Lição 13
17 a 23 de dezembro
O processo do juízo
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Tiago
Verso para memorizar: “É necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5:10).
Leituras da semana: Mt 25:31-46; Dn 7:9-14; 1Co 6:2, 3; 2Pe 2:4-6; Ml 4:1; Ap 21:8

Uma questão sobre a qual a Bíblia é bastante clara é a realidade do juízo. Deus julgará o mundo. Os textos, tanto do AT como do NT, além de serem numerosos, não apresentam ambiguidade. A justiça, que aqui e agora está tão em falta, um dia virá.

A Bíblia diz que Deus é “perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) e “conhece todas as coisas” (1Jo 3:20), incluindo nossas intenções mais secretas (Ec 12:14; Jr 17:10). Podemos nos esconder de tudo e de todos, mas nada está escondido de Deus.

O que isso sugere é que Ele não precisa de um julgamento para conhecer a vida de cada pessoa. Os juízos divinos são, na verdade, uma adaptação divina, feita por causa de Suas criaturas, tanto as do Céu quanto as da Terra. Esse processo é de natureza cósmico-histórica, visto que Lúcifer deu início à sua rebelião no Céu e, em seguida, a espalhou a este mundo (Ap 12:7-9).

Nesta semana, consideraremos o processo do juízo do tempo do fim com suas três fases principais: o juízo pré-advento, o juízo milenar e o juízo executivo. Todo o processo termina com a vindicação dos justos e a segunda morte dos ímpios.

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Domingo, 18 de dezembro
Ano Bíblico: 1 Pedro
O juízo final

Para muitos, a ideia de julgamento significa condenação. Embora isso faça parte do processo, não devemos nos esquecer de que ele tem um lado positivo, pois também envolve a vindicação dos justos. Daniel se referiu a um juízo do tempo do fim em favor dos “santos do Altíssimo” (Dn 7:22). O juízo inclui os dois aspectos: “Ouve Tu nos Céus, age e julga os Teus servos, condenando o ímpio, fazendo com que pague por seus atos, e justificando o justo, para lhe retribuíres segundo a sua justiça” (1Rs 8:32).

1. Leia Mateus 25:31-46 e João 5:21-29. Como Cristo apontou para os conceitos de condenação e vindicação no juízo final?

Alguns afirmam que as expressões “não é julgado” (Jo 3:18) e “não será julgado” (Jo 5:24) significam que aqueles que estão em Cristo não serão julgados de forma alguma. Porém, elas indicam que os crentes não são condenados no juízo. Portanto, os textos devem ser entendidos como “não é condenado” (Jo 3:18) e “não entrará em condenação” (Jo 5:24).

Em suma, nosso destino é determinado na vida presente. Os que estão em Cristo têm assegurada sua vindicação no juízo, e os que não estão em Cristo permanecem sob condenação. Ao descrever o julgamento (Mt 25:31- 46), Jesus mencionou a presença não apenas dos cabritos (ímpios), mas também das ovelhas (justos). “É necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5:10).

Ao refletir sobre o juízo, devemos ter em mente que somos salvos pela graça (Is 55:1; Ef 2:8-10), justificados pela fé (Gn 15:6; Rm 5:1) e julgados pelas obras (Ec 12:14; Mt 25:31-46; Ap 20:11-13). A base do juízo é a lei moral resumida nos Dez Mandamentos (Ec 12:13, 14; Tg 1:25; 2:8-17). As obras são evidências externas da genuinidade da experiência salvífica e, consequentemente, serão avaliadas no juízo.

Lembre-se: não existe um decreto divino arbitrário que eleja alguns para a salvação e outros para a perdição. Cada um é responsável por seu próprio destino.

No fim, o juízo não é o momento em que Deus decide nos aceitar ou rejeitar, mas o momento em que Ele indica qual é nossa escolha final, se O aceitamos ou não, uma escolha manifestada pelas nossas obras ao longo do tempo.

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Segunda-feira, 19 de dezembro
Ano Bíblico: O juízo pré-advento
O juízo pré-advento

O conceito de julgamento antes do retorno de Cristo, ou o que chamamos de juízo “pré-advento”, é encontrado em muitas passagens nas Escrituras.

2. Leia Daniel 7:9-14; Mateus 22:1-14; Apocalipse 11:1, 18, 19 e 14:6, 7. Como essas passagens esclarecem a ideia de um juízo investigativo pré-advento no tribunal celestial? Qual é o significado desse juízo?

O conceito de um juízo investigativo pré-advento do povo de Deus fundamenta- se em três ensinos bíblicos básicos. Um é a noção de que todos os mortos, justos ou injustos, permanecem inconscientes no túmulo até a ressurreição final (Jo 5:25-29). O segundo é a existência de um juízo universal de todos os seres humanos (2Co 5:10; Ap 20:11-13). O terceiro é o fato de que a primeira ressurreição será a recompensa abençoada para os justos, e a segunda ressurreição será a morte eterna para os ímpios (Jo 5:28, 29; Ap 20:4-6, 12-15).

O que isso significa é que, se todos os seres humanos serão julgados, isso deve ocorrer antes de suas respectivas ressurreições, porque nelas eles receberão a recompensa final.

O livro de Daniel nos ajuda a entender tanto o tempo quanto a natureza desse juízo pré-advento. No final dos 2.300 dias simbólicos, em 1844, o santuário celestial seria purificado (Dn 8:14, compare com Hb 9:23), e o juízo investigativo pré-advento começaria (Dn 7:9-14), duas formas diferentes de expressar o mesmo evento. E o juízo é em favor dos “santos do Altíssimo” (Dn 7:22). Ou seja, são boas notícias para o povo de Deus.

Em Mateus 22:1-14, Jesus falou de uma investigação dos convidados do casamento antes que a festa de casamento começasse.

No livro do Apocalipse, o juízo pré-advento investigativo é mencionado na tarefa de medir “os que adoram” no templo de Deus (Ap 11:1) e no anúncio de que “é chegada a hora em que Ele vai julgar” (Ap 14:7; compare com 14:14-16).

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Como o conhecimento de um juízo no Céu deve impactar nossa maneira de viver?


Terça-feira, 20 de dezembro
Ano Bíblico: 1 João
O juízo milenar

A Bíblia nos diz que na segunda vinda de Jesus (1) tanto os santos que estiverem vivos quanto os que forem ressuscitados encontrarão o Senhor nos ares (1Ts 4:16, 17); (2) todos os santos serão levados ao Céu para habitar nas “moradas” celestiais que Ele mesmo lhes preparou (Jo 14:1-3); e (3) somente no final do milênio, a Nova Jerusalém descerá a esta Terra e se tornará o lar eterno dos santos (Ap 21:1-3, 9-11). Assim, durante o milênio, enquanto esta Terra permanece desolada, os santos reinarão com Cristo no Céu (Jr 4:23; Ap 20:4).

3. Leia 1 Coríntios 6:2, 3 e Apocalipse 20:4-6, 11-13. Por que os santos devem participar do juízo milenar?

Todo o processo do juízo tem por objetivo (1) justificar o caráter de Deus contra as acusações de Satanás de que Deus é injusto no modo de tratar Suas criaturas; (2) confirmar a imparcialidade da recompensa dos justos; (3) demonstrar a justiça do castigo dos ímpios e (4) dissipar todas as dúvidas que pudessem levar a outra rebelião no Universo. No juízo investigativo pré-advento dos justos, somente as hostes celestiais estão envolvidas (Dn 7:9, 10), mas durante o juízo milenar dos ímpios e dos anjos caídos, os próprios santos também participarão (1Co 6:3; Jd 6; Ap 20:4-6).

O juízo investigativo pré-advento começou em 1844, quando “foram postos uns tronos [...]. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros” (Dn 7:9, 10). O juízo milenar, no entanto, começará depois que os santos forem levados para o Céu e se sentarem em tronos, e o juízo for confiado a eles. Então, mais uma vez, os livros celestiais serão abertos, e os mortos serão “julgados, segundo as suas obras, conforme o que [estiver] escrito nos livros” (Ap 20:4, 12). Esse processo oferece uma oportunidade para os santos avaliarem os registros celestiais e verem o tratamento justo de Deus em todos os casos. Ele não apenas recompensa todos os seres humanos segundo o que merecem com base em suas próprias decisões, mas também explica por que faz isso.

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Antes que qualquer um dos perdidos seja ressuscitado para encarar a segunda morte, os salvos participarão do julgamento, e ninguém será punido até que vejamos a justiça divina. O que isso nos ensina sobre o caráter de Deus? Comente com a classe.


Quarta-feira, 21 de dezembro
Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas
O juízo executivo

Durante a Idade Média havia uma forte tendência de se retratar Deus como um Juiz severo e punitivo. No presente, a tendência é descrevê- Lo como um Pai amoroso e permissivo que nunca pune Seus filhos. No entanto, o amor sem justiça se transforma em caos e ilegalidade, e a justiça sem amor se torna opressão e dominação. O processo do juízo divino é uma mistura perfeita de justiça e misericórdia, ambas derivadas de Seu amor incondicional.

O juízo executivo é a intervenção divina punitiva final e irreversível na história humana. Julgamentos punitivos limitados ocorreram, por exemplo, na expulsão de Satanás e seus anjos rebeldes do Céu (Ap 12:7-12), na expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden (Gn 3), no Dilúvio (Gn 6–8), na destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19; Jd 7), na morte dos primogênitos no Egito (Êx 11–12) e na morte de Ananias e Safira (At 5:1-11). Portanto, não é surpresa que haverá um juízo executivo dos ímpios também no final da história humana.

4. Leia 2 Pedro 2:4-6 e 3:10-13. Como esses textos nos ajudam a entender a natureza do juízo executivo? Como sugerem a ideia da conclusão do juízo em oposição à sua continuidade para sempre, o que seria uma perversão da justiça e não uma expressão dela?

“A bondade e longa tolerância de Deus, Sua paciência e misericórdia exercidas para com Seus súditos, não O impedirão de punir o pecador que se recusou a ser obediente aos Seus requisitos. O ser humano – um criminoso contra a santa lei de Deus, perdoado apenas por meio do grande sacrifício que Ele fez ao dar Seu Filho para morrer pelos culpados, porque Sua lei era imutável – não dará ordens a Deus” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 12, p. 208).

Deus fez tudo que poderia ter feito para salvar a humanidade da perdição eterna, mesmo com grande custo para Si mesmo. Os perdidos fizeram escolhas que os levarão a esse final infeliz. A ideia de que o juízo sobre os perdidos, mesmo a aniquilação destes (em oposição ao tormento eterno), vai contra o caráter de um Deus amoroso é errada. É o amor de Deus, e o amor de Deus somente, que também exige justiça.

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O que a própria cruz nos ensina sobre o que Deus estava disposto a fazer para salvar?


Quinta-feira, 22 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 1-3
A segunda morte

Deus está conduzindo a história humana em direção ao seu clímax no tempo do fim. No final do milênio, todos os ímpios mortos serão ressuscitados para receber a sentença punitiva final (Ap 20:5, 11-15). Então, quando todo o processo do juízo estiver concluído e nada mais puder ser acrescentado a ele, os ímpios reconhecerão a justiça de Deus. “Diante de todos os fatos do grande conflito, tanto os fiéis quanto os rebeldes de todo o Universo declaram de comum acordo: ‘Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações’” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 555).

5. Leia Malaquias 4:1; Apocalipse 20:14, 15 e 21:8. Qual será a eficácia do “lago de fogo” e da “segunda morte” no sentido de eliminar completamente o pecado e os que se apegam a ele?

A destruição final de Satanás e seus anjos e de todos os ímpios purificará o Universo do pecado e de suas consequências. E, contudo, mesmo a destruição final dos ímpios é um ato de amor de Deus, não apenas pelos santos, mas também pelos próprios ímpios. Eles preferem morrer a viver na presença de Deus, que é um “fogo consumidor” para o pecado (Hb 12:29).

“Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem se esconder da face Daquele que morreu para redimi-los. O destino dos ímpios é determinado por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é fruto da própria decisão deles e será um ato de justiça e misericórdia da parte de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 453).

Assim, a aniquilação final do pecado e dos pecadores – em contraste com a teoria antibíblica do sofrimento eterno no inferno – é uma punição justa e proporcional para o mal cometido. Ela também confirma que o pecado teve um começo e terá um fim. Então, todo o Universo retornará à perfeição original, antes que o pecado, o mal e a desobediência surgissem misteriosamente e sem nenhuma justificativa.

Louvado seja o Senhor porque Ele, como nosso “reto Juiz” (2Tm 4:8), tomará a decisão justa de conceder imortalidade aos justos e destruição eterna aos ímpios.

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O que há de errado com a ideia de que Deus salva a todos no final? É uma má ideia?


Sexta-feira, 23 de dezembro
Ano Bíblico: Ap 4-6
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 180-187 (“A festa de casamento”); O Grande Conflito, p. 541-547 (“Caos e desolação”); p. 548- 560 (“A vitória do amor”).

“No dia do juízo final, toda pessoa que se perder compreenderá a natureza de sua rejeição da verdade. A cruz será apresentada, e seu real significado será visto por todo aquele que foi cegado pela transgressão. Diante da visão do Calvário com sua misteriosa Vítima, os pecadores estarão condenados. Toda falsa desculpa será banida. Ficará evidente como a rebelião humana é abominável. As pessoas verão os resultados de sua escolha. Toda questão entre a verdade e o erro, no longo conflito, terá então sido esclarecida. No juízo do Universo, Deus ficará isento de culpa pela existência ou continuação do mal. Será demonstrado que os decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeito no governo de Deus nem motivo para deslealdade” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 36).

Perguntas para consideração

  1. “Se nos apegamos ao eu, recusando entregar a Deus nossa vontade, estamos preferindo a morte. Para o pecado, seja onde for que ele se encontre, Deus é um fogo consumidor. Se preferimos o pecado, e nos recusamos a abandoná-lo, a presença divina, que consome o pecado, terá de nos consumir” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 45). Essa citação nos ajuda a entender a natureza do juízo executivo?
  2. Os perdidos não enfrentarão o juízo final até que os remidos tenham feito parte do julgamento. O que isso nos ensina sobre a transparência de Deus? Para o Universo em que reina o amor, por que essa transparência é tão importante?
  3. A participação dos santos no juízo os confortará em relação aos perdidos?

Respostas e atividades da semana: 1. Pela fé em Cristo, o justo “não é condenado” e já têm assegurada sua vindicação no juízo. 2. Conforme Daniel, no fim dos 2.300 dias, o santuário celestial seria purificado e o juízo investiga- tivo pré-advento começaria. Em Mateus, Jesus falou de uma investigação dos convidados para o casamento, e no Apocalipse, o juízo investigativo pré-advento é mencionado na tarefa de medir “os que adoram” no templo de Deus e no anúncio de que “é chegada a hora em que Ele vai julgar”. O juízo investigativo pré-advento indica que todos os seres humanos serão julgados antes de suas respectivas ressurreições, porque nelas eles receberão a recompensa final. 3. Por que esse processo oferece uma oportunidade para que os santos avaliem os registros celestiais e vejam a justiça de Deus em todos os casos. 4. A natureza do juízo executivo é justiça e amor. O pecado e os pecadores serão aniquilados para sempre 5. O pecado teve um começo e terá um fim. O lago de fogo o consumirá completamente definitiva. A segunda morte será definitiva para os que se apegam ao pecado.

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Resumo da Lição 13
O processo do juízo

TEXTOS-CHAVES: Is 35:4; Dn 7:9, 10, 13, 14, 22, 26, 27; Ap 20:7-15

ESBOÇO

Deus é nosso Juiz (Is 35:4). Como tal, Ele é imparcial ao julgar. Essa é uma boa notícia para nós. Como seres decaídos com julgamento imperfeito e tendência à parcialidade e preconceito, tendemos a transportar algumas pessoas para o Céu e depois recusar a entrada de outras. Deus conhece o coração, os pensamentos e as motivações humanas; assim, somente Ele pode entregar a cada um uma sentença imparcial e justa.

Por meio de Seus juízos, Deus restaura Sua glória e vindica o Seu caráter. Ele o faz aberta e coerentemente para que todos saibam quem Ele é (Sl 34:8). Deus quer que todos os seres inteligentes no Universo compreendam os Seus propósitos e saibam que Ele lida com o mal de maneira justa, pune os ímpios apropriadamente e salva os pecadores com justiça (Ez 18:21, 23, 32; 33:11; Rm 3:21-26).

O evangelho segundo o julgamento divino se concentra na salvação dos pecadores arrependidos e, portanto, apresenta boas-novas sobre o Deus de amor, que, por Seu amor, julga e traz uma solução duradoura para os problemas da morte, do sofrimento, da dor, da injustiça e da violência, os quais são todos resultados do pecado (Rm 6:23; 2Ts 1:9; Ap 21:3, 4).

No final, Deus restaurará por completo a harmonia e a paz em todo o Universo (Ef 1:10). O mal e qualquer coisa ou qualquer pessoa que se associe a ele serão eliminados (Mt 25:41, 46; Ap 20:13-15). Todo aquele que total e voluntariamente tenha se submetido a Deus, reconhecendo-O como seu Criador, Redentor, Senhor e Rei, receberá a vida eterna, servindo-O com alegria e adorando-O para sempre (Êx 34:6, 7; Dn 7:14, 27; Na 1:7; Jo 3:16, 17; Ef 1:4-10; Fp 2:10, 11; Ap 15:3, 4). Assim, a vida abundante original de alegria, felicidade e paz será restaurada e nunca mais será interrompida por qualquer forma de desobediência ou rebelião (Na 1:9; Jo 10:10; Rm 2:7; 1Tm 1:16; 2Tm 4:7, 8; Tt 2:11-14).

COMENTÁRIO

Juízo central e cósmico na cruz

Ao criar uma solução para o problema do pecado, Deus Se mostrou um Projetista Mestre. A morte de Cristo na cruz está no centro da solução. Diferentes testemunhos e juízos foram revelados no evento da cruz: (1) Deus foi vindicado – o Gólgota provou que Deus é o Deus de amor, verdade, justiça, santidade, ordem e liberdade, e o Fiador de paz, alegria e prosperidade (Sl 51:4; Jo 3:16; Rm 3:21-26); (2) Satanás foi julgado e sentenciado (Jo 16:11; Hb 2:14); (3) o pecado foi julgado e condenado (Rm 8:3); (4) a humanidade foi julgada, e sua condenação foi tomada por Cristo sobre Si mesmo (Is 53:4-6; 2Co 5:21; Gl 3:13), e foi feita a provisão para que aqueles que aceitassem Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal pudessem viver eternamente (1Jo 5:12, 13). Deus quer que todos vivam (Ez 18:30-32; 1Tm 2:2, 3).

Juízo pré-advento ou Juízo investigativo

A Bíblia testifica que, quando Deus convocar a corte celestial em sessão antes da segunda vinda de Cristo (Dn 7:9, 10, 13, 14, 22, 26, 27; Ap. 11:19; 14:7; compare com Mt 22:1-14), o propósito principal será confirmar legal e eternamente nosso lugar na família celestial. João 14:2 e 3 nos assegura que Jesus não está construindo nossos lugares no Céu como um Mestre Construtor, moldando uma bela casa ou mansão para nós (Ele poderia fazer isso em questão de segundos), mas está legalmente garantindo nosso lugar no Céu diante dos representantes de todo o Universo. Esse processo legal leva muito tempo, conforme atestado em Daniel 7:9, 10, 13, 14, 22, 26 e 27. Jesus, como a verdadeira Testemunha, apresentará de forma justa nossos casos individuais e proclamará diante de todo o Universo que nós, como crentes Nele, somos Seus, pois aceitamos Sua morte para nos purificar do pecado. Ele afirmará que a Sua graça é suficiente para nós e que o poder da Sua graça opera em nós.

Jesus garante a nossa salvação de forma legal, aberta, pública e transparente diante de todos os habitantes do Universo, para que, durante a eternidade, ninguém levante a questão de algo ter sido feito secreta ou parcialmente. Jesus deixa claro que os salvos são confiáveis e se encaixam na família celestial porque a maravilhosa graça de Deus é uma graça transformadora que os converte. Deus quer que sejamos aceitos no Céu sem quaisquer dúvidas ou pontos de interrogação.

Portanto, dada a natureza desse juízo investigativo, ele também pode ser chamado de juízo afirmativo, que certifica, sela e ratifica o que foi feito durante a vida de uma pessoa. O juízo afirmativo é uma confirmação de decisões ao longo da vida.

Diferentes termos podem ser usados para explicar vários aspectos do juízo pré-advento: (1) juízo afirmativo – especialmente da perspectiva dos redimidos, porque Jesus toma seus casos e afirma diante do Universo o nosso relacionamento com Ele; (2) juízo revelador, porque Jesus revela a toda a família celestial quem são os verdadeiros seguidores de Deus e desmascara o anticristo, que finge ser Deus e o Seu agente de salvação; (3) juízo demonstrativo – Deus apresenta fatos aos seres celestiais e mostra-lhes nossas atitudes em relação a Ele, à Sua lei, às pessoas, à natureza e ao pecado, além de explicar como Ele lida com o pecado, o mal, o diabo e todos os que seguiram Satanás; (4) juízo investigativo – porque anjos e seres celestiais precisam desse juízo para ter noções adicionais sobre o grande conflito e do porquê Deus salva alguns e não aceita outros no Céu. Assim, os livros são abertos por causa dos cidadãos celestiais do Céu (Dn 7:10), demonstrando a objetividade das decisões divinas.

O juízo pré-advento não pronuncia uma nova sentença em contraste com o que experimentamos em nossa vida diária. Jesus confirmará a atividade salvífica de Deus ou a condenação de uma pessoa em particular. Não precisamos ter medo do juízo pré-advento de Deus, porque nesse juízo Ele confirma, revela, expõe e demonstra ao mundo celestial as decisões que tomamos por Ele durante a vida. Cristo não acrescentará mais nada às nossas decisões, nem vai alterá-las. Como Aquele que é fiel e verdadeiro, Ele testifica para o Seu povo que somos Dele (Rm 8:31; Ap 3:14).

O juízo final ou aniquilação

O juízo final na Terra ocorrerá ao final do milênio, quando os ímpios serão ressuscitados. Eles se reunirão para atacar Deus e o Seu povo na Nova Jerusalém (Ap 20:7-10; 21:1-3). O próprio Deus está sentado no grande trono branco e julga todas as criaturas impenitentes (Ap 20:11, 12). À luz da cruz, a história do pecado e da salvação será exibida. Cada estágio da rebelião contra Deus, bem como o Seu maravilhoso plano de redenção – desde o início da rebelião de Satanás no Céu, passando pelo supremo sacrifício de Jesus na cruz até a vitória final na segunda vinda de Cristo – serão mostrados. Além disso, todos os ímpios verão a própria vida à luz da cruz.

A cruz de Jesus será elevada acima do trono de Deus, como Ellen G. White declara: “Por sobre o trono se revela a cruz; e semelhante a uma vista panorâmica aparecem as cenas da tentação e queda de Adão, e os passos sucessivos no grande plano para redimir os homens” (O Grande Conflito, p. 666). Os ímpios verão o que Deus estava fazendo para sua salvação, quantas oportunidades rejeitaram e como desprezaram a Sua graça em seu orgulho e ignorância. Sua teimosia e indiferença serão profundamente desmascaradas, e eles verão a verdadeira natureza de sua rebelião.

Satanás levará todos os pecadores a um desesperado ataque final contra a cidade santa. O seu caráter perverso é assim provado e demonstrado mais uma vez. Mesmo as melhores informações sobre Deus, sobre o Seu caráter e as Suas ações não mudarão esses seres. Eles são perversos por completo. Há apenas uma solução: a aniquilação do mal em todas as suas formas. O fogo do Céu cairá e acabará definitivamente com o pecado, o mal e a rebelião (Ap 20:9, 10). Esse fogo purificador constituirá o juízo aniquilador, a morte final, eterna e irreversível. Para aqueles que rejeitaram Jesus como seu Salvador e permaneceram em suas atitudes de teimosia, não há esperança. A vontade de destruir era a essência de sua natureza. Deus precisa, portanto, por amor, destruir esses destruidores. A natureza desse juízo é de execução final. Deus deve reagir ao comportamento destrutivo de humanos impenitentes, de anjos maus e do diabo. Se Ele não reagisse, o mal triunfaria, e a vida seria ameaçada e, por fim, aniquilada. O pecado, os pecadores e o diabo com os seus anjos são exterminados, e a Terra é purificada do mal (Ap 20:9, 13-15; compare com 2Pe 3:7, 10-13).

Na visão em Apocalipse, depois de extirpar o que era doente e pecaminoso, sem possibilidade de cura, Deus age como recriador da vida. Ele criará um novo céu e uma nova Terra (Ap 21; 22). A salvação e a vida serão asseguradas por toda a eternidade. O pecado nunca mais ocorrerá. Todos os seres inteligentes do Universo servirão a Deus fielmente por amor e gratidão, porque conhecem a bondade, o amor, a justiça e a verdade de Deus. Amor, paz, harmonia, alegria, justiça, liberdade, ordem e verdade reinarão por toda a eternidade. Deus como Senhor dos senhores e Rei dos reis será amado, admirado, seguido, obedecido e adorado para todo o sempre e por todos (Dn 7:27; Ap 21; 22).

Assim, a teologia do juízo divino é a revelação e demonstração final do amor, da verdade e da justiça de Deus (Fp 2:10, 11; Ap 15:2-4). O governo de Deus é aberto; os caminhos de Deus são demonstrados e provados como certos e justos. Deus é justo ao justificar os pecadores que O aceitaram, confiaram Nele como seu Salvador pessoal e disseram não ao problema do pecado, da maldade, de Satanás e dos anjos caídos.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

  1. Por que o juízo divino é tão necessário e crucial no contexto do grande conflito e para o interesse do Universo na questão do pecado?
  2. Como diferenciar entre os juízos divinos positivos e os juízos negativos?
  3. Como viver na expectativa do juízo divino sem temê-lo?

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Uma esposa que ora

Damatui

Vanuatu | 17 de dezembro

Damatui e Stelline tinham um acordo de adoração bastante incomum. Todos os sábados, Stelline ia à Igreja Adventista do Sétimo Dia com seus três filhos na Ilha de Efate, em Vanuatu, no Pacífico Sul. E todos os domingos, Damatui ia a outra igreja da ilha, onde servia como ancião.

O esposo e a esposa nunca iam à igreja juntos. Em casa, eles nunca falavam sobre religião. Qualquer discussão sobre a Bíblia certamente causaria problemas.

Embora o casal estivesse satisfeito com o acordo, Stelline tinha um desejo profundo em seu coração de que Damatui se juntasse à Igreja Adventista. Toda vez que a igreja organizava um programa especial, ela o convidava para ir com ela e as crianças. Todos os dias, ela orava fervorosamente para que Deus de alguma forma mostrasse a seu marido a verdade do sábado que ela havia encontrado na Bíblia.

Um dia, ela soube que a Missão de Vanuatu estava organizando um seminário sobre casamento e convidou o esposo para ir com ela. Damatui participou do seminário e aproveitou o evento para renovar seus votos matrimoniais diante de Deus. O casamento deles melhorou após o seminário, e a esperança encheu o coração de Stelline. Ela sentiu que Deus estava conduzindo seu marido um passo de cada vez.

No ano seguinte, a Missão de Vanuatu organizou uma conferência para homens, e um ancião da igreja local convidou Damatui para participar. Damatui hesitou no início, mas aceitou o convite para o evento de uma semana no campus do Colégio Adventista de Aore, que ficava em outra ilha. O ancião da igreja o visitou novamente mais tarde e entregou a Damatui uma passagem de avião para voar para a conferência para homens. Damatui ficou surpreso com o generoso presente.

Enquanto Damatui participava da conferência para homens na Ilha de Santo, sua esposa permaneceu em casa com seus filhos, orando para que Deus tocasse o coração de seu esposo. Quando a conferência terminou, Damatui voltou para casa, empolgado com a conferência para homens.

Mais tempo se passou, e a Missão de Vanuatu organizou um programa evangelístico que seria transmitido pela televisão nacional e pelo Hope Channel. A igreja de Stelline estava entre os locais onde as pessoas podiam assistir ao programa de três semanas. Damatui, dono de um ônibus, foi contratado para levar as pessoas à igreja.

Ele transportou fielmente as pessoas todas as noites nas primeiras duas semanas, mas nunca ficou para ouvir. Durante a última semana, ele decidiu ficar e ouvir. O pregador fez um apelo batismal que tocou o coração de Damatui. Ele decidiu naquela noite ser batizado. Mas quando as pessoas foram para a frente ao apelo do pregador, Damatui permaneceu sentado. Em seu coração, porém, ele estava decidido a ser batizado.

Na tarde de sexta-feira, Damatui foi ao pastor de sua igreja e anunciou que queria se juntar à Igreja Adventista do Sétimo Dia.

No sábado de manhã, Damatui foi batizado com dezenas de outras pessoas. Stelline era a esposa mais feliz na multidão. Seus três filhos também ficaram muito felizes.

Os líderes da antiga igreja de Damatui não ficaram felizes. Eles tentaram convencê-lo a voltar, mas ele se recusou. Ele lhes disse que havia encontrado a verdadeira igreja de Deus.

Hoje, Damatui é ancião assistente na única Igreja Adventista do Sétimo Dia em sua aldeia, Erakor. A pequena igreja está crescendo rapidamente e espera se tornar uma igreja completa em breve.

“Olhando para trás, percebo que tomei uma das melhores decisões da minha vida, não apenas para mim, mas também para toda a minha família”, disse Damatui.

Obrigado por sua oferta do décimo terceiro sábado neste trimestre, que ajudará as famílias em Vanuatu e em toda a Divisão do Pacífico Sul e no mundo a saber mais sobre Jesus por meio de uma série de filmes animados baseados em Caminho a Cristo, O Desejado de Todas as Nações, O Grande Conflito e outros livros amados de Ellen White.

Por Max Zenebe

Dicas para a história

  • Damatui e outros adventistas em sua aldeia são gratos à Associação do Sul de Queensland, na Austrália, por prover o primeiro edifício para a Igreja Adventista. O centro de evacuação doado quando o ciclone Pam atingiu Vanuatu em 2015 tornou-se o primeiro edifício da igreja.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2022

Tema geral: Vida, morte e eternidade

Lição 13 – 17 a 24 de dezembro de 2022

O processo do juízo

Autor: Sérgio H. S. Monteiro

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

“Ninguém pode me julgar” e “quem é você para me julgar” são frases repetidas à exaustão nos dias de hoje, com o intuito de fazer cessar qualquer correção ou comentário em relação a um comportamento que não esteja de acordo com regras e normas. É quase um mantra da nova geração, acostumada a não ser questionada e que encerra, pensam, qualquer discussão. Não obstante, a frase não usa o conceito de julgamento de forma correta e ainda se torna muito menos correta quando é usada por cristãos, em meio à busca por uma vida em desacordo com os princípios escriturísticos.

No mesmo diapasão, dizem que “quem ama não julga”, ou “ame mais, julgue menos”. Novamente, ambas as frases demonstram apenas a completa falta de entendimento das relações corretas entre justiça, ética e amor. Arbitrariamente apresentam uma contradição entre o amor, tido como o único atributo que deve existir no ser humano ou mesmo em Deus, e a justiça que causa o julgamento, sendo essa última mero sacramentalismo ou resquícios de uma época de aprisionamento.

Na contramão desses conceitos, encontramos inúmeras declarações bíblicas demonstrando que Deus exerce o julgamento e que Ele irá punir quantos vivam em transgressão à Sua lei (Mt 10:28; Tg 2:20; 1Pe 1:17) e que Ele repreende e castiga a quantos ama (Ap 3:19, 20). Ou seja, não existe na mentalidade bíblica contradição entre amar e julgar. Isso porque o julgamento na Bíblia preza pelo amor maior, cuja maior expressão está justamente no desejo de que todos se salvem (Jo 3:16; Tt 2:4). Em outras palavras, amar nas Escrituras exige que eu denuncie os atos errados de meu irmão para que ele não seja vitimado pela punição do julgamento vindouro. Amar na Bíblia, portanto, exige o que hoje chamam de “julgar”.

Isto posto, é preciso reconhecer e reafirmar a existência do juízo divino. Esse juízo consiste em vários elementos dentre os quais estão separação, conhecimento, proteção e condenação.

  1. O juízo separa, sem acepção de pessoas (1Pe 1:17), os que são justos dos ímpios (1Rs 8:32). A separação entre ímpios e justos não ocorre por uma decisão arbitrária de Deus, que por Si mesmo declara alguém justo e outro injusto. Ela se baseia, ao contrário, no relacionamento de um e outro com a Vontade de Deus expressa em Sua Palavra e com a salvação apresentada nessa mesma Palavra. Seremos julgados pelo que fazemos, nossas obras (Tg 2:10), ainda que sejamos salvos pelo que Cristo fez e faz. O julgamento separa aqueles que, por seus atos, demostraram que aceitam a obra de Cristo em seu favor e aqueles que não o fizeram.
  2. No juízo, Deus declara que conhece tanto justos quanto injustos (Mt 25:33, 34). O julgamento torna conhecida a diferença entre eles (Ec 12:14). Uma das mais profundas verdades das Escrituras é que Deus conhece e quer ser conhecido (Jr 29:10-14; Jo 17:3). De fato, conhecer a Deus, em João 17:3, é a própria vida eterna. No julgamento divino, Deus afirma que Se interessa pela história de vida de cada ser humano, acompanhando cada ato de sua caminhada, com interesse, lamentando as escolhas erradas e Se dispondo a perdoá-las por Sua graça (Ef 2:8). De igual maneira, Ele declara que Seu julgamento não é sem absoluto conhecimento de cada pessoa julgada (Is 37:28), sabendo cada pensamento de seu coração e como se harmonizam com suas ações e palavras (Sl 94:11).
  3. O juízo protege os justos que se achegam a Deus (Sl 91; Rm 8:1). Julgamentos trazem expectativas ruins aos que estão sendo julgados. No direito, ser julgado é de alguma forma ser posto em oposição às regras da nação e, mesmo absolvido, viver sob a esquálida figura da má reputação. Nas Escrituras, entretanto, o julgamento é um meio pelo qual Deus afirma Seu poder protetor sobre Seu povo (Dn 7; 8). Em Daniel 7, o julgamento é o meio e o momento no qual o reino passa aos santos do Altíssimo (Dn 7:18). Em Zacarias 3, é no julgamento que o adversário é silenciado pela primeira vez nas Escrituras e o sumo sacerdote Josué é declarado justo e protegido pelo Anjo do Eterno (Zc 3). Sem dúvida alguma, é por isso que Paulo exclama confiantemente que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1).
  4. O juízo condena os que agem impiamente e rejeitam Sua graça (Mt 10:28). Não há como dourar a pílula, mesmo neste momento em que a fé adventista está sendo tão atacada pelas várias correntes teológicas que desafiam o que o texto bíblico diz, utilizando o próprio texto bíblico. Se é verdade que hoje sentimos os ventos dos que querem congelar o inferno a ponto de extingui-lo, declarando que, no fim, até o próprio Satanás será redimido, as Escrituras não apenas uma vez declaram a realidade do fogo eterno, não em uma mera metáfora do renascimento pelo fogo, mas como uma realidade que existirá após o milênio, cujo objetivo será eliminar do Universo o pecado e, juntamente com ele, o inveterado pecador que não se refugiou na graça divina.

Em todos os atos de julgamento divino, transparecem Seu amor e Sua justiça. De fato, o termo hebraico para julgamento, mishpat, também significa justiça, e quando Deus está exercendo Seu direito de julgar, ao mesmo tempo Ele está exercendo Seu amor e também Sua justiça. Por Seu amor, Ele perdoa o penitente pecador, e por Sua justiça, Ele condena o inveterado pecador. Por Sua justiça, Ele libera Sua ira, e por Seu amor, Ele protege os que O buscam.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: O Pr. Sérgio Monteiro é casado com Olga Bouchard de Monteiro. É pai de Natassjia Bouchard Monteiro e Marcos Bouchard Monteiro. É Bacharel em Teologia, Mestre em Teologia Bíblica, cursa doutorado em Bíblia Hebraica pela Theologische Universiteit Apeldoorn. Pastor da Brazilian Adventist Community Church na Associação do Norte da Nova Zelândia e membro da Adventist Theological Society, International  Organization for the Study of the Old Testament, Society for Biblical Literature e Associação dos Biblistas Brasileiros.