Lição 9
20 a 26 de agosto
Uma vida de louvor
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jr 33-35
Verso para memorizar: “Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Fp 4:4).
Leituras da semana: Fp 4:4-7; Js 5:13 – 6:20; Sl 145; At 16:16-34; 2Cr 20:1-30

É fácil bradar de alegria ao Senhor quando estamos satisfeitos. No entanto, quando as coisas estão ruins, quando estamos nas piores situações e quando o crisol esquenta, não é fácil sorrir. Porém, é nesse momento que precisamos, talvez mais do que nunca, louvar a Deus, pois o louvor é um meio de nos ajudar a manter a fé.

O louvor pode transformar até mesmo as circunstâncias mais sombrias, talvez não no sentido de mudar os fatos, mas no sentido de mudar o nosso coração, bem como mudar as pessoas à nossa volta, de forma que nos ajude a enfrentar os desafios.

Louvor é fé em ação. Pode não ser sempre natural para nós, mas quando praticamos o louvor de uma forma que se torne natural em nossa vida, ele exercerá o poder para converter corações e para nos ajudar a vencer as provações.

Resumo da semana: O que é louvor? Como ele pode ser uma arma espiritual poderosa em circunstâncias difíceis? Como o louvor pode nos transformar e mudar a situação ao nosso redor?

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Domingo, 21 de agosto
Ano Bíblico: Jr 36-38
Fundamento para o louvor

O grande escritor russo Fiódor Dostoiévski havia sido condenado à morte, mas a sentença foi substituída no último momento. Ao falar sobre sua experiência na prisão, escreveu: “Creia até o fim, ainda que todos se desviem e você seja o único fiel; leve sua oferta mesmo assim e louve a Deus em sua solidão.”

No decorrer do nosso estudo, vimos como Paulo suportou incrível oposição e perseguição. Nesta semana relembraremos sua experiência em uma prisão romana. Ele não estava deprimido; em vez disso, escrevia ansiosa- mente para encorajar os crentes em Filipos!

1. Leia Filipenses 4:4-7. Como Paulo poderia ter escrito isso se ele mesmo estava encarcerado? Nesses versos, quais são as chaves para obter a “paz de Deus”?

Uma coisa é se alegrar quando tudo está indo bem, mas Paulo nos exorta a nos alegrarmos sempre. Isso pode parecer estranho. Se tomarmos ao pé da letra o que Paulo escreveu, podemos chegar a duas conclusões: primeira, se devemos nos regozijar sempre, isso deve significar que devemos nos alegrar mesmo quando as circunstâncias não parecem dar nenhum motivo para isso. Em segundo lugar, também pode significar que teremos que aprender a nos alegrar quando não tivermos vontade.

Paulo nos chamou a louvar a Deus sempre, embora muitas vezes fazer isso possa parecer pouco natural para nós, ou até mesmo irracional. Mas, como veremos, é precisamente por isso que somos chamados a nos alegrar. Em outras palavras, louvar é um ato de fé. Assim como a fé não se fundamenta em nossas circunstâncias, mas na verdade sobre Deus, o louvor é algo que fazemos não porque nos sentimos bem, mas por causa da verdade de quem Deus é e das promessas feitas a nós. Surpreendentemente, é esse tipo de fé que molda nossos pensamentos, sentimentos e circunstâncias.

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Que verdade sobre Deus Paulo identificou na passagem de hoje e que fazia com que ele se alegrasse, mesmo na prisão? Escreva uma pequena lista do que você sabe ser verdade sobre Deus e louve ao Senhor relendo cada item. Isso muda sua maneira de sentir e ver as circunstâncias?


Segunda-feira, 22 de agosto
Ano Bíblico: Jr 39-41
Derrubando muralhas pela oração

Imagine pintar o chão de um cômodo e depois perceber que acabou o trabalho em um canto e não pode sair sem andar sobre a tinta fresca. Você precisará esperar até que ela seque!

Às vezes, nossa fé parece nos encurralar, assim como a tinta úmida no chão. Nesses momentos, ou temos que rejeitar a Deus, a fé e tudo em que acreditamos, ou nossa fé nos obriga a crer no que parece impossível.

Deus encurralou os israelitas. Depois de terem vagado por 40 anos no deserto, o Senhor não conduziu Seu povo às pastagens livres e pacíficas. Deus o conduziu a uma das cidades mais fortificadas de toda a região. Em seguida, eles tiveram que caminhar ao redor de Jericó em silêncio por seis dias. No sétimo dia, Deus lhes disse que gritassem – e esse grito, junto com as trombetas, traria a vitória.

2. Leia Josué 5:13–6:20. O que Deus tentou ensinar aos israelitas?

Gritar bem alto não causaria vibrações para desencadear o colapso das muralhas. Quando Deus chamou os israelitas a “gritar”, foi o mesmo tipo de grito sobre o qual Davi escreveu: “Aclamem a Deus, todas as terras! Cantem louvores à glória do Seu nome, deem glória ao Seu louvor” (Sl 66:1, 2). Esse grito foi um louvor! Depois de seis dias olhando para as enormes muralhas, eles devem ter concluído que não tinham chance de derrubá-las sozinhos.

3. Como isso nos ajuda a entender o significado de Hebreus 11:30?

Quando Deus está prestes a fazer algo novo em nossa vida, Ele pode nos levar a Jericó, pois pode precisar nos ensinar que o poder para vencer não está em nossa própria força e estratégias. Tudo de que precisamos vem de fora de nós mesmos. Portanto, não importa o que esteja diante de nós, não importa quanto isso possa parecer intransponível, nosso papel é louvar a Deus – a fonte de tudo de que precisamos. Isso é fé em ação.

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Terça-feira, 23 de agosto
Ano Bíblico: Jr 42-44
Vida de louvor

Se louvar ao Senhor pode não ser natural para nós, mesmo em boas circunstâncias, imagine nas más? No entanto, é isso que somos chamados a fazer. O louvor é algo que devemos praticar até que passe a ser a atmosfera em que vivemos. Não deve ser um ato específico, mas um estilo de vida.

4. Leia o Salmo 145. Quais são os motivos que Davi apresenta para louvar a Deus? De que forma as palavras desse salmo devem ser as suas?

O grande pregador britânico Charles Haddon Spurgeon escreveu um livro chamado The Practice of Praise. Ele tem por base o verso 7 do salmo 145. Nesse verso, Spurgeon chama a atenção para três coisas importantes que podem ajudar a desenvolver o louvor em nossa vida.

  1. Louvamos quando olhamos ao nosso redor. Se não olharmos ao nosso redor para ver a grandeza de Deus, não teremos motivos para louvá-Lo. O que você vê no mundo criado que é louvável, como as belezas da criação? O que você vê no mundo espiritual que é louvável, como a fé crescente de um jovem?
  2. Louvamos quando nos lembramos do que vimos. Se quisermos viver em uma atmosfera de louvor, devemos ser capazes de lembrar a razão para louvar. De que forma podemos nos lembrar das grandes verdades sobre Deus (por exemplo, desenvolver novos rituais ou símbolos que nos lembrem de Sua bondade), para que Sua bondade e Seu caráter não escapem de nossa mente?
  3. Louvamos enquanto falamos sobre nossos motivos para enaltecer a Deus. Louvor não é algo que fazemos em nosso pensamento. Ele deve sair de nossa boca para ser ouvido por aqueles que estão ao nosso redor. Pense nos motivos que você tem para louvar a Deus verbalmente. Qual será o efeito desse louvor, e sobre quem?

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Pegue uma caneta e um papel e passe algum tempo trabalhando nesses três pontos. O que você pode fazer para desenvolver o hábito de louvar?


Quarta-feira, 24 de agosto
Ano Bíblico: Jr 45-48
Testemunho que convence

No livro de Atos, o louvor teve um efeito surpreendente sobre quem o ouviu. Leia Atos 16:16-34. Depois de serem açoitados, Paulo e Silas foram presos. Ninguém estava lá para cuidar de suas costas cortadas e feridas. Com grande dor física e com os pés no tronco, foram colocados nas trevas da prisão. Paulo e Silas começaram a orar e a louvar enquanto os outros prisioneiros ouviam.

Depois do terremoto, e depois de descobrir que nem Paulo, nem Silas, nem nenhum dos outros prisioneiros havia escapado, o carcereiro, “trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: – Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16:29, 30).

5. Por que esse evento fez com que o carcereiro se concentrasse em sua própria necessidade de salvação? Que papel as orações e os louvores de Paulo e Silas desempenharam para que os prisioneiros não fugissem para a conversão do carcereiro e de toda a sua família?

É incrível pensar que nosso louvor pode transformar o destino eterno das pessoas ao nosso redor. Se Paulo e Silas tivessem se sentado no escuro, resmungando e reclamando como os prisioneiros costumam fazer, será que alguém teria sido salvo naquela noite?

Não sabemos o que aconteceu com o carcereiro e sua família depois, mas você pode imaginá-los lendo as palavras que Paulo escreveu mais tarde de outra prisão em Roma: “Vocês receberam a graça de sofrer por Cristo, e não somente de crer Nele, pois vocês têm o mesmo combate que viram em mim e que agora estão ouvindo que continuo a ter” (Fp 1:29, 30). Se leram essas palavras e refletiram sobre como o sofrimento de Paulo lhes trouxe alegria, certamente isso deve ter levado música ao coração deles e um novo desafio para permanecerem fiéis, não importando o que isso lhes custasse.

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Quem você acha que poderia ser influenciado por Deus por meio de um cântico de louvor que viesse do seu coração? Procure ser mais efusivo em seu louvor a Deus ao redor dos outros. Tenha um espírito de louvor e veja o efeito positivo que isso pode ter.


Quinta-feira, 25 de agosto
Ano Bíblico: Jr 49, 50
Arma que vence

Leia 2 Crônicas 20:1-30. Como Josafá descobriu, o louvor é uma arma poderosa. Depois de receber a notícia de que uma “grande multidão” ia contra ele, Josafá não saltou imediatamente para a ação militar, mas “decidiu buscar o Senhor”. Quando o povo de Judá foi a Jerusalém para um jejum, o rei admitiu a realidade da situação, dizendo: “Em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos estão postos em Ti” (2Cr 20:3, 12).

6. Se você visse uma “grande multidão” se aproximando, qual seria sua reação instintiva? O que aprendemos com a resposta de Josafá em 2 Crônicas 20:3-12 sobre como lidar com uma oposição esmagadora?

Quando o Espírito do Senhor desceu sobre Jaaziel, ele corajosamente anunciou: “Neste encontro, vocês não precisarão lutar. Tomem posição; fiquem parados e vejam a salvação que o Senhor lhes dará, ó Judá e Jerusalém. Não tenham medo nem se assustem. Amanhã, saiam ao encontro deles, porque o Senhor está com vocês.” Depois disso, adoraram a Deus e cantaram louvores a Ele “em voz bem alta” (2Cr 20:17, 19). Mesmo que Deus fosse lutar por eles, ainda tinham que sair para enfrentar o inimigo.

Mas aquela não foi uma marcha comum para a guerra. Josafá designou um coro para cantar louvores ao Senhor enquanto marchavam. “No momento em que eles começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram derrotados” (2Cr 20:22). Segundo a passagem, Deus interveio no momento em que os israelitas exerceram a fé na Sua promessa, quando começaram a louvá-Lo “pelo esplendor de Sua santidade” (2Cr 20:21, NVI).

7. Leia 2 Crônicas 20:1-30 novamente. Quais princípios espirituais encontramos nesse texto que se aplicam à nossa caminhada com Deus, especialmente em tempos de provação e estresse?

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Sexta-feira, 26 de agosto
Ano Bíblico: Jr 51, 52
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Profetas e Reis, p. 112-119 [190-203] (“Josafá”); Patriarcas e Profetas, p. 426-435 [487-498] (“As muralhas de Jericó”). “Eduquemos, pois, o coração e os lábios a entoar o louvor de Deus por Seu incomparável amor. Eduquemos o coração a ser esperançoso e a permanecer na luz que irradia da cruz do Calvário. Nunca devemos nos esquecer de que somos filhos do Rei celestial, filhos e filhas do Senhor dos Exércitos. É nosso privilégio manter um calmo repouso em Deus” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 253)

“Enquanto O adoro e exalto, gostaria que se unissem a mim nesse louvor. Louvem ao Senhor quando caírem em trevas. Louvem-No mesmo em tentação. ‘Regozijai-vos, sempre, no Senhor’, disse o apóstolo, outra vez digo: regozijai-vos’ (Fp 4:4). Isso trará tristeza e escuridão às suas famílias? Com certeza não, mas raios de sol. Vocês receberão raios de luz eterna do trono de glória e os espalharão ao seu redor. Quero exortá-los a se ocuparem nesse trabalho, irradiando luz e vida à sua volta, não só no próprio caminho, mas na trajetória daqueles com quem se relacionam. Seja seu objetivo tornar melhor a vida dos que os cercam, erguê-los e apontar-lhes o Céu e a glória, levá-los a buscar, acima de todas as coisas terrenas, o tesouro eterno, a herança imortal, as riquezas imperecíveis” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 593).

Perguntas para consideração

  1. Qual é o papel do louvor congregacional na vida do cristão? Como tem sido o louvor em seus cultos de sábado? É edificante? Incentiva os membros a manter a fidelidade em meio a provações? Se não, o que pode ser feito?

  2. O que significa “Louvem ao Senhor quando caírem em trevas” ou “Louvem- No mesmo em tentação”? Como o louvor pode nos ajudar nessas situações?
  3. O louvor afetou sua vida? O que aprendeu com as experiências de louvor dos outros?
  4. Escolha um salmo e medite nele. Que impacto o louvor tem em sua fé?

Respostas e atividades da semana: 1. Paulo confiava em Deus. Ele se alegrava no Senhor, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, pois sabia quem Deus é. 2. Que a vitória deles dependia de Deus. 3. Tudo de que precisamos vem de Deus. As muralhas de Jeri ruíram pela fé no poder de Deus, não pela força humana. 4. Por Suas maravilhas e Seus feitos grandiosos; porque Deus é bondoso, compassivo, fiel e justo. 5. As orações e os louvores de Paulo mesmo em meio à dificuldade tocaram o coração dos que estavam ali e fizeram com que Deus Se manifestasse de forma poderosa. 6. Devemos buscar o auxílio divino. 7. Louvor, oração e confiança no poder de Deus.

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Resumo da Lição 9
Uma vida de louvor

TEXTO-CHAVE: Fp 4:4

FOCO DO ESTUDO: Js 5:13–6:20; 2Cr 20:1-30; Sl 145; At 16:16-34; Fp 4:4-7

ESBOÇO

“Mas como poderíamos entoar um cântico ao Senhor em terra estranha?”, lamentavam os cativos judeus nos rios da Babilônia ao serem convidados por seus opressores a cantar algumas das canções de Sião (Sl 137:1-4). De fato, como podemos cantar e louvar a Deus em meio ao sofrimento e à morte? Essa pergunta incorpora um dos grandes paradoxos do cristianismo. Mais uma vez, o aspecto essencial é entender a fonte da alegria e do louvor: o próprio Deus. Ter tal entendimento não significa que Deus nos obrigue ou nos programe para cantar Seus louvores. Ao contrário, se fosse verdade que Deus nos predestina para louvá-Lo de forma obrigatória, o mundo estaria fazendo exatamente isso em uníssono; mas obviamente esse não é o caso.

Em vez disso, Deus é a fonte de louvor por ser quem Ele é, nosso Criador e nosso Salvador, nosso Rei e nosso Pai, nosso Juiz e nosso Amigo. Ele é incrível! Um princípio básico da vida cristã neste mundo é que louvar a Deus no crisol é possível quando temos uma vida contínua, não ocasional, de louvor. Outro princípio é que o ato de louvar a Deus em tempos de crise emerge de nosso relacionamento com Ele, no qual O conhecemos, O amamos e confiamos Nele.

Temas da lição

A lição desta semana destaca dois temas principais:

  1.  Alegria e louvor estão enraizados em nosso relacionamento profundo e significativo com Deus, como parte de nossa vida, como um estilo de vida.
  2.  A alegria e o louvor cristãos não são benéficos apenas para nossa saúde e para vencer os crisóis, mas também são usados por Deus para salvar outros.

COMENTÁRIO

Alegria no sofrimento

Horace Williams Jr., autor da obra premiada Unleash the Power of Prayer in Your Life [Libere o poder da oração em sua vida], identifica oito propósitos que Deus alcança em nossa vida quando usa nosso próprio sofrimento em nosso benefício. De acordo com Williams, Deus usa o sofrimento para “revelar o pecado em nossa vida, desenvolver nossa fé, demolir nosso orgulho, determinar nossos caminhos, demonstrar Sua graça, mostrar Seu amor, aprofundar nosso compromisso com Ele, e entregar esperança, conforto e alegria” 

(Horace Williams Jr., The Furnace of Affliction: How God Uses Our Pain and Suffering for His Purpose [A fornalha da aflição: como Deus usa nossa dor e sofrimento para seu propósito], Kindle Edition. Black Lillie Press, 2020, p. 11). Como Deus nos dá alegria por meio do sofrimento? Williams compartilha que “alegria é mais do que felicidade com base em um resultado ou circunstância. Alegria é o deleite sobrenatural no propósito divino para nossa vida. Alegria é algo que Deus nos oferece em meio à dor e ao sofrimento. Devemos escolher viver com alegria. ‘Eu, porém, cantarei a Tua força; pela manhã louvarei com alegria a Tua misericórdia, pois Tu me tens sido alto refúgio e proteção no dia da minha angústia’” (Sl 59:16; The Furnace of Affliction: How God Uses Our Pain and Suffering for His Purpo- se, p. 90). Williams conclui: “Sentir alegria não significa que não sinto mais dor. Em vez disso, significa que Deus está me levando a um lugar em que tenho a tendência de perguntar a Ele: ‘O que queres que eu veja nessa situação angustiante, Senhor?’” (The Furnace of Affliction: How God Uses Our Pain and Suffering for His Purpose, p. 97). O que o próprio Williams vê em seus sofrimentos que lhe dá alegria é a presença de Deus no presente e a vida eterna no futuro.

Policarpo louva a Deus na pira

O imperador romano Antoninus Pius (138-161 d.C.) deu continuidade à política e prática do imperador Trajano (53-117 d.C.) de perseguir os cristãos. Em 155 d.C., uma multidão levou um grupo de cristãos às autoridades da cidade de Esmirna, na Ásia Menor, para que fossem condenados e punidos. Quando os cristãos se recusaram a reconhecer os deuses do império, foram punidos com a morte. Mais tarde, a multidão exigiu que Policarpo, bispo da igreja em Esmirna, fosse trazido perante a cidade. Discípulo e amigo do apóstolo João, o idoso Policarpo também era um líder cristão amplamente conhecido e influente na Ásia e além. Quando finalmente foi levado ao anfiteatro, o procônsul tentou persuadilo a renegar sua fé e amaldiçoar a Cristo.

O fiel discípulo de Jesus respondeu: “Por oitenta e seis anos eu O tenho servido e Ele não me fez mal. Como eu poderia amaldiçoar meu Rei, que me salvou?” Quando, por fim, o procônsul o condenou a ser queimado na pira e os soldados o amarraram à estaca, Policarpo orou e louvou a Deus em alta voz: “Senhor Soberano Deus [...] Agradeço-Te que me julgaste digno deste momento, para que, juntamente com os Teus mártires, pudesse participar no cálice de Cristo. [...] Por isso [...] Eu Te bendigo e glorifico. Amém” (Justo L. González, The Story of Christianity, v. 1, The Early Church to the Dawn of the Reformation, edição revista e atualizada [New York: HarperCollins Publishers, 2010], p. 54).

Policarpo foi apenas um dos milhares de cristãos que, seguindo personagens bíblicos como Davi e Paulo, louvaram a Deus em meio à perseguição e às provações da vida. Aqueles primeiros cristãos louvaram ao Senhor nas chamas, nas estacas, nos anfiteatros cheios de animais selvagens, nas cruzes, nas celas da prisão e nas câmaras de tortura. Não pensaram na injustiça que havia sido feita a eles, não calcularam a relação custo-benefício de seu ato. Eles amavam a Deus, confiavam Nele e não hesitavam em assumir um compromisso radical e definitivo com Ele. Não consideraram difícil morrer por seu Senhor. Em vez disso, sentiram ser um privilégio sofrer e morrer por seu amado Salvador. Sem hesitar, confiaram em  Deus e em Sua promessa de ressurreição e consideraram a morte apenas um momento em seu caminho para encontrar seu Senhor na glória. Escrevendo sobre a experiência de Davi ao enfrentar a rebelião de seu filho Absalão, Ellen G. White observou o hábito do rei de recorrer aos cânticos e louvores a Deus em tempos de dificuldade: “Naquele momento terrível e perigoso, quais teriam sido os sentimentos daquele pai e rei, tão cruelmente injustiçado? Como homem ‘forte e valente’ (1Sm 16:18), guerreiro e monarca, cuja palavra era lei, traído por seu filho, a quem amava, com quem fora tolerante e em quem imprudentemente havia confiado; ofendido e abandonado por seus súditos que a ele estavam ligados pelos mais fortes laços de honra e lealdade – com que palavras derramou Davi os sentimentos de sua alma? Na hora de sua mais escura prova, o coração de Davi estava firme em Deus, e ele cantou [...]” (Sl 3:1-8; Patriarcas e Profetas, p. 658 [741, 742]).

No segundo capítulo do livro O Grande Conflito, intitulado “Os mártires dos primeiros séculos”, Ellen G. White descreveu como cantar e louvar a Deus deu aos cristãos a mais genuína e profunda alegria e paz em meio à mais feroz aflição e perseguição: “Como aconteceu aos servos de Deus do passado, muitos ‘foram torturados, não aceitando o seu resgate, para obterem superior ressurreição’. [...] Estes se recordavam das palavras do Mestre, de que, quando perseguidos por amor a Cristo, ficassem alegres, pois grande seria seu galardão no Céu, porque assim tinham sido perseguidos os profetas antes deles (Mt 5:11, 12). Alegravam-se de que fossem considerados dignos de sofrer pela verdade, e cânticos de triunfo eram ouvidos do meio das chamas crepitantes. Pela fé, olhando para cima, viam Cristo e os anjos observando-os desde o Céu, contemplando-os com o mais profundo interesse, com aprovação, acompanhando sua firmeza. Do trono de Deus uma voz lhes dizia: ‘Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida’” (Ap 2:10; O Grande Conflito, p. 32 [41]).

Condições para se regozijar nos crisóis

Louvar a Deus e alegrar-se Nele em uma crise só é possível quando se tem a certeza da bondade e da justiça da Sua causa e da Pessoa pela qual lutamos. A causa de Cristo e a Sua Pessoa estão unidas. Alegrar-se em meio às provações e perseguições é possível quando confiamos em Deus, quando O entendemos e também temos fé em Seus planos, e estamos convencidos de que Deus é justo e bom e que Ele e Sua causa são dignos de nosso compromisso total e radical. Assim, regozijar-se em meio aos crisóis emana da compreensão (1) de que Deus é real e que Ele é bom; (2) de que Ele nos criou, que somos Dele, que Ele nos ama e que nós O amamos de volta; (3) de que o grande conflito é real, que Satanás ataca a Deus e a nós, que Deus está do nosso lado e nós estamos do Seu; (4) de que Deus nos redime do poder do pecado e de Satanás e que, em Cristo, somos e seremos vitoriosos; e (5) de que a causa ou missão divina de trazer salvação a todo o mundo vale todo o sofrimento que precisarmos suportar, mesmo a morte, se necessário.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

  1. Leia Habacuque 3:16, 17 e pense em como você pode se alegrar com seu próprio sofrimento. Como você pode louvar a Deus nos momentos de aflição?

  2. A música é uma motivação poderosa para atividades como trabalhar, fazer exercícios e lutar. Por exemplo, as forças militares em todo o mundo têm sua própria música que levanta o moral de seus soldados. Observe a música que motiva sua vida espiritual. Quanta alegria e paz você experimenta em sua vida de louvor e canto a Deus?
  3. Comprometa-se a decorar canções antigas e novas para cantá-las de memória e com compreensão. Quando estiver em uma situação difícil, cante uma música. Como essa experiência o ajuda a se tornar vitorioso e o sustenta?

 


Igreja sob a mangueira

Karla

Brasil | 20 de agosto

O pastor da igreja fez um apelo no sermão ao qual Karla não resistiu. Ele disse: "Amigos, há dois anos procuro alguém para ajudar a plantar uma igreja na parte rural de nossa cidade. Eu sei que é difícil ir até lá. Eu sei que fica longe da cidade. Mas se não alcançarmos nossos irmãos e irmãs que moram lá, quem o fará? 

Karla, uma dentista, havia se mudado recentemente com o marido para o noroeste do Brasil e estava orando para que Deus a usasse para Sua glória. O apelo do pastor ficou gravado em sua mente. Ela queria ajudar a plantar uma igreja na área rural. Por isso, colocou uma caixa de madeira na igreja para as pessoas depositarem as doações para o projeto. Um ano se passou, e Karla decidiu procurar um terreno para a nova igreja. Mas os lotes rurais eram todos muito caros. Então, ela encontrou um belo terreno na rua principal de uma cidade e soube que este estava sendo oferecido por um preço baixo. Ela encontrou o proprietário, e ele se ofereceu para vendê-lo por apenas 35 mil reais. Ela não tinha todo o dinheiro, mas ainda ousou fazer uma contraoferta.

“Se lhe dermos um pagamento inicial de 5 mil reais, você nos permitiria pagar o restante em parcelas mensais?”, perguntou ela. “Quantas prestações mensais você faria?”, perguntou ele. “Só podemos pagar a você 500 reais por mês”, disse ela. O dono respondeu: “Sessenta parcelas!” “Você quer quitar o terreno em cinco anos? Eu vou à falência nesse tempo!” “Mas é por uma boa causa”, persistiu ela. “É para construir uma igreja. Você terá ajudado a construir uma casa para Deus. Você construiu uma casa para Deus?” Ele confessou que não. “Bem, aqui está sua oportunidade”, disse ela. 

Ele concordou em vender a terra. Mas Karla ainda precisava encontrar 5 mil reais para o pagamento inicial. Ela pediu ajuda aos membros da igreja e conseguiu arrecadar 2.700 reais no tempo que precisava para fazer o primeiro pagamento. Mas ela ainda precisava de 2.300 reais. Então ela se lembrou da caixa de madeira que havia colocado na igreja para as doações. Ela abriu, encontrou exatamente 2.300 reais dentro e fez o primeiro pagamento.

Depois disso, Karla fez um pagamento todo mês até perder a conta de quantos pagamentos havia feito. Um ano se passou. Dois anos. No terceiro ano, ela decidiu fazer uma ousada oração a Deus:

“Querido Deus, você poderia nos ajudar a pagar a dívida este ano para que possamos começar a adorar no terreno dois anos antes?”.

Ela não contou a ninguém sobre sua oração, mas Deus ouviu. Em vez de fazer um pagamento por mês, ela começou a fazer três, quatro ou cinco. Todos os meses, ela perguntava à esposa do proprietário, que era a responsável pela dívida: “Quantos pagamentos faltam?”. Pelos seus cálculos, a dívida seria paga em setembro daquele ano.

Setembro finalmente chegou, e o pastor gravou um vídeo de Karla entregando o último pagamento. O título da propriedade seria entregue em breve. Karla voltou para casa cheia de uma alegria indescritível. Mas em casa, ela se sentia inquieta. Sua consciência parecia estar perguntando: “Karla, quantos pagamentos você realmente fez?”. Com relutância, ela contou os documentos de pagamento. Ela havia feito apenas 48 pagamentos. Ela se sentiu tão desapontada. Restava um ano de dívidas a pagar. Com grande tristeza, ela relatou o erro ao proprietário.

No sábado seguinte, o professor da Escola Sabatina lançou um desafio a classe. “Vou distribuir pedaços de papel”, disse ele. “Escreva algo aparentemente impossível que você gostaria de realizar antes do final do ano."

Karla escreveu: “Pagar o terreno para a igreja”. O objetivo parecia impossível. Mas, em outubro, ela conseguiu fazer cinco pagamentos. Em novembro, ela fez quatro, e em dezembro, ela fez os últimos três. Os membros da igreja comemoraram a conclusão da compra do terreno em 19 de dezembro.

Hoje, vinte membros da igreja participam dos cultos de adoração todos os sábados no que eles chamam de “igreja sob a mangueira”. Eles estão se reunindo à sombra de uma mangueira enquanto o prédio da igreja está em construção nas proximidades.

Karla diz: “Amamos nosso Deus, que pode fazer todas as coisas, de todo o nosso coração”.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a estabelecer mais quatro novas igrejas no Brasil. Obrigado por planejar uma oferta generosa em 24 de setembro.

 Dicas para a história 

  • Mostre a foto de Karla e outras pessoas adorando sob uma mangueira.

  • Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

  • Baixe publicações sobre a missão e fatos rápidos da Divisão Sul-Americana: bit.ly/sad-2022.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º trimestre de 2022

Tema geral: Provados pelo fogo

Lição 9 – 20 a 26 de agosto de 2022

Uma vida de louvor

 

Autor: Célio Barcellos

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

No livro “Salmos: Com tradução e transliteração”, os autores mencionam que, das várias famílias judaicas que viviam em aldeias da Polônia no século 18, havia um casal com um filho pequeno que despertava admiração até do líder feudal do lugar, por causa do comportamento ético e apreço pelo trabalho que aquele casal demonstrava. Ao completar dois anos, o menino ficou órfão, pois um acidente ceifou a vida dos pais. Compadecido do garoto, o líder feudal o adotou e o criou como filho.

Já na adolescência, durante um momento de discussão com os colegas na escola, por ter ganhado uma disputa, ele foi humilhado por ser judeu. Um tanto chateado, o garoto retornou para casa e perguntou ao pai qual o motivo da raiva que sentiam dele. Naquele momento, o pai contou toda a verdade sobre sua vida. Ele foi até seu aposento e trouxe uma caixa fechada que nunca havia tido coragem de abrir. Era um presente dos pais biológicos do menino. Ao abrir a caixa, havia um livro escrito em hebraico, incompreensível para ele, e também um manto branco listrado de azul, com franjas nas extremidades.

Querendo saber mais detalhes sobre aquela história, o menino deixou um bilhete dizendo que estava indo em busca dos judeus. Tomou alguns pertences e saiu à procura de aldeias judaicas. Após longa caminhada, chegou numa vila em que os judeus estavam na sinagoga. Ao adentrar o local, o garoto percebeu que os pertences da caixa eram os mesmos que os homens na sinagoga utilizavam. Além do mais, a música cantada batia forte em seu coração e impressionou sua mente, de tal maneira que ele se alegrou.

Naquele exato momento de alegria pelos louvores cantados, o garoto resolveu interromper a cerimônia com um grito ensurdecedor. Todos voltaram os olhares para o menino enquanto ele se derramava em prantos. E no auge de sua alegria, ele se expressou: “Deus meu! Não entendo Tuas letras, não conheço Tua língua e não sei cantar Tuas melodias. Mas receba-me, pois sou apenas um menino judeu voltando para a Tua casa” (Vitor Fridlin, David Gorodovits e Jairo Fridlin, Salmos: Com tradução e transliteração [Editora Sêfer, 2003], p. I-II).

O louvor é uma poderosa ferramenta utilizada para aproximar o ser humano do sagrado. O jovem Davi dedilhava a sua harpa e cantava lindos louvores ao Senhor. Muitos dos Salmos são de sua autoria. No momento em que Saul, possuído por um espírito das trevas, ficava fora de si, eis que o pastor Davi o acalmava com louvores (1Sm 16:14-23).

Lineu Soares e Valdecir Lima, salmistas modernos, em uma bela composição expressaram que o “louvor é o sorriso da alma”. Sem dúvida, quando ouvimos uma bela melodia em louvor ao Senhor, somos abençoados e adentramos um terreno diferente do que estamos acostumados a pisar.

O maestro Williams Costa Júnior diz que quer “viver a vida cantando em louvor a Jesus”. Louvar é algo tão importante que percebemos isso até no canto de um pássaro, que é uma espécie de júbilo a Deus. É uma dedicação esplêndida pelo cuidado que o Senhor Deus tem num mundo belo, porém repleto de perigos. A Bíblia diz: “Todo ser que respira louve o Senhor” (Sl 150:6). Embora o pecado tenha atrapalhado a simbiose entre homem e meio ambiente, ainda é possível ouvir louvores de ambos em um mundo superbarulhento.

O louvor alimenta a alma e conecta o ser humano para mais perto de Deus. A cantora americana Witney Houston (in memoriam), em suas crises existenciais durante as apresentações de seus shows, muitas vezes recorria ao louvor e até mesmo à oração. De modo recorrente, ela se trancava no camarim e, em oração, pedia socorro a Deus. Certamente, ela devia se lembrar dos tempos de criança e de suas participações no louvor a Deus na igreja, uma vez que era de origem cristã.

Quando eu cursava teologia, houve períodos muito difíceis devido às duras condições para continuar o curso. Dos muitos momentos tristes, a música foi um refúgio para alegrar a alma. As capelas, os cultos de sexta-feira e os cultos em meu lar, eram um bálsamo que anestesiava as tensões. Um dos momentos em que senti Deus falar por meio do louvor foi num programa “Está Escrito”. Na ocasião, José Barbalho cantou, no apelo, a música “Eu Aqui Estou”. A linda letra e a bela melodia me fizeram viajar nos pensamentos, provocando uma explosão de alegria e esperança. O hino diz: 

“Está você cansado de lutar e perder

Tem até buscado ajuda, sem receber

Nesse instante veja bem, levante o rosto, olhe além

Eu aqui estou, sei da sua dor, e lhe dou alento.”

 

O louvor liberta e alimenta a alma. Os judeus sabiam disso e desenvolveram o Saltério, composição usada para o sistema de louvor e adoração. Ao longo da vida judaica, os hinos de louvor mantinham a conexão com o sagrado. A comunidade de Qumran, por exemplo, viu no Saltério “evidências que confirmaram o entendimento de que ela era a legítima remanescente, que vivia os últimos dias antes do juízo final” (Bruce K. Walter; James M. Houston e Erika Moore, Os Salmos Como Adoração Cristã: Um comentário histórico [São Paulo, SP: Shedd Publicações, 1ª ed.; 2015], p. 37).

Não é preciso ser sectário à semelhança da comunidade de Qumran, mas também não se pode deixar de reconhecer a importância dos que dão a vida para preservar aquilo que é visto como sagrado. Certamente, louvor e adoração formam o sagrado que aproxima o ser humano egoísta de um ambiente propício, em que o espaço humano deve ser reduzido pelo engrandecimento do Criador como o Mantenedor da vida e Aquele que cuida de todos.

O ato de louvar a Deus envolve uma vida de louvor. De acordo com o Dicionário Porto, louvor é “elogio, aplauso, honra”. Isso quer dizer que, além de cantar em expressão de louvor, o cristão deve compreender que Deus merece toda a dedicação. Normalmente, de forma legítima, o cristão recorre à sua filiação como filho de Abraão, que o inclui na família de fé (Gl 3:29). Mas quantos estão dispostos a se despojar das coisas e do “eu” para se entregar inteiramente ao Senhor como fez Abraão?

Quando Abraão decidiu sair de Ur, em resposta ao chamado de Deus, aquele ato representou uma atitude de louvor a Deus. Abraão estava deixando tudo para trás numa resposta de adoração e louvor ao Deus Criador (Gn 12:1-3). Abraão compreendeu que os deuses dos seus familiares não tinham vida e, por isso, decidiu abandonar a Mesopotâmia em direção ao desconhecido. Aparentemente, parece ter sido fácil a vida do patriarca, quando mencionamos com certo romantismo a sua jornada de fé. No entanto, foi uma saga complexa e cheia de desafios. Desde a saída de Ur, Deus voltou a falar novamente com ele por ocasião da contenda entre os seus pastores e os pastores de Ló (Gn 13:1-19).

Ao experimentar provações na vida, ainda assim você continua a cantar e viver alegremente? Você continua com a mesma simpatia para com Deus? Ou na primeira situação difícil você simplesmente abandona Cristo e sai da igreja, desistindo do louvor? Lembre-se de que Abraão dedicou uma vida de louvor a Deus. Ele reconheceu o Senhor de tal modo que até decidiu devolver o dízimo de tudo que recebeu de Deus (Gn 14). Lembre-se de que até o dízimo é uma expressão de louvor e de adoração ao Deus Eterno.

Procure ter uma vida de louvor a Deus. O cristão deve manter a gratidão ao Senhor, à semelhança do que fez Abraão. Ele reconheceu a grandiosidade do Senhor desde o seu chamado, passando pelos livramentos até a posse de Canaã. O mesmo deve acontecer com cada adorador atual. Em suas atitudes de louvor e de adoração, o cristão deve enxergar a Nova Terra, à semelhança do que fez Abraão e todos os heróis da fé, pois eles dedicaram uma vida de louvor ao Senhor.

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Célio Barcellos é pastor no distrito de Pirassununga, na Associação Paulista Central. Atualmente cursa jornalismo e possui MBA em Liderança Missional. Contribui com artigos em veículos denominacionais e seculares, além de transcrever palestras e pregações para auxiliar a igreja. É natural de Itaúnas/Conceição da Barra, ES. Casado com Salomé Barcellos, tem dois filhos, Kairos Álef, de 18 anos, ilustrador e estudante de Arquitetura, e Krícis Barcellos, de apenas 10 anos.