O Livro dos Salmos sustenta firmemente a crença fundamental no reino divino soberano. O Senhor criou e sustenta tudo o que criou. Ele é o Rei soberano sobre o mundo inteiro e governa o mundo com justiça e retidão. Suas leis e Seus estatutos são bons e trazem vida àqueles que os guardam. O Senhor é um Juiz justo que assegura que o mundo permaneça bem ordenado e faz isso recompensando os justos e punindo os ímpios, mas no tempo Dele, não no nosso. A aliança de Deus com Israel desempenha papel especial na proteção do mundo, pois anuncia a salvação do Senhor. Ele adotou Israel como Sua posse preciosa, fazendo dele, dentre todas as nações, Seu povo. O Senhor é fiel à Sua aliança e continua cuidando de Seu rebanho, apesar das manifestações de infidelidade e rebelião dele.
O governo soberano do Senhor mantém o mundo firmemente estabelecido e seguro. Os salmistas querem que o leitor entenda essa verdade fundamental. Com essa cosmovisão como farol, os salmistas buscam viver e servir a Deus com total devoção.
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1. Leia os Salmos 8 e 100. Como Deus e as pessoas são retratados nesses salmos? O que eles revelam sobre o caráter divino?
A criação desempenha papel crucial em Salmos, defendendo a soberania de Deus. Os céus, que são “as obras das Suas mãos”, proclamam Sua glória e poder (Sl 19:1-4; 97:6). O nome de Deus é majestoso em toda a Terra (Sl 8:1, 9). O Senhor criou tudo; Ele não tem começo (Sl 93:2) nem fim (Sl 102:25-27). Ele é eterno e superior aos deuses das nações, que são apenas “obra de mãos humanas” (Sl 115:4). Os ídolos “têm mãos e não apalpam” (Sl 115:7); ao passo que, quanto ao Senhor, “nas Suas mãos estão as profundezas da Terra, e as alturas dos montes lhe pertencem. Dele é o mar, pois Ele o fez; obra de Suas mãos, os continentes” (Sl 95:4, 5). Vários salmos retratam o poder de Deus sobre as forças da natureza, as quais outras nações criam que fossem divinas (por exemplo, Sl 29; 93; 104). Esses salmos reafirmam que o Senhor reina sobre toda a criação e é supremo em poder e dignidade. O Salmo 100:3 ataca uma forma sutil de idolatria – a autoconfiança, enfatizando que Deus nos fez, “e Dele somos”.
A criação também testifica do amor de Deus. Tudo o que existe deve a existência a Deus, que também sustenta a vida (Sl 95:7; 147:4-9). Observe que Deus não apenas concedeu a existência às pessoas, mas fez do antigo Israel “o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio” (Sl 100:3). As expressões “Seu povo” e “rebanho do Seu pastoreio” revelam o desejo de Deus de um relacionamento estreito com Seus filhos.
Somente o Criador tem o poder de abençoar e fazer com que Seu povo cresça; portanto, Ele é o único digno de adoração e confiança. Vários salmos convocam tudo o que tem fôlego, toda a Terra, o mar e tudo o que nele há a celebrar com alegria diante do Senhor.
A criação revela a glória divina, mesmo após o pecado, e os salmos apontam somente para Deus como digno de adoração.
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O Senhor como Criador está ligado de modo inseparável ao Senhor como Soberano, como Governante. A declaração “Reina o Senhor” é solenemente proclamada no Salmo 93:1; 96:10; 97:1 e 99:1, mas seu eco é ouvido em todo o Livro dos Salmos. O Senhor está revestido de honra, majestade e força (104:1). Ele está cercado de nuvens e trevas (Sl 97:2), mas também se cobre “de luz como de um manto” (Sl 104:2). Essas metáforas exaltam o poder e o esplendor do Rei e são cuidadosamente escolhidas para expressar a grandeza de Deus, que está além da compreensão humana.
2. Leia o Salmo 97. O que caracteriza o reinado do Senhor? (Sl 97:2, 10). Qual é o domínio de Seu reinado? (Sl 97:1, 5, 9)
O governo do Senhor é demonstrado em Suas obras de criação (Sl 96:5), salvação (Sl 98:2) e juízo (Sl 96:10). O Senhor estabelece Sua realeza sobre o mundo inteiro (Sl 47:6-9). O reino de Deus é eterno, inigualável em poder e majestade (Sl 45:6; 93:1, 2; 103:19). O reino do Senhor é estabelecido na misericórdia, justiça e retidão e traz ordem e estabilidade ao mundo criado (Sl 98:3; 99:4). O reinado divino une tanto adoradores celestiais quanto terrenos no louvor a Deus (Sl 103:20-22; 148). Muitos salmos preveem toda a humanidade reconhecendo o governo soberano de Deus (Sl 96:10; 97:1; 99:1; 145:11-13).
Mas nem todos, nem mesmo governantes terrenos, o fazem, pelo menos por enquanto. O reinado do Senhor é constantemente desafiado pelos ímpios, que O negam, zombam Dele e oprimem o Seu povo (Sl 14:1; 74:3-22). Embora confrontado pela prosperidade de algumas pessoas más e perturbado pela tolerância de Deus, o salmista confia no governo divino soberano e segue adiante na certeza dos juízos justos de Deus (Sl 68:21; 73:17-20). Pela fé, o povo de Deus se alegra com a inauguração do Seu reino por meio do ministério redentor de Cristo e espera pela consumação por ocasião da segunda vinda de Cristo (Mt 12:26-28; 1Co 15:20-28).
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3. Leia o Salmo 75. Por que a jactância dos ímpios é em vão?
Como Rei soberano, o Senhor também é Legislador (Sl 99:7) e Juiz (Sl 98:9; 97:2). Os ímpios constantemente ameaçam a ordem justa que Deus estabeleceu no mundo, mas o Senhor julgará o mundo e dará cabo do governo do mal (Sl 75:8-10; 96:13). No Salmo 75, várias imagens retratam a destruição irrevogável dos ímpios. A imagem de um cálice com vinho (Sl 75:8) transmite a intensidade da fúria de Deus (Jr 25:15; Ap 14:10). Abater as forças dos ímpios retrata o fim de seu poder e domínio, enquanto a força dos justos será exaltada (Sl 75:10). Deus escolhe um “tempo determinado” (Sl 75:2) para julgar. Esse juízo executivo claramente ocorrerá no fim dos tempos (Sl 96:13; 1Co 15:23-26).
O Senhor sonda o coração das pessoas como parte de Seu juízo. Leia Salmo 14:2. É uma referência a Gênesis 6:5, 8. Ambos os textos mostram que, antes da execução do juízo divino sobre o mundo, Deus examina a vida de todos buscando pessoas a quem salvar. Esse juízo às vezes é chamado de “juízo investigativo”, quando Deus defende os justos e decide o destino dos ímpios.
Como funciona? Primeiro, Deus liberta Seu povo dos ímpios (Sl 97:10; 146:9) e coroa os humildes com a salvação (Sl 149:4). Segundo, os ímpios impenitentes são destruídos para sempre (Sl 97:3). Alguns salmos descrevem poeticamente a inutilidade das armas humanas contra o Juiz divino (Sl 76:3-6). O Senhor também é um Deus perdoador, embora puna os erros das pessoas (Sl 99:8). O povo de Deus, não apenas os ímpios, prestará contas a Ele (Sl 50:4; 135:14).
Os salmos transmitem a mesma noção expressa em outros textos bíblicos, a de que o juízo divino começa com o povo de Deus e estende-se a toda a Terra (Dt 32:36; 1Pe 4:17). O salmista clama a Deus que o julgue, mas confia na justiça divina para defendê-lo (Sl 7:8-11; 139:23, 24).
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4. O tema do juízo divino suscita uma pergunta significativa: Como o povo de Deus pode ter paz com Ele e certeza da salvação no momento do juízo? Sl 94:14; 105:7-10; Dn 7:22
O povo de Deus está seguro, pois o Senhor estabeleceu Sua morada em Sião (Sl 76:1, 2) e Sua aliança eterna com eles como Sua posse preciosa (Sl 94:14; 105:8-10). Deus promete não rejeitar o povo da aliança; e mais: Ele trabalha ativamente para manter Seus filhos seguros Nele. Ele perdoa seus pecados (Sl 103:3); instrui, abençoa e fortalece Seu povo (Sl 25:8-11; 29:11; 105:24). Os juízos divinos acontecem para levar o povo à justiça e demonstrar que Deus cuida deles (Sl 94:8-15). O Salmo 105 mostra a fidelidade do Senhor à Sua aliança na história de Israel. Em todos os acontecimentos, bons e ruins, Deus estava lá. Em Sua providência, levou José ao Egito e, por meio dele, salvou Seu povo e as nações naquela região durante a fome severa (Sl 105:16-24). O Senhor suscitou Moisés para libertar Seu povo da escravidão egípcia, com sinais e maravilhas em favor deles (Sl 105:25-38).
O Senhor concedeu ao Seu povo a Terra Prometida (Sl 105:11, 44) e Sua proteção contínua (Sl 105:12-15). Ele os multiplicou (Sl 105:24), libertou-os de seus senhores (Sl 105:37, 38) e providenciou sustento para suas necessidades diárias (Sl 105:39-41). O Senhor está, sem dúvida, no controle soberano de tudo o que envolve Seu povo – uma verdade da qual os salmistas queriam que o povo de Deus nunca se esquecesse.
Quando Deus Se lembra de Sua aliança, isso envolve mais do que conhecimento ou memória, pois sempre leva à ação (Gn 8:1; 1Sm 1:19; Sl 98:3; 105:42-44). De igual modo, quando as pessoas são chamadas a se lembrar das maravilhas e juízos de Deus, isso significa que as pessoas devem viver para honrá-Lo.
Na aliança, o principal chamado é permanecer fiel ao pacto, observando as leis divinas (Sl 78:5-7; 105:45). Israel também é chamado a testemunhar de Deus às nações, porque Ele deseja que os povos se unam a Israel (Sl 105:1, 2). Portanto, o mundo está seguro na aliança do Todo-Poderoso e Misericordioso (Sl 89:28-34).
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5. Leia os Salmos 19:7; 93:5; 119:165; 1:2, 6; 18:30; 25:10. Que fio condutor comum atravessa todos eles?
A supremacia do Senhor no mundo como o soberano Criador, Rei e Juiz tem implicações teológicas para a segurança de Seus testemunhos. Os testemunhos (hebraico ‘edut, “decreto”, “lei”) referem-se ao corpo de leis e ordenanças com as quais o Senhor governa a vida religiosa e social de Seu povo (Êx 32:15). Eles são “fidelíssimos” (Sl 93:5), refletindo a estabilidade e a permanência do trono de Deus e do mundo que Ele criou e sustenta (Sl 93:1, 2). A palavra hebraica traduzida como “fidelíssimos” (a palavra “amém” deriva dessa palavra) transmite a noção de confiabilidade, segurança e firmeza (2Sm 7:16; 1Cr 17:23). As leis de Deus são imutáveis e indestrutíveis. Deus assegura a integridade de Suas promessas e Seus mandamentos. A fidelidade divina garante plenamente o caráter imutável de Seu governo, como também exige que Seu povo confie Nele e Lhe obedeça totalmente.
Ao mesmo tempo, a falta de justiça no mundo é poeticamente descrita como um abalo do fundamento da Terra (Sl 18:7; Is 24:18-21). A lei divina instrui o povo no caminho do reto viver, que resiste ao juízo divino. Os justos, portanto, não serão abalados, pois estão firmemente enraizados na lei de Deus, que dá estabilidade e segurança, e o coração deles está firme (o hebraico kun também significa “estar firme”, “estar seguro”) no Senhor (Sl 112:1, 6, 7). Nada faz tropeçar os que guardam a lei de Deus (Sl 119:165), o que significa a proteção e a orientação divina na vida (Sl 1:2, 3, 6).
A Palavra de Deus é descrita como lâmpada para os pés do salmista, e por isso o protege das armadilhas ocultas dos inimigos (Sl 119:105, 110). A grande paz, que é desfrutada por aqueles que amam a lei de Deus, obviamente não resulta de uma ausência total de provações (Sl 119:165, 161). Em vez disso, deriva de permanecer na presença de Deus e ter um relacionamento estreito com Ele.
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Leia o Salmo 86:5, 15; e, de Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 9-15 (“O amor de Deus”). A verdade de que Deus é amor nos ajuda a entender melhor as várias descrições de Deus e de Suas obras nos salmos? Os salmistas apelam a Deus, que é o Criador, Rei, Juiz, Salvador da aliança e Legislador. Os papéis que Deus ocupa são refletidos em outros títulos de Deus, incluindo Pastor (Sl 23:1; 80:1), Rocha da Salvação (Sl 95:1) e Pai (Sl 68:5; 89:26). No mundo, podemos estar seguros e protegidos, mesmo em meio à turbulência do grande conflito, pois Deus é soberano e fiel em tudo o que faz e diz. Embora esses temas teológicos não sejam de modo algum exaustivos, eles são sugestivos das várias maneiras pelas quais Deus Se revela em Salmos.
À medida que estudamos os salmos, é importante lembrar-nos de ler os textos à luz do caráter amoroso de Deus e de Seu plano para salvar o mundo. “Quanto mais estudamos o caráter divino à luz da cruz, mais vemos misericórdia, bondade e perdão combinados com igualdade e justiça, e mais claramente discernimos as inumeráveis evidências de um amor que é infinito e de uma compaixão capaz de superar a afeição de uma mãe pelo filho rebelde” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 15). Em Salmos, mesmo quando o povo enfrenta o juízo divino por sua rebelião, ele continua a invocar a Deus porque sabe que a ira divina dura apenas um tempo, mas Sua misericórdia dura para sempre (Sl 103:8).
Perguntas para consideração
1. O tema do grande conflito indica que, apesar do governo divino, ainda existe muita turbulência e sofrimento no mundo. É importante entender essa realidade?
2. A crença em Deus deve moldar nossa compreensão de nós mesmos e nossa ligação com a criação? O que ocorre se nos desviamos dessa verdade (Sl 106:35-42)?
3. O que havia de errado com os ídolos das nações nos tempos bíblicos (Sl 115:4-8)? E com os ídolos modernos? Por que ameaçam nossa caminhada com o Senhor?
4. Como devemos viver sabendo que o juízo começa com os fiéis? Como e por que Deus julga?
Respostas e atividades da semana: 1. Deus é apresentado como Criador, Pastor e Deus de misericórdia. Somos retratados como rebanho de Seu pastoreio. Somos Dele, criados por Ele. Ele é digno de adoração. 2. Justiça e juízo. Toda a Terra. 3. Por que Deus julgará o mundo e destruirá os ímpios. 4. O Senhor não abandonará Seu povo. Ele não Se esquece de Sua aliança. No juízo, Ele fará justiça aos santos. 5. A lei de Deus, que é perfeita, justa e segura. Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade.
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ESBOÇO
Introdução: Nesta semana, examinaremos cinco aspectos da soberania de Deus no Saltério. Veremos que os salmos apresentam as seguintes ideias: (1) O fundamento da soberania de Deus está na criação. O Senhor é o Criador dos céus e da Terra (Gn 1:1), bem como da humanidade (Gn 1:26). (2) Com base nessa verdade bíblica, os diversos salmistas proclamam que Yahweh é o Governante de todo o mundo e das nações. (3) A soberania do Senhor está inseparavelmente ligada à Sua obra como Juiz. (4) Como Juiz, Deus age em favor de Seu povo por causa de Sua aliança com ele. (5) O Senhor é fiel aos regulamentos desse tratado porque a lei de Sua aliança é o fundamento do Seu reino. Como veremos, esses cinco tópicos estão intimamente relacionados.
COMENTÁRIO
Deus como Criador
O Salmo 8 pode ser dividido em duas ideias principais: Deus é o Criador (Sl 8:2-4), e os seres humanos são o feito supremo de Sua obra criativa (v. 5-8). Esses conceitos são destacados no início e no fim do salmo pelo uso da mesma frase, em um recurso literário conhecido como inclusio: “Ó Senhor, Senhor nosso, como é magnífico o Teu nome em toda a Terra!” (Sl 8:1, 9).
Não podemos ignorar a importância da criação nos ensinos das Escrituras. Isaías usou o argumento de que Deus é o Criador para refutar a validade da crença nos ídolos (Is 40:12-31). De forma semelhante, os salmistas usaram a mesma linha de raciocínio para reconhecer Yahweh como Soberano do Céu e rejeitar a idolatria (Sl 115:1-8; 95:3-5, 7; 96:5). O fundamento do reino de Deus é a criação. Esse fundamento deve ser o motivo de nossa adoração a Ele (Sl 100:3-5). A criação é também a razão do sábado (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11), e o sétimo dia é uma recordação do poder de Deus. Com esse pano de fundo, podemos compreender melhor por que a mensagem de Apocalipse 14:7 afirma: “E adorem Aquele que fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas.” Hoje a pregação dessa mensagem é mais relevante do que nunca, tendo em vista que o inimigo criou um paradigma relativamente mais novo a respeito das origens da vida: a teoria da evolução.
Deus como Rei
Deus criou o Universo, o qual, portanto, pertence a Ele. Assim, Ele é o seu Rei. “Reina o Senhor. [...] O Teu trono está firme desde a antiguidade; Tu és desde a eternidade” (Sl 93:1, 2).
O Salmo 97 resume bem a mensagem da realeza de Deus:
1. Deus reina (Sl 97:1). Inúmeros salmos exaltam a Deus como Rei (Sl 47; 93; 95–99).
2. Elementos espetaculares como nuvens, escuridão, fogo, relâmpagos, a Terra, montanhas e os céus cercam a Deus (Sl 97:2-6). Esses fenômenos meteorológicos e esse esplendor geológico retratam a grandeza do Rei dos reis, que inspira nossa admiração e reverência.
3. A vergonha e a insensatez da idolatria são condenadas em contraste com a superioridade da adoração a Deus (Sl 97:7).
4. Os filhos de Deus O louvam e se alegram nos justos juízos de Seu governo (Sl 97:8, 9).
5. O amor a Deus inspira os crentes a odiar “o mal” (Sl 97:10). O Senhor preserva e livra Seu povo das mãos dos ímpios. Essas são razões suficientes para nos alegrarmos e darmos graças a Ele (Sl 97:11, 12).
Deus como Rei é a fonte da paz e confiança de Seus filhos. “És rei poderoso que ama a justiça; Tu estabeleces o direito, executas o juízo e a justiça em Jacó” (Sl 99:4). Pelo fato de que Deus é o Rei sobre toda a Terra, devemos nos regozijar e cantar “louvores com harmonioso cântico” (Sl 47:7; veja também os versos 1-6).
Deus como Juiz
O Senhor é Juiz pelo fato de que é Rei. No antigo Israel, o monarca pronunciava o veredito em julgamentos e questões judiciais. Alguns exemplos disso são Davi (2Sm 14:1-23) e Salomão (1Rs 3:16-28). Assim, a ideia de um rei-juiz era uma noção familiar para as pessoas daquela época. Quando os israelitas ouviam os salmistas cantarem suas melodias acerca do Senhor como Juiz, eles prontamente compreendiam o conceito.
O Salmo 75 declara que Deus, nosso Juiz, julgará “com retidão” (Sl 75:2). Por isso, não precisamos temer Sua obra como Juiz, a menos que estejamos do lado do mal. “Porque vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos, de acordo com a Sua fidelidade” (Sl 96:13).
O propósito do juízo de Deus é humilhar “um” e exaltar “outro” (Sl 75:7): humilhar os ímpios (Sl 75:4, 5) e exaltar os fiéis (Sl 75:1, 2, 7). Esse mesmo princípio está em ação no juízo investigativo de Daniel 7: Deus pune o chifre pequeno (Dn 7:26) e vindica Seu povo (Dn 7:22).
Os fiéis celebram o juízo de Deus (Sl 75:9), não porque se alegram com a destruição dos ímpios, mas porque Deus é fiel às Suas promessas e livra os inocentes (veja Ap 19:2). Encontramos, no fim do Salmo 75, essa ideia de fidelidade e livramento divino: “Abaterei as forças dos ímpios; mas a força dos justos será exaltada” (Sl 75:10).
O Deus da aliança
No antigo Oriente Próximo, aliança era um acordo entre um rei poderoso e seu vassalo (ou súdito). Esse acordo incluía os deveres que eram exigidos do vassalo para que permanecesse sob a proteção de seu suserano (ou soberano). O Antigo Testamento usa essa prática da época para ilustrar o relacionamento entre o Rei do Céu e Seus seguidores. “Em um tratado do antigo Oriente Médio, o Grande Rei fazia duas promessas a seu vassalo. Primeira, o rei atacaria o vassalo caso este se rebelasse contra aquele. Segundo, ele viria em defesa de qualquer leal vassalo que fosse atacado” (Raymond B. Dillard e Tremper Longman III, Introdução ao Antigo Testamento [Vida Nova, 2006], p. 221). Compreender esse conceito gera confiança em nós, porque ele nos ensina que podemos contar com a certeza da proteção de Deus.
Dentro desse contexto, o Saltério retrata Yahweh como Guerreiro. O Salmo 7 é uma oração feita antes da batalha na qual o salmista pedia a intervenção de Deus em favor de Seu povo (Sl 7:1, 2). O salmista também reivindicou a proteção de Deus e pediu a destruição dos inimigos Dele (Sl 7:4-9). O Senhor era a defesa do salmista (v. 10), o que remete à ideia de um castelo ou escudo. Deus, o Guerreiro divino, foi retratado usando espada, arco e flechas – “armas mortais” (Sl 7:12, 13). Deus permite que o ímpio caia na armadilha que ele mesmo preparou (Sl 7:15).
O Deus da lei
Pelo fato de que Deus é um Soberano justo, Ele Se lembra “perpetuamente da Sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações” (Sl 105:8). A base da aliança é a lei de Deus. Portanto, não é por acaso que um dos temas principais do Livro dos Salmos seja os mandamentos do Senhor (veja Sl 1). Na verdade, o salmo e o capítulo mais longo da Bíblia, o Salmo 119, concentra-se inteiramente na Torá, ou lei.
O entendimento dos salmistas sobre a lei de Deus diferia bastante da ideia que é mais comum em muitos círculos atualmente, de que a lei divina é um conjunto de regulamentos rígidos que devemos obedecer rigorosamente ou, caso contrário, sofreremos punição severa em consequência da violação de qualquer um desses preceitos. Na verdade, Davi afirmou que a lei do Senhor restaura a alma e dá sabedoria aos simples, alegra o coração e ilumina os olhos (Sl 19:7-10). Quantos de nós podemos dizer o mesmo a respeito dos códigos e leis do país em que vivemos? Na aliança, os mandamentos são diretrizes que iluminam nosso entendimento e nos permitem desfrutar de um relacionamento mais profundo com Aquele que é nosso Criador, Rei e Juiz.
Segundo a Bíblia, a Torá está mais ligada à ideia de “ensinar” do que de “estipulações”. Essa é a razão pela qual o Saltério retrata os estatutos de Deus como tesouros inestimáveis, que são “mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Sl 19:10). Viver sob a aliança de Deus significa desfrutar de um relacionamento íntimo com a Divindade.
APLICAÇÃO PARA A VIDA
É fascinante perceber que os cinco temas teológicos que estudamos durante esta semana estão profundamente ligados. Essa série temática tem início na verdade de que Deus é o Criador e se baseia nela. Negar essa realidade essencial significa rejeitar o direito de Deus como Governante deste mundo e Juiz soberano de todo ser humano. Assim, se Deus não fosse o Juiz de todos, então qualquer um poderia fazer o que bem entendesse. Não haveria nenhuma lei eterna a obedecer. Não haveria absolutos. Infelizmente, somos bombardeados com essa filosofia todos os dias, e mesmo alguns cristãos acabam sendo vítimas dela. Por isso, o estudo desta semana é extremamente importante para nossas famílias, nossos jovens e os membros da igreja em geral.
Reconhecer o Senhor como nosso Criador nos levará a aceitar Seu senhorio em nossa vida e Seu direito de nos guiar e corrigir quando necessário. Afinal, Ele é o nosso Juiz. Nosso Criador deseja ter conosco um relacionamento de aliança que está fundamentado no amor. A Bíblia nos promete que obedecer ao Senhor e andar com Ele será uma experiência prazerosa e reconfortante.
Um assunto que abordamos rapidamente nesta lição, mas não exploramos com muita profundidade, é o princípio de cultivar uma atitude de louvor e alegria. Peça a um voluntário que leia em voz alta os versos abaixo. Como alternativa, peça aos membros de sua classe que leiam o salmo em uníssono. Incentive seus alunos a buscar a mesma vida espiritual do salmista:
“Venham, cantemos ao Senhor com júbilo,
Celebremos o Rochedo da nossa salvação.
Saiamos ao Seu encontro com ações de graças,
Vitoriemo-Lo com salmos.
Porque o Senhor é o Deus supremo
E o grande Rei acima de todos os deuses” (Sl 95:1-3).
Muito mais do que pedidos e queixas, nossas orações devem estar repletas de louvor ao nosso Rei e Juiz. Com isso, poderemos realizar nossas tarefas diárias com muito mais entusiasmo e teremos uma vida devocional mais feliz quando desfrutarmos de um relacionamento de aliança com o Deus do Céu.
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Educação inesperada
Abhishek |Índia
Abhishek tinha três anos quando seus pais começaram a procurar uma escola para ele na região central da Índia. O pai pediu aos amigos uma recomendação de uma boa escola que não custasse muito. A mãe pediu aos vizinhos ideias sobre uma escola para Abhishek. Os pais eram pobres, mas estavam determinados a que o filho recebesse uma boa educação.
Alguém sugeriu uma escola adventista do sétimo dia localizada perto de sua casa. Os pais foram rápidos e, no dia seguinte, foram procurar a escola. Era um sábado, e eles esperavam encontrar a escola aberta.
“Por favor, leve-nos ao diretor da escola”, pediu o pai a um guarda parado no portão da escola.
O guarda guiou o pai e a mãe até uma igreja localizada no mesmo complexo da escola. Eles ficaram surpresos ao ver as pessoas adorando dentro da igreja. Eles perceberam que a escola estava fechada, mas não quiseram sair. Eles entraram na igreja, sentaram-se e esperaram.
O culto de sábado estava em andamento. Existem muitas línguas na Índia. Mas o culto da igreja foi em sua língua nativa, e eles entenderam tudo o que foi dito. Logo chegou a hora do sermão, e o pastor se levantou para falar. Ele pregou sobre o sábado.
Os pais foram surpreendidos pela segunda vez. Eles eram cristãos, mas nunca tinham ouvido falar que a Bíblia ensina que o sétimo dia da semana é o sábado. De repente, eles entenderam por que a escola estava fechada no sábado. A escola manteve o ensinamento bíblico de não funcionar no sétimo dia da semana, mas eles queriam saber mais. Após o culto, pediram ao pastor que lhes ensinasse o que a Bíblia diz sobre o sábado. O pastor convidou o casal para receber estudos bíblicos.
Enquanto o pai e a mãe estudavam a Bíblia com o pastor, Abhishek entrou no Jardim da Infância da escola. Ele também estudou a Bíblia no Jardim da Infância. Todos os dias, os professores contavam histórias da Bíblia. Abhishek gostou especialmente da história de Davi e Golias. Ele gostou de como um menino derrotou um gigante com uma única pedra porque o menino veio em nome de Deus. Davi disse: “Você vem contra mim com espada, com lança e com escudo. Eu, porém, vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel” (1 Samuel 17:45, NAA).
Mesmo sendo um menino pequeno, Abhishek decidiu que sempre queria ir em nome do Senhor dos Exércitos. Mesmo sendo pequeno, ele sabia que Deus o faria forte e lhe daria a vitória sobre todos os gigantes da vida.
Conforme Abhishek e seus pais aprenderam com a Bíblia, a vida em casa começou a mudar. A família começou a guardar o sábado. Então, os pais de Abhishek entregaram o coração a Jesus. À medida que Abhishek crescia, ele se envolveu nas atividades da igreja. Ele era como o profeta Samuel quando criança, feliz em fazer tudo o que lhe pediam na igreja. Ele ajudava os diáconos em seu trabalho, colocando hinários nos bancos e supervisionando os microfones. Hoje, a família está firmada na fé e crescendo no Senhor. Abhishek tem 19 anos e é estudante universitário. “Quero divulgar o evangelho de Jesus e dizer às pessoas que Jesus voltará em breve”, disse ele.
Parte da oferta deste trimestre ajudará a construir uma escola de ensino médio na escola de Abhishek em Aurangabad, Índia. Obrigado por planejar uma generosa oferta.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
Saiba que a região norte de Maharashtra da Igreja Adventista patrocina crianças e encontra padrinhos para muitas outras na Escola Adventista de Abhishek.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2024
Tema geral: O Livro dos Salmos
Lição 3 – 13 a 20 de janeiro
O Senhor reina
Autor: Ezinaldo Ubirajara Pereira
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Rosemara Santos
Introdução
O reino de Deus é um tema predominante no Livro dos Salmos, sendo este um dos motivos pelo qual o livro convida a todos para que louvem o nome do Senhor. Deus é o Rei desse reino, e por isso Seu nome é digno de ser louvado! O verso para memorizar (Sl 93:1) traz quatro ideias sobre o Senhor, sendo as três últimas atreladas à primeira: 1ª) “O SENHOR reina!”; 2ª) “Revestiu-Se de majestade”; 3ª) “De poder Se revestiu”; 4ª) “Firmou o mundo, que não vacila” (Bíblia Almeida Revista e Atualizada).
A primeira ideia apresenta o Senhor como Rei, sendo este o tema central da lição desta semana. Deus é Rei! Sendo Ele rei, logicamente Ele tem um reino. Tendo um reino, Ele tem os Seus súditos. Para que sejamos súditos de Seu reino, precisamos primeiramente conhecer o Senhor como nosso Rei. Além disso, devemos conhecer a natureza e os princípios de Seu reino. A segunda e a terceira ideia apresentam características da natureza do Senhor. Ele é majestoso e poderoso. Isso realça elementos de Sua natureza gloriosa. Sua majestade nos fala de Sua grandeza real e Seu poder destaca a supremacia de Seu reino sobre todos. A quarta ideia apresenta um dos motivos, ou o principal motivo pelo qual o Senhor é Rei. Ele reina porque Ele é o Criador do Universo. Ele criou o mundo e o “firmou”. Ele é digno de ser adorado como Rei por ser o Criador.
Deus Criador – atributo que qualifica o Senhor como Rei – Sl 8 e 100 – Domingo
O Salmo 8 celebra Deus como o soberano Criador. O capítulo começa e termina com as mesmas palavras, realçando a celebridade do nome de Deus em “toda a Terra” (v. 1, 9). Quando se lê o capítulo, tendo em vista os versículos 1 e 9, percebe-se que o capítulo quer avançar para um tema central, sendo conduzido por frases e palavras semelhantes à medida que a leitura se aproxima do centro. Esse tema central, que se localiza entres os versículos 4 e 5, tem como objetivo contrastar a inferioridade do homem (v. 4) com a superioridade de Deus e de Sua glória expressa no próprio homem.
Abaixo segue um desenho da estrutura desse capítulo, distribuída por linhas:
Linha A – Louvor ao nome do SENHOR – “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome” (v. 1). |
Linha B – Os “céus” como parte da Criação – “Pois expusestes no céu a Tua majestade” (v. 1). |
Linha C – Deus como Autor da criação – “obra dos Teus dedos” (v. 3). |
Linha D – A inferioridade do homem – “que é o homem, que dele Te lembres?” (v. 4). |
Linha D II – A glória de Deus no homem – “Fizeste-o [...] menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (v. 5). |
Linha C II – Deus como o Autor da criação – “as obras da Tua mão” (v. 6). |
Linha B II - Os “céus” como parte da criação – “as aves do céu” (v. 8). |
Linha A II – Louvor ao nome do SENHOR – “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome” (v. 9). |
Já o Salmo 100, em seu versículo central (v. 3), também realça Deus como Criador, apresentando-nos como Sua propriedade pelo fato da criação.
“Foi Ele quem nos fez, e Dele somos; somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio.” Duas verdades são destacadas no texto: (1) pertencimento, e (2) cuidado/proteção. Pertencemos a Deus porque Ele nos criou; sendo criaturas de Deus, Ele nos pastoreia. Assim, Deus não apenas nos criou, mas nos mantém e protege pelo Seu poder.
A natureza do reino de Deus – Sl 97, 75 e 105 – segunda-feira a quarta-feira
O Salmo 97 inicia com a frase “Reina o SENHOR” (v. 1). O capítulo apresenta três elementos que constituem o reino de Deus: (1) Majestade (v. 2-7); (2) Superioridade (v. 1, 5, 9); e (3) Juízo e justiça (v. 2, 6).
A majestade de Deus é vista como destrutiva em um cenário de punição, tendo a natureza revolvida pela “presença do SENHOR” (v. 5), sendo até mesmo usada para atemorizar e ser um instrumento de juízo punitivo contra os inimigos (v. 2-5, 7). Nesse cenário punitivo, o SENHOR é aclamado como superior, pois Ele é chamado de “SENHOR” ou “Altíssimo de toda a Terra” (v. 5, 9), sendo “sobremodo elevado acima de todos os deuses” (v. 9). A constituição de Seu governo é revelada como sendo de “justiça e juízo” (v. 2).
O texto apresenta que esses dois elementos “são a base de Seu trono”. Isso implica que tudo o que Deus faz corresponde a “justiça e juízo”, os fundamentos de Seu reino.
Justiça e juízo são duas palavras relacionadas à lei de Deus (Sl 119:121; Rm 7:12), que é a manifestação de Seu caráter. Por isso, as tábuas da aliança são colocadas dentro da arca, tendo o propiciatório por cima; a arca era ladeada pelos anjos dourados esculpidos (Êx 25:21, 22), uma representação exata do trono de Deus, o qual tem como fundamento a Sua lei, representação de Seu reino de juízo e justiça.
Sendo o reino de Deus “juízo e justiça”, claramente Deus é denominado como “Juiz”, designação central no Salmo 75 (v. 7). Nesse salmo, a punição dos perversos é um ato de Deus, sendo comparada a “um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura”, reservado para “todos os ímpios da Terra” (v. 8). No Apocalipse, o juízo punitivo também é retratado como vindo em um “cálice” que contém a ira de Deus (Ap 14:10; 15:1; 16:1, 19). Ao mesmo tempo que pune os ímpios em Seu juízo, Deus também salva o Seu povo. O juízo de Deus é um ato único, porém com efeitos diferentes em justos e ímpios, como escreveu o salmista: “Deus é o Juiz: a um abate, a outro exalta” (Sl 75:7).
Nesse juízo, os justos são absolvidos/salvos, e os ímpios são condenados/destruídos. Por isso, nada temos a temer no juízo, desde que estejamos salvos pela graça de Deus (Rm 8:1) e “atentos à Sua aliança” (lição de quarta-feira), pois para aqueles que entraram em uma aliança com Deus, Ele Se lembrará “perpetuamente da Sua aliança” (Sl 105:8).
A segurança para os súditos do reino de Deus – quinta-feira e sexta-feira.
Deus é o Rei do Universo, pois Ele é o Criador e o Juiz, dois elementos que fazem de Deus o detentor de poder e decisão. Sendo Rei, Criador e Juiz, a vida de Seus súditos está totalmente em Suas mãos. Para que vivamos no reino de Deus, o grande Legislador deu-nos Sua lei para que a cumpramos, a constituição de Seu reino.
No Salmo 19:7, a lei de Deus recebe o sinônimo de “testemunho”, termo traduzido do hebraico ‘ê???, que possui o sentido mais geral de todas as leis, decretos e ordenanças dadas pelo Senhor ao Seu povo (BROWN, Francis; DRIVER, S. R.; BRIGGS, Charles A. The Brown-Drives-Briggs Hebrew and English Lexicon. Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 1994. p. 730). Assim, a lei de Deus (torah) faz parte do grande todo dos Seus “testemunhos”. Esses testemunhos, ou então a própria lei de Deus, é o código de ética para os súditos de Seu reino. Guardar essa lei, como resposta ao amor de Deus, é segurança para o cristão. No Salmo 119, a cada 8 versículos a lei de Deus recebe outros sinônimos, cujas palavras usadas expressam a felicidade, a segurança e a bênção que tem o súdito de Deus em guardar a Sua lei.
A lição termina na sexta-feira, indicando a leitura de Salmo 86:5 e 15 como indicativos de outro elemento indispensável do reino de Deus: o Seu amor, expresso em termos de bondade, compaixão e misericórdia. Os que servem a Deus não vivem em um reino opressor e inseguro, pois estão circundados pelo amor divino, que os qualifica para a guarda da lei, a fim de viverem os princípios do reino de Deus.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Ezinaldo Ubirajara Pereira nasceu na capital de São Paulo. É graduado em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo – campus, Engenheiro Coelho, e Administração de Empresas pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), campus Belém, Pará. Tem pós-graduação em Interpretação Bíblica pelo UNASP-EC. Possui Mestrado em Teologia com ênfase em Antigo Testamento pela Universidad Peruana Unión (UPeU – campus Lima, Peru). Atualmente cursa o programa de Doutorado em Teologia do Antigo Testamento pela UAP (Universidad Adventista del Plata – Libertador San Martin – Argentina). Atuou como capelão e pastor distrital. Hoje é professor na Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC. É casado com Teresa Ramos Pereira, nascida em Taboão da Serra, SP, mestre em Liderança pela Andrews University. O casal tem dois filhos: Benjamim Dérek, de 6 anos, e Richard Dérek, de 2 anos.