Em Apocalipse 6, continua a cena dos capítulos 4 e 5, que descrevem Cristo como digno de abrir o livro selado, pois, por Sua vida e morte vitoriosas, Ele recuperou o que foi perdido por Adão. A partir de então Ele estava pronto para levar adiante o plano da salvação até sua execução final, por meio da abertura dos selos do livro.
O Pentecostes marcou o início da propagação do evangelho, por meio da qual Cristo expande Seu reino. Portanto, a abertura dos selos se refere à pregação do evangelho e às consequências de rejeitá-lo. A abertura do sétimo e último selo nos leva à conclusão da história do mundo.
Em Apocalipse 3:21, o significado dos sete selos é decifrado: “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em Meu trono, assim como Eu também venci e sentei-Me com Meu Pai em Seu trono” (Ap 3:21, NVI). Os capítulos 4 e 5 falam da vitória de Cristo e de Sua dignidade, em virtude de Seu sacríficio no Calvário, para ser nosso Sumo Sacerdote celestial e para abrir o livro. Os últimos versos do capítulo 7 descrevem os vencedores diante do trono de Cristo. Portanto, o capítulo 6 trata do povo de Deus no processo que o leva à vitória, para que possa compartilhar o trono de Jesus.
1. Leia Apocalipse 6:1-8, Levítico 26:21-26 e Mateus 24:1-14. Observe as palavras-chave em comum nesses textos. Qual é o significado dos quatro primeiros selos com base nesses paralelos?_______________________________________________________________________________________________
Os acontecimentos representados nos sete selos devem ser entendidos no contexto das maldições da aliança do Antigo Testamento, especificadas em termos de espada, fome, pestes e feras do campo (Lv 26:21-26). Ezequiel os chamou de os “quatro terríveis juízos” de Deus (Ez 14:21, NVI). Eram juízos disciplinares pelos quais o Senhor, buscando despertar Seu povo para sua condição espiritual, castigou-o quando ele se tornou infiel à aliança. Semelhantemente, os quatro cavaleiros são o meio que Deus usa para manter Seu povo desperto enquanto aguarda o retorno de Jesus.
Há também paralelos entre os primeiros quatro selos e Mateus 24:4-14, em que Jesus explicou o que aconteceria no mundo. Os quatro cavaleiros são o meio pelo qual Deus mantém Seu povo no caminho certo, lembrando-o de que esse mundo não é seu lar.
Embora de maneira simbólica, o texto de Apocalipse 6:1, 2 também trata de vitória. Isso nos lembra Apocalipse 19:11 a 16, que retrata Cristo em um cavalo branco, conduzindo Seus exércitos celestiais de anjos para libertar Seu povo na Sua segunda vinda. Como símbolo de pureza, a cor branca é regularmente associada a Cristo e a Seus seguidores. O cavaleiro montado no cavalo segura um arco e recebe uma coroa, o que lembra a imagem de Deus no Antigo Testamento, montado em um cavalo com um arco em Sua mão enquanto vencia os inimigos de Seu povo (Hb 3:8-13; Sl 45:4, 5). A palavra grega para se referir à coroa (Ap 6:2) usada pelo cavaleiro é stephanos, que é a coroa da vitória (Ap 2:10; 3:11). Esse cavaleiro é um vencedor que sai vencendo e para vencer.
A cena do primeiro selo descreve a propagação do evangelho, que iniciou poderosamente no Pentecostes, pela qual Cristo começou a expandir Seu reino. Havia, e ainda há, muitos territórios para serem conquistados e muitas pessoas para se tornarem seguidoras de Jesus, até que a vitória final seja alcançada com a vinda de Cristo em glória.
Profeticamente, a cena do primeiro selo corresponde à mensagem para a igreja de Éfeso. Ela descreve o período apostólico do primeiro século, durante o qual o evangelho se espalhou rapidamente em todo o mundo (Cl 1:23).
2. Leia Apocalipse 6:3, 4. Com base na descrição do cavalo vermelho e de seu cavaleiro, o que é dito em referência ao evangelho?_______________________________________________________________________________________________
Vermelho é a cor do sangue. O cavaleiro tinha uma grande espada e lhe foi permitido tirar a paz da Terra, o que abriu caminho para que as pessoas matassem umas às outras (Mt 24:6).
O segundo selo descreve as consequências da rejeição ao evangelho, iniciada no segundo século. Enquanto Cristo travava uma guerra espiritual por meio da pregação do evangelho, as forças do mal apresentavam uma forte resistência. Isso resultou em perseguição. O cavaleiro não foi responsável pela matança. Em vez disso, quando ele tirou a paz da Terra, como resultado, ocorreu inevitavelmente a perseguição (veja Mt 10:34).
3. Leia Apocalipse 6:5, 6, Levíticos 26:26 e Ezequiel 4:16. Qual realidade associada à pregação do evangelho é referida na descrição do cavalo preto e de seu cavaleiro?_______________________________________________________________________________________________
O cavaleiro do cavalo preto possuía uma balança para pesar alimentos. Um anúncio foi feito: “Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário” (Ap 6:6). Naquela parte do mundo, o cereal, o azeite e o vinho eram as necessidades básicas da vida (Dt 11:14). Comer pão pesando cuidadosamente o cereal significava grande escassez ou fome (Lv 26:26; Ez 4:16). Nos dias de João, um denário era um salário diário (Mt 20:2). Em circunstâncias normais, com um salário diário era possível comprar todo o necessário para a família naquele dia. No entanto, uma escassez de alimentos inflacionaria muito o preço normal. Na cena do terceiro selo, levaria um dia inteiro de trabalho para que fosse possível comprar comida suficiente para apenas uma pessoa. A fim de alimentar uma pequena família, um salário diário seria usado para comprar três medidas de cevada, um alimento mais barato e inferior utilizado pelos pobres.
A cena do terceiro selo indica outras consequências da rejeição do evangelho, no contexto do quarto século, à medida que a igreja ganhava poder político. Se o cavalo branco representa a pregação do evangelho, o cavalo preto significa a ausência do evangelho, substituído por tradições humanas. O cereal na Bíblia simboliza a Palavra de Deus (Lc 8:11). A rejeição do evangelho inevitavelmente resulta em uma fome da Palavra de Deus semelhante à escassez profetizada por Amós (Am 8:11-13).
4. Qual cena é retratada em Apocalipse 6:7, 8? Reflita sobre como como ela está relacionada à anterior e complete as lacunas:
“E olhei, e eis um cavalo _______________ e o seu cavaleiro, sendo este chamado ______________; e o ______________ o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à _____________, pela _____________________, com a mortandade e por meio das feras da
Terra” (Ap 6:8).
A cor do cavalo no quarto selo é expressada pela palavra grega chloros, que é a cor cinza-pálido de um cadáver em decomposição. O nome do cavaleiro era Morte; enquanto isso, o Inferno [Hades], o lugar dos mortos, o acompanhava. Ambos receberam autoridade sobre um quarto da Terra para destruir as pessoas pela espada, fome, pragas e feras selvagens (Mt 24: 7, 8).
A boa notícia é que o poder da Morte e do Inferno [Hades] é muito limitado. Eles só receberam autoridade sobre uma parte (um quarto) da Terra. Jesus nos assegurou de que Ele tem as chaves do Inferno [Hades] e da Morte (veja Ap 1:18).
5. Recapitule o conteúdo das mensagens às igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira (Ap 2). Compare a situação nessas igrejas com as cenas da abertura dos primeiros quatro selos. Quais paralelos podemos observar entre elas?_______________________________________________________________________________________________
As cenas representadas nos sete selos descrevem a história da igreja. Assim como no caso das sete igrejas, os selos estão relacionados aos diferentes períodos da história cristã. Durante os tempos apostólicos, o evangelho se espalhou rapidamente por todo o mundo. Depois, houve o período de perseguição no Império Romano, desde o final do primeiro século até o início do quarto século conforme descrito na cena do segundo selo. O terceiro selo aponta para o período de transigência do quarto e quinto séculos, caracterizados por uma fome espiritual da Bíblia, que levou à “Idade das Trevas”. O quarto selo descreve apropriadamente a morte espiritual que caracterizou o cristianismo por aproximadamente mil anos.
6. Leia Apocalipse 6:9, 10. O que ocorre nesses versos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O diálogo das almas desencarnadas que foram direto para o Céu.
B. ( ) Debaixo do altar, os mortos por causa da Palavra clamam simbolicamente ao Senhor por justiça sobre os habitantes da Terra.
A palavra alma na Bíblia denota a pessoa completa (Gn 2:7). O martírio do fiel e perseguido povo de Deus foi retratado aqui em termos do sangue sacrifical derramado na base do altar do sacrifício no santuário terrestre (Êx 29:12; Lv 4:7). O povo de Deus tem sofrido injustiça e morte por sua fidelidade ao evangelho. Ele clama a Deus, pedindo-Lhe que intervenha e o vingue. Esses textos tratam da injustiça cometida aqui na Terra; eles não falam sobre o estado dos mortos. Afinal, essas pessoas não parecem estar desfrutando a alegria do Céu.
7. Leia Apocalipse 6:11, Deuteronômio 32:43 e Salmo 79:10. Qual foi a resposta do Céu às orações do mártires?_______________________________________________________________________________________________
Os santos mártires receberam vestes brancas que representam a justiça de Cristo, o que levou à sua vindicação – Sua dádiva àqueles que aceitam Sua oferta de graça (Ap 3:5; 19:8). Em seguida, eles foram informados de que teriam que repousar até que se completasse o número de seus irmãos, que passariam por uma experiência semelhante. É importante notar que o texto grego de Apocalipse 6:11 não tem a palavra número. O Apocalipse não fala de um número de santos martirizados a ser alcançado antes do retorno de Cristo, mas da plenitude em relação ao seu caráter. O povo de Deus se torna pleno e perfeito pelo manto da justiça de Cristo, e não pelo seu próprio mérito (Ap 7:9, 10). Os santos mártires não serão ressuscitados nem vindicados até a segunda vinda de Cristo e o início do milênio (Ap 20:4).
A cena do quinto selo se aplica historicamente ao período anterior e posterior à Reforma, durante o qual milhões de pessoas foram martirizadas por causa de sua fidelidade (Mt 24:21). Ela também evoca a experiência do povo sofredor de Deus ao longo da história, desde o tempo de Abel (Gn 4:10) até o dia em que Deus finalmente vingará “o sangue dos Seus servos” (Ap 19:2).
No quinto selo, vemos o povo de Deus sofrendo injustiça neste mundo hostil e clamando pela intervenção do Senhor em seu favor. Chegou a hora de Deus intervir em resposta às orações de Seu povo.
8. Leia Apocalipse 6:12-14, Mateus 24:29, 30 e 2 Tessalonicenses 1:7-10.
O que é revelado nessas passagens?_______________________________________________________________________________________________
Os últimos três sinais do sexto selo foram aqueles preditos por Jesus em Mateus 24:29, 30. Eles deveriam ocorrer perto do fim da “grande tribulação” (Ap 7:14), em 1798, como precursores do segundo advento de Cristo. Como no caso da profecia de Cristo em Mateus 24, o Sol, a Lua, as “estrelas” (meteoros) e o Céu são literais nesse verso. O uso da palavra “como” apresenta uma imagem de uma coisa ou acontecimento real – o Sol se tornou preto como saco de crina, a Lua se tornou como sangue, e as estrelas caíram sobre a Terra como quando uma figueira deixa cair seus figos verdes. Os cristãos do mundo ocidental reconheceram o cumprimento das palavras de Jesus na sequência de cada um destes sinais: o terremoto de Lisboa, em 1755; o dia escuro de 19 de maio de 1780, vivido no leste de Nova York e no sul da Nova Inglaterra; e a espetacular chuva de meteoros no oceano Atlântico, em 13 de novembro de 1833. O cumprimento dessa profecia (Ap 6:12-14) levou a uma série de reavivamentos e à conclusão de que a vinda de Cristo estava se aproximando.
Leia Apocalipse 6:15 a 17. Leia também Isaías 2:19, Oseias 10:8 e Lucas 23:30. As cenas retratam pessoas, de todas camadas sociais, apavoradas, tentando se esconder do terror do cataclismo na vinda de Cristo. Elas pedem que as rochas e montanhas caiam sobre si a fim de se esconderem “da face Daquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro” (Ap 6:16). Chegou o momento para a administração da justiça, enquanto Cristo vem “para ser glorificado nos Seus santos” (2Ts 1:10). O fim dos perversos está descrito em Apocalipse 19:17 a 21.
A cena termina com a pergunta retórica dos ímpios aterrorizados: “É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6:17, ARC; veja também Na 1:6; Ml 3:2). A resposta a essa pergunta é apresentada em Apocalipse 7:4: o povo selado de Deus poderá subsistir naquele dia.
Leia o capítulo “A Necessidade do Mundo”, do livro Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, de Ellen G. White, p. 457-460.
A visão da abertura dos sete selos indica, simbolicamente, o cuidado e a disciplina de Deus para com Seu povo na Terra. Como destacou Kenneth A. Strand: “Há, nas Escrituras, a certeza do cuidado constante de Deus para com Seu povo: na própria História Ele esteve sempre presente para sustentá-lo e, no grande desfecho escatológico, Ele lhe dará plena vindicação e uma recompensa incompreensivelmente generosa na vida eterna. O livro do Apocalipse retoma e expande de maneira bela esse mesmo tema e, portanto, ele não é, de nenhuma forma, um tipo de apocalipse fora de sintonia com a literatura bíblica em geral. Ele comunica o próprio cerne e substância da mensagem bíblica. De fato, conforme o Apocalipse ressalta enfaticamente, “Aquele que vive”, que venceu a morte e a sepultura (Ap 1:18), jamais abandonará Seus fiéis seguidores e, mesmo quando eles sofrerem o martírio, serão vitoriosos (Ap 12:11), tendo a “coroa da vida” à sua espera (veja Ap 2:10; 21:1-4; 22:4)” (Kenneth A. Strand, “The Seven Heads: Do They Represent Roman Emperors?”, em Symposium on Revelation, livro 2, Daniel and Revelation Committee Series. Silver Spring, Md.: Biblical Research Institute, 1992, v. 7, p. 206).
Perguntas para discussão
1. Quais lições valiosas você aprendeu com a cena da abertura dos sete selos? Não importa quanto as coisas sejam ruins na Terra, Deus ainda é soberano e, em última análise, todas as promessas que temos em Cristo serão cumpridas. Você crê nessas promessas?
2. Reflita sobre a seguinte declaração: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9). Pense em sua igreja. Ela poderia ser mais fiel para alcançar as pessoas com a mensagem do evangelho?
3. Quem pode suportar o dia da vinda do Senhor, e por que essas pessoas podem suportar? Como devemos viver hoje a fim de estar preparados para o dia da Sua vinda?
Respostas e atividades da semana:
1. Os quatro selos representam o que ocorreria com o povo de Deus ao longo da História e os juízos do Senhor, caso não se lembrassem de Sua aliança com eles.
2. Comente com a classe.
3. Comente com a classe.
4. Amarelo- morte – inferno – espada – fome.
5. O tempo da abertura dos quatro primeiros selos corresponde ao tempo retratado nas igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, sendo que o primeiro selo e a igreja de Éfeso representam a explosão do evangelho no século I; o segundo selo e a igreja em Esmirna representam o período de letargia dos cristãos; o terceiro selo e a igreja de Pérgamo representam os cristãos no período posterior a 313 d.C.; o quarto selo e a igreja de Tiatira representam o período das trevas da Idade Média.
6. B.
7. Eles receberam uma vestidura branca e lhes disseram que repousassem por pouco tempo até que se completasse o número de seus irmãos que também seriam mortos como eles tinham sido.
8. O Cordeiro abriu o sexto selo e houve sinais no Céu.
RESUMO DA LIÇÃO 5 – Os sete selos
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 5:5, 6
FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 6 descreve os eventos que ocorrem quando o Cordeiro abre os primeiros seis selos.
INTRODUÇÃO: O capítulo 6 retrata os seis primeiros selos. Essas cenas aparecem logo após a visão da sala do trono celestial no capítulo 5.
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. Os quatro cavaleiros retratam o avanço do evangelho e as consequências de sua rejeição (Ap 6:1-8).
Essa interpretação depende da identidade do cavalo branco e de seu cavaleiro (Ap 6:1, 2 [ver tema 1 na seção Comentário]).
II. O contexto básico dos quatro cavalos no Antigo Testamento envolve as maldições da aliança.
A aliança do Antigo Testamento, com suas bênçãos e maldições, é empregada no capítulo 6 como uma metáfora do evangelho.
III. Os juízos retratados em Apocalipse 6 afetam o povo de Deus.
A base para isso está nas promessas e ameaças da aliança apresentadas a Israel em Levítico 26 e Deuteronômio 32.
IV. A passagem que fala sobre as almas “debaixo do altar” não aborda o estado dos mortos.
O quinto selo (Ap 6:9-11) tem sido frequentemente usado para sustentar a consciência após a morte.
V. A leitura adventista do sexto selo apoia-se no texto.
Uma leitura atenta de Apocalipse 6:12-14 indica tanto um movimento no tempo quanto um significado literal de Sol, Lua e estrelas.
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Os alunos são convidados a explorar a relevância da interpretação historicista de Apocalipse 6:12-14 e a resposta à pergunta de Apocalipse 6:17.
PARTE II: COMENTÁRIO
Apocalipse 6 é claramente fundamentado no capítulo 5. O capítulo se inicia com “e” (em grego, kai eidon: “e vi”), indicando uma conexão com o que precede. No final do capítulo 5, o Cordeiro está segurando o livro (Ap 5:7, 8) e recebendo a adoração da hoste celestial (Ap 5:12-14). Ambos os capítulos começam com João dizendo “vi” (Ap 5:1; 6:1). Ao continuar olhando, João vê o Cordeiro abrindo selo após selo (Ap 6:1, 3, 5, 7, 9, 12).
Os eventos que ocorrem à medida que cada selo é aberto não são o conteúdo do livro. Todos os sete selos precisam ser rompidos antes que o livro possa ser desenrolado e seu conteúdo seja visto (veja Ap 6:14).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 5:
I. Os quatro cavaleiros (Ap 6:1-8) retratam o avanço do evangelho e as consequências de sua rejeição.
Essa interpretação depende da identidade do cavalo branco e seu cavaleiro (Ap 6:1, 2). Com exceção deste, todos os cavalos produzem aflições. Branco no Apocalipse sempre representa Cristo ou Seu povo. A coroa (grego: stephanos) usada pelo cavaleiro é a coroa da vitória. Com apenas uma exceção (Ap 9:7), esse tipo de coroa está sempre associado a Cristo e/ou a Seu povo no Novo Testamento. Nos cinco primeiros capítulos do Apocalipse, a palavra vencedor (em grego: nikôn, nikêsêi) também se refere constantemente a Cristo e a Seu povo (ver, por exemplo, Ap 3:21). Está claro que o cavaleiro no cavalo branco em Apocalipse 19 é Cristo, “o Verbo de Deus” (Ap 19:13), e esse cavaleiro corresponde ao de Apocalipse 6.
É evidente que o conceito de contrafações é um tema importante no Apocalipse, mas quando elas ocorrem estão sempre expostas como tais ao leitor. Por outro lado, em Apocalipse 6:1, 2 não há indício do mal. Embora o cavaleiro no cavalo branco em Apocalipse 19 use a coroa real (em grego: diadema), e não a coroa da vitória, a diferença é explicável pelos diferentes estágios do conflito. Apocalipse 6 representa a igreja militante, enquanto Apocalipse 19 representa a igreja triunfante. O foco dos quatro cavaleiros parece ser a vitória de Cristo e o avanço do evangelho e da resistência a este.
II. O contexto básico dos quatro cavalos no Antigo Testamento envolve as maldições da aliança.
O tema principal de Apocalipse 4 e 5 é a adoração a Deus como Criador e a dignidade do Cordeiro para aplicar Sua mediação celestial a fim de combater as ameaças na Terra ao reino de Deus. O tema de Apocalipse 6 é as maldições da aliança. A palavra “maldição” aqui não é profanação; antes, expressa as consequências da desobediência (Lv 26:21-26; Dt 32:23-25, 41-43; Ez 14:12-21). No Antigo Testamento, essas maldições eram espada, fome, pestilência e animais selvagens. Com frequência, as maldições eram sete (Lv 26:21, 24) e, na visão de Zacarias, foram executadas por quatro cavalos de cores diferentes (Zc 1:8-17, 6:1-8). No Antigo Testamento, a aliança era entre Deus e Israel. Suas bênçãos e maldições eram derramadas de maneira literal sobre a nação. No Novo Testamento, a fidelidade à aliança de Israel é determinada em relação a Cristo. Os fiéis a Cristo são abençoados (Jo 12:32; At 13:32, 33; 2Co 1:20), e aqueles que O rejeitam sofrerão a maldição da morte e a destruição eterna (Mt 25:41).
III. Os julgamentos retratados em Apocalipse 6 afetam o povo de Deus.
Apocalipse 6 fundamenta-se nas promessas da aliança e ameaças feitas a Israel em Levítico 26 e Deuteronômio 32. Enquanto os juízos das sete trombetas recaem sobre todos os ímpios (Ap 9:4, 20, 21), os juízos dos sete selos caem mais especificamente sobre o povo de Deus infiel. O reino de Satanás tem três partes em Apocalipse (Ap 16:13, 19), e os juízos das trombetas caem em diferentes regiões da Terra (Ap 8:7-12).
IV. A passagem sobre as almas debaixo do altar (Ap 6:9-11) não aborda o estado dos mortos.
Alguns leitores supõem que as almas debaixo do altar representam a consciência sem corpo após a morte. Se considerado de forma literal, o significado desse versículo seria contrário à ressurreição corporal (1Co 15:42-44, 53) e ao ensino de Gênesis 2:7, que vê a alma como como um todo, bem como Eclesiastes 9:5, que indica que não há consciência após a morte. Mas o texto do Apocalipse é claramente simbólico, ecoando a história de Caim e Abel (Gn 4:10, 11) e o altar do holocausto no santuário hebraico, que é o único objeto no santuário onde tudo acontece à sua base (Lv 5:9). As “almas” debaixo do altar não estão em um estado desencarnado no Céu. O altar do holocausto representa a cruz de Cristo e a perseguição dos crentes, coisas que acontecem na Terra, e os mártires só voltam à vida no início do milênio (Ap 20:4). Como foi o caso do sangue de Abel, os mártires são representados como estando na Terra, não no Céu. O clamor do sangue é uma forma metafórica de dizer que o que se fez a eles é mantido em memória por Deus até sua ressurreição na segunda vinda de Jesus (1Ts 4:16).
V. A interpretação historicista do sexto selo apoia-se no texto.
No livro O Grande Conflito e outros trabalhos pioneiros adventistas do sétimo dia, Apocalipse 6:12-14 é aplicado a eventos de um passado relativamente recente. O texto descreve dois terremotos separados por uma série de sinais celestes. A profecia do primeiro terremoto foi cumprida no terremoto de Lisboa ocorrido em 1755, que foi seguido pelo escurecimento do Sol, pelo fenômeno da Lua que se tornou vermelha como sangue em 1780, e pela queda das estrelas em 1833. A completa perturbação do céu e da superfície do planeta era vista como ainda futura. Sobre esse modo de ler Apocalipse 6:12-14, surgem duas perguntas razoáveis: (1) Toda a passagem é orientada pela frase de abertura: “Quando o Cordeiro abriu o sexto selo”. Portanto, a leitura gramatical mais natural é que todos os eventos na passagem ocorrem ao mesmo tempo, não separados por décadas. (2) Os terremotos, o Sol, a Lua e as estrelas devem ser tomados de forma literal, ou são símbolos de algum tipo de problema espiritual? Ambas as objeções podem ser respondidas por meio da observação atenta do texto grego. Primeiro, o terremoto no versículo 12 não ocorre ao mesmo tempo em que o do versículo 14. O terremoto no versículo 12 (“grande terremoto”; grego: sêmei megas) é paralelo ao terremoto de Apocalipse 11:13 (“grande terremoto"; grego: seismos megas). Esse terremoto ocorre antes do fim da provação (o que acontece no começo da sétima trombeta; ver Ap 10:7). Por outro lado, o movimento de todos os montes e ilhas (Ap 6:14) é paralelo a Apocalipse 16:20, bem depois do fim da provação. Portanto, se os dois terremotos são separados por um período de tempo indeterminado, é razoável que os outros eventos de Apocalipse 6:12-14 também possam se cumprir em momentos diferentes. Segundo, há três conjunções “como” (em grego: h?s) nos versículos 12 a 14. Em grego, essa conjunção regularmente introduz simbolismo, que funciona melhor quando o que vem antes do h?s é literal. Assim, o Sol real tornou-se negro “como” saco de crina, e a Lua tornou-se “como” sangue. As descrições são simbólicas, mas os corpos celestes são reais.
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Os adventistas do sétimo dia entenderam que Apocalipse 6:12-14 falava sobre o terremoto de Lisboa ocorrido em 1755, o dia escuro de 1780 e a queda das estrelas em 1833 – quase 100 anos de história. Como uma comparação com Mateus 24 ajuda ou prejudica essa interpretação? Qual é a recompensa espiritual de uma interpretação historicista do sexto selo? Algumas traduções de Mateus 24:30 (“Então” [nesse tempo]) começam associando todos os sinais celestes à segunda vinda de Jesus, que ainda é futura. Mas o grego simplesmente tem “e” (kai), portanto o texto original é tão aberto quanto Apocalipse 6:12-14 se mostrou. Mateus 24 apoia a interpretação historicista de Apocalipse 6. A visão historicista da profecia nos asseguram que (1) Deus está no controle da história, (2) Sua missão para o tempo do fim e para Seu povo do tempo do fim é clara, e (3) Ele Se importa profundamente com Seu povo, vingando os mártires (Ap 6:11), e protege o maior número possível de pessoas no caos satânico, pouco antes do retorno de Jesus (Ap 7:1-3).
2. A conclusão do capítulo 6 faz a pergunta: “Quem é que pode suster-se?” (Ap 6:17). Qual é a resposta bíblica para essa pergunta, e que relevância tem a resposta para hoje? Deus tem um povo que será capaz de suportar os últimos dias, quando a desordem na Terra atingirá seu ponto máximo. Assim como Jesus enfrentou Seus últimos dias antes do Calvário, os seguidores de Cristo serão igualmente dedicados ao seu chamado. Hoje todos nós devemos nos preparar para esse momento importante. Na próxima semana, discutiremos mais sobre esse assunto.
Armados pela Bíblia
Moisés ingressou no exército de Moçambique depois de ter sido reprovado na escola, e seu pai alimentava a esperança de que o serviço militar o afastasse das bebidas alcóolicas e das drogas. Foi justamente no refeitório do exército que Moisés conheceu Alfredo, um membro da igreja adventista. O estilo de vida, gentil e altruísta, do novo amigo impressionou Moisés. Alfredo prestava muita atenção ao que comia, recusando-se a comer carnes de animais considerados impuros pela Bíblia. Logo Moisés percebeu que as preferências do amigo não abrangiam só a cadeia alimentar. “Cada vez que eles preparavam certo tipo de peixe eu sabia que ele o daria para mim”, conta Moisés. “Ele era muito bondoso!”
Após jantarem juntos por duas semanas, Moisés foi transferido para o treinamento da polícia militar. Não quartel, ele foi colocado ao lado de um soldado que guardava uma Bíblia na cama. Quando Moisés acordava, via a Bíblia. Quando ia para a cama, lá estava a Bíblia. Isso chegou a incomodá-lo; afinal, ele pensava que a Bíblia era coisa de pastores e pessoas idosas, não para jovens como ele.
Certo dia, Moisés perguntou ao soldado a razão pela qual ele tinha uma Bíblia. “Sou cristão”, o jovem respondeu. “Você acredita em Deus?”, Moisés perguntou. O soldado confirmou, citando João 3:16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eternal.” Moisés, então, pediu que lhe emprestasse a Bíblia. Enquanto a lia, começou a acreditar em Deus. Seu pai ficou muito feliz o presenteou com uma Bíblia Sagrada.
Quando o treinamento terminou, ele voltou à sua unidade militar para trabalhar como policial. Ao voltar àquela unidade, um soldado que guardava o domingo viu Moisés ler a Bíblia e comentou: “Conheço um grupo que estuda a Bíblia diariamente às 18 horas. Se desejar, posso levar você.” Naquela noite, Moisés acompanhou o soldado até o grupo de estudos da Bíblia, mas saiu confuso. Percebendo a confusão do amigo, o soldado disse: “Percebi que você está confuso. Conheço outro grupo que se reúne as 18 horas. Também posso levar você, mas não gosto deles.” “Por que você não gosta deles?”, Moisés perguntou. “Porque eles falam sobre minha igreja”, o soldado respondeu.
Na noite seguinte, Moisés participou do grupo de estudos bíblicos adventista. Ele ficou impressionado ao descobrir que o líder do grupo, que também se chamava Moisés, foi batizado depois de ter estudado a Bíblia com Alfredo, o amigo que compartilhava alimento no refeitório. O estudo bíblico daquela noite se concentrou em Malaquias 3:8: “Roubará o homem a Deus? Todavia vocês Me roubam, e dizem: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.”
Moisés nunca havia entregado o dízimo e aquelas palavras feriram o seu coração. Ele retornou na noite seguinte e conheceu a igreja adventista. Naquela noite, ao deitar na cama, ele chorou. Um colega policial notou seu soluço. “Quem bateu em você?”, perguntou. “Vamos nos vingar!” O que o oficial não sabia era que Moisés foi atingido não por uma pessoa, mas pela Palavra de Deus.
No sábado seguinte, Moisés juntou-se aos novos amigos em uma caminhada de 14 quilômetros até a igreja adventista mais próxima, entregou o dízimo pela primeira vez, continuou participando dos cultos e foi batizado aos 22 anos, dois anos após se alistar no serviço militar. Após o serviço militar, Moisés trabalhou na força policial, mas saiu devido os conflitos com o sábado. Em seguida, trabalhou como colportor antes de se matricular na Universidade Adventista de Moçambique. Atualmente, Moisés tem 32 anos e está no terceiro ano de teologia. “Meu pai me enviou ao serviço militar com o objetivo de mudar meu comportamento”, disse. “Mas sei que Deus tinha um plano maior. Ele desejava que me tornasse cristão.”
Parte da oferta deste trimestre ajudará na expansão da Universidade Adventista de Moçambique, onde Moisés estuda. Além disso, parte da oferta será usada na doação de Bíblias para as crianças em Moçambique cujos pais não podem comprar. Agradecemos por sua oferta.
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2019
Tema Geral: O livro do Apocalipse
Lição 5: 26 de janeiro a 2 de fevereiro
“Os sete selos”
Autor: Érico Tadeu Xavier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
A cena introdutória do santuário (Ap 4 e 5) é uma descrição da entronização de Cristo e a inauguração do ministério de Cristo no santuário celestial em 31 d.C. Esse evento se tornou possível por Sua vitória na cruz. O capítulo 6 retrata as consequências sobre a Terra desde aquele tempo até a segunda vinda de Cristo.
A profecia dos sete selos (Ap 6:1 a 8:1) não somente delineia o declínio espiritual da igreja no decorrer da História, mas também a atitude de Deus diante dessa situação. O Senhor tem, misericordiosamente, enviado mensagens à Terra para conduzir Seu povo de volta aos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.
Um paralelo entre os 7 Selos e as 7 Igrejas
Nota: O capítulo 7 é um parêntese, pois interrompe a abertura dos selos para mostrar que Deus tem um povo verdadeiro, que conseguiria resistir aos terrores retratados no capítulo 6:17. Então a visão volta para a abertura dos selos.
1. Os quatro primeiros selos
A IASD entende que os cavalos e os cavaleiros retratados nos quatro primeiros selos representam a igreja em suas várias etapas de desenvolvimento e declínio.
Primeiro selo (Ap 6:1, 2) – O cavalo branco e seu cavaleiro com um arco e uma coroa saem “vencendo e para vencer”. Simbolicamente, isso descreve a igreja em sua condição inicial de pureza quando, sob a liderança do Senhor ressurreto, ela levou o evangelho avante, a despeito da oposição dos poderes pagãos.
Segundo selo (Ap 6:3, 4) – O cavalo vermelho com o cavaleiro que carrega uma espada para tirar vidas humanas simboliza a perda da pureza espiritual na igreja do período pós-apostólico. Cristãos apóstatas procuraram impor suas ideias aos outros pela conquista militar e perseguição religiosa, e não pela persuasão pacífica.
Terceiro selo (Ap 6:5, 6) – O cavalo preto com o cavaleiro que tem na mão uma balança representa a igreja do começo da Idade Média, a qual se afastou da revelada vontade de Deus. A igreja adotou os métodos do mundo para levar avante sua missão, ocasionando um período de intensa fome espiritual.
Quarto selo (Ap 7 e 8) – O cavalo amarelo, cujo cavaleiro se chama “Morte e Hades”, representa a igreja da Idade Média. A fome espiritual resultou em morte espiritual. A igreja se afastou tanto do amor e humildade de Jesus que deixou de ser Sua igreja. Cristãos apóstatas perseguiram os cristãos fiéis. A morte e o inferno representam a sentença divina sobre a igreja apóstata.
2. Os três últimos selos
Quinto selo (Ap 6:9-11) – As almas debaixo do altar. Em simbolismo profético, João viu os mártires que tinham dado a vida por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo.
Especialmente aqueles que foram martirizados nos períodos da pré-Reforma e da Reforma; mas se aplica aos mártires de todas as épocas, incluindo a nossa. O julgamento dos justos mortos não ocorreu no primeiro século d.C. Os mártires também não foram julgados por ocasião de sua morte. O clamor deles exclui essas possibilidades. Muitos deles já estavam na sepultura havia séculos. Seu clamor simbólico era: "Até quando [...] não julgas?" (Ap 6:10). Além disso, foi-lhes ordenado que "repousassem ainda por pouco tempo" (verso 11). Eles seriam ressuscitados dentre os mortos depois de permanecerem "um pouco mais" na sepultura. (Ver 1 Tessalonicenses 4:16-18.) O segundo advento de Jesus ocorreria pouco tempo depois que Deus realizasse o julgamento em favor dos fiéis que haviam sido mortos por causa de sua fé. O clamor dos mártires denota que há um juízo investigativo que precede o segundo advento. Nesse juízo eles finalmente serão vindicados.
A maioria das traduções de Apocalipse 6:11 parecem indicar que os mártires não poderão ser ressuscitados até que se complete certo número de pessoas que tenham sido mortas por sua fé. No entanto, o texto grego de Apocalipse 6:11 diz simplesmente: "E a cada um deles foi dada uma veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que seus conservos e seus irmãos, que estão prestes a ser mortos como eles o foram, também sejam completados (ou aperfeiçoados)." O verbo grego para "sejam completados" não denota necessariamente a completação de determinado número de mártires. A ideia de completar um número não é característica do uso desse verbo no Antigo nem no Novo Testamento em grego. A ideia é: “até que sejam aperfeiçoados”. Ellen White assim entendeu: "Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-lo como Seu" (Parábolas de Jesus, p. 69). "O caráter piedoso desse profeta representa o estado de santidade que deve ser alcançado por aqueles que hão de ser ‘comprados da Terra’ (Ap 14:3), por ocasião do segundo advento de Cristo" (Patriarcas e Profetas, p. 88, 89).
Sexto selo (Ap 6:12-17) – Sinais do fim. A abertura do sexto selo revela uma série de acontecimentos que assinalam o começo do fim. “O Dia do Senhor" nas profecias do Antigo Testamento é o dia em que Deus vindicará o Seu nome na Terra. Será um dia de luz para os Justos, mas de trevas para os ímpios. (Ver Isaías 13:9, 10; Joel 2:1, 2; Amós 5:18-20.)
Grande Terremoto. Trata-se do terremoto de Lisboa, em 1º de novembro 1755. Há também um paralelo, nos últimos dias, com o terremoto de que fala Apocalipse 16:18. (Ver O Grande Conflito, p. 304.)
O Sol se tornou negro: Esse sinal representa o dia escuro de 19 de maio de 1780.
A queda das estrelas: A grande chuva de meteoros em 13 de novembro de 1833.
O grande dia: O dia do juízo de Deus, especialmente a segunda vinda de Cristo.
A primeira parte (versos 12 e 13) já se cumpriu. A segunda parte (versos 14 a 17) se cumprirá por ocasião da vinda de Cristo pela segunda vez.
Sétimo selo (Ap 8:1) – O segundo advento. O sexto selo apresenta os eventos correlacionados com a segunda vinda de Cristo. O sétimo selo, naturalmente se refere a esse evento, ou seja, a vinda do Senhor. Quando Ele vier, todos os anjos O acompanharão (Mt 25:31); segue-se necessariamente silêncio no Céu durante a ausência deles. Meia hora de tempo profético deverá ser sete dias, o tempo entre a volta de Jesus e o retorno aos Céus.
Conclusão – O capítulo 7 de Apocalipse termina com o povo de Deus na sala do trono. Portanto, os selos do capítulo 6 retratam eventos na Terra desde a cruz até a segunda vinda, com foco particular no evangelho e na experiência do povo de Deus.
Conheça o autor do comentário: Érico Tadeu Xavier é graduado em Teologia Pastoral (1991). Tem mestrado (2000) pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia; Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011); Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE – Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na Bolívia e na Bahia, na FADBA. Atualmente é professor de teologia sistemática no SALT – IAP. Autor de 11 livros, é casado com a psicopedagoga e mestre em educação Noemi, com que tem dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.