A lição desta semana começa com uma breve história de Marcos 12, em que Jesus fez uma declaração profunda sobre a ação de uma viúva. A parte principal da lição, no entanto, trata de Marcos 13, uma profecia sobre o destino do templo de Jerusalém e a segunda vinda de Cristo. Esse capítulo, juntamente com Mateus 24 e Lucas 21, fala sobre a queda de Jerusalém e eventos que se desenrolariam até o fim do mundo.
Marcos 13 deixa claro que o cumprimento das profecias vai do tempo do profeta que a fez (nesse caso, Jesus) até o tempo do fim, concluindo com a segunda vinda de Cristo. Esse padrão segue o que é conhecido como “interpretação historicista” das profecias a respeito do fim. Isso está em oposição às tentativas de situar o cumprimento dessas profecias exclusivamente no passado ou no futuro.
Como muitos ensinos de Jesus registrados em Marcos, a instrução do Senhor é uma resposta a uma pergunta ou mal-entendido por parte dos Seus discípulos, que deu a Jesus a oportunidade de ensinar verdades essenciais para a vida e a experiência cristã. Jesus não apenas predisse o futuro, mas também instruiu Seus discípulos, tanto daquela época quanto de hoje, a se prepararem para as provações que virão.
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1. Quanto foi a oferta da viúva, e o que Jesus disse sobre isso? Mc 12:41-44
O templo de Jerusalém era uma bela estrutura. O monte do templo dominava a vista da cidade, e as gigantescas pedras usadas em sua construção são uma maravilha até hoje, algumas delas pesando centenas de toneladas. A remodelação e expansão do templo e do monte do templo começaram no reinado de Herodes, o Grande, por volta de 20 a.C., mas a construção e o embelezamento da estrutura continuaram até a década de 60 d.C.
Muitos levavam grandes ofertas para depositar em um dos 13 baús localizados no Pátio das Mulheres, próximo ao templo. Era lá que Jesus estava sentado quando viu uma viúva se aproximar e colocar duas moedinhas de cobre (dois leptos). Isso era o equivalente a 1/32 de um denário, o salário habitual de um diarista. Portanto, a oferta da mulher foi bem pequena.
Jesus, porém, ficou impressionado com a oferta dela. Pessoas ricas depositavam grandes somas, mas Ele não comentou a respeito dessas doações. Contudo, a oferta da viúva despertou o elogio de Jesus, que disse que ela havia doado mais do que todos os outros. Como isso era possível? Jesus observou que eles deram de sua abundância, mas ela de sua pobreza. Eles ainda tinham muito; ela deu todo o seu sustento, o que tornou extravagante a sua dádiva, embora seu valor monetário fosse minúsculo.
Essa história contém uma lição profunda sobre a gestão de recursos. Doar à causa de Deus não depende das ações dos líderes para ter validade. A liderança religiosa do templo era corrupta, mas, apesar disso, Jesus não ensinou que as ofertas poderiam ser retidas. Se já houve líderes religiosos corruptos, os daquela época estavam entre os piores (pense em Caifás e Anás). E Jesus também sabia disso.
É verdade que os líderes têm a responsabilidade sagrada de usar os recursos de acordo com a vontade de Deus, mas, mesmo que não o façam, aqueles que doam à Sua causa ainda são abençoados em suas doações, como foi aquela mulher.
Por outro lado, reter dízimos ou ofertas quando os líderes cometem equívocos significa que estamos vinculando a doação às ações deles, em vez de entregar em agradecimento a Deus. Por mais tentador que seja fazer isso, está errado.
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Como vimos, o templo era uma estrutura surpreendente. Flávio Josefo, que viveu na época dos apóstolos, observou que o Pórtico Real, localizado no lado sul do complexo, tinha 162 pilares, cada um dos quais precisava de três homens de mãos dadas para envolvê-lo (Antiguidades, 15.11.5). Mas Jesus disse que tudo aquilo seria destruído. Tal profecia a respeito daquela estrutura soaria ao ouvinte como o fim do mundo.
“Quando a atenção de Cristo foi levada à magnificência do templo, que pensamentos não expressos devem ter passado pela mente daquele Rejeitado?! A visão que tinha perante Si era realmente bela, mas Ele disse com tristeza: ‘Eu vejo tudo isso. Os edifícios são realmente maravilhosos. Vocês apontam para essas paredes como sendo aparentemente indestrutíveis, mas escutem as Minhas palavras: virá o dia em que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada’” (Mt 24:2; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021), p. 503).
Os discípulos queriam saber quando se cumpriria a predição de Jesus. Pedro, Tiago, João e André perguntaram a Cristo qual seria o tempo em que todas essas coisas aconteceriam e qual seria o sinal quando estivessem para acontecer (Mc 13:4).
Em Marcos 13:5 a 13, é surpreendente que Jesus não passou a maior parte do tempo descrevendo a queda de Jerusalém, mas alertando os discípulos sobre o que poderiam esperar no ministério deles de estabelecer a igreja cristã. Não seria fácil.
Os seguidores de Cristo seriam perseguidos e julgados, e alguns seriam mortos. Mas, em meio a tudo isso, Jesus indicou que ainda não seria a hora. Eles não deviam ser enganados por conflitos. Além disso, o Espírito Santo lhes daria as palavras para falar na hora certa, mesmo quando a família e os amigos os abandonassem.
A conclusão dessas palavras introdutórias da profecia de Jesus é que o povo de Deus não deve temer turbulências e provações. Eles devem ficar vigilantes porque o Espírito de Deus os guiará em meio às dificuldades.
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3. Leia Marcos 13:14-18. Que indícios Jesus deu do que é o “abominável da desolação”?
Em Marcos 13:14, Jesus chegou ao ponto central sobre a queda de Jerusalém: Ele Se referiu ao “abominável da desolação”. O Senhor disse que o leitor deveria entender. Com essas palavras, Ele estava apontando aos discípulos o livro de Daniel. Essa expressão ocorre em Daniel 9:27; 11:31 e 12:11, com paralelo em Daniel 8:13.
4. Quem é o “Ungido” e quem é “o príncipe que há de vir”? Dn 9:26, 27
A palavra “Ungido”, em Daniel 9:26, é traduzida do hebraico m?šiah., de onde vem o termo Messias. Em um estudo atento de Daniel 9:24-27, fica claro que esse Ungido é Jesus Cristo em Sua primeira vinda.
Mas quem é “o príncipe que há de vir”, que traria desolação a Jerusalém? A cidade foi destruída pelo general romano Tito no ano 70 d.C. Assim, parece lógico que ele seja “o príncipe que há de vir”, mencionado em Daniel 9:26 e 27. As duas pessoas estão ligadas porque a forma como o Messias foi tratado levou à ruína da cidade.
E o que é esse “abominável da desolação” de que Jesus falou, referindo-Se a Daniel? Infelizmente, muitos acreditam que esse termo se refira à profanação do templo feita pelo rei Antíoco Epifânio no 2o século a.C. Mas isso não se harmoniza com o ensino bíblico. Jesus descreveu o “abominável da desolação” como algo que ocorreria depois de Sua morte; por isso, não poderia se tratar de algo que acontecera dois séculos antes de Seu ministério terreno.
Em vez disso, o abominável da desolação provavelmente se refira à colocação dos estandartes romanos em Israel durante o cerco de Jerusalém no fim da década de 60 d.C. Esse foi o sinal para a fuga dos cristãos da cidade, o que eles fizeram.
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5. Leia Marcos 13:19. A que esse verso se refere?
Marcos 13:14, com sua predição sobre o abominável da desolação, é uma espécie de ponto de apoio em torno do qual gira o capítulo (ver o estudo de terça-feira). Marcos 13:19 também marca um ponto de transição, pois fala de uma grande tribulação que não teria igual desde a criação do mundo. Seria uma perseguição maior e mais extensa do que a que ocorreu na queda de Jerusalém. O tempo verbal de Marcos 13:19 também muda para o futuro, apontando para eventos ainda mais distantes da época de Jesus.
Assim como Marcos 13:14 nos leva à profecia de Daniel 9, a grande perseguição descrita em Marcos 13:19-23 remete às profecias de Daniel 7 e 8, que predizem que o poder do chifre pequeno perseguiria o povo de Deus por “um tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25). Esse período profético de 1.260 dias simbólicos equivale a 1.260 anos literais (Nm 14:34; Ez 4:6). Ele se estendeu de 538 d.C. até 1798 d.C., ano em que Napoleão enviou seu general para levar o papa cativo. Durante esse período de 1.260 anos, o poder do chifre pequeno perseguiu e matou aqueles que não concordavam com o seu sistema de governo eclesiástico.
6. Que esperança Deus oferece no tempo de perseguição e que advertência Ele dá enquanto esse período chega ao fim? Mc 13:20-23
Marcos 13:20 diz que a perseguição do povo de Deus teria seu tempo diminuído. A perseguição diminuiu após a Reforma Protestante. À medida que o poder do chifre pequeno diminuía, mais pessoas aderiram às reformas espirituais. Mas o poder do chifre pequeno aumentaria novamente, como vemos em Apocalipse 13.
Jesus alertou sobre a ameaça dos falsos cristos e falsos profetas, que surgiriam antes que Ele voltasse. Jesus advertiu Seus seguidores para tomarem cuidado com eles.
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7. Leia Marcos 13:24-32. Que grande evento é descrito nessa passagem?
O evento será a volta de Jesus, antecedida por vários sinais. As profecias do NT apontam para esse evento. Paulo o descreveu (1Ts 4:13-18) ao dizer que os que dormiram em Cristo serão ressuscitados e arrebatados com os vivos para encontrar Jesus nos ares. Ele falou sobre a ressurreição (1Co 15), que ocorrerá na volta de Cristo.
Pedro também descreveu esse grande dia em 2 Pedro 3:3-13, explicando que o Senhor não demora em cumprir Sua promessa, mas deseja que todos se arrependam. O Apocalipse contém descrições vívidas do retorno de Cristo (Ap 1:7; 6:12-17; 14:14-20; 19:11-21). O ensino consistente do NT é que a volta de Cristo será um evento pessoal, literal, visível e audível. Todos O verão quando Ele vier.
No entanto, o que Jesus quer dizer com “esta geração” (Mc 13:30) e “aquele dia” (Mc 13:32)? Essas palavras trazem preocupação a muitas pessoas, porque obviamente a geração a quem Jesus Se dirigiu já morreu há muito tempo.
Várias respostas foram propostas: (1) a palavra “geração” poderia se referir a um grupo étnico, nesse caso os judeus. Isso significaria que os judeus não desapareceriam antes da volta de Cristo; (2) a geração das pessoas que vissem todos os sinais se cumprindo não morreria antes da volta de Cristo.
Uma proposta mais simples é: (3) Jesus ligou a palavra “isto” a “esta geração” (Mc 13:30) e a palavra “aquele” a “aquele dia” (Mc 13:32). Em Marcos 13, as palavras “isto”, “essas coisas” e semelhantes (em grego, houtos, haut?, touto) ocorrem principalmente nos versos 1 a 13 (Mc 13:4, 8), que descrevem os eventos que levaram à destruição de Jerusalém. Por outro lado, a palavra “aquele” (em grego, ekeinos) caracteriza a última parte do capítulo (Mc 13:19, 24), que descreve a volta de Jesus.
Assim, “esta geração” provavelmente se refira à geração do primeiro século, que viu a destruição de Jerusalém, como descreve Marcos 13:30. Contudo, Marcos 13:32 se refere à segunda vinda de Cristo, que estava mais distante do primeiro século. Consequentemente, Marcos 13:32 usa a palavra “aquele dia” para se referir a eventos que estavam mais distantes do primeiro século.
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Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 503-511 (“Sinais da segunda vinda de Cristo”).
Estão acontecendo coisas perturbadoras. As pessoas estão assustadas. Com uma espécie de “rastreamento interno” dos acontecimentos, como usar esses fatos para apontar às pessoas a esperança que temos em Jesus e a promessa de Sua vinda?
“Como não sabemos o tempo exato de Sua vinda, somos advertidos a vigiar. [...] (Lc 12:37). Os que vigiam, à espera da vinda do Senhor, não aguardam de forma ociosa. A expectativa pela vinda de Cristo deve levar as pessoas a temer ao Senhor, bem como Seus juízos contra a transgressão. Deve despertá-las para o grande pecado de rejeitar Sua oferta de misericórdia. Os que aguardam o Senhor purificam o coração pela obediência à verdade. Com a vigilante espera, combinam ativo serviço. [...] Seu zelo é renovado para colaborar com as forças divinas para a salvação de pessoas. Esses são os sábios e fiéis servos que dão ‘o sustento a seu tempo’ (v. 42) à casa do Senhor. Estão declarando a verdade especialmente relevante para este tempo. Como Enoque, Noé, Abraão e Moisés declararam a verdade para seu tempo, assim os servos de Cristo hoje darão a advertência especial para esta geração” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 509).
Perguntas para consideração
- Estamos doando para a obra de Deus do que nos sobra ou estamos ofertando com sacrifício, à semelhança da viúva pobre? Por que isso é importante?
- Por que Deus tem permitido que Seu povo seja perseguido? O tema do grande conflito nos ajuda a entender, de alguma forma, por que existe a perseguição?
- Que sinais da volta de Cristo se destacam no mundo atual?
- Depois que as pessoas morrem, qual será a próxima coisa que verão? Essa ideia não nos mostra que, para cada pessoa, a volta de Cristo está sempre muito próxima?
Respostas e atividades da semana: 1. Ela deu apenas duas moedas de pouco valor, mas Jesus disse que a mulher tinha dado mais do que todos, pois deu tudo o que tinha para sobreviver. 2. Os discípulos perguntaram quando ocorreria o fim de todas as coisas; Jesus apresentou importantes sinais do fim do mundo. 3. A referência a Daniel e as palavras de Jesus sobre a destruição de Jerusalém indicam que o abominável da desolação se refere à colocação dos estandartes romanos em Israel durante o cerco de Jerusalém no fim da década de 60 d.C. 4. Jesus Cristo é o Ungido, o Messias; o príncipe que havia de vir deve ser uma referência ao general Tito, que comandou os exércitos romanos na destruição de Jerusalém, cumprindo a profecia de Jesus. 5. O texto se refere à grande tribulação que atingiria os fiéis ao longo dos séculos. 6. Os dias de perseguição seriam abreviados; o povo de Deus precisaria ter cuidado com os falsos cristos e falsos profetas, com seus enganos sobre a volta de Jesus. 7. A segunda vinda de Jesus e os sinais que a precedem.
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TEXTO-CHAVE: Marcos 13:2-4
FOCO DO ESTUDO: Marcos 13
ESBOÇO
Introdução: Marcos 13 contém a perspectiva de Jesus sobre a escatologia, isto é, os eventos dos últimos dias. A discussão é antecedida por uma pergunta feita pelos discípulos em resposta à declaração de Cristo sobre a destruição do templo de Jerusalém, um evento que eles associaram ao fim do mundo:
“Diga-nos quando essas coisas vão acontecer e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir” (Mc 13:4).
Temas da lição: O tema central do estudo desta semana é o material escatológico de Marcos 13. Buscaremos definir ou examinar o seguinte:
1. O que é escatologia, isto é, uma breve definição de escatologia.
2. A escatologia de Marcos 13, isto é, a análise do seu contexto interno e a perspectiva de Ellen G. White sobre esse tema.
COMENTÁRIO
O que é escatologia
O Eerdmans Dictionary of the Bible [Dicionário Bíblico Eerdmans] afirma que “escatologia (do grego éschatos, ‘último’) diz respeito às expectativas de um fim dos tempos, seja o fim da história, do próprio mundo ou da era presente” (John T. Carroll, “Eschatology”, Eerdmans Dictionary of the Bible [Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2000], p. 420).
Um elemento básico da escatologia bíblica é que ela envolve um cumprimento futuro. Especificamente, há uma declaração preditiva e seu cumprimento posterior. É importante observar que os conceitos bíblicos de “fim dos tempos” e “cumprimento dos tempos” não estão relacionados apenas com a Parousia, isto é, a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo. A escatologia também inclui o cumprimento de um anúncio relativo ao “fim” de uma era ou ao início de uma nova. Esse é o caso de Marcos 1:15, em que o próprio Jesus proclama que “o tempo está cumprido”. Não há dúvida de que o cumprimento mencionado nesse texto está relacionado com a profecia das 70 semanas de Daniel 9:24-27. Outro exemplo de cumprimento escatológico é o caso do abominável da desolação, em Daniel 9, referente à destruição de Jerusalém, como estudaremos a seguir. A escatologia de Marcos 13 inclui uma discussão dessas duas profecias preditivas – as 70 semanas e o abominável da desolação – e seus cumprimentos futuros.
Escatologia de Marcos 13
Antes de analisarmos elementos selecionados da escatologia de Marcos 13, será bastante proveitoso considerar que a escatologia é praticamente uma história antecipada. Ou seja, trata-se de uma garantia de eventos históricos antes que eles aconteçam.
Vamos iniciar considerando uma questão fundamental: por que, na literatura bíblica, existe o gênero da escatologia? Possivelmente porque a escatologia bíblica visa mostrar que o Senhor está no controle da história, que tudo ocorre de acordo com Seus propósitos. Contudo, a escatologia tem um propósito adicional: manter o povo de Deus ciente do cumprimento das profecias divinas, incluindo aquelas relacionadas com a Parousia. Assim informados, os seguidores de Cristo serão influenciados de maneira positiva pelo evento previsto. Portanto, podemos dizer que a escatologia é o evangelho, ou “boas-novas”, sobre o amanhã.
Se eu souber hoje que um grande amigo virá me visitar no próximo mês, aproveitarei essa informação para tomar providências, para preparar a mim e a minha casa a fim de receber esse hóspede da melhor forma possível. Devemos nos preparar da mesma forma para a volta de Jesus.
Observamos também que a ideia da vigilância é enfatizada na escatologia de Marcos. Vários versos tratam desse tema: Marcos 13:9, 23, 28, 33, 35 e 37. Em resumo, podemos dizer que a escatologia é dada com o propósito prático de nos ajudar a ficar alerta.
A primeira discussão escatológica de Marcos 13 se refere às notícias da destruição de Jerusalém e do templo. Como tal, esse evento futuro sinalizou o cumprimento do abominável da desolação, anunciado em Daniel 9. Portanto, a escatologia de Jesus está fundamentada nas profecias bíblicas. Em Marcos, Jesus não anuncia necessariamente um novo acontecimento; em vez disso, Ele está Se referindo ao cumprimento de um tempo determinado. Jesus não apresenta uma data exata para esses eventos, mas fornece sinais. Assim, o abominável da desolação, mencionado em Marcos 13:14, tem cumprimento na destruição de Jerusalém e do templo (Mc 13:2). Tanto o historiador judeu Flávio Josefo quanto Ellen G. White descrevem o trágico fim do templo e da cidade:
“Então Tito retirou-se para a torre de Antônia e resolveu invadir o templo no dia seguinte, de manhã cedo, com todo seu exército, e acampar ao redor da casa sagrada. Mas quanto àquela casa, Deus, com certeza, há muito tempo a tinha condenado ao fogo; e agora aquele dia fatal havia chegado, de acordo com a revolução das eras; era o décimo dia do mês de Lous [calendário greco-macedônico, equivalente ao mês ab do calendário hebraico, que corresponde a julho], quando fora anteriormente queimada pelo rei de Babilônia; embora essas chamas tenham surgido dos próprios judeus e tenham sido ocasionadas por eles; pois, após a retirada de Tito, os rebeldes permaneceram imóveis por um tempo, e então atacaram novamente os romanos, quando aqueles que guardavam a casa sagrada lutaram com aqueles que apagaram o fogo que ardia no pátio interno do templo; mas esses romanos puseram os judeus em fuga e seguiram até a própria casa sagrada. [...] Ora, ao redor do altar jaziam cadáveres amontoados uns sobre os outros, enquanto nos degraus que subiam até ele corria uma grande quantidade de sangue, onde também caíram os cadáveres que haviam sido mortos acima [no altar]” (Flavius Josephus, The New Complete Works of Josephus [Grand Rapids, MI: Kregel, 1999], p. 896).
“Depois da destruição do templo, a cidade inteira logo caiu nas mãos dos romanos. Os chefes dos judeus abandonaram as torres impenetráveis, e Tito as encontrou desertas. Contemplou-as com espanto e declarou que Deus as havia entregado em suas mãos, pois dispositivo algum, por mais poderoso que fosse, poderia ter prevalecido contra aquelas impressionantes fortalezas. Tanto a cidade quanto o templo foram arrasados até os fundamentos, e o terreno em que se erguia a casa sagrada foi remexido como um campo de plantação (Jr 26:18). No cerco e na matança que se seguiram, morreram mais de 1 milhão de pessoas. Os sobreviventes foram levados e vendidos como escravos, arrastados a Roma para abrilhantar a vitória do vencedor, lançados às feras nos anfiteatros ou dispersos por toda a Terra como forasteiros sem lar” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 27).
A cidade amada agora estava em ruínas. Contudo, é importante lembrar que, para ajudar as pessoas a fugir da cidade e, assim, preservar a vida delas, certos acontecimentos anunciaram a destruição que se aproximava. Entre esses sinais estavam os falsos ensinos. Jesus advertiu: “Muitos virão em Meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e enganarão a muitos” (Mc 13:6). Haveria convulsões sociais e políticas, guerras e fome (Mc 13:7, 8), além de perseguição (Mc 13:9, 11-13). Antes do cumprimento do “grande dia”, Jesus enfatizou que era “necessário que primeiro o evangelho [fosse] pregado a todas as nações” (Mc 13:10). Não há dúvida de que aqueles que deram ouvidos aos sinais salvaram a vida da destruição vindoura. Ellen G. White disse que “nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém. Cristo fizera aos Seus discípulos o aviso, e todos os que creram em Suas palavras aguardaram o sinal prometido” (O Grande Conflito, p. 23).
O cumprimento da profecia séculos depois da época de Daniel
“Os judeus haviam rejeitado os apelos do Filho de Deus, e agora as advertências e conselhos insistentes apenas os tornaram mais decididos a resistir até as últimas conse-quências. Os esforços de Tito para salvar o templo foram em vão. Alguém maior do que ele havia declarado que não ficaria pedra sobre pedra” (O Grande Conflito, p. 25).
Na escatologia de Marcos 13, o abominável da desolação se cumpriu na destruição de Jerusalém pelos exércitos de Tito no ano 70 d.C. No Seu discurso escatológico, apresentado em Marcos 13, Jesus indica que a destruição de Jerusalém representaria um evento adicional de grande significado. Esse anúncio escatológico deve ser estudado com uma perspectiva mais ampla em mente. Devemos considerar as maneiras pelas quais as lentes escatológicas podem nos ajudar a obter um entendimento mais completo do evento predito. Nesse sentido, a profecia sobre a destruição de Jerusalém vai muito além da destruição de Jerusalém em si, prevendo a destruição do nosso planeta no fim dos tempos. Ellen G. White descreve esse evento futuro como um segundo cumprimento profético: “A profecia do Salvador com relação aos juízos que cairiam sobre Jerusalém terá outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação foi apenas uma tênue sombra. No destino da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e pisoteou Sua lei. Os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime são tenebrosos” (O Grande Conflito, p. 28, grifo nosso). Ela acrescenta: “Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo enrijecido na incredulidade e rebelião e indo de encontro com os juízos retributivos de Deus” (O Grande Conflito, p. 17).
Evidências textuais confirmam um segundo cumprimento, como Jesus afirmou em Marcos 13:24: “Mas, naqueles dias, após a referida tribulação” (grifo nosso). Os filhos de Deus serão libertos nessa época, assim como Seus seguidores foram libertos da destruição de Jerusalém. Citando a pena inspirada: “Assim como Ele preveniu Seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto ao dia da destruição final e deu sinais de sua aproximação, para que todos os que queiram possam fugir da ira futura” (O Grande Conflito, p. 29).
Marcos 13 termina com uma nota de advertência que, ao mesmo tempo, é profundamente encorajadora: “O que, porém, digo a vocês, digo a todos: vigiem!” (Mc 13:37).
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Peça aos alunos que reflitam sobre a seguinte questão: a sua comunidade está ciente do fato de que os eventos de Marcos 13, relativos à destruição deste mundo, estão prestes a acontecer?
À luz dessa discussão, consideremos o que Ellen G. White declarou há mais de cem anos: “O mundo não está hoje mais preparado para dar crédito à mensagem para este tempo do que estiveram os judeus para receber o aviso do Salvador com relação a Jerusalém. Independentemente de quando vier, o Dia do Senhor chegará de surpresa para os ímpios. A vida estará seguindo sua rotina; as pessoas estarão submersas nos prazeres, nos negócios, no comércio e na ambição de ganho; os líderes religiosos estarão enaltecendo o progresso e a cultura do mundo; e o povo estará sendo embalado em uma falsa segurança. Então, como o ladrão à meia-noite rouba a casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos indiferentes e perversos, ‘e de nenhum modo escaparão’” (O Grande Conflito, p. 29).
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Bar comprado com oração
Colômbia | Adriana
Adriana era especialista em plantar igrejas na Colômbia. A esposa e mãe de 35 anos plantou 6 igrejas ao longo de 15 anos, e estava pronta para ajudar a plantar a igreja número 7 em um bairro pobre no sul da capital colombiana, Bogotá.
Mas ninguém parecia ser capaz de encontrar um edifício acessível em uma localização privilegiada.
A semente da igreja foi plantada quando Wilinton, um ex-alcoólatra do bairro, entregou seu coração a Jesus e começou um pequeno grupo de estudos bíblicos em sua casa. O grupo cresceu em sua casa e se mudou várias vezes. Agora, 50 pessoas estavam adorando juntas a cada sábado, e era hora de terem uma igreja própria.
Adriana pertencia a outra igreja queria ajudar a congregação de Wilinton a plantar a igreja. Ela procurou em cinco edifícios e não encontrou nada.
Então Wilinton sugeriu um bar que ele frequentava antes de ser batizado. O bar ficava bem no meio do bairro, e estava à venda. Mas o preço pedido era muito alto.
Adriana se reuniu com o dono do bar. Ela explicou que os membros da igreja queriam comprar o edifício, mas não tinham os fundos necessários.
“O senhor poderia esperar por um ano enquanto nós arrecadamos o dinheiro?”, perguntou ela. O dono não quis esperar e balançou a cabeça.
Adriana implorou para que ele reconsiderasse, mas ele se recusou. No entanto, ele acrescentou: “Se o seu plano é de Deus, este edifício será seu”.
Adriana e outros membros da igreja oraram a Deus pedindo ajuda, e começaram a arrecadar dinheiro.
Então, um possível comprador veio dar uma olhada no edifício. Ele gostou do que viu e concordou em comprá-lo.
Os membros da igreja se perguntaram se perderiam o edifício. Eles oraram para que a vontade de Deus fosse feita.
O possível comprador saiu e nunca mais voltou com o dinheiro para a compra do edifício.
O edifício permaneceu à venda.
Então outro comprador visitou o edifício e se ofereceu para comprá-lo. Parecia que a venda iria acontecer. Os membros da igreja oraram novamente pedindo que fosse feita a vontade de Deus, e o comprador não voltou com o dinheiro.
O dono do bar não conseguia entender por que seu edifício não estava sendo vendido. Ele reduziu o preço. Então reduziu novamente. Mas, ainda assim, não conseguiu encontrar um comprador.
Adriana estava convencida de que Deus tinha um plano para transformar o bar em uma igreja e em um centro de influência. O centro de influência ensinaria habilidades de vida para as pessoas da comunidade e ajudaria aqueles que estavam lutando contra o alcoolismo.
Adriana visitou o dono do bar novamente.
“O senhor não vai vender esse edifício”, disse ela, corajosamente. “Você o venderá para nós porque será um lugar que ajudará a comunidade e glorificará a Deus”.
Um ano se passou, e os membros da igreja haviam juntado dinheiro suficiente para comprar o edifício pelo preço mais baixo. Um líder da igreja visitou o dono para finalizar a venda.
O proprietário expressou alívio por finalmente poder vender o edifício.
“Eu não consegui vender este edifício porque aqueles adventistas estavam orando para comprá-lo”, disse ele.
Duas semanas mais tarde, o edifício foi vendido para a Igreja Adventista. O preço final reduzido ficou na metade do valor de mercado de edifícios semelhantes na vizinhança.
Hoje, Adriana louva a Deus pela nova igreja e pelo centro de influência.
“Todos nós oramos por este lugar”, disse ela. “Quando Deus tem um plano, ninguém pode mudá-lo.
Essa história missionária fornece uma visão interna da vida na Colômbia e dos desafios missionários do país. Parte da oferta do 13º Sábado deste trimestre ajudará a abrir dois centros de influência para ajudar crianças que estão em risco de abuso de álcool e drogas na Colômbia. Obrigado por suas ofertas generosas.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
- Mostre a Colômbia no mapa. Depois mostre Bogotá, onde Adriana mora, e as cidades de Buenaventura e Puerto Tejada, onde as ofertas deste trimestre ajudarão a abrir centros de influência para crianças em risco.
- Assista a um curto vídeo no YouTube sobre Adriana: bit.ly/Adriana-IAD.
- Saiba que você pode ler mais sobre Wilinton na semana passada.
- Baixe as fotos desta história pelo Facebook: bit.ly/fb-mq
- Compartilhe publicações missionárias e fatos rápidos sobre a Divisão Interamericana: bit.ly/iad-2024
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2024
Tema geral: O Evangelho de Marcos
Lição 10 – 31 de agosto a 6 de setembro
“Os últimos dias”
Autor: Natal Gardino
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Esther Fernandes
Jesus ensinou que os Seus discípulos deviam se preparar para enfrentar as dificuldades e perseguições que sofreriam ao longo dos séculos. Assim, essas dificuldades não seriam surpresas para o Seu povo. As predições de Jesus fortalecem os Seus discípulos para enfrentar as lutas que certamente virão.
Duas moedinhas (Mc 12:41-44)
É curioso pensar que Jesus parou para observar as pessoas de posses depositarem largas somas de dinheiro na caixa de ofertas do templo (12:41). Eles ofertavam de tal maneira que pudessem ser vistos e louvados por sua religiosidade e generosidade. Porém Jesus já havia ensinado antes que, ao fazer qualquer doação monetária, a sua mão esquerda deve ignorar “o que a mão direita está fazendo” (Mt 6:3), dando a entender que Deus é quem deve ver tal atitude caridosa, e não os outros.
Jesus Se deteve para prestar atenção naquela mulher; ela deu tudo o que tinha. Na língua original, é dito que ela deu “dois leptos, que equivalem a um quadrante” (Mc 12:42). Se calcularmos o valor dessa moeda (o lepto) com o valor do salário-mínimo de nossos dias, as duas moedas juntas valiam apenas algo entre 80 centavos e no máximo 3 reais. Era um dinheiro equivalente apenas a um pequeno troco que às vezes alguns caixas querem nos devolver em balas.
Mas Jesus disse que ela deu mais do que todos os outros doadores, pois eles haviam dado “daquilo que lhes sobrava”, enquanto ela deu “tudo o que possuía, todo o seu sustento” (Mc 12:44). Que nossas ofertas para Deus não sejam apresentadas com intenções egoístas, para “aparecermos”. Que sejam feitas com um coração grato e totalmente fiel a Deus.
Duas profecias misturadas (Mc 13)
Os discípulos ficaram surpresos com a resposta de Jesus quando eles Lhe apontaram a beleza imponente do templo judaico. Ele lhes disse que esse mesmo templo seria destruído de tal maneira que não ficaria uma pedra em cima da outra. Isso parecia algo impossível de acontecer. Mas aconteceu como foi predito, cerca de 40 anos mais tarde, no ano 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos romanos.
Jesus equiparou essa destruição do templo e da cidade de Jerusalém com a Sua vinda no fim dos tempos, falando das duas profecias ao mesmo tempo. Para diferenciar os dois eventos, Jesus usou os termos “isto”, “estas coisas” e “esta geração” para Se referir aos eventos relacionados à destruição de Jerusalém (Mc 13:4, 8, 30), e utilizou a expressão “aqueles dias”, “naqueles dias” e “aquele dia”, para indicar um tempo mais distante, em referência à Sua vinda (Mc 13:19, 24, 32).
Jesus chamou a atenção para a importância das profecias bíblicas. Ele disse: “quem lê [Daniel], entenda” (Mc 13:14), e usou a expressão “abominável da desolação”, que aparece no livro do profeta Daniel (Dn 9:27; 11:31; 12:11). Ele usou essa expressão para Se referir aos exércitos romanos que invadiriam Jerusalém. Então Ele deu um sinal aos Seus discípulos: quando eles vissem as insígnias e os estandartes romanos cercando a cidade, deveriam fugir o quanto antes.
Quem deu ouvidos a esse aviso profético de Jesus e viveu até ver seu cumprimento, teve todas as condições de salvar sua vida. Ellen White, no livro O Grande Conflito (p. 23) afirma que “nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém”, pois eles estavam avisados devido às palavras de Jesus. De forma semelhante, quando virmos os sinais relativos à Sua vinda e escolhermos estar ao Seu lado, não pereceremos com o resto do mundo que não ouve as Suas advertências.
A grande tribulação
Os cristãos fiéis à Palavra de Deus sofreram intensa perseguição papal desde o ano 538 d.C. até 1798 d.C. Esses 1.260 anos de perseguição são mencionados sete vezes na Bíblia de três modos diferentes: “mil duzentos e sessenta dias” (Ap 11:3; 12:6), “quarenta e dois meses” (Ap 11:2; 13:5) e “tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25; 12:7; Ap 12:14).
Contudo, além desse longo período de 1.260 anos de perseguição contra os cristãos, Jesus disse que nos últimos dias (“aqueles dias”) ainda haveria “tamanha tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo criado por Deus até agora e nunca jamais haverá” (Mc 13:19). Nesse tempo, o mundo terá chegado em um ponto crítico, e as pessoas sem Cristo terão perdido toda a sensibilidade em relação às coisas de Deus. O pecado reinará em nível total, como nunca antes. Por isso, Jesus disse que “aqueles dias” seriam abreviados “por causa dos eleitos que Ele escolheu”, senão “ninguém seria salvo” (Mc 13:20). Jesus estará com Seu povo até o fim, dando-lhes todas as chances de salvação. Foi para isso que Ele veio.
A volta de Jesus (Mc 13:28-37)
A volta de Jesus é chamada de “bendita esperança” (Tt 2:13). É o cumprimento de tudo o que cremos e aguardamos. Quando Jesus disse que nem Ele sabia o dia e a hora de Sua vinda, Ele estava falando em relação à natureza humana que Ele havia assumido. Ele não poderia usar Sua divindade para saber. Mas hoje, se há alguma coisa que Jesus não saiba, então Ele teria perdido Sua onisciência, e consequentemente teria deixado de ser Deus. Obviamente hoje Jesus sabe o dia e a hora, e certamente está aguardando ansiosamente o momento de cumprir Sua promessa.
Conclusão
Jesus estava preocupado em preparar os Seus discípulos para as dificuldades que viriam tanto em seus dias, na destruição de Jerusalém, ao longo dos séculos e até os últimos dias. Apesar disso, Ele encontrou tempo para observar e louvar uma discípula que deu uma simples oferta de todo o coração. Como disse alguém: “Deus está nos detalhes”.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Natal Gardino é mestre em Novo Testamento e doutor em Ministério pela Universidade Andrews. Iniciou seu ministério em 2003 como pastor distrital e atuou em quatro diferentes regiões. Desde 2022, é professor de Novo Testamento do Seminário Adventista de Teologia na FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Irineide Gardino, psicóloga clínica. O casal tem dois filhos: Kaléo e Nicholas.