Lição 9
24 de fevereiro a 03 de março
Ofertas de gratidão
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 35, 36
Verso para memorizar: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Leituras da semana: Mt 6:19-21; Ef 2:8; 1Pe 4:10; Lc 7:37-47; 2Co 8:8-15; 2Co 9:6, 7

Nosso Deus é doador. Essa maravilhosa verdade é vista mais poderosamente no sacrifício de Jesus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Ou neste versículo: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no Céu dará o Espírito Santo a quem O pedir” (Lc 11:13, NVI).

Deus dá continuamente; esse é Seu caráter. Portanto, os que procuram refletir esse caráter precisam dar também. É difícil imaginar uma contradição maior do que a de “um cristão egoísta”.

Uma forma de devolver o que nos foi dado é apresentar ofertas ao Senhor. Nossas ofertas nos dão a oportunidade de expressar gratidão e amor. No dia em que Jesus receber os remidos no Céu, veremos aqueles que aceitaram Sua graça, e perceberemos que isso foi possível graças às nossas ofertas de sacrifício.

Nesta semana, vamos analisar aspectos importantes das ofertas. Dar generosamente, sejam nossos recursos, tempo ou talentos, é uma poderosa maneira de viver nossa fé e revelar o caráter de Deus, a quem servimos.


Dez Dias de Oração Ore para que o Senhor fortaleça sua família para vencer as tentações.

Domingo, 25 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 1-3
“Onde está o teu tesouro”

1. Leia Mateus 6:19-21. Como ser libertados das influências que os tesouros terrestres têm sobre o nosso coração? Cl 3:1, 2

Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6:21). Esse é um apelo de Jesus. A plena magnitude dessa afirmação pode ser vista a partir dos dois versos anteriores, que contrastam o armazenamento dos nossos tesouros na Terra com o armazenamento no Céu. Três palavras descrevem a Terra: traça, ferrugem e ladrões (veja Mt 6:19), o que implica que o nosso tesouro na Terra é temporal e transitório. Quem não sabe que as coisas terrestres desaparecem rapidamente? “Na Terra, tudo é instável, incerto e inseguro; tudo está sujeito à deterioração, destruição, roubo e perda. No Céu é o oposto: tudo é eterno, durável, seguro e imperecível. Não há perda no Céu” (C. Adelina Alexe, “Where Your Heart Belongs” [A que lugar pertence seu coração], em Beyond Blessings [Além das bênçãos], editado por Nikolaus Satelmajer, Nampa, Idaho: Pacific Press, 2013, p. 22).

Considere seus bens. Mesmo que você tenha poucas coisas, mais cedo ou mais tarde a maioria delas será jogada fora. A exceção pode ser uma relíquia de família. Porém, um mordomo sábio deve se preocupar em colocar seus tesouros no Céu, para que estejam em segurança. Lá, ao contrário daqui, você não precisará se preo­cupar com recessões, ladrões nem mesmo saqueadores.

Em Mateus 6:19-21, está contido um dos conceitos mais importantes sobre mordomia. Os tesouros atraem, compelem, exigem, seduzem e desejam controlar o coração. No mundo material, o coração acompanha o tesouro; portanto, continua sendo vitalmente importante o lugar em que estão nossos tesouros. Quanto mais nos concentramos nas necessidades e ganhos terrestres, mais difícil é pensar nos assuntos celestiais.

Professar fé em Deus, mas manter os tesouros na Terra é ser hipócrita. Nossas ações devem estar de acordo com nosso discurso. Em outras palavras, enxergamos nossos tesouros na Terra pela visão, mas, pela fé, devemos ver nossas ofertas como tesouros no Céu (2Co 5:7). Embora, evidentemente, precisemos ser práticos e prover às nossas necessidades (até mesmo nossa aposentadoria), é essencial sempre manter o grande panorama, a eternidade, em mente.

Leia Hebreus 10:34. Qual é a diferença entre os tesouros da Terra e o tesouro do Céu? Isso nos motiva a nos desapegarmos dos tesouros terrestres?

Dez Dias de Oração Ore para ter mais intimidade com Deus e mais alegria na presença do Senhor.

Segunda-feira, 26 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 4-7
Mordomos da graça de Deus

2. De acordo com Efésios 2:8, o que mais recebemos de Deus?

A.(   ) Graça.

B.(   ) Condenação.

Graça é “favor imerecido”. É um dom que não merecemos. Deus derramou Sua graça neste planeta e, se não a rejeitarmos, ela alcançará e transformará nossa vida, agora e pela eternidade. Toda a riqueza e o poder do Céu estão contidos no dom da graça (2Co 8:9). Até mesmo os anjos ficam maravilhados com esse dom supremo (1Pe 1:12).

Não há dúvida: de tudo o que Deus nos concede, a graça que nos é concedida em Jesus Cristo é o dom mais precioso de todos. Sem a graça, não teríamos esperança! O doloroso impacto do pecado sobre a humanidade é muito grande para que os seres humanos se libertem dele sozinhos. Nem mesmo a obediência à lei de Deus poderia nos trazer vida. “É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei” (Gl 3:21). Afinal, se alguma lei pudesse nos salvar, seria a lei de Deus. Mas Paulo disse que nem mesmo essa lei seria capaz de nos redimir. Só podemos ser salvos pela graça.

3. Leia 1 Pedro 4:10. Qual é a relação entre mordomia e graça? Como o ato de devolver a Deus o que Lhe pertence e doar aos outros manifesta a graça divina?

Pedro disse que, visto que recebemos o dom da graça de Deus, em retribuição, devemos ser “despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4:10). Deus nos concedeu dádivas; portanto, precisamos dar do que nos foi dado. O que recebemos pela graça não é apenas para nossa satisfação e benefício, mas para a promoção do evangelho. De graça nos foi dado (é isso que a graça significa); gratuitamente, então, precisamos doar de todas as maneiras que pudermos.

Pense em tudo que você recebeu de Deus. De que maneira você pode ser um mordomo da graça que foi lhe dada gratuitamente?

Dez Dias de Oração Ore para que Deus console seu coração e, assim, você leve o consolo divino àqueles que sofrem.

Terça-feira, 27 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 8-10
Nossa melhor oferta

4. Leia Lucas 7:37-47. Qual é a motivação adequada para dar ofertas a Deus? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(   ) A motivação deve ser a gratidão pelo que Deus fez por nós.

B.(   ) Não importa a motivação. Devemos dar por obrigação.

Maria entrou na sala e viu Jesus reclinado à mesa. Ela quebrou o vaso de alabastro cheio de um caro unguento e o derramou sobre Ele. Alguns consideravam seu ato impróprio, visto que ela vivia de maneira ilícita.

Mas Maria havia sido libertada da possessão demoníaca (Lc 8:2). Em seguida, depois de testemunhar a ressurreição de Lázaro, a gratidão inundou seu coração. Seu perfume era o bem mais valioso que possuía, e era sua maneira de mostrar gratidão a Jesus.

Essa história expressa qual deve ser nossa real motivação ao dar nossas ofertas: gratidão. Afinal, que outra resposta devemos dar ao inestimável dom da graça de Deus? A generosidade Dele também nos motiva a doar, e quando ela é unida à nossa gratidão, ambas compõem os ingredientes da verdadeira oferta, incluindo nosso tempo, talentos, tesouros e corpo.

5. Leia Êxodo 34:26, Levítico 22:19-24 e Números 18:29. Embora o contexto seja diferente da nossa realidade, qual princípio extraímos desses textos em relação às nossas ofertas?

Nossas melhores ofertas podem parecer insuficientes aos nossos olhos, mas são significativas para Deus. Dar ao Senhor o nosso melhor mostra que O colocamos em primeiro lugar. Não damos ofertas para receber favores; em vez disso, damos em gratidão pelo que recebemos em Cristo Jesus.

“Inteira devoção e espírito de benevolência, inspirados por um amor agradecido, comunicarão à mínima oferta, ao sacrifício voluntário, fragrância divina, emprestando à dádiva incalculável valor. Porém, depois de ofertar voluntariamente a nosso Redentor tudo quanto nos seja possível, por mais valioso que seja para nós, se considerarmos nossa dívida de gratidão para com Deus, como em verdade é, tudo quanto possamos ter oferecido nos parecerá demasiadamente insuficiente e pequenino. Mas os anjos tomam essas ofertas, que nos parecem pobres, apresentam-nas como fragrantes dádivas diante do trono, e são aceitas” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 397).


Dez Dias de Oração Ore pela salvação da sua família e de seus queridos.

Quarta-feira, 28 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 11-13
Motivos do coração

Em uma lição anterior, mencionamos a história da oferta generosa da viúva pobre. Embora minúscula em comparação às outras dádivas, a oferta dela foi generosa porque mostrou a verdadeira natureza de seu caráter e coração, o que levou Jesus a dizer: “Esta viúva pobre deu mais do que todos” (Lc 21:3).

Só Deus (Tg 4:12) conhece nossa verdadeira motivação (Pv 16:2, veja também 1Co 4:5). É possível realizar ações certas pelos motivos errados. Doar da abundância que temos não requer muita fé, mas dar, com sacrifício, pelo bem dos outros, revela algo muito poderoso sobre nosso coração.

6. Leia 2 Coríntios 8:8-15. O que Paulo declarou em relação ao ato de doar e sobre os motivos para fazê-lo? Quais princípios de mordomia podemos extrair desse texto?

Seja qual for seu motivo para doar, ele vai do egoísmo ao altruísmo. A luta entre a avareza e a disposição para doar ocorre com mais frequência do que qualquer outra batalha espiritual. O egoísmo arrefece o coração antes inflamado por Deus. O problema surge quando convivemos pacificamente com o egoísmo em nossa experiência cristã. Ou seja, quando encontramos meios para justificá-lo, inclusive em nome de Cristo.

A conclusão de toda a questão se resume em uma palavra: amor. E o amor não pode ser manifestado sem abnegação, sem disposição de dar de si, ainda que haja sacrifício, para o bem dos outros.

A menos que o amor de Deus seja refletido em nossa vida, nossa doação não refletirá Seu amor. Um coração egoísta tende a amar apenas a si mesmo. Devemos pedir ao Senhor que circuncide nosso coração (Dt 10:16), para que possamos amar como somos amados.

O amor, o fundamento de toda verdadeira beneficência, resume toda benevolência cristã. O amor de Deus para conosco nos inspira a retribuir esse amor. Ele é verdadeiramente o motivo supremo para o ato de doar.

O que há de errado com uma oferta voluntária, dada mais por um senso de obrigação do que por um sentimento de amor?

Dez Dias de Oração Ore para que toda a sua família use seus dons no cumprimento da missão.

Quinta-feira, 01 de março
Ano Bíblico: Dt 14-17
A experiência de doar

Cristo veio para nos revelar o caráter de Deus. Portanto, uma coisa deve estar clara: Deus nos ama, e Ele deseja somente o melhor para nós. O Senhor pede que façamos somente o que é para nosso benefício, jamais para nosso prejuízo. Isso inclui Seu chamado para que sejamos generosos e demos com alegria do que recebemos. As nossas ofertas espontâneas e generosas são um benefício tanto para nós, os doadores, quanto para aqueles que as recebem. Somente os que doam dessa maneira sabem que é muito melhor doar do que receber.

7. Leia 2 Coríntios 9:6, 7. Qual deve ser a experiência de doar? Complete as lacunas:

“Aquele que semeia pouco pouco também ______________; e o que semeia com _______________ com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no ______________, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com ________________.”

Uma oferta generosa deve ser um ato muito pessoal e espiritual. É um ato de fé, uma expressão de gratidão pelo que temos recebido em Cristo. E, como ocorre com qualquer ato de fé, a ação de doar apenas faz com que nossa fé aumente, pois, “a fé sem obras é inoperante” (Tg 2:20). Não há melhor maneira de aumentar nossa fé do que vivê-la, o que significa fazer coisas que nascem e crescem a partir da fé. À medida que doamos, livre e generosamente, estamos, da nossa maneira, refletindo o caráter de Cristo; estamos aprendendo mais sobre o caráter de Deus, experimentando-O em nossos próprios atos. Portanto, a doação aumenta nossa confiança em Deus e a oportunidade de provar e ver que o Senhor é bom; “bem-aventurado o homem que Nele se refugia” (Sl 34:8).

“Será visto que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que ‘não busca os seus interesses’ (1Co 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se manifesta o caráter Daquele que habita na luz inacessível ao homem” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 20).

A fé cresce ao doarmos livre e generosamente do que recebemos. Você já experimentou essa rea­lidade?

Dez Dias de Oração Ore para que sua família seja guiada diariamente pelo Espírito Santo e receba todo o Seu poder.

Sexta-feira, 02 de março
Ano Bíblico: Dt 18-20
Estudo adicional

O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, Ele deu tudo quanto possuía, e em seguida deu a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio ali ilustrado é dar e dar. Isso levado a efeito em real beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é adquirir e adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a efeito em todos os seus aspectos, a consequência é miséria e morte” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 8).

Perguntas para discussão

1. Por que o egoísmo é tão contrário ao espírito de Cristo? O que podemos fazer conscientemente para nos proteger dessa atitude tão natural ao ser humano caído?

2. Leia 2 Coríntios 9:7. A palavra grega traduzida como “alegria” ocorre apenas uma vez no Novo Testamento, e ela dá origem ao termo “hilário” em português.
O que isso revela sobre nossa atitude ao doar?

3. Faça uma lista de tudo que você recebeu em Cristo. Ore sobre o que você escreveu. Por que devemos doar em resposta ao que nos foi dado? Por que até mesmo nossos melhores presentes, dados pelos melhores motivos, podem parecer tão insignificantes diante do que recebemos?

4. Por que o egoísmo é uma garantia de que nos tornaremos miseráveis?

5. Pense em alguém da igreja que está passando por alguma necessidade. O que você poderia fazer para servir essa pessoa? O que você pode fazer, mesmo que seja um sacrifício de sua parte?

Respostas e atividades da semana: 1. Solicite que dois alunos leiam as passagens em voz alta. Discuta com a classe maneiras práticas de tirar nosso foco das riquezas do mundo. 2. A. 3. Pergunte aos alunos se é possível ser um mordomo de Deus sem manifestar Sua graça aos outros. 4. V; F. 5. Devemos apresentar a Deus a primeira parte da nossa renda e o que temos de melhor. A oferta deve ser sem defeito. Incentive os alunos a fazer um pacto sistemático de ofertas. 6. Solicite que um aluno leia o texto em voz alta. Discuta a questão com a classe. Pergunte: Temos doado com alegria ou com mesquinhez? 7. Ceifará – fartura – coração – alegria.


Dez Dias de Oração Ore para que sua família seja fiel em todas as áreas da vida.

Resumo da Lição 9
Ofertas de gratidão

TEXTO-CHAVE: 2 Coríntios 9:6, 7

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Que há uma estreita relação entre um coração que transborda de gratidão e a prática de doar.

Sentir: Compreender a profundidade da graça misericordiosa de Deus e se entusiasmar com oportunidades de corresponder a ela.

Fazer: Encontrar meios de doar.

ESBOÇO

I. Saber: Doar de coração

A. Será que nossa maneira de administrar as finanças indica o que é realmente importante para nós?

B. Quais condições nos estimulam a dar o nosso melhor?

C. Como Deus mede nossas doações?

D. De que maneira a doação está relacionada ao desenvolvimento da nossa fé?

II. Sentir: A experiência do coração

A. O que distingue aquele que dá com alegria, de quem Paulo falou, daquele que doa casualmente ou até de má vontade?

B. Como podemos alimentar nossa alegria ao doar, enquanto “matamos de fome” nossa tendência de doar com relutância?

C. Como podemos cultivar a gratidão que dá origem à experiência dos que doam com alegria?

III. Fazer: Dar com alegria

A. O fato de dar com alegria nos encoraja a doar com alegria cada vez mais maior?

B. Por que é impossível dar com alegria se nosso coração não está cheio de gratidão?

C. Quais são alguns passos práticos, como disse Paulo, para semear com fartura?

RESUMO: Deus Se alegra com aquele que dá com alegria. A atitude alegre desse doador demonstra que ele continuamente sente gratidão pelas bênçãos abundantes com as quais Deus tem abençoado Seus filhos.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: 2 Coríntios 9:6, 7

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Visto que Deus iniciou o processo de doação, este é, por natureza, o empreendimento mais prazeroso que o ser humano pode compartilhar com seu Amigo, Criador e Redentor.

Para o professor: Embora seja muito claro que Deus ama quem dá com alegria, é igualmente evidente que os doadores alegres amam a (têm prazer em) Deus. Esse relacionamento de amor estimula nossa alegre generosidade. Os que não doam e os que doam com má vontade de alguma forma não compreenderam esse relacionamento de amor. Portanto, para eles, doar ­torna-se financeiramente penoso, em vez de uma aventura espiritual. Não podemos superestimar a importância desse “fator amor”, pois a gratidão produzida pelo amor estabelece o limite entre a atitude relutante e a exuberante generosidade.

Atividade inicial: Considere a seguinte lista de vocabulário. Peça aos alunos que atribuam cada descrição na lista ao doador alegre, de um lado, ou ao doador relutante/ou ao não doador, do outro. Incentive os alunos a explicar seu raciocínio na atribuição dos termos. Concentre-se na maneira pela qual atitudes ou perspectivas específicas levam a, ou produzem, um padrão específico de doação. Pergunte aos alunos quais atitudes ou perspectivas eles desejam adotar para si.

Lista de vocabulário:

Aventureiro – conservador – brincalhão – introvertido – inspirador – cauteloso – ­melancólico –
persistente – indisciplinado – intolerante – equilibrado – espontâneo – permissivo – ­otimista – orgulhoso – alienado – sensível – preocupado – ousado – fiel – atencioso – ­satisfeito – ­paciente – 
inquieto – idealista – independente – medroso – deprimido – respeitável – ­generoso – calmo –
desconfiado.

Compreensão

Para o professor: Ajude seus alunos a compreender que a Escritura diferencia dízimos de ofertas. Deus espera ambos de nós, mas há diferenças significativas entre os dois.

Comentário bíblico

I. Dízimos e ofertas

(Recapitule com a classe Lc 2:21-24; Lv 12:1-8; 2Rs 12:4, 5.)

Por definição, o dízimo é um valor especificado: 10%. As ofertas são montantes não especificados ou montantes proporcionais. Entendia-se que os israelitas mais ricos traziam ofertas maiores (mais caras). A narrativa do nascimento de Cristo apresenta um exemplo digno de nota. Lucas 2:21 a 24 narra o ritual de purificação de Maria, que ocorreu após o nascimento de Cristo. A oferta de purificação padrão (Lv 12:1-8) incluía um cordeiro, mas foram estabelecidas exceções (não isenções) para pessoas pobres que não tinham condições de arcar com essa despesa. Dois pombinhos, a oferta “inferior” de Maria, indicam claramente sua pobreza.

O dízimo não era proporcional; era aplicado uniformemente a todos. As ofertas, no entanto, eram medidas livremente de acordo com a renda dos doadores – adoradores mais ricos traziam mais, os cristãos mais pobres, menos. O uso das ofertas e dízimos também era diferente. O dízimo era usado para sustentar os sacerdotes e levitas, o grupo de pastores da antiga economia israelita.

As ofertas também podem ter suprido as necessidades dos sacerdotes, mas quantias especiais, separadas dos dízimos, foram recolhidas para a restauração do templo (2Rs 12:4, 5). Enquanto as ofertas sacrificais associadas à expiação eram destinadas ao sacerdócio, as ofertas voluntárias de ações de graças poderiam ser consumidas pela família do adorador, juntamente com estrangeiros convidados, órfãos e viúvas; ou seja, as classes mais pobres (Dt 16:11-14). Além disso, no Novo Testamento, os cristãos coríntios foram elogiados porque coletaram recursos para os cristãos pobres.

Discussão:
Descreva a diferença entre dízimos e ofertas conforme a definição bíblica. Por que Deus espera ambos de nós?

II. O vaso de alabastro

(Recapitule com a classe Lc 7:37-47; 8:2, Êx 34:26; Lv 22:19-24; Nm 18:29.)

O altruísmo absoluto de Deus desperta a generosidade humana. E em nenhuma passagem das Escrituras encontramos uma ilustração mais bela do despertar da generosidade no coração humano do que na história do ato de Maria durante a festa na casa de Simão.

“À mesa achava-Se Jesus, tendo a um lado Simão, a quem havia curado de repugnante moléstia, e do outro Lázaro, a quem havia ressuscitado. Marta servia à mesa, mas Maria escutava ansiosamente toda palavra que caía dos lábios de Jesus. Em Sua misericórdia, Jesus havia perdoado seus pecados, tinha chamado do sepulcro seu amado irmão, e o coração de Maria estava cheio de gratidão. Ouvira Jesus falar de Sua morte iminente e, em seu profundo amor e tristeza, almejara honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, havia comprado um vaso de alabastro de “unguento de nardo puro, de muito preço” (Jo 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo. Mas agora muitos diziam que Ele estava para ser coroado rei. Seu pesar transformou-se em alegria, e ansiava ser a primeira a honrar seu Senhor. Quebrando o vaso de unguento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de Jesus, e depois, enquanto de joelhos chorava umedecendo-os com lágrimas, enxugava-os com os longos cabelos soltos. Havia procurado não ser observada, e seus movimentos poderiam passar despercebidos, mas o unguento encheu a sala de odor, declarando a todos os presentes a ação dela [...].”

“Maria ouviu as palavras de crítica. O coração tremeu-lhe no peito. Temeu que a irmã a repreendesse por seu desperdício. Talvez o Mestre também a julgasse imprudente. Sem se justificar ou apresentar desculpa, estava para se esquivar dali, quando se ouviu a voz de seu Senhor: ‘Deixai-a, por que a molestais?’ Ele tinha visto que ela estava embaraçada e aflita. Sabia que nesse ato de serviço havia expressado gratidão pelo perdão de seus pecados, e lhe acalmou a mente [...].”

“A oferta perfumada que Maria tinha pensado em derramar sobre o corpo inanimado do Salvador, derramou-a ela sobre Seu corpo vivo [...].”

“Maria não sabia toda a significação de seu ato de amor. Não podia responder a seus acusadores. Não saberia explicar por que escolhera aquela ocasião para ungir Jesus. O Espírito Santo havia planejado por ela, e ela havia obedecido às Suas sugestões. A inspiração não se detém para dar o motivo. Presença invisível, ela fala à mente e move o coração para agir. Ela é sua própria justificação.”

“Cristo explicou a Maria o significado de seu ato, e com isso deu mais do que havia recebido [...]. Como o vaso de alabastro foi quebrado, e encheu toda a casa com sua fragrância, assim Cristo havia de morrer e Seu corpo ser quebrantado; mas Ele Se ergueria da tumba, e o perfume de Sua vida devia encher a Terra” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 558-563).

Comparativamente, por mais trivial que o humilde ato de adoração de Maria possa ter parecido aos outros naquela sala, ele agradou a Cristo. Jesus tem grande satisfação em nosso sincero louvor e devoção. Ele pede o nosso melhor – nada mais, nada menos, nada além.

Considere isso: O que significa a afirmação: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6:21)? Como o ato amoroso de Maria nos mostra o espírito e a medida com que devemos doar? De que maneira esse ato serve como símbolo do que Cristo fez na cruz?

Aplicação

Para o professor: Leia o seguinte relato verídico e discuta sobre as lições da história com o auxílio das perguntas de reflexão e aplicação que se seguem.

Religião aplicada – Uma história verdadeira: Anos atrás, uma pequena comunidade suburbana foi inundada devido ao rompimento de uma barragem, cobrindo dezenas de casas em poucas horas. Um jovem da comunidade, Dean, estava ansioso para ajudar aquelas pessoas que acabavam de perder todas as suas posses. Pouco antes dessa inundação, Dean tinha aceitado a Cristo.

A inundação ocorreu logo após a celebração americana do Dia de Ação de Graças. Muitas famílias tinham acabado de comprar os presentes de Natal de seus filhos. Esses presentes, juntamente com lembrancinhas das famílias, foram submersos pela fúria da natureza. A igreja de Dean montou um centro de assistência do lado de fora de um abrigo da Cruz Vermelha, auxiliado por um trailer repleto de suprimentos de emergência. Dean ajudou os ocupantes do abrigo a adquirir roupas e outras coisas necessárias no trailer. Enquanto atendia às necessidades daquelas pessoas, uma menininha, escondida dentro das dobras da saia manchada de sua mãe, disse: “Está vendo, mamãe, eu disse a você que Jesus cuidaria de nós.” Cerca de uma década depois, o coordenador daquela área atingida pelo desastre se encontrou com um membro da igreja de Dean em uma conferência, e perguntou sobre o rapaz. Dean, o jovem convertido pouco antes da tragédia, agora era o primeiro-ancião de sua igreja.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. O que a disposição de doar de Dean revela sobre seu coração?

2. Como suas ações generosas o prepararam para a liderança espiritual?

3. De que maneira o comentário da garotinha da história pode ter motivado Dean a continuar sendo generoso?

4. Como a doação altruísta nos prepara para o crescimento espiritual e para maiores responsabilidades?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Deus é o exemplo de doação abnegada. Portanto, devemos fazer de Seus atos de amor, especialmente os eventos que envolvem a crucifixão, nosso estudo e meditação diária. Ao imitar o exemplo divino, nossa vida é transformada para que vejamos com os olhos de Deus e sintamos com Seu coração. Tornamo-nos Suas mãos para curar o mundo à nossa volta. Assim, unidos no sofrimento e na alegria de Deus, somos, de graça em graça, transformados à Sua imagem e semelhança.

Atividades

1. Reúna uma série de recursos literários inspirados e inspiradores que toquem seu coração com suas descrições do amor altruísta de Deus.

2. Planeje um retiro pessoal para reflexão espiritual, centralizada nas dádivas do Senhor.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 


Uma vida de surpresas

Laura vive no México e sua vida tem sido repleta de surpresas. Aos dez anos, ela foi à casa de uma amiga pensando que participaria de uma grande festa. Em vez disso, encontrou um pequeno grupo para um estudo bíblico. Gostou tanto que frequentou as reuniões durante um ano e depois começou a frequentar a igreja adventista aos sábados. Depois de uma campanha evangelística, Laura pediu o batismo, mas os membros da igreja começaram a dar desculpas sobre sua solicitação. Argumentaram que, por ter apenas onze anos, e pelo fato de que os pais não eram adventistas, a menina precisava de mais estudos bíblicos. Finalmente, ela foi batizada.

Quando Laura terminou o Ensino Médio, mostrou o desejo de entrar em uma universidade adventista, mas não tinha dinheiro para as mensalidades. O desejo de aprender com professores adventistas cresceu quando o pastor lhe disse que as universidades adventistas ofereciam aulas bíblicas. Ela começou a sonhar em se tornar professora de religião.

Laura fez um acordo com Deus. Ela orou: “Se o Senhor me permitir estudar em uma universidade adventista, vou me tornar professora de religião do Ensino Médio. Mas, se não for Sua vontade, trabalharei, então me casarei e, depois, estudarei.”

Oração respondida, promessa cumprida

Deus respondeu à sua oração, e Laura foi aceita na universidade adventista, apesar de ter apenas o suficiente para pagar metade do primeiro semestre. Teve que trabalhar como empregada doméstica para ganhar dinheiro extra. No semestre seguinte, ela recebeu uma bolsa integral de estudos e, quatro anos depois, sem dívidas, licenciou-se em Ciências da Família.

Vendo como Deus havia respondido à sua oração, Laura decidiu manter a promessa de ser professora de Ensino Religioso do Ensino Médio. Mas, primeiramente, precisava concluir o mestrado, e ainda não tinha dinheiro para as mensalidades.

Laura enviou cartas pedindo bolsas de estudo para duas universidades adventistas. As duas instituições responderam, sugerindo que trabalhasse na colportagem a fim de custear os estudos. Ela não se incomodou com isso, mas queria uma indicação divina sobre qual universidade devia escolher. Sabia que seria difícil encontrar um emprego que cobrisse as mensalidades, por isso orou: “Irei para a universidade onde eu receba um emprego de Tua mão.” Quatro dias depois de se graduar e com seu diploma de graduação, Laura recebeu uma carta da Universidade Adventista Navojoa, com a seguinte informação: “Temos um trabalho à sua disposição. Você pode se inscrever a qualquer momento.”

Laura não tinha a quantia necessária para viajar até a universidade, mas quando os colegas ouviram sobre a situação, arrecadaram dinheiro para cobrir o custo. Laura agora é estudante de pós-graduação na Universidade Navojoa e mal pode esperar para dar aulas de Ensino Religioso aos estudantes do Ensino Médio.

Felicidade em perseverar

Seu versículo bíblico favorito é Tiago 1:12: Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que O amam.

“Como jovens, temos muitas provações”, disse ela. “Mas sempre podemos superá-las com a ajuda de Deus. Ele dará aos que O amam a capacidade de superar todas elas!”

A vida de Laura sempre foi repleta de surpresas e ela é muito feliz. Seu conselho para outros estudantes que não têm dinheiro para obter a educação adventista é confiar em Deus. “O Senhor é o dono de tudo”, ela diz. “Ele proverá não só o que você precisa, mas ainda mais do que isso, se você confiar Nele.”

Parte da oferta deste trimestre ajudará a expandir o Hospital Adventista na cidade natal de Laura, Villahermosa, com a construção de um prédio que oferecerá novos serviços de saúde à comunidade. Contamos com sua generosa oferta e agradecemos por sua ajuda.

Resumo missionário

  • Frida Kahlo foi uma das artistas mexicanas mais famosas do século 20.
  • O pico mais alto do México é um vulcão de 5.636 metros de altura chamado Pico Orizaba. É o terceiro maior da América do Norte. O país tem uma variedade de climas, que vão do tropical ao desértico. Um milhão de pessoas visitam anualmente a pirâmide maia Chichen Itza, patrimônio da humanidade.
  • No México, há onças, pumas e enormes iguanas. Nas selvas do sul do México, você pode encontrar vários tipos de lagartos, macacos e pássaros coloridos, como os papagaios. Baleias, arraias-manta e os peixes-boi são comuns nos oceanos. Às vezes podem ser encontrados pela costa de Yucatán.
  • Os mexicanos levam os esportes a sério. Nos tempos antigos, os perdedores de jogos de bola mesoamericano eram assassinados. Em alguns esportes radicais, como touradas e rodeio (inventados no México), os concorrentes colocam a vida em jogo.
  • Muitos indígenas morreram de varíola e outras doenças que chegaram ao Novo Mundo com os conquistadores espanhóis. A população nativa não tinha imunidade. Alguns estimam que, entre 80 e 90% da população morreram entre 1500 e 1600.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 9: 24 de fevereiro a 3 de março

Ofertas de gratidão

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Oferta não é dízimo; nem o dízimo é oferta. Um difere do outro. Porém, ambos devem ser entregues a Deus. O dízimo refere-se à nossa fidelidade naquilo que Deus nos pede referente à renda que recebemos como resultado das bênçãos divinas. E a oferta está relacionada à nossa gratidão pelas dádivas que alcançamos durante nossa existência.

Dízimos e ofertas não são primariamente uma questão de economia eclesiástica nem estão relacionados com meros assuntos financeiros da igreja. Sobretudo, são questões individuais e espirituais. Deus não é avarento, ambicioso nem cobiçoso para pedir dízimos e ofertas. Ao contrário, Ele é gracioso, amoroso e generoso. Por isso doa bênçãos a pecadores que não as merecem. Sua maior doação foi a de Seu amado Filho para pagar o preço de nossos pecados.

Se Deus quisesse nosso dinheiro, Ele não pediria somente o dízimo e as ofertas. Ele exigiria 90% e nos deixaria com o dízimo. Então, o Senhor diria: “O justo viverá pela sua fé” (Hc 2:4). Porém, não é assim que Ele age!

Seu plano com dízimos e ofertas não visa prejudicar-nos, mas beneficiar-nos. Ele quer que O reconheçamos como Doador e quer desenvolver caráter semelhante em nós. Quando permitirmos, teremos o coração em harmonia com o coração Dele e o resultado será evidente. “As igrejas mais sistemáticas e liberais são as mais prósperas. A verdadeira liberalidade no seguidor de Cristo identifica-lhe os interesses com os de seu Mestre” (Ellen G. White. Testemunhos Seletos, v. 1, p. 385).

Além disso, mordomia não se resume a dízimos e ofertas. Nestes três meses, apenas por duas semanas estudamos sobre dízimos. E, sobre ofertas, estudaremos apenas nesta semana. Das treze “Lições da Escola Sabatina” do 1º trimestre de 2018 somente três lidam com dízimos e ofertas. As dez restantes apresentam outros temas que abrangem a mordomia cristã bíblica.

Sendo o dono da prata e do ouro (Ag 2:8) “o Senhor não precisa de nossas ofertas. Não O podemos enriquecer com nossas dádivas” (Ellen G. White; Conselhos Sobre Mordomia, p. 18). Podemos nos enriquecer com recursos de Deus, do que Ele nos permite ter (Dt 8:17, 18; 1Cr 29:12). Assim, o ato de ofertar “é a única maneira pela qual nos é possível manifestar nossa gratidão e amor a Deus. Ele não proveu outro” método (Ibid., p. 18, 19).

Doar a Deus daquilo que recebemos de Suas mãos (1Cr 29:11-14) tem propósitos mais nobres do que imaginamos. “Nosso Pai celestial não instituiu o plano da doação sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que fosse uma grande bênção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente aquilo de que o homem necessitava” (Ellen G. White; Testemunhos Seletos, v. 1, p. 385). A fé é colocada em ação quando com gratidão ofertamos ao Senhor; então, o caráter será moldado pelo caráter divino.

Reflita e guarde em seu coração cada uma destas verdades:

1. O Senhor do Universo é nosso Modelo de Doador. Tudo o que temos de bom vem Dele, gratuitamente. Ele quer projetar Seu generoso e benevolente caráter em Seus filhos, para que, como bons mordomos, eles reflitam Seu caráter no mundo. Para tal, Sua principal estratégia é o sistema de ofertas de gratidão, a qual, de coração Lhe doamos. Para as ofertas, Deus não estipula valores nem porcentagens, pois elas devem ser motivadas por gratidão. Além disso, devemos oferecer a Jesus o nosso melhor (Êx 25:2; Jo 12:1-8).

2. O incrédulo tem o coração neste mundo efêmero, mas o cristão o tem no reino eterno. Os mordomos de Deus que agem conforme os sábios ensinamentos de Cristo utilizam os recursos materiais ou naturais providos pelo Criador para ajuntar tesouros celestiais. O esforço para fazer avançar o reino de Deus e promover o amor divino pela prática do bem aos necessitados resultará em um tesouro no Céu. O tesouro serão as pessoas salvas pelo amor de Deus expresso por meio de nossos atos. Isso não se faz com dízimos, mas com os 90% do salário (Mt 6:19-21; 25:31-46; Cl 3:1, 2; Hb 10:34).

3. O mordomo de Deus se torna conduto de Sua graça no mundo desde a conversão. Ao se tornar cristão, ele percebe que Cristo é a maior graça concedida pelo Céu aos pecadores. Então, liberto do egoísmo, ele utiliza todos os meios e recursos para compartilhar essa graça às multidões que estão na desgraça do pecado (2Co 8:9; Ef 2:8; 1Pe 1:9; 4:10).

4. A gratidão pelas bênçãos (sejam elas materiais ou espirituais, principalmente o perdão e a salvação) precisa ser a verdadeira motivação da generosidade por trás das ofertas dos mordomos fiéis, não a obrigação de dar porque a igreja tem suas despesas e necessidades de manutenção (Lc 7:37-48; Êx 34:26; Lv 22:19-24; Nm 18:29).

5. Uma oferta, seja ela pequena ou grande, só tem real valor ao Senhor quando estiver encharcada de amor pelo soberano Doador. Se nossas ofertas estiverem sendo motivadas pelo amor às bênçãos e não por amor Àquele que abençoa, elas estarão manchadas de egoísmo. E Deus não quer essa nódoa no caráter de Seus mordomos (Lc 21:1-4; 1Co 4:5; 2Co 8:8-15).

6. O mordomo que doa generosas ofertas com alegria e por amor ao Salvador tem o privilégio de experimentar sentimentos divinos de altruísmo, em vez do veneno do egoísmo. Doando livre e liberalmente, o mordomo deixa de refletir o caráter do pecado e seu autor, e passa a refletir o caráter do Salvador, que deu a vida na cruz para libertar o pecador das garras do mal, da culpa e da condenação (2Co 9:6, 7; Pv 11:24).

7. O mordomo dedicado é um genuíno adorador consagrado. Ele doa seu coração ao ofertar ao Salvador e entrega ofertas com alegria, de forma sistemática, proporcional à sua renda, por ser a única forma de demonstrar que, do seu coração transborda gratidão por tudo o que Deus lhe fez. Assim, ele também demonstra fé em Suas promessas (Jo 3:16; Lc 11:13).

O mordomo feliz é aquele que não oferta por obrigação, mas voluntariamente por gratidão. O servo generoso não é aquele que oferta grande quantidade de dinheiro, mas que alegremente se doa a Cristo por inteiro. O mordomo satisfeito não é aquele que usa os recursos de Deus para a própria glória, mas para glorificar Seu Senhor que lhe concedeu não apenas o privilégio de ser mordomo, mas lhe confiou recursos valiosos. O mordomo fiel é aquele que vive para representar na Terra o caráter generoso de seu Senhor que está no Céu.

Portanto, conforme atesta Warren W. Wiersbe, “ofertar não é algo que fazemos, mas algo que somos. É um estilo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus” (W. W. Wierbe. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento, v. 1, p. 864). Dessa forma, ofertar não tem a ver com o tamanho do salário nem com a quantidade de dinheiro que temos, mas com o tamanho da gratidão que temos no coração.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Araquari, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.