Seus hábitos revelam o propósito e a direção de sua vida. Mordomos que desenvolvem bons hábitos são os mais fiéis. Daniel tinha o hábito de orar diariamente (Dn 6:10). Paulo tinha o costume de estar na sinagoga (At 17:1, 2). Ele também escreveu: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15:33). Devemos cultivar bons hábitos a fim de substituir os maus.
“Seremos, individualmente, para o tempo e a eternidade, o que nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos, e são fiéis no cumprimento de todo dever, será como luz brilhante, lançando raios vivos no caminho dos outros” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 452).
O caminho traçado pelo hábito é o mais rápido que você pode tomar a fim de obter a recompensa que procura. Um hábito é uma decisão gravada na mente. Em outras palavras, você nem precisa pensar nele; apenas o realiza. Esse hábito pode ser muito bom ou muito ruim, dependendo do que você faz. Nesta semana, examinaremos hábitos poderosos que nos ajudarão, como mordomos, a dirigir os assuntos de Deus.
Todos nós temos hábitos. A questão é: Qual tipo de hábito temos? Bons ou maus? De todos os bons hábitos que um cristão pode ter, buscar a Deus em primeiro lugar a cada dia é o mais importante de todos.
“Cada manhã dediquem-se, corpo e espírito, a Deus. Firmem hábitos de devoção e de confiança cada vez maior em seu Salvador” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 15). Tendo hábitos como esses, certamente entraremos pela porta estreita “que conduz para a vida” (Mt 7:14).
Deus disse: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Êx 20:3). No contexto de nossas necessidades básicas, Jesus disse que devemos buscar “pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça” (Mt 6:33), e também está escrito: “Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração” (Jr 29:13, NVI).
1. Leia Mateus 22:37, 38, Atos 17:28, Efésios 5:15-17 e Colossenses 3:23. Como podemos colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida?
De todos os exemplos de pessoas que buscaram o Senhor em primeiro lugar, é evidente que nenhum é melhor do que Jesus. Cristo colocava Seu Pai em primeiro lugar em todas as coisas. Percebemos essa prioridade durante Sua visita a Jerusalém, por ocasião da Páscoa, quando Ele ainda era uma criança. Quando foi confrontado por Sua mãe, que O havia encontrado “no templo”, Jesus lhe disse: “Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?” (Lc 2:46, 49).
Ao longo de Sua vida, Jesus almejava comunhão com Seu Pai, como vemos em Sua vida habitual de oração. Os discípulos não entendiam plenamente esse hábito. Nenhum poder das trevas pôde separar Jesus do Pai, pois Ele tinha o hábito de Se manter totalmente conectado com Deus.
Podemos seguir o exemplo de Cristo, tomando a decisão de amar a Deus com todo o nosso coração e mente (Mt 22:37). Ao orar, estudar a Palavra de Deus e procurar imitar o caráter de Jesus em tudo o que fizermos, formaremos o hábito de colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida. Pode haver melhor costume para um cristão?
2. Leia Lucas 12:35-48. Como devemos nos relacionar com a questão da segunda vinda de Jesus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Devemos fazer o que bem entendemos, pois Ele demorará para voltar.
B.( ) Devemos buscá-Lo e aguardá-Lo com vigilância e oração.
A mordomia deve ser praticada habitualmente à luz do retorno de Jesus. O caráter dos mordomos infiéis que agem como fiéis será finalmente revelado por suas ações, pois mordomos verdadeiros e fiéis desempenham suas responsabilidades, vigiando e trabalhando como se o Mestre estivesse presente. Eles vivem para o futuro e trabalham fielmente dia a dia. “Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:20).
Abraão aguardava uma cidade eterna (Hb 11:10), e Paulo, o retorno de Cristo (Hb 10:25). Eles pensavam no futuro; esperavam, planejavam e estavam prontos para encontrar Jesus. Devemos também desenvolver esse hábito de contemplar fixamente o futuro, aguardando o ponto culminante do evangelho (Tt 2:13). Em vez de espreitar de vez em quando, ou casualmente dar uma olhada nas profecias, precisamos estar continuamente olhando, vigiando e agindo, sempre conscientes da eternidade que nos espera quando Cristo voltar. Ao mesmo tempo, devemos evitar especulações precipitadas e fantasiosas sobre os eventos finais. A promessa da segunda vinda de Jesus dá direção à nossa vida; apresenta-nos uma perspectiva adequada do presente e nos ajuda a lembrar o que é importante na vida. O hábito de aguardar o retorno de Jesus dá significado e propósito para um mordomo.
A cruz abriu o caminho para que tivéssemos um encontro com o Redentor.
Procuramos sinais revelados nas Escrituras que nos apontem para a vinda de Cristo na glória do Pai e dos anjos (Mc 8:38). “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4:18).
A constante realidade da morte nos ajuda a perceber quanto nosso tempo aqui na Terra é limitado e transitório. Mas a promessa da segunda vinda de Jesus também nos mostra que a própria morte é temporária e transitória. Portanto, não é de admirar que devamos viver à luz da promessa do retorno de Cristo, uma promessa que deve impactar a vida de todo mordomo. Que tenhamos o hábito de sempre viver aguardando o retorno de Cristo! O nome de nossa Igreja revela a
realidade dessa expectativa.
“Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8:9).
Você pode parar um relógio, mas não a passagem do tempo. O tempo não espera; continua avançando mesmo que fiquemos imóveis e não façamos nada.
3. O que os seguintes textos ensinam sobre o nosso tempo na Terra? (Tg 4:14; Sl 39:4, 5; 90:10, 12; Ec 3:6-8). Qual é o valor do nosso tempo? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Temos pouco tempo; devemos desfrutar os prazeres terrestres.
B.( ) Somos como a neblina passageira; nossos dias na Terra são muito curtos. Precisamos usar com sabedoria o tempo que temos aqui.
Visto que o tempo é tão limitado e não volta atrás, é importante que os cristãos o administrem bem.
Portanto, devemos desenvolver o hábito de usar o tempo com sabedoria, concentrando-nos naquilo que é importante nesta vida e na vida futura. Devemos administrar o tempo com base no que a Palavra de Deus revela como sendo importante, pois uma vez que o tempo acaba, ele não pode ser renovado. Se perdemos dinheiro, podemos recuperá-lo, e talvez obter até mais do que o montante perdido. Não é assim com o tempo. Um minuto perdido está perdido para sempre. É mais fácil colocar um ovo quebrado de volta em sua casca do que voltar um momento no passado. O tempo é um dos bens mais preciosos que Deus nos deu. Então, é importante desenvolver o hábito de aproveitar ao máximo cada momento.
“Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é Seu, e estamos sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para Sua glória. De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais estrita conta do que de nosso tempo. O valor do tempo supera toda computação. Cristo considerava precioso todo momento, e assim devemos considerá-lo. A vida é muito curta para ser desperdiçada. Temos somente poucos dias de graça para nos prepararmos para a eternidade. Não temos tempo para dissipar, tempo para devotar aos prazeres egoístas, tempo para contemporizar com o pecado” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 342).
Fomos originalmente criados perfeitos: física, mental e espiritualmente. O pecado arruinou tudo. A boa notícia do evangelho, entre outras, é que Deus está nos restaurando ao que Ele originalmente planejou que fôssemos.
4. Leia Atos 3:21 e Apocalipse 21:1-5. Que esperança encontramos nessas passagens? Como devemos viver enquanto esperamos essa restauração final?
Quando esteve na Terra, Cristo trabalhou incansavelmente em favor da elevação espiritual, mental e física da humanidade. Tudo isso foi um precursor da restauração final que Ele realizará no fim dos tempos. O ministério de cura de Jesus prova que Deus deseja que tenhamos tanta saúde quanto possível até que venha o fim. Portanto, os mordomos devem desenvolver hábitos que promovam um estilo de vida saudável para a mente e o corpo.
Em primeiro lugar, quanto mais a mente for usada, mais forte ela se tornará. Tenha o hábito de preenchê-la com “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama” (Fp 4:8). Esses pensamentos trazem paz (Is 26:3), e um “coração em paz dá vida ao corpo” (Pv 14:30, NVI). Hábitos mentais saudáveis permitem que a fortaleza do poder opere na melhor condição possível.
Em segundo lugar, hábitos saudáveis, como o exercício físico e uma dieta adequada, indicam que nos preocupamos conosco. O exercício físico, por exemplo, reduz o estresse e a pressão arterial, melhora nosso humor e, provavelmente, seja o método antienvelhecimento mais eficaz que qualquer outra coisa disponível.
Por fim, um mordomo desenvolverá bons hábitos para revigorar a vida. Eleve seu coração a Deus (Sl 86:4, 5) e espere Nele (Sl 62:5). Você prosperará à medida que “continua andando na verdade” (3Jo 3, NVI) e será conservado íntegro e irrepressível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 5:23).
A moderação é um dos traços de caráter mais importantes que um mordomo pode ter. “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2Tm 1:7). A palavra grega para moderação, sophronismos, ocorre somente uma vez no Novo Testamento, e envolve a habilidade de fazer o que deve ser feito com uma mente equilibrada e sadia, que não se desviará dos princípios de Deus. A moderação nos ajuda a “discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hb 5:14), a compreender situações em questão com calma e humildade e a suportar pressões e transtornos, independentemente das consequências. Daniel buscou o que era correto, apesar dos leões, ao contrário de Sansão, que viveu de maneira indulgente e demonstrou pouca moderação e juízo sadio. José perseguiu o que era correto na casa de Potifar, em contraste com Salomão, que adorou outros deuses (1Rs 11:4, 5).
5. Leia 1 Coríntios 9:24-27. Qual é a mensagem do texto? O que está em jogo quando a questão é a moderação?
“O mundo está entregue à condescendência com as próprias inclinações. Está cheio de erros e fábulas. Multiplicam-se os ardis de Satanás para a destruição. Todos quantos querem aperfeiçoar a santidade no temor de Deus têm que aprender as lições da temperança e do domínio próprio. Apetites e paixões devem ser mantidos em sujeição às mais elevadas faculdades do espírito. Essa autodisciplina é essencial àquela resistência mental e visão espiritual que nos habilitarão para compreender e praticar as sagradas verdades da Palavra de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 101).
A moderação é aperfeiçoada mediante a prática habitual. Deus nos chamou para ser santos em tudo o que fizermos (1Pe 1:15) e a nos exercitar na piedade (1Tm 4:7). Os mordomos devem exercitar a moderação tanto quanto os atletas ou músicos mais talentosos. Mediante o poder de Deus e nosso esforço diligente, devemos nos disciplinar nas coisas que realmente importam.
Enoque e Noé fizeram de sua caminhada com Deus um hábito, numa época em que poucos permaneceram fiéis em meio à intemperança, ao materialismo e à violência (Gn 5:24; 6:9). Eles compreenderam e aceitaram a graça de Deus, e, assim, foram bons mordomos dos bens e tarefas a eles confiados.
Ao longo dos séculos, pessoas caminharam com Deus exatamente como Enoque e Noé. Por exemplo, Daniel e seus amigos “compreenderam que, para poderem permanecer como representantes da verdadeira religião no meio das religiões falsas do paganismo, deviam possuir clareza de intelecto e aperfeiçoar o caráter cristão. E o próprio Deus foi o professor deles. Orando constantemente, estudando conscienciosamente e mantendo-se em contato com o Invisível, andaram com Deus como Enoque andou” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 486).
“Andar com Deus” define o que um mordomo faz: ele vive com Deus diariamente na Terra. Em meio a um mundo corrompido, um mordomo sábio tornará sua caminhada com o Senhor um hábito, pois somente por meio dessa conexão com Deus podemos nos resguardar de cair nos males predominantes.
Ser um mordomo fiel envolve nossa vida completamente, e ela deve, primeiramente, estar de acordo com a vontade de Deus (Am 3:3). Devemos andar em Cristo (Cl 2:6), em novidade de vida (Rm 6:4), em amor (Ef 5:2), em sabedoria (Cl 4:5), na luz (1Jo 1:7), em integridade (Pv 19:1), em Sua lei (Êx 16:4), em boas obras (Ef 2:10)
e no caminho reto (Pv 4:26).
Perguntas para discussão
1. Defina “humildade”. Qual é o seu papel na vida do mordomo? (Mt 11:29; Ef 4:2; Fp 2:3; Tg 4:10). Por que ela é importante em nossa caminhada com Deus? (Mq 6:8).
2.Como podemos ajudar os que estão presos aos hábitos maus e destrutivos?
3. Quais outros bons hábitos os mordomos cristãos devem ter? (Veja, por exemplo, Tt 2:7; Sl 119:172; Mt 5:8).
4. Discuta sobre os mistérios do tempo. Por que o tempo parece passar tão rápido? Por que devemos ser bons mordomos do pouco tempo que temos?
Respostas e atividades da semana: 1. Selecione quatro alunos para ler as quatro passagens. Discuta a pergunta com os alunos. 2. B. 3. F; V. 4. Peça que dois voluntários leiam os textos. Discuta a resposta com a classe. Incentive os alunos a fazer um cronograma de atividades diárias, para que possam administrar melhor seu tempo. Além da comunhão com Deus, trabalho e exercícios físicos, o que deveria ser incluído nesse cronograma? 5. Escolha um aluno para ler o texto em voz alta. Peça a opinião da classe.
TEXTO-CHAVE: Salmo 119:9-11
O ALUNO DEVERÁ
Conhecer: Os hábitos adotados por mordomos fiéis.
Sentir: O valor de cultivar hábitos que o aproximam de Deus.
Fazer: Tomar medidas práticas para incorporar hábitos espirituais em sua vida diária.
ESBOÇO
I. Conhecer: Hábitos que fazem a diferença
A. O que significa, em termos práticos, “buscar a Deus em primeiro lugar”?
B. O fato de ter uma perspectiva futura ajuda o mordomo cristão a usar seu tempo de maneira eficiente?
C. Por que a saúde física, mental e emocional são elementos importantes da mordomia espiritual?
D. De que maneira a autodisciplina sustenta nossos outros esforços em relação à mordomia?
II. Sentir: Alimentando a vida espiritual
A. Quais atitudes ou opiniões pessoais precisam ser ajustadas, se desejamos um senso cada vez mais profundo da presença de Deus?
B. Como os cristãos podem experimentar o poder transformador do Espírito para desenvolver hábitos positivos?
III. Fazer: Mudanças duradouras
A. Como podemos cultivar mudanças duradouras?
B. Como os cristãos podem desenvolver hábitos que terão impacto importante em suas comunidades?
C. Por que a humildade é importante para o desenvolvimento de qualquer hábito positivo e uma proteção contra as atitudes farisaicas?
RESUMO: Os hábitos negativos ou positivos são formados mediante repetição. Os atletas desenvolvem suas habilidades executando repetidamente certos exercícios. Por essa razão, quase todos os esportes chamam os períodos de preparação para as competições futuras de treinos. Muitos já ouviram o ditado: “Pratique o que você prega.” No contexto da vida cristã, está na hora de levar esse conselho a sério.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Salmo 119:9-11
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O mordomo fiel e comprometido incorpora práticas e hábitos que demonstram sua dedicação a Cristo.
Para o professor: Certa vez, um treinador de atletismo entrevistou uma futura atleta que se vangloriava de poder saltar 1,67 m de altura, o que é bastante impressionante. O desempenho dela, no entanto, foi bastante diferente. Depois das duas primeiras competições, ela estava pronta para sair, pois ao saltar, não conseguiu a altura inicial, que era de apenas 1,06 m, ou seja, 61cm abaixo do que ela se orgulhava de que podia saltar.
No entanto, ela persistiu, voltando aos fundamentos básicos do salto. Ela treinou cada elemento do salto repetidas vezes. Dominou seus passos de aproximação, aperfeiçoou seu arco e transformou as funções do salto em hábitos intuitivos. Ela bateu o recorde de salto da escola naquele ano e ficou em terceiro lugar nos campeonatos estaduais. No ano seguinte, ela bateu o recorde do campeonato distrital (1,60 m) e foi vice-campeã nos campeonatos estaduais. Após a formatura do ensino médio, ela foi recrutada pelas melhores universidades.
O treino transformou uma sonhadora em uma vencedora. Muitos sonham em fazer grandes coisas para Deus, mas os que aperfeiçoam seus hábitos espirituais por meio de práticas repetitivas são os que realmente conseguem.
Discussão inicial: Pergunte se há atletas (ou ex-atletas) na classe e verifique os esportes em que eles se destacam. Pergunte a eles quais hábitos devem ser exercitados para se ter sucesso nesse esporte. Em seguida, pergunte sobre a profissão dos alunos. Quais são os hábitos exercitados nessas áreas para a obtenção do sucesso? Discuta sobre os objetivos espirituais específicos dos alunos. Quais hábitos os cristãos devem exercitar para atingir esses objetivos?
Compreensão
Para o professor: A maioria das definições da palavra “hábito” se relaciona com padrões de ação e comportamento regularmente repetidos. Negativamente concebidas, às vezes chamamos essas ações de vícios e as associamos a obsessões. Padrões, no entanto, não são necessariamente negativos. A formação de bons hábitos (padrões positivos) é requerida daqueles que desejam progredir espiritualmente.
Nosso estudo desta semana concentra-se em vários hábitos característicos dos mordomos dedicados.
Comentário bíblico
I. Deus em primeiro lugar
(Recapitule com a classe Êx 20:3; Jr 29:13; Mt 6:33; 22:37, 38; At 17:28; Ef 5:15-17; Cl 3:23; Lc 12:35-48; e Hb 10:25; 11:10.)
Buscar a Deus em primeiro lugar é uma demonstração de confiança. Essa confiança é revelada em uma dedicada vida de oração. A vida espiritual de muitos cristãos tem sido alimentada pelas orações e meditações matinais. Essas pessoas devotas rotineiramente colocam Deus em primeiro lugar na sua agenda diária. Dessa maneira, os cristãos fazem de Deus sua prioridade. A Bíblia diz que Deus precede todas as outras coisas na vida (Mt 6:33), suplanta governos (Cl 1:16), e deve estar acima da família e até da própria vida (Lc 14:26).
Da mesma forma, o princípio do dízimo coloca Deus em primeiro lugar, acima das finanças pessoais. A confiança em Deus, portanto, constitui a característica central da mordomia. Além de confiar Nele, os mordomos cristãos também pensam no futuro. Em outras palavras, entre as religiões do mundo, o cristianismo é a religião mais esperançosa e voltada para o futuro. A título de exemplo, quando estudamos as Escrituras, vemos que os sonhos, aspirações, promessas, expectativas e possibilidades são abundantes. E ao longo dos escritos inspirados da Bíblia, a promessa do retorno de Cristo ofusca todo o restante. Ela surge repetidamente. Essa promessa infunde entusiasmo nos cristãos. Como resultado, somos inspirados com propósito, significado, valor pessoal e senso de pertencimento. Essas bênçãos são estendidas a nós a partir da nossa ligação com a família divina, como resultado da nossa confiança nessa promessa.
Como parte dessa comunidade, aguardamos o retorno do Mestre, esperando e abreviando Sua vinda por meio da obediência fiel às Suas ordens. Considerando as maravilhosas promessas de Deus, por que alguém pensaria em colocar Cristo em segundo lugar?
Pense nisto: Se buscamos a Deus em primeiro lugar, o que podemos esperar racionalmente?
II. Administração do tempo
(Recapitule com a classe Jó 8:9; Tg 4:14; Sl 39:4, 5; 90:10, 12 e Ef 5:15, 16.)
O ser humano não pode reverter o tempo nem reviver o passado. O tempo desperdiçado hoje não pode ser recuperado. É evidente que o tempo é nosso bem mais valioso. Como ele deve ser utilizado?
Para responder a essa pergunta profunda, voltemos à lei de Deus e ao quarto mandamento, o único que trata do tempo. O quarto mandamento ordena tanto o trabalho quanto o descanso. Ele nos ordena a trabalhar seis dias e descansar um. Israel era diferente de outras sociedades antigas, pois utilizava a semana de sete dias. O costume ou hábito de Jesus era adorar naquele dia de descanso, chamado de sábado. Da mesma forma, Paulo habitualmente adorava no sábado (At 17:1, 2). O calendário judaico anual mantinha esse equilíbrio entre o trabalho e o repouso físico e espiritual ordenado no quarto mandamento, estipulando festas e um jejum, tempo de plantar e tempo de colher. Havia momentos para celebrações familiares, como a festa de casamento em Caná (Jo 2), um evento que Jesus honrou com Sua presença (tempo).
Trabalho, família, descanso e adoração parecem ser os temas predominantes do quarto mandamento. O que parece faltar (expressamente, pelo menos) é uma ordem explícita sobre lazer e entretenimento. A cultura contemporânea, mediante avanços tecnológicos que diminuíram nossa carga de trabalho, preencheu esse vazio com entretenimento, o que, na pior das hipóteses, é destrutivo e, na melhor, inútil. No entanto, o quarto mandamento apresenta princípios sagrados que podemos aplicar ao uso do nosso tempo de lazer e utilizar para dirigir nossas atividades recreativas.
Pense nisto: Quais princípios o quarto mandamento ensina sobre a utilização do nosso tempo na semana? As Escrituras mostram que o entretenimento deve servir e obedecer aos usos fundamentais do tempo destacados nas Escrituras. Do contrário, deve ser evitado.
III. Hábitos saudáveis
(Recapitule com a classe 3Jo 1-3; Ap 21:1-5; e 1Co 9:24-27.)
O trabalho (exercício) equilibrado pelo descanso (sábado) foi estabelecido durante a criação, antes da entrada do pecado (Gn 2:3-15). Conselhos sobre o consumo de bebidas (Pv 20:1; 23:29-35), moralidade sexual (Lv 18; 1Co 6:18-20), várias doenças (por exemplo, Lv 14), além de conselhos adicionais em relação a outras questões físicas enfatizam a importância de estabelecer hábitos saudáveis. A mordomia cristã exige isso.
Paulo admirava a disciplina dos atletas e usou a corrida para ilustrar princípios espirituais relacionados ao domínio próprio (1Co 9:24-27; 2Tm 4:7; Hb 12:1-3). A promessa de Deus para o antigo Israel é igualmente importante para o Israel moderno: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos, e deres ouvido aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois Eu Sou o Senhor, que te sara” (Êx 15:26).
Pense nisto: Como os textos bíblicos para recapitular e também a seção de comentários mostram a relação entre a mente e o corpo? Como as leis que regem a dieta, as relações sexuais e o mandamento do sábado servem para prevenir as doenças e promover a saúde?
Aplicação
Para o professor: A relação linguística entre as palavras discípulo e disciplina deveria nos surpreender? Como Cristo poderia aprovar discípulos indisciplinados? Poderia existir uma contradição maior? Evidentemente, os verdadeiros cristãos experimentam a disciplina em todos os aspectos da mordomia – espirituais, físicos, mentais, financeiros e emocionais.
A essas virtudes práticas, outras qualidades podem ser acrescentadas. As listas de características por trás dos hábitos e práticas cristãs são apresentadas em Gálatas 5, em 2 Pedro capítulo 1 e em outras passagens. Embora o estudo desta semana, obviamente, não esgote o assunto, ele apresenta uma oportunidade para nos concentrar em algumas práticas fundamentais que devem estar presentes na vida de cada cristão.
Perguntas para reflexão e aplicação
A. Como os cristãos podem cultivar esses hábitos essenciais aos mordomos?
B. Como a disciplina física pode contribuir para a realização espiritual?
C. Como os discípulos podem melhorar seu uso do tempo, quando tantos vivem uma “agenda agitada”?
D. Como a manutenção de um estilo de vida equilibrado nos ajuda a ser mordomos mais eficientes?
E. Como a imersão nas Escrituras e a oração nos ajudam a manter Cristo e Sua segunda vinda em primeiro lugar em nossos pensamentos?
F. Além da Bíblia, quais recursos o cristão pode usar para manter o foco nas coisas espirituais?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Novos hábitos positivos não são facilmente formados. Infelizmente, os hábitos negativos se desenvolvem com facilidade. A autoridade de Deus sobre todas as coisas, no entanto, constitui a salvaguarda imbatível do cristão. Paulo escreveu: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fp 4:13).
Atividade
Faça uma autoavaliação sobre as áreas que foram estudadas nesta semana. Quais são seus pontos fortes? Seja honesto sobre suas fraquezas. Quais práticas precisam ser abandonadas? Quais hábitos o ajudariam a manter seus pontos fortes? Escreva suas ideias para citá-las durante a classe.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
ADOTADO POR DEUS
Vamos conhecer hoje a história de Raglan Waite, um senhor de 50 anos que trabalha como cuidador do Good Samaritan Inn, um centro adventista que ajuda os desabrigados em Kingston, Jamaica. Raglan cresceu em um orfanato e, aos seis anos, foi adotado em um lar de cristãos que guardavam o domingo. Os pais adotivos morreram quando ele estava com 17 anos. Por isso teve dificuldade até para encontrar comida. Desesperado por encontrar um meio de sobreviver, Raglan começou a procurar seus pais biológicos. Visitou o orfanato e descobriu o nome da mãe. Mas ninguém pôde lhe dizer onde ela vivia.
Em seguida, foi ao Departamento dos Desabrigados, uma agência governamental responsável por identificar e auxiliar indigentes. A funcionária disse que a mãe e outros membros da família estavam na lista de pessoas que recebiam assistência. Inclusive, informou que um irmão de Raglan estudava na mesma escola que ele frequentava. Ela se recusou a fornecer informações adicionais, justificando que eram assuntos de privacidade. Mas prometeu entrar em contato com o irmão para que ele pudesse encontrá-lo, caso desejasse.
Encontro com familiares
Certo dia, Raglan estava assistindo a um jogo de futebol, e um dos professores do Ensino Médio tocou seu ombro. Ele disse: “Você é Raglan? Nós somos irmãos.” Ele ficou muito feliz! Carl era sete anos mais velho que Raglan e queria levá-lo para casa. Raglan empacotou os poucos pertences e acompanhou o irmão. Pela primeira vez, viu a mãe. Ela sofria de uma doença mental e não pareceu reconhecê-lo. Mas ele ficou feliz por finalmente conhecê-la.
O irmão de Raglan é adventista e o convidou para ir à igreja no sábado. Os membros da igreja o ajudaram muito! Raglan não sabia ler muito bem, mas foi ensinado a ler e escrever com a Lição da Escola Sabatina. Eles o ajudaram a frequentar o curso de verão na Universidade Adventista, onde aprendeu a dar estudos bíblicos.
Aos 22 anos, Raglan se casou, teve um filho e trabalhava em um posto de gasolina na estância turística de Montego Bay. Ele também era ancião ordenado na igreja. Os líderes da igreja lhe pediram que abrisse uma filial da Escola Sabatina em uma área rural que, no passado, havia tido forte presença adventista. Eles distribuíram páginas das lições da Escola Sabatina aos ex-membros da igreja como forma de divulgação. Com isso, cinquenta pessoas foram resgatadas.
Dificuldades e superação
Entretanto, aos 36 anos, sua vida pessoal começou a desmoronar. Ele se divorciou e se casou novamente. Após uma disputa com um líder da igreja, ele se afastou, mas continuou a guardar o sábado em casa. Há três anos, Raglan se mudou para a capital da Jamaica, Kingston, e estabeleceu um negócio com um sócio. A esposa ficou com parentes em outra cidade enquanto ele administrava o negócio. Mas o negócio faliu após uma discussão com o sócio e Raglan lutou para encontrar outro emprego. Finalmente, perdeu a casa e o orgulho o impediu de pedir ajuda à esposa e outros parentes. Ele chegou a dormir na rua durante três meses.
Certo dia, ele estava sentado em um parque e perguntou a outro homem sem-teto onde poderia tomar banho, trocar de roupa e encontrar comida. “Vá ao albergue Good Samaritan Inn [Hospedaria Bom Samaritano], e eles lhe darão uma refeição”, disse o estranho. Raglan seguiu a indicação. As pessoas do Good Samaritan Inn foram gentis, deram-lhe alimentação e roupa. Ali, ficou sabendo que o albergue pertencia à Igreja Adventista do Sétimo Dia e era dirigida pelos membros da igreja.
Raglan passou a procurar regularmente o Good Samaritan Inn e se sentiu impelido a retribuir a bondade recebida. Então, ofereceu-se para limpar o quintal, começou a frequentar a igreja novamente e foi rebatizado. Hoje, ele está com 50 anos e é um dos cuidadores do Good Samaritan Inn. Tem seu próprio escritório, moradia e se reconciliou com a segunda esposa.
Foi difícil viver na rua. Foi bom ser adotado e readotado por Deus. Parte da oferta da Escola Sabatina de um dos trimestres de 2015 foi utilizada para reformar o albergue Good Samaritan Inn, em Kingston, Jamaica, e expandir o trabalho estabelecendo um centro médico e odontológico gratuito para os sem-teto. Agradecemos por ajudar o Good Samaritan Inn a se aproximar de pessoas como Raglan.
Resumo missionário
Cerca de um quarto da economia da Jamaica depende do turismo. Mais de 1 milhão de turistas internacionais visitam o país todos os anos.
A Jamaica é a maior ilha de língua inglesa do Caribe, embora a maioria das pessoas fale patoá jamaicano, um crioulo com influência do inglês.
O país conquistou a independência do Reino Unido em 1962, mas permaneceu na Commonwealth (Comunidade Britânica), por isso a rainha Elizabeth II permanece como rainha e chefe de Estado.
Os habitantes originais da Jamaica, o Arawak, cultivavam milho e inhame. Hoje, as principais culturas incluem cana-de-açúcar, banana e manga, mas nenhuma dessas culturas é nativa da ilha.
Com a Mauritânia, a Jamaica é um dos dois únicos países no mundo que não têm cores em comum com a bandeira dos Estados Unidos.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018
Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração
Lição 12: 17 a 24 de março
Os hábitos de um mordomo
Autor: Heber Toth Armí
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
Maus hábitos degradam a alma; então, para elevar o padrão moral a tal ponto de nos apresentarmos diante de Deus como mordomos “que não [têm] do que se envergonhar” (2Tm 2:15) é necessário desenvolver bons hábitos.
“A maioria das escolhas que fazemos a cada dia parece ser fruto de decisões tomadas com bastante consideração, porém não é. Elas são hábitos. E embora cada hábito signifique relativamente pouco por si só, ao longo do tempo, as refeições que pedimos, o que dizemos a nossos filhos toda noite, se poupamos ou gastamos dinheiro, com que frequência fazemos exercícios, e nosso modo de organizar nossos pensamentos e rotinas de trabalho têm impactos enormes na nossa saúde, produtividade, segurança financeira e felicidade” (Charles Duhigg; O Poder do Hábito, p. 13, 14).
Os hábitos afetam positiva ou negativamente, inclusive a espiritualidade, dependendo dos hábitos que desenvolvemos. Como bem colocou Felippe Amorim, “muitas pessoas vivem numa constante situação de derrotados diante do pecado. Isso acontece, principalmente, pela falta de hábitos espirituais” (Felippe Amorim; O poder dos hábitos espirituais, p. 15).
Devemos substituir hábitos maus, insignificantes e irrelevantes por hábitos bons, saudáveis, nobres, importantes e transformadores do caráter. Pois, “se você desenvolver um bom hábito espiritual, ele vai ajudá-lo a crescer diariamente em Cristo” (Ibid., p. 25). Devemos conhecer e aprender a desenvolver os melhores hábitos; porque “Deus espera que nos esforcemos para vencer os maus hábitos e estabelecer hábitos que nos levem para mais perto Dele” (Ibid., p. 33).
Os mordomos que serão aprovados no juízo são os que desenvolvem hábitos que favorecem a obra que Deus está fazendo em nossa vida. Portanto, considere:
1. Buscar a Deus em primeiro lugar é o principal hábito a ser desenvolvido por aquele que deseja eficiência na mordomia cristã. Esse hábito não envolve apenas a dedicação da primeira hora do dia à oração e ao estudo da Bíblia. Embora isso esteja incluído, vai além. Significa pôr Deus acima dos bens materiais, trabalho, família e da própria vida (Mt 6:33; 22:37; Lc 14:26). “Tão absurdo e louco quanto querer ter vida sem respirar, é querer ser cristão sem orar. A oração é para a vida espiritual o que a respiração é para a vida física, ou seja, se você não orar, será um morto-vivo espiritual” (Ibid., p. 38). O mordomo fiel prioriza a presença de Deus durante o dia inteiro – todos os dias. “A Bíblia é pão espiritual e, quanto mais nos alimentamos dela, mais fortes vamos ficando [...]. O contrário também é verdadeiro. À medida que você deixa de ler a Bíblia, vai ficando fraco até chegar à morte” (Ibid., p. 50). Cristo é nosso modelo de mordomo e Mestre (Mc 1:35; Jo 5:19; Jo 15:1-8).
2. Aguardar o retorno de Jesus é outro hábito do mordomo de Deus, pois, como peregrino no mundo, seu lar é a pátria celestial. Os servos de Deus no mundo têm o hábito de esperar a volta de Cristo (Tt 2:13; 2Tm 4:8) por reconhecerem que sua pátria não é este mundo, mas o Céu, onde Deus habita (Fp 3:20; Hb 11:8-10, 13-16), um lugar prometido e garantido por Cristo (Jo 14:1-3). Enquanto esse dia não chega, “os hábitos espirituais nos sustentam na caminhada rumo ao Céu” (Ibid., p. 34).
3. O hábito de aguardar Cristo promove o hábito de usar o tempo, dado por Deus, com sabedoria, para preparar-nos e ajudar outras pessoas a se preparem para o iminente advento de Cristo. O tempo é dom de Deus. Ele espera que o administremos para Sua glória. “O importante é que desenvolvamos uma rotina em que Deus esteja presente em todos os momentos” (Ibid., p. 28). Não podemos perder tempo com nada que não seja proveitoso para nosso desenvolvimento espiritual. O mandamento do sábado nos alerta para este fato (Êx 20:8-11). Jesus usava bem Seu tempo. Um de Seus hábitos era frequentar a sinagoga (Lc 4:16); os cristãos também são incentivados a congregar (Hb 10:25). Precisamos aproveitar bem o tempo que recebemos, pois “é preciso regularidade e persistência no cultivo dos hábitos espirituais” (Ibid., p. 27). Para isso, é importante manter nossa rotina pautada pela Bíblia e consagrada à oração. Para os mordomos de Deus, “a Bíblia e a oração devem se tornar nossas companheiras inseparáveis” (Ibid., p. 24).
4. O mordomo se mantém saudável emocional, física e espiritualmente. O ser humano é um todo indivisível. Tudo está interligado. Portanto, tudo deve ser santificado (1Ts 5:23). O mordomo sabe que seu corpo não lhe pertence (1Co 6:19, 20). Precisa se conscientizar de que “todo seu esforço para criar hábitos espirituais pode ser atrapalhado por sua falta de cuidado com a saúde” (Ibid., p. 107). Embora seja importante cuidar da saúde, o mundo cuida mais da doença: investe mais em doença do que em recursos e métodos para preveni-la. O mordomo precisa agir de forma contrária, pois “o mais essencial e principal foco da reforma de saúde está no fato de que um corpo saudável contribui para a mente saudável, e é pela mente que Deus Se comunica conosco. O cuidado com a saúde é, no cerne da questão, o cuidado com nossa relação com Deus” (Ibid., p.106).
5. Moderação é essencial na formação do caráter dos mordomos que habitarão com Deus. A existência do mordomo no mundo equipara-se a um campo de batalha, onde precisa lutar contra o mal (Ef 6:10-13). Para tanto, como bom soldado ou bom atleta, ele precisa de rigorosa disciplina a fim de se tornar um bom discípulo de Cristo. O atleta cuida de sua dieta comendo diariamente com moderação, exercita-se persistentemente e fixa seu alvo para agir com determinação (1Co 9:24-27).
O mordomo sabe que o tempo que tem pertence a Deus; sabe que seu corpo é o templo do Espírito Santo e Sua mente precisa ser a de Cristo (1Co 2:16); vive neste mundo sabendo que não pertence a si mesmo e se prepara para morar no Reino de Deus; por isso, sua existência é marcada por hábitos que o aproximam dos ideais propostos por Deus, almejando ser aprovado como mordomo fiel (Mt 25:23).
A melhor forma de desenvolver os melhores hábitos é não perder tempo com coisas insignificantes (ou mesmo importantes), mas aproveitar o tempo com coisas essenciais designadas por Deus (Ef 5:15-17), as quais nos tornarão realizados e satisfeitos diante do Juiz quando Ele fizer o acerto de contas com os habitantes do mundo (Sl 119:9-11; Fp 4:8; Mt 5:8; 1Ts 5:23).
A excelência em qualquer área resulta de bons hábitos; assim também, os mais eficientes mordomos são aqueles que se dedicam a desenvolver hábitos positivos e espirituais.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Fraiburgo, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.