É importante que o estudante do livro de Romanos compreenda o contexto histórico do livro. Informações sobre as condições da época são sempre fundamentais quando buscamos compreender a Palavra de Deus. Precisamos conhecer e compreender os assuntos que estavam sendo abordados. Paulo estava escrevendo para um grupo específico de cristãos, em um momento específico e por uma razão específica. Conhecer essa razão tanto quanto possível nos beneficiará muito em nosso estudo.
Portanto, voltemos no tempo. Façamos uma viagem à Roma do primeiro século e nos tornemos membros da congregação ali. Então, como membros da igreja do primeiro século, ouçamos Paulo e as palavras que o Espírito Santo lhe deu para comunicar aos cristãos em Roma.
Porém, por mais que as questões imediatas abordadas por Paulo fossem relacionadas àquela localidade, são universais os princípios por trás delas (nesse caso, princípios que ajudam a responder à pergunta: como uma pessoa é salva?). Paulo estava falando a um grupo específico de pessoas. Ele tinha um assunto em mente quando escreveu a carta. Mas, como sabemos, muitos séculos depois, em uma época e contexto totalmente diferentes, suas palavras foram tão relevantes para Martinho Lutero quanto para Paulo quando ele as escreveu. E elas também são relevantes para nós hoje!
O texto de Romanos 16:1 e 2 indica que Paulo provavelmente escreveu essa carta na cidade grega de Cencreia, próxima a Corinto. A menção que Paulo fez de Febe, uma moradora da região de Corinto, estabelece esse lugar como o cenário provável para a carta aos Romanos.
Um dos objetivos ao determinar a cidade de origem das epístolas do Novo Testamento é verificar a data em que elas foram escritas. Visto que Paulo viajava muito, saber qual era sua localização em determinado momento nos dá um indício da data.
Paulo fundou a igreja de Corinto em sua segunda viagem missionária, de 49 a 52 d.C. (At 18:1-18). Em sua terceira viagem, de 53 a 58 d.C., ele visitou a Grécia novamente (At 20:2, 3) e recebeu uma oferta para dar aos santos em Jerusalém, perto do fim da sua viagem (Rm 15:25, 26). Portanto, a Epístola aos Romanos foi escrita provavelmente nos primeiros meses do ano 58 d.C.
1. De acordo com Atos 18:23, quais outras igrejas importantes Paulo visitou em sua terceira viagem missionária? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Igrejas de Antioquia, Galácia e Frígia.
B.( ) Filadélfia e Laodiceia.
Ao visitar as igrejas da Galácia, Paulo descobriu que, durante sua ausência, falsos mestres tinham convencido os membros a se submeter à circuncisão e a guardar outros preceitos da lei de Moisés. Temendo que seus adversários chegassem a Roma antes dele, Paulo escreveu a carta aos romanos para evitar que a mesma tragédia acontecesse em Roma. Acredita-se que a Epístola aos Gálatas também foi escrita em Corinto, durante os três meses da permanência de Paulo ali em sua terceira viagem missionária, talvez logo após sua chegada.
“Em sua epístola aos Romanos, Paulo expôs os grandes princípios do evangelho. Ele afirmava sua posição nas questões que estavam agitando as igrejas judaicas e gentílicas, e mostrava que as esperanças e promessas que haviam pertencido antes aos judeus eram, agora, oferecidas também aos gentios” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 373).
Como dissemos, ao estudar qualquer livro da Bíblia, é importante saber por que ele foi escrito; isto é, de qual situação ele estava tratando. Por isso, para nossa compreensão da Epístola aos Romanos, é fundamental entender quais questões estavam inquietando as igrejas judaicas e gentílicas. A lição da próxima semana abordará essas questões.
Não há dúvida de que o toque pessoal é a melhor maneira de se comunicar na maioria dos casos. Podemos telefonar, mandar e-mail, mensagem de texto e até mesmo falar por chamada de vídeo; porém, face a face, corpo a corpo, é a melhor forma de comunicação. Por isso, Paulo anunciou em sua carta aos romanos que pretendia vê-los pessoalmente. O apóstolo queria que eles soubessem que ele pretendia ir a Roma, e a razão de sua visita.
2. Leia Romanos 15:20-27. Quais razões Paulo deu para não ter visitado Roma anteriormente? O que o levou a tomar a decisão de ir naquele momento? Até que ponto a missão era central em seu raciocínio? O que aprendemos sobre missão e testemunho a partir dessas palavras de Paulo? Qual argumento interessante e importante Paulo apresentou em Romanos 15:27 sobre judeus e gentios?
O grande missionário aos gentios sentia-se constantemente motivado a levar o evangelho às novas regiões, deixando outros para trabalhar nos lugares em que o evangelho já tinha sido estabelecido. Na época em que o cristianismo dava seus primeiros passos e havia poucos obreiros, teria sido um desperdício de valiosa força missionária se Paulo tivesse permanecido atuando em áreas já alcançadas pelo evangelho. Ele disse: “Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro”, para que entendessem “aqueles que não o haviam escutado” (Rm 15:20, 21).
Paulo não tinha a intenção de se estabelecer em Roma. Seu objetivo era evangelizar a Espanha. Ele esperava obter o apoio dos cristãos romanos para esse empreendimento.
3. Paulo buscou ajuda de uma igreja estabelecida para evangelizar uma nova região. Qual princípio importante encontramos nesse fato em relação à missão? Assinale a melhor opção:
A.( ) Não devemos buscar ajuda de outras igrejas. Se o fizermos, desfalcaremos a nossa própria igreja.
B.( ) A missão em lugares novos só acontece por meio de uma rede de apoio. Devemos ajudar os missionários a alcançar essas pessoas.
4. “Uma vez em Roma, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava” (At 28:16). Como Paulo finalmente chegou a Roma? O que isso nos ensina sobre as coisas inesperadas e indesejadas que tantas vezes surgem em nosso caminho?
Paulo finalmente chegou a Roma, ainda que fosse como prisioneiro. Quantas vezes nossos planos não saem como prevíamos e esperávamos, mesmo aqueles formulados com as melhores intenções!
Paulo chegou a Jerusalém no final de sua terceira viagem missionária, levando aos pobres uma oferta que ele havia recolhido das congregações da Europa e da Ásia Menor. Porém, acontecimentos inesperados o aguardavam. Ele foi preso e acorrentado. Depois de ficar preso por dois anos em Cesareia, ele apelou a César. Cerca de três anos após sua prisão, ele chegou a Roma, provavelmente não da maneira que ele tinha pretendido quando, alguns anos antes, escreveu aos cristãos romanos sobre sua intenção de visitar a igreja ali.
5. O que Atos 28:17-31 revela sobre o tempo que Paulo passou em Roma? Mais importante, qual lição aprendemos com isso?
“Não pelos sermões de Paulo, mas pelas suas cadeias, foi a atenção da corte atraída para o cristianismo. Foi como um cativo que ele rompeu de tantas vidas as cadeias que as mantinham na escravidão do pecado. E não foi só isso. Ele declarou: ‘E a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a Palavra de Deus’” (Fp 1:14; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 464).
6. Veja a saudação de Paulo à igreja de Roma: “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1:7). Que princípios da verdade, teologia e fé podemos aprender com essas palavras?
Amados de Deus. Embora seja verdade que Deus ama o mundo, em um sentido especial Deus ama aqueles que O escolheram, aqueles que correspondem ao Seu amor.
Vemos isso na esfera humana. Amamos de maneira especial aqueles que nos amam; com eles há uma troca mútua de afeto. O amor exige resposta. Quando a resposta não é pronta, o amor é limitado em sua expressão mais plena.
Chamados para serdes santos. Em algumas traduções, a expressão “para serdes” está em itálico, o que significa que os tradutores a adicionaram. Mas, se essas palavras forem omitidas o significado ainda estará intacto. Quando elas são omitidas, obtemos a expressão “chamados santos”, isto é, “nomeados santos”.
Santos é a tradução do grego hagioi, que literalmente significa “santos, sagrados”. Santo significa “dedicado”. Um santo é aquele que foi “separado” por Deus. Ele ainda pode ter um longo caminho a percorrer na estrada da santificação, mas o fato de ter escolhido Cristo como Senhor é o que o designa como santo no significado bíblico do termo.
7. Paulo disse que eles foram chamados para ser santos. Isso significa que alguns não são chamados? Como Efésios 1:4, Hebreus 2:9 e 2 Pedro 3:9 ajudam a entender o que Paulo quis dizer?
A grande notícia do evangelho é que a morte de Cristo foi universal; foi por todos os seres humanos. Todos foram chamados para ser salvos nEle, “chamados para serem santos”, mesmo antes da fundação do mundo. A intenção original de Deus era que toda a humanidade encontrasse a salvação em Jesus. O fogo do inferno era destinado apenas ao diabo e seus anjos (Mt 25:41). Assim como alguém que faz greve de fome em um mercado não diminui o valor dos maravilhosos e abundantes alimentos encontrados ali, o fato de que algumas pessoas não aproveitam um presente oferecido não tira as qualidades e benefícios da dádiva apresentada.
“Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo mundo, é proclamada a vossa fé” (Rm 1: 8). Não se sabe como a congregação em Roma foi estabelecida. A tradição de que a igreja foi fundada por Pedro ou Paulo não tem fundamentação histórica. É possível que leigos a tenham fundado, pessoas que tinham se convertido no Dia de Pentecostes em Jerusalém (At 2), e que então visitaram ou se mudaram para Roma. Ou talvez, em algum período posterior, os conversos que se mudaram para Roma testemunharam de sua fé naquela capital mundial.
É surpreendente o fato de que, em poucas décadas desde o Pentecostes, uma congregação que aparentemente não tinha recebido nenhuma visita apostólica fosse tão amplamente conhecida. “Apesar da oposição, vinte anos após a crucifixão de Cristo havia uma igreja viva e fervorosa em Roma. Essa igreja era forte e zelosa, e o Senhor atuava em favor dela” (Comentário de Ellen G. White, Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1187).
Nesse contexto, “fé” provavelmente inclua o sentido mais amplo de fidelidade, isto é, fidelidade ao novo estilo de vida que tinham descoberto em Cristo.
8. Leia Romanos 15:14. Como Paulo descreveu a igreja de Roma? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Uma igreja desvirtuada, que promovia heresias.
B.( ) Uma igreja bondosa, cheia de conhecimento e apta para admoestar os fiéis.
Paulo listou três coisas notáveis na experiência dos cristãos romanos. Eles eram:
1. “Possuídos de bondade”. Será que as pessoas dizem isso a nosso respeito? Ao se relacionarem conosco, nossa bondade abundante é o que atrai a atenção delas?
2. “Cheios de todo o conhecimento”. A Bíblia enfatiza repetidamente a importância do esclarecimento, informação e conhecimento. Os cristãos são estimulados a estudar a Bíblia e a se tornarem bem informados quanto aos seus ensinamentos. “As palavras ‘um coração novo também te darei’ significam ‘uma nova mente te darei’. Uma transformação de coração é sempre acompanhada por uma convicção clara do dever cristão, uma compreensão da verdade” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [MM 1953/1989], p. 24).
3. “Aptos para [se admoestarem] uns aos outros”. Ninguém pode prosperar espiritualmente isolando-se de outros cristãos. Precisamos encorajar os outros e, ao mesmo tempo, ser encorajados por eles.
Leia, de Ellen G. White, “Os Mistérios da Bíblia”, p. 706, em Testemunhos Para a Igreja, v. 5; “A Salvação Para os Judeus”, p. 372-374, em Atos dos Apóstolos. Leia também Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 509, 510.
“A salvação da humanidade não é resultado de uma reflexão tardia ou de um improviso que se tornou necessário devido a uma inesperada reviravolta nos acontecimentos depois do surgimento do pecado. Em vez disso, ela tem sua origem em um plano divino para a redenção do homem, formulado antes da fundação do mundo (1Co 2:7; Ef 1:3, 14; 2Ts 2:13, 14) e arraigado no eterno amor de Deus pela humanidade (Jr 31: 3).
“Esse plano abrange a eternidade passada, o presente histórico e a eternidade futura. Inclui realidades e bênçãos como a eleição e a predestinação para que fôssemos o povo santo de Deus e semelhantes a Cristo, a redenção e o perdão, a unidade de todas as coisas em Cristo, o selamento com o Espírito Santo, o recebimento da herança eterna e a glorificação (Ef 1:3-14). Fundamentais para esse plano são o sofrimento e a morte de Jesus, que não foi um acidente da história nem o produto de mera decisão humana, mas estava fundamentada no divino propósito redentor (At 4:27, 28). Jesus foi, na realidade, “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8; Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 310).
Perguntas para discussão
1. Qual é o significado da Reforma Protestante? O mundo seria muito diferente sem ela?
2. Reflita sobre o fato de que fomos chamados para a salvação mesmo antes da fundação do mundo (Tt 1:1, 2; 2Tm 1:8, 9). Por que isso é tão encorajador? O que isso nos revela sobre o amor de Deus por todos os seres humanos? Por que é tão trágico quando as pessoas dão as costas ao que lhes foi tão graciosamente oferecido?
3. Como sua classe pode ajudar a melhorar a reputação da sua igreja?
Respostas e atividades da semana: 1. A; 2. Incentive a participação dos alunos, perguntando o que eles aprenderam com o texto de Romanos 15:20-27. 3. B. 4. Divida a classe em duplas. Peça que os alunos compartilhem com seus parceiros uma experiência inesperada que tiveram, mas que acabou cumprindo o propósito de Deus em sua vida. 5. Escolha um aluno para responder essa pergunta. 6. Divida a classe em dois grupos. Promova uma discussão em cada grupo a respeito dos princípios da verdade, teologia e fé destacados em Rm 1:7. Escolha um representante de cada grupo para compartilhar sua resposta. Caso não seja possível dividir a classe em grupos, promova uma discussão geral. 7. Peça a opinião dos alunos. 8. F; V.
TEXTO-CHAVE: Romanos 1:8
O ALUNO DEVERÁ
Conhecer: O contexto e a história de Paulo em conexão com a igreja em Roma.
Sentir: A grande responsabilidade que Paulo tinha pela salvação de judeus e gentios unicamente por meio da graça e da fé, e desejar trabalhar em favor dos perdidos.
Fazer: Compartilhar a responsabilidade missionária de Paulo e seus métodos para evangelizar o mundo ao discutir sobre as estratégias para alcançar nossa comunidade.
ESBOÇO
I. Conhecer: As estratégias de Paulo para alcançar a Espanha com o evangelho eterno
A. De que modo a estratégia missionária de Paulo era não apenas teórica, mas também objetiva e prática?
B. Quais são as “Espanhas” que fazem parte do nosso campo missionário quanto ao testemunho pessoal prático?
II. Sentir: A responsabilidade de Paulo pela missão e a salvação de judeus e gentios (o que incluía toda a humanidade)
A. Como posso desenvolver compaixão pelos incrédulos que fazem parte do meu círculo pessoal e que podem ser mais receptivos ao meu testemunho?
B. Quais preconceitos étnicos, culturais ou nacionais podem afetar meus sentimentos em relação às pessoas em minha comunidade ou local de trabalho?
III. Fazer: Assumir a responsabilidade que Paulo demonstrou pela missão de proclamar a salvação a toda a humanidade
A. Dê exemplos práticos de como podemos alcançar pessoas e dar um testemunho cristão por meio de amorosa interação.
B. Por que nosso objetivo deve ser alcançar todas as pessoas com o testemunho do evangelho?
RESUMO: Esta lição deve nos inspirar a pensar e orar, com mais devoção e intencionalidade, sobre nosso contexto para o testemunho.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Romanos 1:8
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Paulo elogiou e apreciou a fé dos cristãos romanos. Essa atitude do apóstolo deve inspirar e motivar os cristãos a se empenharem para fazer das coisas espirituais a prioridade máxima em sua vida e em seu testemunho.
Discussão inicial: Desafie os alunos a questionar honestamente sua compreensão pessoal da verdade bíblica (especialmente em relação à salvação pessoal e às implicações práticas).
Conduza-os a avaliar os esforços atuais e meios de compartilhar o evangelho no contexto em que vivem. De igual maneira, Paulo declarou e compartilhou seu plano de evangelizar cada canto do mundo conhecido naquele tempo.
Perguntas para discussão
1. O que significa o evangelho de Paulo e como ele se relaciona com outras importantes doutrinas cristãs?
2. Quais dons espirituais são manifestados em nossa igreja local? Como esses dons tornam mais clara a missão da igreja local no contexto cultural? Como os dons clarificam a missão mundial da igreja, ou seja, nossa missão em relação aos cristãos e não cristãos?
Compreensão
Para o professor: É preciso enfatizar aos alunos diversos pontos importantes desenvolvidos em Lucas 5:1-11. Em primeiro lugar, Jesus prepara quem Ele chama; o poder é dEle. Os homens chamados por Cristo eram pescadores profissionais, mas Ele os chamou para aprender a pescar pessoas, uma tarefa para a qual não estavam preparados. Jesus apresentou evidências de que Ele era profissional nessa área. Se aqueles a quem Ele chama confiarem nEle e não em seus próprios métodos, Ele lhes proporcionará uma pesca bem-sucedida. Precisamos reconhecer Sua divindade e nossa própria indignidade. Precisamos também abandonar nossas ferramentas e métodos, a fim de segui-Lo em humilde obediência ao Seu chamado e preparo.
Comentário bíblico
I. O contexto mais amplo da estratégia de missão de Paulo
A história das viagens missionárias de Paulo e os objetivos que ele estabeleceu para o futuro ajudam a clarificar nossa compreensão dos conselhos práticos e do conteúdo teológico de Romanos. Conhecer a história de Paulo é útil para esclarecer seu ensino acerca da salvação pessoal somente pela fé em Cristo. Com esse contexto mais amplo em mente, o que se segue é um breve panorama dos quatro grandes temas de Romanos, destacados na lição desta semana.
Atividade: Para valorizar ainda mais o alcance e os objetivos da obra missionária de Paulo, imagine-se em uma das antigas localidades para onde ele viajou como missionário. Se possível, use um atlas bíblico para despertar sua imaginação e reflita: quais imagens, sons, alimentos e pessoas seriam predominantes nesse local? Meditar sobre esse cenário ajuda você a compreender melhor os desafios culturais que Paulo enfrentou como missionário? Quais percepções extraídas desse exercício podem ser aplicadas ao desafio que enfrentamos hoje para evangelizar e testemunhar?
II. O contexto do ministério de Paulo
(Recapitule com a classe Rm 16:1, 2; At 18:1-18; 20:2, 3; 28:17-31; Rm 15:22, 25.)
A igreja de Corinto foi estabelecida durante a segunda viagem missionária de Paulo (49-52 d.C.). Na terceira viagem missionária (53-58 d.C.), ele visitou Corinto e recebeu uma oferta para os santos que sofriam em Jerusalém. No entanto, antes de viajar de Corinto para Jerusalém, ele escreveu a Epístola aos Romanos (possivelmente em 58 d.C.), na tentativa de esclarecer seu ensino acerca do evangelho da graça, ou salvação pela fé somente em Cristo.
As explicações de Paulo foram resultado dos debates acerca da seguinte questão: os gentios precisavam se tornar judeus (nos aspectos rituais e legais) antes de se tornarem cristãos? Antes de ir a Corinto, Paulo visitou as igrejas da Galácia, onde essas questões (que surgiram em Israel
e Antioquia) causaram muita divisão (como é confirmado por Paulo na Epístola aos Gálatas e nas discussões registradas em Atos). Dessa forma, parece que o propósito de Paulo em escrever aos romanos é duplo. Ele escreveu para despertá-los para suas estratégias e objetivos missionários, e tentou explicar o que é o seu evangelho, especialmente em relação ao judaísmo, ao Antigo Testamento e à conversão dos gentios.
Pense nisto: À luz dos ensinos de Jesus e dos apóstolos do Novo Testamento, como o evangelho explica os ensinos teológicos e éticos da lei e dos profetas do Antigo Testamento?
III. As providências de Deus na missão e no ministério cristão
(Recapitule com a classe Rm 15:22, 25.)
Paulo pretendia ir a Roma para ministrar aos romanos e lançar as bases para sua missão na bacia ocidental mediterrânea (Espanha). No entanto, antes de chegar lá, ele precisava entregar a coleta para os necessitados em Jerusalém. Essa visita possivelmente tenha sido planejada para unir de maneira mais profunda os corações de gentios e judeus. Não atenderia apenas às necessidades físicas dos judeus, mas serviria também como bálsamo curador para as feridas ocasionadas pelos debates sobre o papel da lei na salvação. Contudo, as “providências” de Deus atrasaram a intenção de Paulo em viajar para Roma, e isso o afligiu muito. Em vez de realizar seus planos, o apóstolo foi aprisionado e enviado a Roma para ser julgado.
Pense nisto: Naturalmente, muitos podem questionar quais foram as “providências” de Deus em meio ao atraso nos planos de Paulo e ao seu sofrimento. Como responder a essa pergunta difícil?
IV. Definição de santo
(Recapitule com a classe Romanos 1:7.)
O dicionário define “santo” como “alguém com excepcional santidade de vida, formalmente reconhecido como tal pela igreja cristã, especialmente por meio da canonização”. A palavra excepcional pode sugerir que os santos sejam favorecidos com um dom especial de santidade que os torna espiritualmente superiores ao crente comum. Como a Bíblia define a palavra santo?
A palavra santo, utilizada por Paulo em Romanos 1:7, deriva do grego hagios e significa “aquele que é separado ou dedicado para uma vocação ou propósito específicos”. O termo hagios é usado especificamente para se referir aos membros das primeiras comunidades cristãs, para denotar os que são puros, justos e santos. Paulo escreveu: “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1:7, 8). Nesse verso, ele usou a palavra santo em referência à igreja em geral e não a poucas pessoas excepcionais. Traduções modernas do verso ajudam a esclarecer mais nossa compreensão da abrangência dessa palavra e de todos a quem ela inclui. Na Almeida Revista e Corrigida, a palavra hagios é traduzida como “santos”;
a NTLH a traduz como “o Seu próprio povo”, enquanto a Almeida Revista e Atualizada e a Nova Versão Internacional interpretam como “chamados para” serem “santos”. Fica evidente em cada uma das versões que os santos são escolhidos por Deus e separados como santos para Seu propósito especial.
Desse modo, um “santo” é qualquer pessoa que crê em Cristo e Seu evangelho, e que aceitou os méritos de Sua morte salvífica, uma morte que abrange todos os crentes, homens e mulheres, judeus e gentios.
Pense nisto: Como a definição de “santo” pode ser atualizada para ir além da compreensão tradicional da palavra, muitas vezes carregada de noções de exclusividade espiritual e elitismo?
V. Quem eram os crentes que formavam a igreja em Roma?
(Recapitule com a classe Rm 1:8.)
A igreja em Roma era composta de um misto de judeus e gentios, tidos em alta estima “em todo o mundo”. Na menção subsequente aos crentes judeus e gregos, Paulo parece sugerir que todos eles deveriam estar unidos na esperança evangélica e na sua proclamação para toda a humanidade, “porque [o evangelho] é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1:16).
Pense nisto: Reflita sobre o amplo contexto missionário, prático e teológico em que a mensagem de Romanos se desenvolve. À luz desse contexto, como os membros da sua classe da Escola Sabatina podem alcançar unidade prática e teológica mais perfeita, o que proporcionaria melhor ambiente para a proclamação da tríplice mensagem angélica?
Aplicação
Para o professor: À luz do contexto histórico relacionado com Martinho Lutero no século 16 e o apóstolo Paulo e seus companheiros cristãos no primeiro século da era cristã, parece justificável refletir cuidadosamente sobre o que cada uma dessas eras tem em comum. Precisamos especialmente pensar em como os contextos culturais e os desafios morais de cada era têm sido ou podem ser “redimidos” pelo evangelho de Paulo.
Perguntas para reflexão
1. Você se lembra de outros exemplos na história em que culturas específicas experimentaram os efeitos redentivos do reavivamento da compreensão bíblica da salvação somente pela graça, por meio da fé?
2. Como a oferta de salvação do evangelho (inclusive o destaque da salvação para todos os pecadores, sem distinção étnica, social ou educacional) pode ajudar a aliviar a luta racial e a desigualdade econômica em nossa cultura?
3. Como o evangelho de Paulo e sua ética se relacionam com as culturas modernas extremamente secularizadas?
4. Por que parece haver maior abertura ao evangelho bíblico entre as culturas menos industrializadas do mundo?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Solicite que os membros da classe reflitam sobre diferentes maneiras pelas quais eles podem, de modo pessoal e à luz do contexto religioso e cultural em que estão inseridos, ser mais eficientes para abordar pessoas com o testemunho do evangelho. Como seu exemplo ético e moral (talvez apenas sendo bondosos, corteses e atenciosos) pode criar uma atmosfera em que uma conversa sobre as bênçãos do evangelho seja mais apelativa a essas pessoas no ambiente recreativo, no local de trabalho ou em outras atividades sociais?
Atividade: Discuta com sua classe sobre ideias aleatórias para a organização de doações aos necessitados em sua comunidade, de modo individual ou coletivo. Avalie as habilidades e os dons que os membros da Escola Sabatina possuem e que poderiam aperfeiçoar esse testemunho.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
Deus disse “Espere!”
Quirguistão
Christian Müller e sua família são voluntários adventistas na antiga República Soviética do Quirguistão.
Todo ano a família tem um período de férias. Certa vez, Christian reclamou com Deus ao saber que a família viajaria para a Argentina em junho, período de inverno naquele país. Ele queria ir em dezembro, época de verão, e passar o Natal com a mãe.
Porém, a esposa de Christian estava doente e precisava de um tratamento. Então, fizeram as malas e deixaram a Escola Cristã Heritage, uma escola adventista em Tokmok, uma das principais cidades do Quirguistão, onde trabalhava como diretor de desenvolvimento havia quatro anos.
Além da doença da esposa, Deus tinha um motivo para enviar a família à Argentina: Ele queria ensinar a Christian sobre o Seu tempo.
O desafio de Deus, a nossa bênção
Enquanto estava na Argentina, Christian recebeu um telefonema. Era de uma senhora adventista, até então desconhecida. Ela soube que ele estava arrecadando fundos para a escola adventista do Quirguistão e queria conhecer o projeto. Por isso, o convidou para ir à sua casa.
Ao chegar, a senhora disse: “Serei direta com você. Há dois anos coloquei minha casa à venda, mas não obtive sucesso. Precisei diminuir o valor da venda pela metade, mas não consegui vendê-la. Por isso, disse a Deus: ‘Se conseguir vender esta casa, darei 100 mil dólares para algum projeto da igreja.’”
Surpreso, Christian arregalou os olhos enquanto ouvia. “Tentei entrar em contato com várias instituições da igreja, mas nenhuma retornou meus telefonemas. Até que soube que o senhor estava aqui”, disse.
Ele contou a ela que o objetivo da Escola Cristã Heritage era arrecadar 400 mil dólares para construir um prédio de salas de aula com três andares e assim poder matricular o dobro dos atuais 330 alunos. Ele explicou que a escola havia sido obrigada a recusar 40 alunos no ano anterior.
“Muito bem, ajudarei nesse projeto”, ela disse. “Mas preciso de sua oração. Estou há dois anos tentando vender a casa e não consigo.”
Uma oração e um telefonema
Eles oraram, e Christian voltou para sua casa. Naquela noite, contou a história para a esposa e seus filhos, de seis e sete anos de idade. A família orou com fervor naquela noite e na manhã seguinte.
No outro dia, um comprador concordou em ficar com a casa.
Embora tivessem orado por um comprador para a casa da senhora, Christian ficou impressionado pela resposta tão rápida. Ele estava triste por estar na Argentina durante o inverno e não no verão, mas Deus tinha outros planos. A venda da casa foi como se Deus dissesse: “Parem de lutar! Saibam que Eu sou Deus” (Sl 46:10, NVI).
Deus sabia que o desespero da senhora para vender a casa ajudaria a prover 25% do custo para a construção do novo prédio de aulas no Quirguistão. Graças a essa doação, e muitas outras, a escola agora tem 75% do valor necessário para a realização do projeto e o edifício está programado para ser inaugurado neste ano.
Durante outras férias anuais, Christian também fez uma viagem planejada havia muito tempo para arrecadar mais fundos nos Estados Unidos. Ele trabalhou arduamente durante todo o mês em que esteve lá, mas não conseguiu sequer um quarto da quantia doada pela irmã argentina.
Angariar fundos envolve muita fé e oração. Christian aprendeu a deixar que Deus o conduza aonde Ele quiser.
Parte da oferta especial do trimestre ajudará a finalizar a construção de um novo centro multifuncional com auditório e outras instalações na Escola Cristã Heritage, em Tokmok, Quirguistão. Obrigado por suas orações e ofertas missionárias para esse projeto especial da Escola Sabatina.
Resumo missionário
• O Quirguistão se encontra no cruzamento de várias grandes civilizações. A Rota da Seda e outras rotas comerciais e culturais passam pelo país ou perto dele. Devido ao alto custo do combustível, grande parte da agricultura no Quirguistão ainda é feita manualmente e a cavalo, como tem sido durante séculos.
• Historicamente, os quirguizes têm sido pastores seminômades, vivendo em tendas redondas chamadas yurts e cuidando de ovelhas, cavalos e iaques (bois selvagens).
• Cerca de 80% da população do Quirguistão é composta de muçulmanos; aproximadamente 17% seguem a religião ortodoxa russa e 3% seguem outras religiões.
• A Igreja Adventista tem 757 membros no Quirguistão, ou seja, existe um adventista para cada grupo de 7.530 habitantes.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º trimestre de 2017
Tema geral: Salvação somente pela fé: o livro de Romanos
Lição 1: 30 de setembro a 7 de outubro
O apóstolo Paulo em Roma
Autor: Pr. Clacir Virmes Junior, professor de Teologia do SALT - Faculdade Adventista da Bahia.
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
Introdução
Um dos princípios de interpretação mais elementares é levar em conta o momento histórico e as circunstâncias que originaram determinado texto. Com o estudo da Bíblia não é diferente. Podemos ter certeza da relevância das mensagens divinas ao entendermos como elas foram relevantes no momento em que foram dadas pela primeira vez. Sendo que o problema do pecado e da maldade permanecem, mesmo após muito tempo, podemos ter a segurança de que a resposta divina para as inquietações humanas ainda não perdeu sua importância e vigor.
A carta do apóstolo Paulo
Cencreia era o porto marítimo que servia à cidade de Corinto. Situada a leste, a cerca de 11 quilômetros de Corinto, era a porta para o Mar Mediterrâneo. O que acontecia com Corinto afetava diretamente sua existência. Há poucas informações sobre ela na literatura grega ou mesmo através da arqueologia. Sabe-se que, na época em que Corinto foi destruída, em 146 a.C., Cencreia sofreu o mesmo destino; mas quando Júlio César restaurou a metrópole coríntia em 44 a.C., o porto e seus arredores também foram beneficiados.
As referências a Cencreia em Atos 18:18 e Romanos 16:1 (as únicas no texto bíblico) parecem indicar que havia uma comunidade cristã bem estabelecida ali. Achados arqueológicos descobriram uma igreja cristã datada do século 4 d.C., o que demonstra a influência do cristianismo ali. É possível que Febe, mencionada em Romanos 16:1, tenha sido encarregada por Paulo de levar a epístola até Roma.
O desejo de Paulo de visitar Roma
Alguns veem uma contradição entre as razões apresentadas por Paulo para ir a Roma em Romanos 15:20 e sua declaração no início da carta, em Romanos 1:3. Aparentemente, Paulo queria pregar o evangelho em Roma, mas no final da epístola parece ter mudado de ideia, querendo “passar” apenas pela cidade em caminho para a Espanha. Será que Paulo se recusava a pregar o evangelho nos lugares em que já existiam comunidades cristãs?
Precisamos entender a concepção que Paulo tinha do seu ministério. A chave parece estar na declaração que encontramos em 1 Coríntios 3:5-9. O texto deixa claro que várias pessoas tinham trabalhado com a igreja de Corinto. Com o passar do tempo, as pessoas alcançadas por determinados ministros (Paulo, Apolo e outros) começaram a pensar que eram superiores a outros cristãos. O apóstolo foi duramente contra esse pensamento egocêntrico e, na sua explicação, deixou transparecer que via seu próprio ministério em termos de plantio de igrejas. Assim, no contexto de Romanos, Paulo estava apenas reforçando a ideia de que, depois de passar algum tempo com os irmãos de Roma, seu desejo era ir adiante e dar continuidade ao seu ministério de fundar igrejas.
Paulo em Roma
É muito provável que a menção aos líderes judeus em Atos 28:17 seja uma referência às lideranças de diferentes sinagogas situadas na cidade. Em Roma não havia um corpo organizado que tivesse autoridade sobre todas as congregações judaicas. Isso deve ter sido um fator facilitador para a pregação do evangelho entre os judeus romanos, uma vez que cada sinagoga era autônoma e poderia receber os pregadores cristãos livres do olhar perscrutador de algum órgão fiscalizador, como era o caso do Sinédrio na Palestina.
É importante notar que o aprisionamento de Paulo não era sua sentença. Na Antiguidade, ser acorrentado e preso não era considerado pena por crime. Isso apenas assegurava que o acusado estivesse detido até o julgamento. Vemos assim o apóstolo aproveitando todas as oportunidades que tinha para falar sobre Jesus. Ele não sabia qual seria o resultado do seu julgamento; por isso cada minuto era precioso.
Os “santos” em Roma
É comum Paulo referir-se aos crentes em todos os lugares como santos (Rm 8:27; 1Co 6:1, 2). O povo de Deus no Antigo Testamento também é comumente chamado de “santos” (Sl 16:3; 34:9; Is 4:3; Dn 7:18; 8:24). O apóstolo se referiu à igreja composta por gentios e judeus como “santos que estão em Roma”. Enquanto os judeus de seus dias tomavam para si a alcunha de “santos” porque pensavam ser mais zelosos pela lei do que os gentios, ao chamar uma igreja mista de “santos”, Paulo começou a enfatizar que a santidade está além da mera observância externa de códigos de conduta. Como demonstrou em outros momentos, o apóstolo tinha em mente aquela santidade que nasce do relacionamento com Cristo, que é a resposta ao que Jesus fez, não uma exterioridade sem valor.
Os cristãos em Roma
A fé dos cristãos em Roma era notável. Paulo nem mesmo tinha visitado a igreja naquela cidade, mas já ouvia as notícias sobre a sua fé (ou fidelidade). Refletida nas palavras do apóstolo em Romanos 1:8 está a ideia de que a vida dos cristãos em Roma era tão viva e tinha um impacto tão grande na sociedade que, mesmo a quilômetros de distância, por todas as partes, as pessoas conheciam a diferença que Cristo fazia na vida deles. Infelizmente, é muito provável que Paulo não poderia dizer a mesma coisa de todas as igrejas, mesmo em nossos dias. Embora tenham prometido fidelidade a Jesus e se comprometido a viver sob Sua lei de amor, muitas comunidades cristãs são mais disfuncionais, às vezes, do que a própria sociedade que as cerca.
O apóstolo reconheceu que os cristãos em Roma eram aptos para admoestar uns aos outros. A capacidade de admoestar é o resultado da união entre a bondade e o conhecimento. Se admoestarmos apenas com bondade, podemos tender para um sentimentalismo barato que, no fundo, não se importa com a pessoa; apenas coloca “pano quentes” numa situação incômoda. Por outro lado, uma admoestação apenas com conhecimento pode ser dura, fria e, novamente, demonstrar desinteresse pelas pessoas. É necessário que tenhamos bondade e conhecimento para que nossa admoestação seja fiel aos princípios bíblicos na mesma medida em que é cuidadosa e amável para com as pessoas.
Conclusão
Ainda que os primeiros planos de Paulo para sua visita aos cristãos romanos tenham sido modificados pelas circunstâncias, a correspondência apostólica com essa importante igreja do primeiro século permanece até nossos dias. A igreja localizada em Roma, provavelmente a maior cidade do império naqueles dias, apesar dos desafios urbanos que enfrentava, estava madura para receber a instrução de Paulo e se tornar a base para o avanço do evangelho naqueles dias. Ao iniciarmos nosso estudo sobre este tratado apostólico acerca das bênçãos da salvação, que possamos refletir a respeito da situação de nossa igreja local e orar para que Deus a torne, por nosso intermédio, mais parecida com a igreja que foi alvo da carta que estudaremos neste trimestre, para que também hoje nossa fé e fidelidade possam impactar o mundo que nos cerca!