Lição 7
11 a 17 de maio
Segredos para a unidade familiar
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Cr 5–7
Verso para memorizar: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:20, 21).
Leituras da semana: Gn 33:12-14; Rt 1:16-18; Jo 17:21-26; Gl 3:28; Ef 2:11-22; 5:21–6:9

A vida familiar representa distintas estações da vida para diferentes pessoas. Para a mãe e o pai, o nascimento dos filhos representa uma mudança muito importante e vitalícia. Evidentemente, para os filhos, passar a existir é, de fato, o início de um novo ciclo. Em seguida, eles passam pelas várias fases da vida até saírem de casa e terem seus próprios filhos.

No entanto, seja como pais ou como filhos, na família, todos lutamos contra a mesma coisa, isto é, contra nossa natureza pecaminosa e caída, que pode tornar a unidade na vida familiar, no mínimo, muito desafiadora.

Evidentemente, no corpo de Jesus Cristo na cruz, toda a humanidade foi reconciliada com Deus e uns com os outros (Ef 2:13-16; Cl 1:21-23). Porém, de modo prático e numa frequência  diária, devemos nos apropriar da graça de Cristo, a única que pode tornar a unidade familiar uma experiência viva para todos os que a buscam em fé. Essa deve ser uma experiência cotidiana em nossa vida. Felizmente, pela graça de Cristo, ela é possível.



Domingo, 12 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 8, 9
Cristo, o centro

1. Qual ilustração Paulo usou para descrever a nova unidade em Cristo? Como Cristo fez “um” de “dois”? Ef 2:11-22; Gl 3:28. Assinale a alternativa correta:

A. (  ) O arco-íris, símbolo da unidade entre as pessoas.

B. (  ) O corpo humano e um edifício nos quais muitas partes formam um todo.

A cruz de Cristo remove as barreiras que separam as pessoas. Muros separavam os adoradores no templo judeu: homens de mulheres e judeus de gentios. Ao descrever a unidade de judeus e gentios em Cristo, Paulo usou uma linguagem que se aplica igualmente a outras divisões entre nações, grupos de pessoas, camadas sociais e sexos. “[...] Para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz” (Ef 2:15). Essa é uma boa notícia para os casais, pois os ajuda a conhecer verdadeiramente a unidade de “uma só carne” no casamento. Além disso, pela fé em Cristo, famílias há muito tempo separadas podem ser reconciliadas.

2. Uma coisa é citar textos bíblicos sobre a unidade em Cristo; outra totalmente diferente é realmente vivenciá-la. Quais mudanças práticas Cristo traz à nossa vida, habilitando-nos a experimentar a unidade que nos foi prometida? Rm 6:4-7; 2Co 5:17; Ef 4:24-32

__________________________________________________________________________________________

“Desenhem um grande círculo, de cuja periferia saiam linhas que se dirijam todas para o centro. Quanto mais próximo do centro mais próximas as linhas estão umas das outras. [...]

“Quanto mais perto nos achegamos de Cristo, mais perto estaremos uns dos outros” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 179).

“Entre pai e filho, marido e mulher [...] está Cristo, o Mediador, quer eles sejam capazes de reconhecê-Lo ou não. Não podemos estabelecer contato direto fora de nós mesmos, exceto por intermédio Dele, de Sua palavra e da nossa imitação Dele” (Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship [O Custo do Discipulado]; Nova York: The MacMillan Publishing Co., 1979, p. 108).

Sua família ou igreja estão próximas ao centro desse círculo? O que mais deve se aproximar do centro para que os relacionamentos sejam como deveriam ser?

Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org

Segunda-feira, 13 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Tornando-nos um por meio de Seu amor

O Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos” (1Ts 3:12).

3. Jesus orou ao Pai para que Seus seguidores fossem um (Jo 17:22). Resuma o que Ele quis dizer com isso, concentrando-se especificamente na função do amor necessário para alcançar essa unidade.

__________________________________________________________________________________________

Nessa oração, Jesus tinha em mente a unidade entre Seus seguidores. Experimentar o amor ágape é essencial para essa unidade. “Ágape” é a palavra bíblica para designar o amor de Deus, usada nessa oração e em muitas outras partes do Novo Testamento. Esse amor é a própria natureza de Deus (1Jo 4:8) e identifica os seguidores de Jesus (Jo 13:35). O amor de Deus não é natural ao coração humano pecaminoso. Ele entra na vida quando Jesus habita no cristão por meio de Seu Espírito (Rm 5:5; 8:9, 11).

“Amem-se uns aos outros como Eu os amei’” (Jo 15:12, NVI). O discípulo João, que escreveu essas palavras, não era amável, mas orgulhoso, sedento de poder, crítico e irascível (Mc 3:17; Lc 9:54, 55; veja também O Desejado de Todas as Nações, p. 295). Posteriormente em sua vida, ele se lembrou de como Jesus continuou a amá-lo apesar dessas características. O amor de Jesus gradualmente transformou João, habilitando-o a amar os outros em unidade cristã. Ele escreveu: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”, e “se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1Jo 4:19, 11).

4. Leia 1 Coríntios 13:4-8. Coloque seu nome onde aparece a palavra “amor”. Você se ajusta bem na descrição? Peça a Jesus que traga essas qualidades do amor à sua vida por meio do Seu Espírito. Quais mudanças o Espírito precisa levá-lo a fazer para alcançar esse ideal cristão?

_________________________________________________________________________________________

 



Terça-feira, 14 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
Egoísmo: o destruidor da família

Se o orgulho e o egoísmo fossem postos de lado, cinco minutos bastariam para remover a maioria das dificuldades” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 119).

Como seres humanos, nossa natureza foi corrompida pelo pecado. E, talvez, o maior exemplo dessa corrupção seja a maldição do egoísmo. Nascemos egoístas; podemos ver essa realidade em criancinhas, cuja natureza essencial é desejar tudo para si. “Eu, eu, eu”. Quando chegamos à idade adulta, esse traço pode se manifestar de maneiras terríveis, especialmente no lar.

Evidentemente, Jesus veio para mudar isso (Ef 4:24). Sua Palavra nos promete que, por meio Dele, podemos vencer esse destrutivo traço de caráter. Sua vida é um exemplo perfeito do que significa viver sem egoísmo; à medida que imitamos Sua vida (1Jo 2:6), vencemos a tendência de viver somente para nós mesmos.

5. O que os seguintes textos revelam sobre uma vida de abnegação? 

Fp 2:3-5: __________________________________________________________________________________________

1Jo 3:16-18: _________________________________________________________________________________________

Como vimos no texto de Ellen G. White citado anteriormente, se o orgulho e o egoísmo fossem postos de lado, muitos problemas poderiam ser resolvidos rapidamente, antes que a situação se agravasse, se deteriorasse, e se tornasse algo sórdido. Ao pé da cruz, todos os membros da família, especialmente os pais, devem ser purificados desse pecado (Pv 16:6). Afinal, a cruz é o maior exemplo de abnegação em todo o Universo. Diante dela podemos alcançar a vitória, mesmo que isso signifique constantemente retornar à cruz e ajoelhar-se em oração, fé, lágrimas e submissão.

Quanto tempo você passa aos pés da cruz, lutando contra o egoísmo em sua vida? Com base em Mateus 7:16, você tem passado tempo suficiente ali?


Quarta-feira, 15 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
Submissão

6. Qual conselho Paulo deu em relação à humildade e serviço nos relacionamentos? (Ef 5:21). Como essa atitude contribui para a unidade na igreja? Por que ela é tão importante no lar? (Ef 5:22–6:9).

__________________________________________________________________________________________

Sujeitar-se (Ef 5:21) significa colocar-se humildemente diante de outra pessoa com base em uma escolha voluntária. Esse princípio singular começou com Cristo (Mt 20:26-28; Jo 13:4, 5; Fp 2:5-8) e caracteriza todos os que são cheios do Seu Espírito (Ef 5:18). A “reverência por Cristo” é o que motiva as pessoas a se submeterem dessa maneira (Ef 5:21). A reciprocidade no sacrifício pessoal foi, e ainda é, um ensinamento cristão revolucionário a respeito das relações sociais. Ela traz à consciência a realidade espiritual de que todos são um em Cristo; não há exceções.

Um princípio do lar. A prova da submissão cristã está no lar. Se esse princípio for eficaz ali, fará uma grande diferença na igreja. Da introdução do princípio da submissão, Paulo passou imediatamente a discutir sua aplicação na família.

Três grupos de relacionamentos são abordados em Efésios 5:22–6:9: os relacionamentos mais comuns e, no entanto, mais desiguais da sociedade. A intenção não é reforçar uma ordem social existente, mas mostrar como a cultura da fé em Cristo atua quando há uma submissão voluntária e radicalmente diferente dos cristãos entre si.

7. Por que Paulo falou consistentemente, em primeiro lugar, com os mais fracos socialmente em sua cultura – esposas, filhos e escravos? Quais expressões qualificadoras estão vinculadas à submissão nos seguintes textos?
Ef 5:22; 6:1; 6:5. Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (  ) De acordo com o seu desejo; na sua sabedoria; como a cultura orienta.

B. (  ) Como ao Senhor; no Senhor; como a Cristo.

Aqueles que têm maior poder social (maridos, pais e senhores), são sempre abordados em segundo lugar. Cada um recebe uma ordem bastante incomum para a cultura. Essas instruções devem ter surpreendido os cristãos do primeiro século. Elas nivelaram as relações em torno da cruz e abriram o caminho para que a verdadeira unidade fosse vivenciada nos relacionamentos.



Quinta-feira, 16 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
Vivendo o amor que prometemos

Em última análise, a coesão e a unidade familiar dependem do compromisso dos membros da família, começando com a responsabilidade dos cônjuges de cuidar um do outro. Infelizmente, a história bíblica está repleta de exemplos de promessas não cumpridas, confiança quebrada e falta de comprometimento onde ele deveria estar presente. As Escrituras também têm exemplos inspiradores de pessoas comuns que, com a ajuda de Deus, comprometeram-se com amigos e familiares e cumpriram suas promessas.

8. Examine as seguintes famílias e seu nível de comprometimento. Como o compromisso poderia ter sido fortalecido em algumas famílias? O que incentivou a dedicação demonstrada nas outras?

Compromisso entre pais e filhos (Gn 33:12-14; Êx 2:1-10): _________________________________________________________________________________________

Compromisso entre irmãos (Gn 37:17-28): _________________________________________________________________________________________

Compromisso familiar (Rt 1:16-18; 2:11, 12, 20; 3:9-13; 4:10, 13):

_________________________________________________________________________________________

Compromisso conjugal (Os 1:2, 3, 6, 8; 3:1-3):

_________________________________________________________________________________________

Quando nos comprometemos com outra pessoa, como no casamento ou na decisão de ter ou adotar um filho, deve haver uma renúncia voluntária da nossa parte para fazermos uma escolha diferente no futuro, uma entrega do controle sobre uma parte importante da nossa vida. As leis podem restringir o comportamento negativo, mas o casamento e o relacionamento familiar precisam de amor para que possam florescer.

O que significa para você a promessa de Jesus em Hebreus 13:5? Qual efeito o compromisso Dele com você deve ter em seu compromisso com Ele, com seu cônjuge, filhos e com outros cristãos?


Sexta-feira, 17 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
Estudo adicional

Leia o capítulo “Círculo Sagrado”, p. 177-180, em O Lar Adventista; e Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 236-238, de Ellen G. White.

Unidade – a primeira obra. “A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. [...]

“Quanto mais intimamente os membros da família são unidos em sua obra no lar, tanto mais edificante e útil será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 37).

O segredo da união familiar. “A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-­­se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades, embora haja muito disso a ser feito, mas a união com Cristo” (ibid., p. 179).

Perguntas para discussão

1. Comente sobre as forças na sociedade que atuam contra a unidade familiar. Quais soluções práticas você pode oferecer a uma família que luta contra essas influências?

2. Existe uma família em sua igreja que se separou recentemente? Como você pode ajudar cada membro nesse momento de crise?

3. Discuta a questão da submissão. Como ela deve ser entendida em um contexto cristão? De que maneiras esse princípio tem sido mal utilizado?

4. Quais princípios de unidade familiar podem ser aplicados à ideia de unidade na igreja?

Respostas e atividades da semana:

1. B.

2. No batismo, morremos para o eu e andamos em novidade de vida. Portanto, podemos experimentar a unidade Nele.

3. Jesus nos chamou a ser unidos em um só propósito: alcançar as pessoas para Seu reino. Não é possível ter essa unidade sem amor.

4. Comente com a classe.

5. Filipenses 2:3-5: não devemos fazer nada por partidarismo, mas devemos ser humildes, pensando sempre nos outros. 1 João 3:16-18: Cristo deu a vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

6. Paulo nos aconselhou a nos sujeitarmos uns aos outros no temor de Cristo. Ao fazermos isso, grande parte dos conflitos na igreja desaparecerão, o que promoverá a unidade. Para que haja uma harmonia no lar, a submissão deve fazer parte dos relacionamentos entre marido e mulher e entre pais e filhos.

7. F; V.

8. a) A submissão de Jacó ao ritmo de caminhada de seus filhos e seus animais. A vida de seu filho motivou Joquebede a fazer um cesto para preservar a vida do menino Moisés. b) A inveja motivou os irmãos de José a venderem-no a uma caravana de ismaelitas; c) A fidelidade de Rute à sua sogra Noemi a motivou a acompanhá-la aonde quer que sua sogra fosse. d) Se Gômer tivesse se comprometido a ser fiel a Oseias assim como ele havia sido a ela, essa família teria sido muito feliz. Apesar da infidelidade de Gômer, Oseias manteve seu compromisso de fidelidade a ela.



Resumo da Lição 7
Segredos para a unidade familiar

Jesus deseja que estejamos em unidade uns com os outros. Muitas razões poderiam ser oferecidas para explicar por que Jesus quer que estejamos unidos. Mas Cristo mencionou uma razão especial que eleva a importância da unidade. O verso para memorizar desta semana revela que todos nós devemos ser um no Pai e no Filho, “para que o mundo creia que” o Pai enviou Jesus (Jo 17:21). Assim, a crença do mundo sobre quem é Jesus e de onde Ele é, depende, em alguns aspectos, da unidade dos crentes.

Então, como estamos indo? O dever de manter a unidade dos cristãos em escala global é desafiador. Mas a unidade no nível da família é um objetivo realista. A responsabilidade dessa unidade, portanto, repousa diretamente sobre nossos ombros.

Essa responsabilidade, porém, esteve primeiro sobre os ombros de Cristo. Seu triunfo sobre o mal (1Jo 3:8), a natureza reconciliadora da cruz (Ef 2:13-16; Cl 1:21-23) e a disponibilidade do Espírito (At 2; 1Co 12:13) prepararam o caminho para a unidade entre Seu povo. Junte esses eventos com o novo mandamento de Cristo para amar como Ele amou (Jo 13:34), por meio da morte para o eu e o egoísmo (Rm 6:3-7), e da submissão de uns para com os outros (Ef 5:21), e a família se torna capacitada para refletir a unidade pela qual Jesus orou (Jo 17).

Devocional sobre unidade

É maravilhoso contemplar a verdadeira unidade. Para alcançá-la, a receita é simples: aceitação e submissão. Claro, alguém poderia dizer, “Não, você precisa de amor”, ou, “Você precisa do Espírito Santo”. Pode ser verdade. Mas há algo sobre a palavra submissão que aprimora todos os outros elementos necessários para se obter a unidade. Aparentemente obtemos sucesso pronunciando constantemente a palavra amor dentro de nossas famílias, mas depois, desiludidos, nos perguntamos por que esse amor não produz a afetuosa unidade que esperávamos. Talvez se a quantidade das frases “eu te amo” pronunciadas correspondesse aos atos genuínos de submissão mútua, as coisas seriam diferentes.

Ou a submissão existe como princípio dentro da família ou não existe de maneira nenhuma. Se houver um único membro da família cuja vontade imponha exigências, mas nunca participe da submissão, a situação de sua família pode ser chamada de muitas coisas, menos de unidade.

O modelo de submissão é a vida de Jesus. O ápice dessa submissão ocorreu no Getsêmani, quando o Filho de Deus disse: “Pai, se queres, passa de Mim este cálice; contudo, não se faça a Minha vontade, e sim a Tua” (Lc 22:42). Aqui está uma das chaves para a profunda unidade entre o Pai e o Filho. Jesus explica que o Pai não O deixou sozinho e está com Ele, porque Ele faz “sempre o que Lhe agrada” (Jo 8:29). É revelador que o próprio Jesus não Se esquivou da submissão. Esse ponto é crucial porque recentemente o termo submissão tem sido envolvido em controvérsias eclesiásticas sobre ordenação de mulheres ao ministério, funções do homem e da mulher e liderança. Apesar dessas preocupações importantes, o fato de que o Rei dos reis viveu uma vida de submissão eleva os atos pessoais de submissão para todos os que levam a sério o desejo de ser semelhantes a Cristo. E se há uma instituição que, mais do que qualquer outra, exige unidade mediante a submissão, é o casamento.

Ilustração

Casais podem fazer importantes descobertas que podem mudar o curso de seu casamento. José casou-se com uma mulher cuja dinâmica familiar ditava que as divergências eram oportunidades para discussões “acaloradas” destinadas a produzir um vencedor e um perdedor. Quando essas são as regras do jogo, uma postura de defesa e ataque se torna a norma. A “coroa de oliveira” (prêmio que era concedido nos jogos olímpicos gregos) é concedida a quem suplanta, menospreza ou abala verbalmente seu oponente. Dessa forma, nenhuma submissão é possível, nenhuma unidade é alcançada, e os relacionamentos se tornam atrofiados.

Nem José nem sua esposa queriam esse resultado. Por isso, ele lutou para encontrar a melhor maneira de comunicar à sua esposa que os contextos de suas divergências poderiam ser radicalmente mudados para algo mais construtivo. José precisou convencer a esposa de que eles não tinham que ser dois indivíduos separados, presos a uma disputa por superioridade, e que o maior interesse dele nunca era potencializar a vulnerabilidade, erros ou fraquezas dela para “ganhar” uma discussão. Finalmente, José decidiu usar o que Gary Smalley, grande conselheiro matrimonial, falecido recentemente, chamava de “quadro emocional de palavras” (uma parábola destinada a comunicar percepção e emoção de uma pessoa para outra).

Nessa época, José e sua esposa estavam viajando como mochileiros às margens das montanhas de Sierra Nevada. Quando se sentaram às margens de um calmo riacho com montanhas deslumbrantes ao fundo, essas montanhas repentinamente se tornaram a fonte da parábola de José. Ele disse à sua esposa: “Toda vez que temos um conflito, imaginamos estar no topo de uma dessas montanhas. Agora, durante os conflitos de relacionamento, muitos casais pensam que estão brincando de ‘O Rei da Montanha’. O ‘vencedor’ é aquele que é capaz de dominar verbalmente o outro a ponto de empurrá-lo no precipício. Mas essa vitória é artificial. Eu nunca vou jogar dessa maneira com você, não porque eu seja um cara legal, mas porque o casamento amarrou nossos tornozelos com uma corda longa e resistente. Se você cair, eu cairei junto. É verdade que somos dois, mas há apenas um casamento, um relacionamento. Será muito melhor para nós, se fizermos, dissermos e pensarmos só aquelas coisas que beneficiarão essa terceira entidade que está entre nós agora, chamada casamento. Não há vencedores nem perdedores: ou ambos ganhamos ou ambos perdemos”. Essa filosofia tem sido a chave para a união no casamento e na família de José.

Essencialmente, o casamento é uma experiência única para verificar se duas pessoas radicalmente diferentes conseguem atuar como uma só. Mike Mason, em sua obra Mystery of Marriage [O Mistério do Casamento] apresenta a luta desta maneira: “Até mesmo os casais mais próximos inevitavelmente se encontrarão engajados em uma luta de vontades, pois o casamento é uma tentativa audaciosa e turbulenta de cooperação, em um grau quase impossível, entre dois poderosos centros de autoafirmação. O casamento não poderia deixar de ser uma fornalha de conflito, um crisol em que essas duas vontades devem ser derretidas, purificadas e adaptadas”. Em seu brilhante capítulo intitulado “Submissão”, ele aborda exatamente a questão de como a submissão pode acontecer. Soa um pouco como a parábola da corda. Jesus disse: “‘Aquele que entre vocês for o menor, este será o maior’
(Lc 9:48). No seu auge, o casamento é uma espécie de disputa no que poderíamos chamar de ‘sujeição’, um cabo de guerra no sentido contrário, entre duas vontades igualmente decididas a não ganhar. Essa é realmente a única atitude que funciona no casamento porque o Senhor o projetou para funcionar dessa maneira” (Mike Mason, Mystery of Marriage [O Mistério do Casamento}. Sisters, Oreg: Multnomah Press, 1985, p. 167).

Escritura

“Mulheres sejam submissas ao seu próprio marido. [...] Filhos, obedeçam a seus pais. [...] Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos” (Ef 5:22; 6:1, 5, NVI). Quando a Escritura é mal utilizada, mais cedo ou mais tarde as pessoas também serão maltratadas. Podemos imaginar quantas vezes esses três textos foram invocados para executar o oposto das intenções do Espírito. Ironicamente, o contexto mais amplo dessas passagens é que devemos estar cheios do Espírito, em vez de estar embriagados com álcool (Ef 5:18). O álcool obscurece o entendimento do indivíduo, empobrecendo o discernimento. É a companheira socialmente mais vulnerável que geralmente sente sua influência agressiva. Às vezes, a cultura avança de tal forma que se torna tão importante dizer o que os textos não significam quanto dizer o que eles realmente significam. Talvez seja esse o caso aqui.

A lista de Paulo e os comentários correspondentes sobre esses grupos sociais contrastam com as listas não bíblicas de sua época que encorajaram tratamentos severos para proteger a honra do marido, do pai e do dono de escravos (Ver Jon Dybdahl, ed. Bíblia de Estudo Andrews, Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press, 2010, p. 1549). Paulo tinha algo diferente em mente. Embora muito possa ser dito (e deve ser dito) sobre a porção dos pensamentos de Paulo que fala de escravos e senhores, o tema deste trimestre sobre família limita nosso foco.

Em relação à lição desta semana sobre a unidade familiar, temas como submissão, amor e o relacionamento de Cristo com Sua igreja podem ser encontrados em Efésios 5. De fato, eles devem ser encontrados juntos. Caso contrário, alguns intérpretes podem chegar a conclusões equivocadas, como a ideia de que somente as esposas devem ser submissas e apenas para com os maridos deve haver submissão. Na verdade, a palavra sujeitar não é aplicada diretamente aos maridos, mas o fato de que o texto anterior, “sujeitem-se uns aos outros” (Ef 5:21), mostra o resultado generalizado de estar cheio do Espírito (Ef 5:18), é muito improvável que Paulo estivesse pensando exclusivamente nas esposas quando escreveu Efésios 5:21, a menos que alguém se arrisque a dizer que somente as esposas estão cheias do Espírito Santo (uma conclusão que o mais patriarcal dos intérpretes pode achar difícil de engolir). Paulo certamente não acha que as esposas não devem sujeitar-se aos seus maridos. Ele vê essa submissão como correspondente ao relacionamento entre Cristo e Seu povo (Ef 5:22-24). No entanto, o paralelo é válido apenas enquanto os maridos são metáforas vivas do amor de Cristo (Ef 5:25). A morte voluntária de Cristo para a salvação de Sua noiva é o maior ato de submissão que o Universo já conheceu. Pode ser que a frase de Paulo, “sujeitem-se uns aos outros”, se aplique ao casamento em que a submissão do marido esteja subordinada ao imperativo de amar como Cristo ama.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

A idolatria moderna é expressa por intermédio da adoração ao eu, na qual a autonomia absoluta é a ética premiada: minha importância, meus desejos, minhas preferências, minhas ambições e minha maneira de dobrar as roupas ou lavar a louça são inegociáveis. “Enquanto eu não estiver ferindo outra pessoa”, essa ética exclama, “posso fazer o que eu quiser”. Evidentemente, a pessoa pode fazer o que bem desejar; mas, caso a maturidade cristã, os relacionamentos amorosos e a unidade familiar estejam em nossa perspectiva, não se pode simplesmente obter o que se deseja. Agora, permita que os alunos tomem os temas profundos, mas abstratos, da lição e deem sua opinião de como essas ideias se parecem quando traduzidas em ações.

Questões para discussão:

1. Como um marido ou uma esposa, que acha que o relacionamento conjugal favorece injustamente apenas os desejos de seu cônjuge, poderia iniciar uma conversa como uma forma de dar passos em direção à unidade? Seja específico.

2. Que estratégias familiares poderiam ajudar crianças alienadas a sentir que suas opiniões e desejos são valorizados dentro da família sem que haja uma inversão do paradigma da autoridade dos pais em relação aos filhos?

3. Submissão, amor e compromisso precisam ser expressos, não apenas em palavras, mas em centenas de pequenas ações diárias dentro das famílias. Quais são algumas dessas ações que você usa para manter sua família unida?


Nascido para ser missionário

Durante 14 anos, Marcelo e a esposa oraram por um filho. “Senhor, for da Sua vontade, permita que tenhamos um filho ou nos ajude na adoção”, oravam. Após uma série de exames, o médico declarou que as chances eram escassas. Também ficou evidente que seria difícil adotar no seu país natal, Argentina. Então, quando surgiu uma oportunidade de trabalhar para Deus em um país distante, eles pensaram: “Talvez Deus deseje que adotemos uma criança de outro país”.

Todas as peças foram se encaixando. A Divisão Sul Americana, cujo território inclui a Argentina, permitiu que fossem trabalhar como missionários durante cinco anos. Os líderes da igreja e as autoridades governamentais permitiram a mudança. Então a esposa, Elisa, descobriu que estava grávida. Com ótimo senso de humor, ela escondeu uma câmera para gravar a reação de Marcelo ao contar a novidade durante o desjejum. Quando estavam na cozinha, Elisa deu uma pequena caixa. A princípio, Marcelo pensou que a caixa estava vazia, mas então viu um teste de gravidez. Ele tirou da caixa e viu que era positivo.

Um misto de impacto e felicidade o inundou. Na gravação do vídeo, ele se mostra tão paralisado, que nem mesmo abraçou a esposa. Simplesmente ficou parado com o teste de gravidez na mão. Sua mente não sossegava. “Por que agora Deus?”, pensou. “Este é o pior momento. Agora as autoridades governamentais e os líderes da igreja não permitiriam a viagem. A Divisão Sul Americana também não permitirá nossa mudança. Uma criança precisa de muitos gastos e atrapalhará nosso trabalho.”

Mas o tempo de Deus foi perfeito. Ninguém da Divisão ou União se opôs à gravidez de Elisa. Até as autoridades públicas em resposta à sua preocupação disseram: “Não há problema. Amamos crianças”.

Depois de três meses no novo país, nasceu Ezekiel. Ele abriu pelo menos 80% de portas permitindo que o casal testemunhasse de Deus às pessoas. Em pouco tempo, descobriram que as pessoas gostavam de crianças. Sendo estrangeira, melhor ainda. As pessoas param em todos os lugares para tirar foto. Os avós, carregando os netos se interessam em saber como é ser pais estrangeiros, e eles compartilham dicas sobre a paternidade. O casal teve mais oportunidades de plantar sementes do que jamais poderia imaginar. Onde quer que esteja, as pessoas se reúnem em torno de Ezekiel.

Por meio do filho, eles fizeram amizade com pessoas no prédio em que moravam, em supermercados e em parques. Convidavam os novos amigos para festas de aniversário e outras celebrações em sua casa. Muitos pais querem que seus filhos interajam mais com o filho, então perguntam se podem participar da Escola Sabatina. Um casal vizinho tem uma filha de mesma idade e os visitam com frequência. Eles presentearam a menina com uma Bíblia em inglês para crianças. A maneira como tratam o filho tem um impacto maior do que jamais sonharam. Deus lhes deu um filho bem comportado. As pessoas veem o tratamento carinhoso deles para com filho e como a criança é feliz. Veem nisso uma demonstração do amor de Deus.

Uma coisa surpreendente aconteceu quando ainda desfrutavam as primeiras alegrias pela capacidade de testemunhar de Ezekiel. A esposa engravidou novamente e deu à luz uma menina. Para a população local, ter um filho e uma filha é maravilhoso. Pessoas lhes paravam na rua para explicar mais de uma vez que ter um menino e uma menina é a perfeição. Marcelo e Elisa sorriam, agradeciam e apresentavam Deus como a perfeição absoluta.

Que testemunho! Jesus disse em Mateus 24:14: “e este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (NVI). O testemunho fala mais alto que nossas palavras. Marcelo acredita que Deus quis que a família fosse testemunha viva, e Ele lhes deu a chance de experimentar isso mais profundamente. Deus usou o filho para cumprir Mateus 24:14 e apressar Sua vinda. Marcelo acredita que Ezekiel tem mais estrelas na coroa que os pais, e se sente tão abençoado porque Deus mostra que Seus planos são sempre melhores. O Senhor diz em Isaías 55:8: “Pois os Meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os Meus caminhos.”

Sempre ouvimos isso em sermões, mas é maravilhoso quando testemunhamos. Os planos de Deus são perfeitos.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2019

Tema Geral: Estações da família

Lição 7: 11 a 17 de maio

Segredos para a unidade familiar

Autor: Moisés Mattos

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Introdução: A lição desta semana mostra objetivamente alguns segredos bíblicos para a unidade familiar. Quais são esses segredos?

I – Cristo, o centro

Entre a teoria e a prática existe um abismo muito grande. Entre falar em unidade e ser realmente unido há uma grande diferença. Por causa da natureza pecaminosa somos egoístas e temos a tendência de pensar primeiro em nós mesmos, em nossas conveniências e prazeres. No lar isso é particularmente evidente. A maior parte dos atritos e separações ocorre por causa do egoísmo.

Uma boa educação e instruções de profissionais podem ajudar os componentes da família a se entenderem e viver de maneira mais harmônica. Há situações em que precisamos procurar a ajuda de um conselheiro capaz de nos auxiliar a resolver os transtornos no relacionamento familiar. Não há nada de errado em buscar esse tipo de auxílio. Porém, há um segredo maior para resolver essas dificuldades, esquecido por muitos: “A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximar-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades, embora haja muito disso a ser feito, mas a união com Cristo” (Ellen White, O Lar Adventista, p. 179).

Não se pode esquecer que "no corpo de Jesus Cristo na cruz, toda a humanidade foi reconciliada com Deus e uns com os outros (Ef 2:13-16; Cl 1:21-23). Porém, em um nível prático e diário, devemos nos apropriar da graça de Cristo, a única que pode tornar a unidade familiar uma experiência viva para todos os que a buscam em fé. Essa deve ser uma experiência cotidiana em nossa vida. Felizmente, pela graça de Cristo, ela é possível” (Lição de sábado).

II – Amor

Outro segredo da unidade familiar é o exercício do amor no lar. Longe de ser algo apenas sentimental, o amor do qual a Bíblia fala é um princípio ativo que tem origem no próprio Deus (1Jo 4:8). O amor de Deus tem características especiais como: a) é imutável (mesmo diante do pecado esse amor não mudou, mas fez com que Jesus Se entregasse para salvar); b) é eterno (antes do pecado o amor de Deus existia, e depois do pecado ele continuará existindo); c) é imensurável (Ef 3:17-19).

Ellen White o comparou a uma "uma planta de origem celestial”, que precisa “ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência” (Ellen White, O Lar Adventista, p. 50).

Portanto, o cristão procura não apenas receber amor, mas repartir esse dom divino em seu lar. Ele (a) entende que, deixando de lado seus próprios interesses e se concentrando na felicidade do outro, vai acontecer um milagre no relacionamento. Para os que servem a Deus, o importante não é ser feliz, mas fazer o outro feliz.

III – Submissão

A palavra submissão, colocada na Bíblia como um segredo da unidade familiar, parece estar em oposição ao que hoje chamam de "empoderamento" das pessoas. Alguns torcem o nariz para esse conceito. A Bíblia pode ser acusada de ser retrógrada nessa questão. Mas entendemos o que é submissão nas Escrituras Sagradas?

Em primeiro lugar, o Livro Sagrado não prega submissão somente no casamento, mas nos demais relacionamentos também. O conselho bíblico é: “sujeitai-vos”; e esse "sujeitar-se” (Ef 5:21) significa colocar-se humildemente diante de outra pessoa com base em uma escolha voluntária” (Lição de quarta-feira). Essa atitude envolve respeito pelo ser humano, que deve ser tratando como se fosse superior a nós mesmos. Isso torna o relacionamento equilibrado e estabelece um bom princípio relacional. Paulo aconselhou os cristãos dizendo: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Fp 2:3).

Especificamente na questão da submissão da mulher no casamento, precisamos entender o que realmente o texto sagrado está recomendando para evitar procedimentos errados. Em um sermão, John Piper falou sobre 1 Pedro 3:1 a 6, uma das passagens que ensinam sobre a submissão da esposa. Ele destacou algumas coisas que a submissão bíblica não é:

1. Submissão não significa concordar com tudo. Foi mencionado um caso em que um cônjuge era cristão e o outro não. Por isso, logicamente não concordavam em tudo. Mas Deus deve estar em primeiro lugar (1Pe 3:1).

2. Não significa deixar de lado o seu cérebro no altar do casamento.

3. Submissão significa evitar mudar o marido. O texto diz que ela deve ganhar o marido para Cristo (1Pe 3:1).

4. Não significa colocar a vontade do marido acima da vontade de Cristo. O texto ensina claramente que a esposa é uma seguidora de Jesus e não seguidora do marido, embora deva respeitar o marido.

5. Não significa que a esposa recebe força espiritual somente através do marido.

6. Não significa que a esposa deva se submeter por medo.

(Sermão acessado em <https://www.desiringgod.org/messages/what-is-submission-in-marriage>, no dia 6/12/2018).

Resumindo, o homem deve assumir a responsabilidade pela liderança no lar. Mas é apenas como um líder que sua esposa se submete a ele (Ef 5:22), não como um tirano ou ser superior. Por sua liderança, ela não é desprovida de direitos nem roubada de sua personalidade, nem é dado a ele o direito de passar por cima das opiniões e sentimentos da mulher.

Ao contrário, ele deve amá-la e morrer por ela, se for necessário, como Cristo amou a igreja e deu a vida por ela. Ele deve incluí-la na tomada de decisões importantes, ponderando e considerando suas perspectivas com cuidado e respeito.

Conclusão: “O segredo para a união da família é o amor. O amor não é apenas um sentimento, é um princípio divino. Não é apenas um princípio, é uma decisão. Mas o verdadeiro amor vai além da decisão e se torna verbo, e se torna ação, e se torna vida. Por isso, é preciso decidir amar e praticar o que decidimos” (André Oliveira Santos). Um garoto esperto chegou para o pai a fim de lhe contar uma charada que tinha ouvido na escola:

– Pai, três rãs estão sentadas num galho de árvore por cima de uma lagoa. De repente, uma delas decide se jogar na lagoa. Quantas rãs ficaram no galho?

– Ah, essa é fácil – disse o pai – Duas. Ele estranhou a facilidade do problema.

– Errou – disse o menino –. Escute com atenção, papai. São três rãs, e uma decide se jogar. Quantas ficaram?

– Ah, agora entendi. Se uma decide se jogar na água, as outras duas vão atrás. Não ficou nenhuma no galho – disse o pai, comemorando o que achava ser uma resposta inteligente.

– Não, papai – explica o garoto – São três rãs num galho de árvore. A primeira rã apenas DECIDIU se jogar.

Infelizmente, muita gente apenas decide as coisas, mas não as executa.

Muitos decidem se exercitar; ter uma alimentação mais saudável; ler mais; estudar mais. Porém, tudo fica só na decisão.

Quando falamos do casamento e das relações familiares, o mesmo acontece. Podemos decidir fazer tudo de maneira mais sábia; mas muitas vezes não fazemos. Mais do que decidir precisamos executar o que decidimos.

Os segredos da unidade familiar estarão escondidos somente se não os praticarmos.

Conheça o autor do comentário: O Pastor Moisés Mattos graduou-se em teologia em 1989 e concluiu o mestrado na mesma área no ano 2000 pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Cursou também uma pós-graduação em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há 29 anos como professor de ensino religioso; pastor distrital; departamental em nível de Associação e União; presidente de Missão e Associação. Atualmente, exerce sua atividade como pastor na Associação Paulista Oeste-UCB. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires (Jornalista) e Lucas (estudante de Publicidade e Propaganda).