Lição 4
17 a 23 de outubro
Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Mc 10-12
Verso para memorizar: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15:3).
Leituras da semana: Pv 15:3; Jó 12:7-10; Ef 6:12; Ap 20:5, 6; Jo 1:1-14; Mc 12:29-31

O poeta polonês Czeslaw Milosz escreveu um poema que começa com a figura de animais imaginários: coelhos e esquilos falantes e coisas assim. Ele escreveu: “eles têm tanto em comum com animais reais quanto nossas noções de mundo têm com o mundo real”. Em seguida, para terminar o poema, ele escreveu: “Pense nisso e estremeça”.

“Estremecer” pode ser uma palavra muito dura, mas a verdade é que muito do que os seres humanos pensam sobre o mundo pode estar completamente equivocado. Por exemplo, por quase dois mil anos, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas do mundo pensaram que a ­Terra permanecesse imóvel no centro do Universo. Hoje, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas pensam que o ser humano evoluiu a partir do que originalmente foi uma forma de vida simples.

Como seres humanos, nunca vemos o mundo de uma posição neutra. Sempre e unicamente o vemos através de filtros que afetam nossa maneira de interpretar e entender o mundo. Esse filtro é chamado de cosmovisão, e é essencial que ensinemos aos jovens, e até aos membros mais antigos da igreja, a cosmovisão bíblica.



Domingo, 18 de outubro
Ano Bíblico: Mc 13, 14
Os olhos do Senhor

Um professor da Universidade de Oxford apresentou a teoria de que nós, o mundo e tudo o que nos rodeia – nada disso é real. Em vez ­disso, somos criações digitais de uma raça de alienígenas com computadores superpoderosos.

Embora essa seja uma teoria curiosa, ela levanta uma questão crucial: Qual é a natureza da realidade?

Existem duas possíveis respostas muito amplas, mesmo que apenas uma seja racional. A primeira é que o Universo, e tudo o que nele há, incluindo nós, simplesmente existe. Nada o criou, nada o formou. Ele apenas está aí. É simplesmente um fato inexplicável. Não há Deus, não há deuses, não há nada divino. A realidade é puramente material, puramente natural. Como foi dito há 2.500 anos (essa não é uma ideia nova), existem apenas “átomos e o vazio”.

A outra visão é que um ser (ou seres) divino criou o Universo. Isso parece mais lógico, racional e sensato do que a ideia de que o Universo apenas existe, sem nenhuma explicação para ele. Essa posição abrange o mundo natural, o mundo dos “átomos e do vazio”, mas não está limitada a ele. Ela aponta para uma realidade muito mais ampla, profunda e multifacetada do que a visão ateísta-materialista tão frequente hoje.

1. O que os textos a seguir revelam sobre as ideias destacadas na lição de hoje? Sl 53:1; Pv 15:3; Jo 3:16; Is 45:21; Lc 1:26-35

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É fundamental para toda educação cristã a realidade não apenas de Deus, mas do tipo de Deus que Ele é, um Ser pessoal que nos ama, interage conosco e faz milagres em nosso favor. Embora use as leis naturais, o Senhor não está limitado por essas leis e pode transcendê-las quando desejar (como na concepção virginal de Jesus). O ensino dessa visão é especialmente pertinente em nossos dias, pois grande parte do mundo intelectual ensina abertamente, e sem nenhum arrependimento, a cosmovisão ateísta e naturalista, afirmando erroneamente que a ciência sustenta essa cosmovisão.

A cosmovisão ateísta é estreita e limitada, em contraste com a cosmovisão bíblica, que abrange o mundo natural, mas não está limitada por ele. Por que a cosmovisão bíblica, teísta, é simplesmente muito mais lógica e racional do que a sua rival ateísta?


Segunda-feira, 19 de outubro
Ano Bíblico: Mc 15, 16
A pergunta de Leibniz

Há muitos anos, um pensador e escritor alemão chamado Gottfried Wilhelm Leibniz fez provavelmente a pergunta mais básica e fundamental: “Por que há algo em vez de nada?”

2. Como os textos a seguir respondem à pergunta de Leibniz? Gn 1:1; Jo 1:1-4;Êx 20:8-11; Ap 14:6, 7; Jó 12:7-10

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É impressionante como a existência de Deus é assumida na Bíblia. Gênesis 1:1 não começa com uma série de argumentos lógicos (embora existam muitos) para a existência de Deus. O texto apenas pressupõe Sua existência (veja também Êx 3:13, 14), e, a partir desse ponto inicial, Deus como Criador, a Bíblia e toda a verdade revelada em suas páginas são mostrados.

A doutrina da criação também é fundamental para toda educação cristã. Tudo em que cremos como cristãos se apoia na doutrina da criação em seis dias. A Bíblia não começa com uma declaração sobre a expiação, sobre a lei, a cruz, a ressurreição nem mesmo sobre a segunda vinda de Cristo.

Ela começa com uma declaração sobre Deus como Criador, pois nenhum desses outros ensinamentos faz algum sentido se não considerarmos a realidade de Deus como nosso Criador.

Portanto, uma cosmovisão bíblica deve enfatizar a importância da doutrina da criação. Essa ênfase também se torna muito importante, pois esse ensinamento tem sofrido um ataque frontal em nome da ciência. A evolução – em que bilhões de anos de vida evoluíram lentamente aos trancos e barrancos, tudo por acaso – quase destruiu a fé na Bíblia para um incontável número de pessoas. É difícil imaginar um ensino mais contrário à Bíblia e à fé cristã em geral do que a evolução. Por isso, a ideia de que a evolução pode, de alguma forma, ser harmonizada com a doutrina bíblica da criação é ainda pior que a evolução ateísta. Isso não pode ser feito sem zombar da Bíblia e da fé cristã como um todo.

Deus pede que dediquemos um sétimo da nossa vida, toda semana, para nos lembrar da criação em seis dias, algo que Ele não pede em relação a nenhum outro ensinamento. O que isso revela sobre como essa doutrina é fundamental e importante para uma cosmovisão cristã?


Terça-feira, 20 de outubro
Ano Bíblico: Lc 1, 2
A cosmovisão bíblica

Como dissemos na introdução da lição desta semana, nenhum de nós vê o mundo de uma posição neutra. Por exemplo, um ateu olha para o arco-íris no Céu e não vê nada além de um fenômeno natural. Para ele, não há significado diferente daquele que o ser humano decide dar. Por outro lado, alguém que vê o arco-íris a partir da cosmovisão bíblica não enxerga apenas o fenômeno natural, a água e a luz interagindo, mas também uma reafirmação da promessa de Deus de não destruir o mundo novamente com água (Gn 9:13-16). “Como é grande a condescendência de Deus e Sua compaixão por Suas criaturas falíveis, colocando assim o belo arco-íris nas nuvens como sinal de Seu concerto com os seres humanos! [...] Era plano de Deus que, quando os filhos das gerações posteriores perguntassem o significado do arco glorioso que abrange os céus, seus pais repetissem a história do dilúvio e lhes dissessem que o Altíssimo estendeu o arco e o colocou nas nuvens como uma garantia de que as águas nunca mais inundariam a Terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 106).

Para nós, adventistas do sétimo dia, a Bíblia continua sendo o texto fundamental de nossa fé. Ela ensina a cosmovisão, o “filtro” pelo qual devemos ver e compreender o mundo, que pode ser um lugar muito assustador e complicado. As Escrituras criam o modelo para nos ajudar a entender melhor a realidade em que nos encontramos, da qual fazemos parte, e que, muitas vezes, nos confunde e perturba.

3. Quais verdades nos textos a seguir podem nos ajudar a entender melhor a realidade em que existimos? Ef 6:12; Mc 13:7; Rm 5:8; 8:28; Ec 9:5; Ap 20:5, 6 Assinale a alternativa correta:

A.( ) A guerra espiritual que nos envolve, o amor de Cristo e Seu sacrifício, a morte, a ressurreição, etc.
B.( ) A ideia de que o diabo não existe e de que não haverá perseguição.

Como adventistas do sétimo dia, devemos seguir firmemente os ensinamentos da Bíblia, pois essa é a verdade revelada por Deus ao ser humano. Ela nos explica muitas coisas sobre o mundo que, de outra forma, não conheceríamos nem entenderíamos. Portanto, toda educação cristã deve estar enraizada e fundamentada na Palavra de Deus, e todo ensino contrário a ela deve ser rejeitado.

Quais ensinamentos da Bíblia contradizem outras crenças que as pessoas sustentam? O que essa diferença nos ensina sobre a importância de seguirmos fielmente a Palavra de Deus?


Quarta-feira, 21 de outubro
Ano Bíblico: Lc 3-5
Adorai o Redentor

Por mais crucial que a doutrina da criação seja para nossa fé, ela não aparece sozinha, especialmente no Novo Testamento. Muitas vezes ela vem acompanhada, até mesmo indissociavelmente ligada, à doutrina da redenção. Isso se dá porque, sinceramente, neste mundo caído de pecado e morte, a criação somente não é suficiente. Vivemos, lutamos, sofremos e então, o que ocorre? Morremos, acabando, por fim, como as carcaças de animais deixadas ao lado da estrada.

Isso é grandioso?

Portanto, temos também, como crucial à nossa cosmovisão, a doutrina da redenção – e isso significa que temos Jesus Cristo, e Ele crucificado, ressurreto e no centro de tudo o que cremos.

4. De acordo com João 1:1-14, quem era Jesus e o que Ele fez por nós? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Jesus foi o primeiro ser criado. Ele Se entregou na cruz por nós.

B. ( ) Jesus é o Verbo encarnado de Deus. Ele é Deus, estava no princípio com Deus, criou todas as coisas e veio para morrer por nós na cruz.

Observe também a primeira mensagem angélica: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7). Observe que o “evangelho eterno” está diretamente ligado a Deus como Criador. E quando percebemos que o Deus que nos criou é o mesmo Deus que, em carne humana, levou sobre Si o castigo pelos nossos pecados, não é de admirar que sejamos chamados a adorá-Lo. Que outra resposta haveria de nossa parte ao percebermos quem realmente é o nosso Deus?

Por esse motivo, Cristo, e Ele crucificado, deve permanecer na frente e no centro de tudo o que ensinamos – um ensinamento que, na verdade, também deve incluir a Sua segunda vinda, pois, sem ela, a primeira vinda de Cristo não traz todo o benefício que esperamos. Pode-se argumentar, nas Escrituras, que a primeira e a segunda vinda de Cristo são duas partes de um mesmo processo – o plano da salvação.

Reflita na ideia expressa em João 1, de que Aquele que fez “todas as coisas” (Jo 1:3) também morreu na cruz por nós. Por que a adoração deve ser a resposta natural e irresistível?


Quinta-feira, 22 de outubro
Ano Bíblico: Lc 6-8
A lei de Deus

Anos atrás, a França estava debatendo a questão da pena de morte: deveria ela ser abolida? Os defensores de sua abolição contataram um famoso escritor e filósofo francês chamado Michel Foucault e pediram que ele escrevesse um editorial em nome deles. No entanto, o que ele fez foi defender não apenas a abolição da pena de morte, mas a abolição completa de todo o sistema penitenciário e a libertação dos prisioneiros.

Por quê? Porque, para Michel Foucault, todos os sistemas de moralidade eram meramente construções humanas, ideias colocadas em prática por aqueles que estavam no poder para controlar as massas. Portanto, esses códigos morais não tinham legitimidade real.

Por mais extrema que seja sua posição, o que vemos aqui é uma consequência lógica de um problema que não é tão novo. Moisés lidou com ele no antigo Israel há milhares de anos. “Vocês não agirão como estamos agindo aqui, cada um fazendo o que bem entende” (Dt 12:8, NVI; veja também Jz 17:6; Pv 12:15).

No entanto, se não devemos fazer o que é certo apenas aos nossos olhos – ou seja, se não somos justos, santos nem imparciais o suficiente para saber o que é moralmente correto, como saber o que fazer? A resposta é que o Criador também nos deu um código moral para viver. Talvez não consigamos entender, mas o Senhor sempre entende.

5. O que estes textos ensinam sobre conduta moral? Dt 6:5; Mc 12:29-31; Ap 4:12 
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Se quisermos tornar a redenção central em nossa cosmovisão cristã, a lei de Deus (os Dez Mandamentos) também deve ser central. Afinal, de que somos redimidos senão do pecado, que é a transgressão da lei (Rm 3:20)? O evangelho não faz sentido sem a lei de Deus. Essa é uma das razões pelas quais sabemos que a Lei ainda é obrigatória para nós, apesar de sua incapacidade de nos salvar. Por isso precisamos do evangelho.

Portanto, toda a educação adventista do sétimo dia deve enfatizar o que Ellen White chamou de “perpetuidade da lei” (O Grande Conflito, p. 63), que inclui o sábado. Se educar é restaurar em nós a imagem de Deus tanto quanto possível nesta vida, então, mesmo no nível mais fundamental, a lei de Deus deve ser mantida, à luz do exemplo de Cristo, como o código moral que nos mostra o que realmente é bom aos olhos do Pai.



Sexta-feira, 23 de outubro
Ano Bíblico: Lc 9-11
Estudo adicional

O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 595). Com essa ideia em mente, podemos ver por que uma sólida cosmovisão cristã é essencial para a educação adventista. Afinal, como observamos anteriormente, a educação em si não é necessariamente boa. As pessoas podem ser educadas, e até altamente instruídas, em ideias e atitudes contraditórias aos princípios encontrados na Bíblia. Por essa razão, como adventistas do sétimo dia, nosso sistema educacional deve ser fundamentado na cosmovisão cristã. Isso significa, portanto, que todos os campos gerais da educação, ciência, história, moralidade, cultura e assim por diante serão ensinados a partir dessa perspectiva, em oposição a um campo que a contradiz ou simplesmente a ignora. Além disso, como dito anteriormente, mas que vale a pena repetir: não existe uma perspectiva neutra; toda a vida, toda a realidade, é vista através dos filtros da cosmovisão de alguém, seja ela considerada ou não de modo convincente e sistemático. Portanto, é essencial que a cosmovisão bíblica forme o fundamento de toda a educação adventista do sétimo dia.

Perguntas para consideração

1. Existem exemplos na História em que sistemas inteiros de educação foram (ou são) muito destrutivos? Quais foram alguns desses exemplos? O que os alunos aprendiam nesses sistemas e que lições aprendemos com eles? Como proteger nosso sistema educacional dessas influências destrutivas?

2. Analisamos alguns dos principais pontos da cosmovisão cristã: a existência de Deus, a criação, a Bíblia, o plano da redenção e a lei de Deus. Quais elementos importantes devem ser incluídos na formulação completa de uma cosmovisão cristã?

3. Um pensador do século 18 escreveu: “Ó consciência! Consciência! Tu, instinto divino. Tu, certo guia de um ser ignorante e confinado, embora inteligente e livre – tu, juiz infalível do bem e do mal, que faz o homem assemelhar-se à Divindade”. O que está certo ou equivocado nessa colocação?

4. Examine esta declaração de Ellen G. White novamente: “O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo”. O que isso significa? Por que a educação adventista deve ser tão diferente da visão de educação do mundo?

Respostas e atividades da semana: 1. Os textos revelam que há um Deus criador, que formou o mundo e morreu para salvá-lo. 2. Jesus, o Verbo encarnado de Deus, criou todas as coisas. Ele deu existência a tudo que conhecemos. 3. A. 4. B. 5. A verdadeira conduta moral é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.



Resumo da Lição 4
Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica

ESBOÇO

Não podemos passar o dia todo analisando ou testando a veracidade das crenças que defendemos. Temos emprego, família e responsabilidades que geralmente nos impedem de filosofar em tempo integral. Em um ponto da vida, estabelecemos um número essencial de princípios que consideramos verdadeiros. Tais princípios são amplos em seu escopo e em geral abordam temas como origem, significado, moralidade e destino. Juntos, formarão nossa cosmovisão. Essa visão de mundo se torna uma lente através da qual vemos o mundo e processamos, incorporamos ou testamos novas informações à medida que chegam a nós.

Esta lição focaliza a necessidade de ensinar uma cosmovisão bíblica e contrasta essa necessidade com uma visão de mundo naturalista/materialista (isto é, a ideia de que não existe nada de sobrenatural, e tudo pode ser explicado e reduzido à física e química). Por outro lado, no cerne da cosmovisão bíblica está a proposição de que Deus existe, e de que Ele é um Deus pessoal que Se envolve com Sua criação. Seu poder criativo explica o Universo material, inclusive nós. Seu poder redentivo revela a natureza de Seu amor, exibe Seus propósitos restauradores para o Universo e para a humanidade e assegura nosso futuro. As visões de mundo que se afastam do testemunho bíblico, como a teoria evolucionista naturalista, podem facilmente minar o valor do ser humano. É possível constatar isso claramente nos exemplos a seguir.

COMENTÁRIO

Ilustração

“Cosmovisão” é uma das palavras que são propagadas como sendo de grande importância. Mas, como parece que tudo vai bem na vida sem a necessidade de se depender dela, há a tentação de acreditar que sua importância é superestimada. É verdade; passear com um amigo, discutindo sobre isso ou aquilo, raramente ocasiona uma conversa sobre os primeiros princípios da lógica ou de paradigmas éticos concorrentes. Mas permita que esse passeio o leve pela Blutstraße (estrada de sangue) até o Memorial Buchenwald na Alemanha, e então as visões de mundo assumirão um significado assustador. Buchenwald, juntamente com outros campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, fazia parte do mecanismo de extermínio nazista dedicado a matar judeus, dissidentes políticos, ciganos e outros “indesejáveis”.

Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, explica as origens desse pesadelo: “Se apresentarmos a alguém um conceito de ser humano que não é verdadeiro, podemos muito bem corrompê-lo. [...] Eu conheci o estágio mais elevado dessa distorção em meu segundo campo de concentração, Auschwitz. As câmaras de gás de Auschwitz foram a consequência última da teoria de que o ser humano não é senão o produto da hereditariedade e do meio, ou, como os nazistas costumavam dizer, do ‘Sangue e Solo’. Estou absolutamente convencido de que, em última análise, as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek foram preparadas não em algum ministério [departamento] em Berlim, mas nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas” (Viktor Frankl, The Doctor and the Soul: From Psychotherapy to Logotherapy [O Médico e a Alma: Da Psicoterapia à Logoterapia]. Nova York: Random House, 1986, p. xxvii).

É por isso que a cosmovisão é importante. Ela pode moldar uma realidade na qual a luz se torna escuridão, e a escuridão, luz; na qual o mal é bem e o bem é mal (Is 5:20). É ingênuo e tacanho explicar atrocidades simplesmente chamando os autores de “monstros” ou algum outro epíteto desumanizador, sem entender por que as pessoas executam determinadas ações. Muitos “monstros” da história demostravam amor por sua esposa e filhos, contavam piadas aos amigos, balançavam seus netos sorridentes e continuavam a se levantar todas as manhãs para realizar as atrocidades do dia. É por isso que as visões de mundo são importantes. E é por isso que a resposta para a pergunta do salmista, “que é o homem, que dele te lembres?” (Sl 8:4), deve sempre começar com: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).

Existe alguma religião ou sistema filosófico que valorize a vida humana mais do que a proposição do cristianismo de que os seres humanos são amados e foram criados segundo a semelhança divina? Essa verdade está vinculada à crença de que os cristãos, inclusive os adventistas do sétimo dia, são, de certo modo, os protetores do valor e da dignidade do ser humano e devem atacar visões de mundo concorrentes, organizando uma visão elevada do que significa ser humano.

Alguns podem pensar que é uma ilusão de grandeza presumir que a dignidade da humanidade precisa ser defendida no século 21. Mas o (pós) secularismo tem dificuldade em fundamentar o valor humano objetivo (ou qualquer coisa “objetiva”). Em um famoso debate entre o apologista cristão Greg Bahnsen e o ateu Gordon Stein, alguém perguntou por que “a Alemanha de Hitler” estava errada. Stein, representando a posição ateísta, não poderia ter dado melhor resposta ao dizer que o que Hitler fez foi contra o “consenso” moral da civilização ocidental. Basicamente, ele estava errado porque a civilização ocidental havia decidido anteriormente que comportamentos dessa natureza (por exemplo, o genocídio) estavam errados. Dentro dessa visão moral de mundo, se a decisão tivesse tomado a direção oposta por algum motivo, tudo o que foi feito pelos nazistas poderia ter sido facilmente considerado moral. Lembre-se, Gordon Stein não é um propagandista nazista da década de 1930. Ele é um estudioso americano judeu que participou de um debate na Universidade da Califórnia, Irvine, EUA, no ano de 1985. Observe que nem Stein nem os nazistas concordam com uma visão de mundo que defenda o valor intrínseco da humanidade. O conceito de Stein de moralidade determinada pela maioria tem tanta eficácia em conter o mal quanto um tigre de papel. Por fim, quem apoia essa cosmovisão moral concluirá logicamente que não há nenhuma obrigação moral objetiva de acompanhar a maioria e fará “cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos” (ver Pv 21:2, Dt 12:8, Jz 21:25). Não é de se surpreender que governos ou indivíduos perversos vêm e vão; o que é desconcertante é que as visões centrais de mundo que os moldaram ainda podem ser ouvidas “nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas”.

Visões de mundo e lei

A maioria das pessoas admite que apoia visões de mundo que incentivam alguma forma de observância da lei. No entanto, se o conceito de observância da lei for influenciado principalmente pelos códigos legais de seus países, pode haver uma diferença crucial entre o entendimento judaico-cristão da lei e outras fórmulas.

O Dr. Joel Hoffman destaca uma diferença raramente mencionada entre os Dez Mandamentos e outros códigos legais. Ele faz uma ilustração de um adolescente sem escrúpulos que planeja garantir seu futuro financeiro casando-se com uma mulher mais velha e rica, matando-a e enfrentando 7 a 12 anos de prisão. Ele pesa as consequências e conclui que sairia da prisão com cerca de 30 anos, mas seria rico pelo resto da vida. Ele decide que vale a pena. Hoffman então diz que não há nada no corpo da lei americana que diga que ele não tenha o direito de fazer esse cálculo. Em nenhum lugar a lei americana declara que, se ele estiver disposto a cumprir a pena, ainda assim não deve cometer o crime.

É aqui que os Dez Mandamentos se destacam, precisamente porque não declaram consequências específicas por sua desobediência. Eles são a lei moral, não uma lei jurídica. Naturalmente, mais tarde, esses mandamentos também constituíram o código legal da nação de Israel. Mas eles nos dizem o que fazer e o que não fazer não para evitar certas consequências específicas, mas porque Deus está comunicando o que é moralmente certo e o que é moralmente errado, algo que a lei americana não faz (a América é provavelmente representativa de outros países nesse sentido). Talvez seja por isso também que os Dez Mandamentos não sejam apresentados como “mandamentos”, mitsvot, mas como “palavras”, debarim (Êx 20:1; ver Joel M. Hoffman, Interpreting Language [Interpretando a Linguagem], citado em 22 dez de 2018. ).

Como cristãos adventistas do sétimo dia, na posição de instrutores, precisamos comunicar a singularidade da lei divina para a próxima geração. Muitas vezes contextualizamos os Dez Mandamentos como um código legal para “assustar” os jovens e os levar à obediência, mas, ao fazermos isso, podemos destituir a lei de Deus de sua autoridade moral única. Qualquer tirano tolo pode fazer uma lei por capricho e ordenar subserviência sob pena de morte. Em vez de motivar as pessoas a obedecer às leis de Deus listando consequências graves, talvez nós, como instrutores, possamos comunicar o privilégio de conhecer e entender o que é a lei moral de Deus (e do Universo). E isso é apenas o começo. Ter essas leis e princípios morais inscritos no coração e na mente pelo Espírito de Deus, para que possamos refletir Seu caráter, é um privilégio quase além da compreensão, sem mencionar as tremendas e inúmeras bênçãos que resultam desse procedimento (Jr 31:35; Rm 8:4). Compare isso com a moralidade massivamente confusa do mundo e sua consequente dor, e seria de se esperar que as pessoas ansiassem aprender as leis de Deus e, então, tivessem a vida transformada por elas (Is 60:1-3; Mq 4:2).

Aplicação para a vida

1. Que diferentes visões de mundo na atualidade deixam uma porta aberta para que o mal e a tirania tenham apoio na sociedade? Como se explica que pessoas extremamente bondosas possam aderir a essas visões de mundo?

2. Frankl fornece uma definição de ser humano e as consequências dessa definição: “Quando apresentamos o ser humano como um autômato que funciona por reflexos, como uma máquina mental, como um feixe de instintos, como um fantoche de impulsos e reações, como um mero produto do instinto, hereditariedade e meio, alimentamos o niilismo ao qual o homem moderno está, de algum modo, propenso.” De que maneira a teoria da evolução apoia essa perigosa visão de mundo?

3. A cosmovisão cristã sustenta uma visão elevada da humanidade. Eis duas razões para tal:

A. Somos criados por Deus; portanto, somos Dele e devemos ser tratados de acordo com Seus critérios, não de outra pessoa (Is 43:1).

B. Somos redimidos pelo sangue do Filho de Deus e, portanto, nosso valor não se pode mensurar (Ap 5:9).

Cite alguns males com os quais somos atormentados social e individualmente que pelo menos começariam a ser solucionados se as duas verdades bíblicas acima fossem incorporadas à visão de mundo do indivíduo.


A cura vem do Alto

Depois de ouvir o seminário de saúde, em sua escola, uma professora, Aisha, chamou o casal adventista do sétimo dia e disse: “Minha sogra sofre de um problema sério nas costas. Vocês têm algum tratamento para ela?” Então, convidou o casal para visitar a casa da sogra. Sandeep e Ramya, fazia pouco tempo, haviam terminado um treinamento médico e aquele seminário de saúde na escola foi o primeiro evento que realizaram. Eles esperavam realizar seminários de saúde e promover remédios naturais, baseados na Bíblia e escritos de Ellen White, por toda a Índia.

O casal encontrou a sogra, Shubhangi, na cama. Ela gastou muito dinheiro em tratamentos que em nada ajudaram. Agora, estava acamada, incapaz de caminhar nem ficar em pé, e morava sozinha. A nora costumava dividir a mesma casa, mas havia se mudado com o marido e filho depois de cansar de cuidar dela. 

Sandeep folheou vários documentos médicos da sogra. Ramya examinou a sacola cheia de medicamentos. Eles se entreolharam impotentes. Simplesmente, não sabiam o que fazer. Haviam terminado o curso e nunca tentaram tratar um caso tão severo com remédios naturais. Então, oraram. “Vamos tentar algo”, Sandeep informou a sogra. “Você concorda em parar de tomar todos os remédios durante cinco dias?” Shubhangi concordou e o tratamento começou. Ramy realizava hidroterapia e massagem de manhã e à tarde. Ela preparou suco de vegetais para as refeições. No terceiro dia, a mulher se levantou e caminhou pela primeira vez em meses. Ela se debulhou em lágrimas. “Meu filho e minha nora me abandonaram para morrer”, ela disse. “Eles não cuidaram mais de mim por causa desta doença.” Sandeep aconselhou: “Ore a Deus e Ele os trará de volta.”

Shubhangi não era cristã. Sua casa estava localizada em um bairro tradicional e não cristão. Na verdade, se os vizinhos vissem alguém com uma Bíblia, poderiam criar problemas. Mesmo assim, Sandeep orou e deu a Shubhangi uma Bíblia em seu idioma nativo. “Leia uma página dessa Bíblia diariamente e ore a Jesus”, ele disse. “Ele trará seu filho, nora e neto para casa.”

Após cinco dias de tratamento, Subhangi não mais sentia dores, e estava completamente curada. Passados dez dias, ela telefonou para Sandeep: “Filho, você sugeriu que lesse a Bíblia diariamente e orasse para que meu filho voltasse para casa.

Mas, isso não aconteceu. Já faz dez dias que tenho lido a Bíblia.” Sandeep soube que ela lia três páginas por dia, pela manhã, à tarde e à noite, como se seguisse uma prescrição médica. Ela esperava acelerar a resposta de Deus às orações. “Continue orando e Deus realizará um milagre”, Sandeep respondeu.

Após três dias, a nora de Subhangi enviou uma mensagem de texto para Sandeep, em que dizia: “Estou morando com minha sogra.” A família estava reunida. Hoje, a sogra lê a Bíblia regularmente. Ela envia ao casal versos bíblicos e colocou a oração em sua rotina diária.

Sandeep e Ramya estão muito felizes. “Foi um bom começo”, Ramya disse. “Ela foi nossa primeira paciente”, completa Sandeep. “Não  sabíamos como lidaríamos com isso. O treinamento médico só nos deu princípios básicos. Deus conduziu o restante. Essa experiencia foi um verdadeiro milagre.”

Ao citar o livro de Ellen White, A Call to Medical Evangelism and Health Education (Um Chamado ao Evangelismo Médico e Educação da Saúde) p. 12, ele acrescentou: “Enquanto o médico-missionário trabalha sobre o corpo, Deus realiza Sua obra no coração.”

Parte da oferta do trimestre ajudará a construir duas igrejas em Bengaluru, a maior cidade mais próxima de onde Sandeep e Ramya vivem com o filho de sete anos, Aayush. Muito obrigado pelas ofertas.

 

Dicas da história

• Pronúncia de Sandeep:

• Pronúncia de Ramya:

• Pronúncia de Aisha:

• Pronúncia de Shubhangi:

• Pronúncia de Aayush: • Assista ao vídeo sobre Sandeep e sua família no YouTube: bit.ly/Sandeep-Kolkar.

• Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq).


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2020
Tema Geral: Educação e redenção
Lição 4 – 17 a 24 de outubro de 2020

Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica

Autora: Márcia Lucas
Supervisor: Adolfo Suárez
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisor (a): Josiéli Nóbrega

Introdução

1. Tudo depende da cosmovisão

Sofia Cavalleti, uma importante educadora cristã do século 20, escreveu a história de uma menina que cresceu em um lar ateísta onde ninguém falava de Deus. Uma vez questionou seu pai sobre a origem do mundo: "De onde vem o mundo?", perguntou a criança de três anos. Seu pai respondeu com um discurso de natureza materialista. Em seguida, acrescentou: “No entanto, há aqueles que dizem que tudo isso vem de um ser muito poderoso e o chamam de Deus”. Nesse ponto, a menina começou a correr como um redemoinho pela sala em uma explosão de alegria e exclamou: “Eu sabia que o que você me disse não era verdade; é Ele, é Ele!” (Sofia Cavalletti, The Religious Potential of the Child, 1983).

A compreensão da origem da vida e a explicação para a origem de nosso planeta dependem da cosmovisão. E o que é cosmovisão? Para James Sire, Cosmovisão é um conjunto de pressuposições que temos sobre a constituição básica do nosso mundo. Essas pressuposições podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas; enquanto nossa percepção delas pode ser consciente ou inconsciente, e podemos sustentá-las de forma consistente ou inconsistente (The Universe Next Door: A Basic Worldview Catalog, updated & expanded edition. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1988).

2. A cosmovisão bíblica

Os princípios da cosmovisão bíblica são a existência de Deus, a criação, a Bíblia, o plano da redenção e a lei de Deus. Esses são os fundamentos da educação cristã que tem como objetivo principal a redenção. A educação construída sobre esses pilares enxerga o aluno como obra-prima do Criador, com a natureza decaída, mas com a salvação garantida pelo sacrifício de Jesus. O currículo desse sistema pedagógico é fundamentado na concepção bíblica de antropologia e sociedade. Dessa forma, os objetivos de uma educação bíblica não se resumem a preparar os alunos à escalada profissional e social da era do hiperconsumo e da busca por desempenho, mas tem intentos soteriológicos e eternos.

A adoção de uma cosmovisão é decisiva para o estilo de vida que vamos assumir. Entretanto, saiba também que a cosmovisão que nós adotamos influencia não apenas nossa vida espiritual; sua influência não se limita apenas ao que cremos ou não cremos no sentido de crenças religiosas. Todos os aspectos de nossa vida são afetados por ela. Por exemplo, considere o que acontece com a questão da adoração: os teístas acreditam que o ser humano foi criado por Deus com o propósito de ter comunhão eternamente com Ele e adorá-lo. Os panteístas creem que se as pessoas tiverem comunhão intensa com Deus, podem perder toda sua identidade individual. Os ateus nem cogitam em viver uma vida de comunhão com Deus.

Considere outro exemplo no que se refere aos estudos: os teístas creem que estudar e aprender faz parte do processo de se tornar útil à sociedade, à igreja e a Deus; estudar é também uma maneira de entender melhor os desígnios de Deus para a vida. O panteísta pode encarar o estudo como uma maneira de fortalecer a divindade que existe em cada pessoa. O ateu pode encarar os estudos como a melhor maneira de superar os outros, já que não é necessário amar a ninguém com amor fraternal.

Além do impacto intelectual, afetando nossos pressupostos científicos e tudo o que se refere ao conhecimento, a cosmovisão afeta nossos pressupostos morais, nossos valores e nossa ética. Creio eu que aqui reside a maior bênção ou desgraça de uma cosmovisão. É aqui que você deve tomar o máximo cuidado, como ser inteligente que é, questionando-se periodicamente a respeito da sua cosmovisão e da cosmovisão de seus amigos, dos livros que você lê, dos filmes a que você assiste e das músicas que escuta: Como tudo isso está impactando sua maneira de encarar os valores morais?

3. A lógica invertida do reino

A expressão “sobrevivência do mais forte”, cunhada por Herbert Spencer e posteriormente popularizada pelo Darwinismo social, defende que os seres mais adaptados ao meio, os mais fortes, sobrevivem mais e por isso transmitem suas características genéticas aos seus descendentes. Esse conceito é o fundamento para uma educação da disputa, competição e performance de dominância. Em contraste, a lógica do reino de Cristo é encapsulada na afirmação paulina: “Quando sou fraco, então, é que sou forte” (2Co 12:10), ou quando o Senhor responde a Paulo dizendo: “A Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9)

A lógica de Cristo é invertida quando comparada à cosmovisão “deste século” (Rm 12:2). No reino de Cristo é preciso morrer para nascer (Rm 6:4), servir é melhor do que ser servido (Mt 20:28), o forte se torna fraco (Jz 16:28), o fraco se torna forte (Is 40:29), a salvação não vem por mérito (Ef 2:8), os últimos são os primeiros e os primeiros são os últimos (Mt 20:16). Enquanto na história humana os dignos e os que fazem grandes feitos são merecedores de honra, na lógica invertida do reino de Cristo os nomes dos indignos e dependentes da graça é que aparecem na galeria dos heróis da fé (Hb 11).

CONCLUSÃO

A educação cristã mantém com distinção o princípio criacionista numa era de “pós-verdade” e de secularização. “A natureza e a Revelação, ambas dão testemunho do amor de Deus. Nosso Pai celeste é a fonte de vida, de sabedoria e de felicidade. Contemplai as belas e maravilhosas obras da natureza. Considerai a sua admirável adaptação às necessidades e à felicidade, não só do homem, mas de todas as criaturas viventes. O Sol e a chuva, que alegram e refrigeram a terra; as colinas, e mares e planícies — tudo nos fala do amor de quem tudo criou (Caminho a Cristo, p. 4).

Os grandes princípios de educação são imutáveis. “Permanecem firmes para sempre” (Sl 111:8), visto que são os princípios do caráter de Deus. Deve ser o primeiro esforço do professor e seu constante objetivo auxiliar o estudante a compreender esses princípios e entrar com Cristo naquela relação especial que fará daqueles princípios uma força diretriz na vida. O professor que aceita esse objetivo é em verdade um cooperador de Cristo, um coobreiro de Deus” (Educação, p.24)

Conheça o autor dos comentários para esta semana: Márcia Lucas é doutoranda em Educação Religiosa pela Andrews University e atua como capelã do residencial feminino no centro universitário Unasp-EC.