruição total (Is 66:24). Essa imagem cósmica é a última imagem de Isaías, na qual a nova vida não é importunada pela influência dos injustos, de modo que a paz e a harmonia jamais serão perturbadas pelo pecado outra vez. Esse resultado vem após intensas atividades evangelísticas entre as nações (Is 66:19-21).
A expectativa da igreja do AT era esplêndida. Era uma visão para o estabelecimento do reino eterno de Deus, dos novos céus e da nova Terra. Textos como Isaías 65:17 a 25, bem como Daniel 2 e 7 a 9, Isaías 24 a 27, Ezequiel 38 a 48, Joel 3, Miqueias 4 e Zacarias 14 fornecem vislumbres importantes sobre essa esperança do AT. Essa igreja estava esperando, ansiando e prevendo coisas extraordinárias: o Messias e o estabelecimento do reino de Deus.
O amado autor e pregador Decano Frederic Farrar era amigo pessoal e capelão honorário da rainha Vitória na década de 1870.
“Um dia o capelão [...] pregou um sermão sobre a segunda vinda de Cristo. Ao falar daquele glorioso evento, notou lágrimas nos olhos da rainha. Após o culto, aproximou-se dela e perguntou: ‘Por que Vossa Majestade chorou enquanto eu falava hoje?’
‘Oh’, disse ela, ‘porque espero que Ele venha em meus dias!’
‘Por que Vossa Majestade deseja que Ele venha em seus dias?’, perguntou o capelão.
‘Oh, senhor, para que eu possa colocar minha coroa aos Seus pés!’” (H. M. S. Richards, The Signs of the Times, 1o de dezembro de 1931, p. 10).
APLICAÇÃO PARA A VIDA
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Como a esperança da nova Terra transforma nossos valores e objetivos?
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No livro do Apocalipse, de que maneira João se baseia na visão de Isaías sobre a nova Terra em Isaías 65? Como João a transforma?
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Essa esperança escatológica é boa apenas para os desencorajados e para os que estão morrendo? Comente, justificando sua resposta.
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Mantidos em cativeiro
Salote
Fiji | 24 de dezembro
A dor atravessou o coração de Salote quando as notícias da mídia começaram a chegar a Fiji.
Longe, no Oriente Médio, duzentos militantes armados capturaram quarenta e cinco soldados da paz de Fiji e os mantiveram cativos em um local desconhecido na Síria.
O filho de 34 anos de Salote havia saído recentemente de casa para uma missão com as forças de paz das Nações Unidas no Oriente Médio.
Os nomes dos pacificadores de Fiji sequestrados não foram divulgados imediatamente, e Salote se perguntou se seu filho estaria vivo e bem. As palavras de Jeremias 29:11 vieram à mente: “Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês, diz o Senhor. São pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma esperança” (NAA). Salote lembrou que ela estava orando por seu filho antes mesmo de ele ser enviado. Certamente, ele estava seguro nas mãos de Deus.
No dia seguinte, o telefone tocou. Era a nora de Salote. Chorando, ela confirmou que seu marido estava entre os 45 capturados. Ele era o comandante da força de paz.
Salote estava pronta para a notícia. “Não se preocupe”, disse ela. “Deus permitiu que isso acontecesse e fez isso para Seu próprio propósito divino. Você e eu devemos aceitar isso e orar pela ajuda de Deus na libertação dos 45 homens.”
Suas palavras fortaleceram a fé de ambas, e elas se juntaram às mães e esposas dos outros cativos que estavam em oração, jejum e reivindicando as promessas de Deus.
Enquanto Salote orava e esperava notícias durante aquele período sombrio de 2014, ela se aproximou de Deus. Ela percebeu que, quando o futuro parecia escuro, a escuridão poderia ser reduzida ou totalmente removida tendo paz de espírito. Ela reivindicou Isaías 26:3, que diz que Deus manterá em perfeita paz aqueles cujas mentes permanecem Nele porque confiam Nele. O versículo 4 acrescenta: “Confiem sempre no Senhor, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna”.
Salote também encontrou estabilidade mental e força ao aceitar a realidade de que seu filho poderia morrer. Ela reivindicou Filipenses 4:6, que diz: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (NAA). Ser realista a lembrou de sua compreensão profética do tempo em que estava vivendo, os últimos dias da história da Terra, conforme profetizado no sonho do rei Nabucodonosor da estátua em Daniel 2. Essa realidade deu-lhe força e esperança.
Quatorze dias depois de ser capturado, seu filho e seus companheiros de paz foram libertados. Enquanto suas famílias agradeciam a Deus, Salote soube que o amor de Deus havia penetrado no campo militante. Seu filho e os homens de seu grupo foram proibidos de adorar a Deus, mas eles decidiram no terceiro dia de cativeiro começar a orar e jejuar de qualquer maneira. Eles oraram em silêncio, um por um, enquanto estavam deitados e de mãos dadas. Quando um homem terminava de orar, ele apertava com força a mão do próximo homem. Ao longo dos catorze dias, os cativos fizeram amizade com seus captores de tal forma que vários militantes até derramaram lágrimas ao se despedir. Os cativos partiram, ilesos, para seu próprio acampamento.
Em O Desejado de Todas as Nações, página 240, Ellen White diz: “Temos de reconhecer-Lhe a graça segundo nos é dada a conhecer através dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência”.
Este é o testemunho de Salote. Esta é uma história sobre a graça de Deus. “Ele certamente está presente onde Seu amor é demonstrado”, disse ela. “Ele fornecerá os meios para compartilhar Seu amor e mensagem de redenção mesmo nas circunstâncias mais difíceis.”
Obrigado por planejar uma oferta generosa para o décimo terceiro sábado que ajudará a espalhar a esperança que Salote tem em Jesus em Fiji e na Divisão do Pacífico Sul.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
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Salote é professora aposentada em Suva, Fiji. Esta história tem por base uma meditação matinal que ela proferiu na Universidade Adventista do Pacífico e foi publicada na Adventist Record da Divisão do Pacífico Sul.
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Baixe publicações e fatos rápidos sobre a missão da Divisão do Pacífico Sul: bit.ly/spd-2022.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2022
Tema geral: Vida, morte e eternidade
Lição 14 – 24 a 31 de dezembro de 2022
Novas todas as coisas
Autor: Sérgio H. S. Monteiro
Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Rosemara Santos
O estudo deste trimestre chegou ao fim. Fomos convidados pelo Dr. Alberto R. Timm a mergulhar nas profundas águas do conhecimento bíblico e descobrir o que nunca esteve oculto: que o ser humano é um ser integral, resultado da ação criativa de Deus, criado à Sua imagem e semelhança, e que, utilizando a liberdade de escolha a ele dada por Deus, decidiu se alinhar ao anjo que noutro momento privara da proximidade de Deus, mas que a abandonara, dando início a um conflito pela adoração dos seres criados. Nesse conflito, ao assumir o lado de Satanás, o ser humano perdeu o acesso ao Éden e às suas árvores, dentre as quais a árvore da vida, que servia como um símbolo visível da provisão de vida por parte de Deus e da dependência do ser humano do Criador. Ao perder esse acesso, em conjunto com sua dependência e sua obediência, o ser humano perdeu também a vida eterna, que estava em Deus.
Não obstante, a desesperada situação foi confrontada e resolvida por uma promessa profunda e certa: O homem viveria eternamente. Sim, ele viveria, mas não como prometera a serpente, nem como ensinam as filosofias modernas, com a crença na imortalidade natural da alma. A vida eterna que lhe seria oferecida não estava nele mesmo, mas viria da entrega do próprio Deus, que morreria a morte eterna para redimir eternamente os que doutra forma estariam eternamente perdidos. É dessa esperança, e não de qualquer outra, que falam as Escrituras.
Sim, essa esperança foi a força motivadora dos profetas, que em sua mensagem convidavam o povo a olhar adiante, ainda que o presente fosse desesperador. Se bem que estivessem incumbidos da missão de denunciar a apostasia do povo, demandando que olhassem sua própria situação presente de apostasia e afastamento de Deus, eram também mensageiros do mundo vindouro, descortinando diante do povo o plano que demonstrava o domínio de Deus sobre a história, que no fim, culminaria no estabelecimento do reino do próprio Deus, no qual não haveria mais intermediários na proclamação nem empecilhos no reconhecimento, pois Deus seria conhecido de todos e a todos conheceria (cf. Ap 21:3).
Esse reino inaugura o retorno do ser humano e da Terra a sua situação quando saiu das mãos do Criador. Por isso, é chamado nas Escrituras de Novo Céu e Nova Terra (Is 66:22, 23; Ap 21:1). Essa novidade não está associada à eliminação do mundo anterior, porque doutra forma Gênesis 8:22 e Jeremias 31 apresentariam problemas. Como é possível então um novo céu e uma nova Terra, sem a destruição deste céu e desta Terra? Para responder a essa pergunta, precisamos nos lembrar de que céu e Terra, nas Escrituras, são uma expressão ligada à nossa realidade de pecado. Mesmo no relato da criação, em Gênesis, o objetivo primário da narrativa é nos dizer onde estávamos antes de estar onde estamos. Ou seja, nosso céu e nossa Terra, em um momento ínfimo diante de sua história, eram perfeitos e estavam em ordem, até que veio o pecado e a queda, lançando-os no estado em que se encontram, ansiando por uma recriação, que se dará após o tempo em que a Terra ficará sem forma e vazia, fechando o ciclo narrativo e histórico da existência deste céu e desta Terra. É por isso que a expressão precisa ser novo céu e nova Terra.
Várias religiões do mundo possuem algum tipo de menção a esse lugar de paz, no qual as esperanças se transformam em plena realidade e os justos viverão para sempre. Mesmo as religiões e filosofias que estão totalmente envolvidas com a imortalidade da alma, de alguma forma proclamam a existência de uma glória futura. Seja na figura do Nirvana dos antigos Vedas, Valhalla Nórdico, Campos Elísios Gregos, o Janna muçulmano, seja no ‘Olam Habaa judaico ou no paraíso cristão, a esperança duma vida gloriosa é uma das principais motivações para a continuidade da religiosidade. De uma forma muito poderosa a expectativa do invisível exerce papel primário e primordial nos planos futuros de cada ser humano, independentemente de sua formação religiosa. De fato, mesmo ateus vivem na via negativa a angústia do porvir.
Infelizmente, todas as perspectivas quanto à glória futura acabam por padecer de corrupção, sendo apenas e tão somente parciais expressões humanas e quase egoístas da descrição desse lugar ainda inacessível. Todos estão preocupados em apresentar o céu e a eternidade com um produto, cujo melhor marketing vence. Ou como um spa, com excelentes serviços, no qual Deus é o recepcionista. Isso é fruto de uma vivência religiosa centrada no eu, nas experiências e na certeza de que a pessoa é o ser mais importante do Universo. Exatamente como ocorreu com satanás no céu: olhou para si mesmo e pensou que poderia não apenas ser Deus, mas o deus de Deus! E assim, exatamente assim, estamos vivendo os últimos momentos da história. Queremos ser o deus de Deus, e nos orgulhamos de dizer que somos o centro das atenções e das afeições de Deus. Somos orgulhosos de ser especiais, mas nos esquecemos o que nos torna especiais.
O que nos torna especiais é a revolução do que fomos para o que somos em Cristo Jesus. Não são nossas bondades, aptidões ou conhecimento. Nem nossos sacrifícios, ofertas e dízimos, mas o quanto andamos com Ele, Nele e por Ele, e quanto esperamos e ansiamos para estar com Ele nas mansões que existem no Paraíso. É por isso que a religião bíblica precisa ser diferente. Ela precisa estar centralizada em Deus, na expectativa humana por Deus, na alegria de Deus, no Reino de Deus, na graça de Deus, nos gostos de Deus, na autoridade de Deus, e nunca, jamais, no ser humano. Os novos céus e a nova Terra são muito mais do que um presente para a humanidade, mas será um templo no qual o Emanuel estará com os seres criados, resgatados e glorificados por Ele, e que com Ele viverão para todo o sempre, porque tudo e todos serão Dele. Eu quero estar lá, e a Ele pertencer. E você?
Conheça o autor dos comentários para este trimestre: O Pr. Sérgio Monteiro é casado com Olga Bouchard de Monteiro. É pai de Natassjia Bouchard Monteiro e Marcos Bouchard Monteiro. É Bacharel em Teologia, Mestre em Teologia Bíblica, cursa doutorado em Bíblia Hebraica pela Theologische Universiteit Apeldoorn. Pastor da Brazilian Adventist Community Church na Associação do Norte da Nova Zelândia e membro da Adventist Theological Society, International Organization for the Study of the Old Testament, Society for Biblical Literature e Associação dos Biblistas Brasileiros.