Lição 8
13 a 19 de agosto
Vendo o Invisível
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jr 10-13
Verso para memorizar: “Pela fé, Moisés abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a ira do rei, pois permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível” (Hb 11:27).
Leituras da semana: Rm 8:28-39; Jo 14:1-14; Ef 1:18-23; Is 40:27-31

A definição de fé no livro de Hebreus sempre foi desafiadora. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11:1). Como podemos ter certeza sobre o que não vemos? No entanto, é exatamente isso o que Moisés ilustra no verso para memorizar: “permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível” (Hb 11:27).

É ainda mais desafiador perceber que somos chamados a ver “Aquele que é invisível” não apenas quando tudo vai bem, mas principalmente quando tudo vai mal. Para isso, precisamos de fé, uma fé cristã que deve ser moldada pela verdade sobre Deus e Seu reino. A verdade sobre a bondade de nosso Pai, o poder no nome de Jesus, o poder da ressurreição e a compaixão de Deus são verdades essenciais que nos permitirão permanecer firmes quando estivermos no crisol e formos, talvez, tentados a duvidar de tudo.

Resumo da semana: Quais verdades sobre Deus podem ajudar a nos manter firmes mesmo nas piores situações?

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Domingo, 14 de agosto
Ano Bíblico: Jr 14-16
A generosidade do nosso Pai

“Se Deus realmente me amasse, com certeza Ele faria ________________ por mim!” Quantas vezes esse pensamento já passou por nossa mente? Olhamos para as circunstâncias e nos perguntamos se Deus nos ama de fato, porque, se amasse, tudo seria diferente.

Existem duas razões pelas quais muitas vezes duvidamos da bondade de Deus. A primeira ocorre quando temos um desejo ardente por algo que acreditamos ser bom, e a ideia de que Deus possa querer algo diferente para nós pode parecer desanimadora. A segunda razão é que podemos duvidar da bondade divina porque nossa experiência não combina com o que cremos. Se algo parece bom, soa bem ou tem um gosto bom, então acreditamos que deva ser bom, e sentimos raiva de Deus quando não podemos ter isso.

É aqui que a fé entra em jogo. Ela entra em ação precisamente nos momentos em que somos tentados a duvidar de Deus e de Sua bondade.

1. Romanos 8:28-39 fala da bondade de Deus para conosco. O que nesses versos que nos ajuda a não duvidar da bondade divina?

Em Romanos 8:32, há uma lógica importante que é extremamente útil para evitar que sejamos oprimidos pelas circunstâncias. “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, mas por todos nós O entregou, será que não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?” Como poderíamos pensar que Deus enviaria Jesus para morrer por nós e depois Se tornaria cruel e mesquinho?

Isso significa que a verdade da generosidade de Deus para conosco, vista na morte de Cristo, deve ter um impacto mais forte em nosso pensamento do que todas as dúvidas que o crisol possa gerar em nós.

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Como é possível que uma verdade (a bondade de Deus) tenha um efeito mais pode- roso sobre você do que suas dúvidas? Passe algum tempo meditando na verdade de que Deus deu Jesus para morrer em seu lugar, e que essa incrível generosidade se manifesta de mil maneiras diferentes hoje. O que isso faz por sua fé?


Segunda-feira, 15 de agosto
Ano Bíblico: Jr 17-19
Em nome de Jesus

“Eu farei qualquer coisa que vocês Me pedirem em Meu nome” (Jo 14:14, NTLH).

Jesus não estaria com os discípulos por muito mais tempo. Aquele que havia sido seu apoio e encorajamento estava indo para o Céu, e os discípulos começaram a se sentir confusos e desamparados. Contudo, embora não mais pudessem vê-Lo fisicamente, Jesus lhes deixou uma promessa notável.

Leia João 14:1-14. De acordo com os versos 13 e 14, Jesus prometeu fazer por nós “qualquer coisa” que pedíssemos em Seu nome. Por isso, quase sempre adicionamos no fim de nossas orações: “Em nome de Jesus, amém!”

2. Em nosso conceito, o que essas palavras significam? O que Jesus quis dizer quando nos encorajou a orar assim? O que Ele quis enfatizar?

Quando nosso pedido é feito “em nome de Jesus”, podemos ter a certeza de que todo o mecanismo do Céu trabalha em nosso favor. Podemos não ver os anjos trabalhando ao nosso redor, mas eles são enviados do trono do Céu em nome de Jesus, para realizar nossos pedidos e responder às nossas orações.

Às vezes, quando oramos em nome de Jesus, abrimos os olhos e esperamos que tudo seja diferente ao nosso redor, mas tudo parece igual. No entanto, embora o poder de Deus possa vir com efeito dramático, como quando Jesus acalmou a tempestade, também pode vir em silêncio, despercebido, como quando o poder divino sustentou Jesus no Getsêmani. Talvez não aconteça algo dramático de repente, mas isso não significa que Deus não esteja trabalhando por nós.

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Leia novamente João 14:1-14. Imagine que o Senhor esteja falando diretamente com você. Que esperança e encorajamento você pode tirar dessas promessas? Ao mesmo tempo, pergunte-se: “Que coisas em minha vida podem impedir que essas promessas se cumpram? Que mudanças devo fazer?”


Terça-feira, 16 de agosto
Ano Bíblico: Jr 20-23
O poder da ressurreição

A ressurreição aborda o problema da incapacidade humana. Ao pensarmos sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus, com frequência refletimos sobre como a morte de Cristo nos tornou legalmente justos diante de Deus. E isso, claro, é verdade.

No entanto, a ressurreição acrescenta uma dimensão específica à salvação. Ela é significativa não apenas porque nos mostra que um dia também seremos ressuscitados. Esse evento colocou Jesus à direita do Pai em uma posição de poder e autoridade, e Deus nos disponibiliza esse mesmo poder!

3. Em Efésios 1:18-23, Paulo falou sobre o poder de Deus. O que esses ver- sos nos ensinam sobre o poder da ressurreição? Que esperança e promessas há nesses versos?

Paulo orava para que os efésios entendessem alguns conceitos que só podem ser entendidos corretamente com a ajuda divina: (1) existe esperança de transformação e um futuro eterno para o qual Jesus nos chamou; (2) há um poder que foi manifestado em nosso favor.

Paulo tentou descrever esse poder disponível para nós, e que é o mesmo que ressuscitou Jesus não apenas de volta à vida, mas para o lugar de poder à direita do Pai.

A ressurreição não deu a Jesus nenhum tipo de poder, mas a autoridade de governar e oferecer tudo o que Seu povo pudesse precisar – por toda a eternidade!

4. Faça uma lista das áreas de sua vida para as quais você precisa do poder do Jesus ressurreto. Ore para que esse poder atue. Ao mesmo tempo, pense nas escolhas que você pode fazer para permitir que esse poder aja com mais liberdade em sua vida.

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Quarta-feira, 17 de agosto
Ano Bíblico: Jr 24-26
Entregando ao Senhor as preocupações

Há uma frase que diz: “Por que orar quando você pode se preocupar?” Isso nos faz rir, pois sabemos com que frequência nos preocupamos em vez de irmos a Deus para Lhe entregar nossas inquietações.

Alguém disse que, quando nossa vida estiver toda amarrada, devemos dá-la a Deus e deixar que Ele desate os nós. Como Ele deve desejar fazer isso! Ainda assim, surpreendentemente, nos agarramos aos nossos problemas até que estejamos prestes a desabar. Por que esperamos tanto para irmos ao Senhor?

5. Leia 1 Pedro 5:7. Pedro citou o Salmo 55:22. Qual é a mensagem para nós? Veja também Mateus 6:25-33.

O texto de 1 Pedro 5:7 é muito simples. Não há nenhum segredo escondido nele. Lançar significa fazer exatamente isso, jogar, entregar, de modo que o que estiver causando dor e preocupação não tenha mais nenhuma conexão conosco. Mas, é claro, nossos fardos não são jogados em qual- quer lugar, nem nossa preocupação desaparece no vazio, mas são dados ao nosso Pai no Céu, que promete resolver o problema. Isso é o que Jesus nos diz nos versos de Mateus. O problema em fazer isso não é que seja difícil, mas que parece muito fácil, bom demais para ser verdade.

A ansiedade é causada por todo tipo de coisas. Pode ser pressão do trabalho, uma crítica inesperada, sentimento de que somos indesejados ou não amados, preocupações de saúde ou financeiras, percepção de não ser- mos bons o suficiente para Deus e crença de que não somos perdoados.

Um dos motivos pelos quais nos apegamos a nossos problemas é que pensamos que podemos resolvê-los melhor do que qualquer pessoa. Mas Pedro nos exorta a reconsiderar tal ideia. Deus Se importa. Por isso, não temos que nos preocupar. A Bíblia diz que Ele Se preocupa o suficiente para transformar qualquer situação.

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O que preocupa você? Existe algo demasiadamente difícil para o Senhor? Talvez nosso maior problema seja que, embora acreditemos que Deus possa consertar tudo, não acreditamos que Ele vá resolver da maneira que gostaríamos que Ele resolvesse. Pen- se nesse último ponto e questione se isso é verdade em sua vida.


Quinta-feira, 18 de agosto
Ano Bíblico: Jr 27-29
Fiéis, mesmo sem ver a Deus

É muito desagradável imaginar que ninguém se importa com o que acontece conosco, mas pensar que Deus não sabe ou não Se importa pode ser muito mais angustiante.

Para os judeus exilados na Babilônia, Deus parecia não Se importar muito com a situação deles. Ainda estavam exilados, ainda se sentiam abandonados pelo Senhor por causa de seus pecados. Mas Isaías lhes dirigiu palavras de conforto: “Como pastor, Ele apascentará o Seu rebanho; entre os Seus braços recolherá os cordeirinhos e os carregará no colo, as que amamentam Ele guiará mansamente” (Is 40:11). Mas depois de tanto tempo, os exilados pensaram: Onde estás, ó Senhor? Não vemos nenhuma evidência de que ainda estejas conosco ou que Te importas!

6. Leia Isaías 40:27-31. Como o profeta descreve Deus? Como essa descrição pretende responder à crença de que nosso “caminho está encoberto ao Senhor; e o [nosso] direito passa despercebido ao [nosso] Deus” (Is 40:27)?

No livro de Ester encontramos outro grupo de pessoas que pode ter considerado que seu caminho estivesse encoberto de Deus. Nesse livro, Deus não é mencionado. No entanto, toda a história é um drama da intervenção divina para salvar Seu povo de uma lei irrevogável para destruí-lo. Essa história não apenas descreve eventos do passado, mas simboliza um tempo no futuro em que o povo de Deus será novamente perseguido e uma lei será introduzida para sua destruição (Ap 13:15). É possível imaginar como seria fácil concluir, em meio a tais circunstâncias terríveis, que o Senhor havia abandonado o Seu povo? Mas não devemos temer. O mesmo Deus que salvou Seus escolhidos na história de Ester salvará Seu povo novamente na crise final.

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Lemos como Isaías descreveu Deus aos exilados. Como você O descreveria para as pessoas que sentem que Ele as abandonou? Como as ensinaria a ver com os olhos da fé e a confiar mais em Seu amor?


Sexta-feira, 19 de agosto
Ano Bíblico: Jr 30-32
Estudo adicional

Texto de Ellen G. White: Profetas e Reis, p. 349-352 [598-606] (“A rainha Ester”).

“Deus não disse que daria o Espírito Santo aos que O pedissem a Ele? E esse Espírito não é um Guia real e verdadeiro? Parece que algumas pessoas têm receio de aceitar o que Deus afirma, como se isso fosse presunção de sua parte. Oram para que o Senhor nos ensine, e, no entanto, temem acreditar na empenhada palavra de Deus e crer que temos sido ensinados por Ele. Contanto que nos dirijamos a nosso Pai celestial humildemente e com um espírito suscetível de ser ensinado, dispostos e ansiosos por aprender, por que havemos de duvidar de que Deus cumprirá Sua promessa? Nem por um momento devemos duvidar Dele, desonrando-O desse modo.

“Quando buscarem conhecer Sua vontade, a parte que lhes cabe no trato com Deus é crer que haverão de ser conduzidos, guiados e abençoados no cumprimento de Sua vontade. Talvez duvidemos de nós mesmos, temendo interpretar mal Seus ensinos, mas tornemos até isso um assunto de oração e confiemos Nele, sim, confiemos Nele ao máximo, para que o Seu Espírito Santo nos leve a interpretar corretamente Seus planos e a atuação de Sua providência” (Ellen G. White, E Recebereis Poder, p. 114 [15 de abril]).

“A fé é fortalecida pelo conflito com dúvidas e influências opostas. A experiência alcançada nessas provas é de maior valor do que as joias mais preciosas” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 463 [555]).

Perguntas para consideração

  1. Quais são as coisas em que acreditamos mesmo não vendo? Como isso pode nos ajudar a entender o que significa ver “Aquele que é invisível”?

  2. Como crer que o caminho de Deus é o melhor, mesmo não sendo o que queremos?

  3. Se “a fé é fortalecida pelo conflito com dúvidas e influências opostas” que leva a algo “de maior valor do que joias preciosas”, isso deve moldar nossa percepção sobre os conflitos?

  4. Muitos enfrentam situações em que o pior acontece, apesar das orações e dos melhores esforços. Como entender isso à luz do que temos estudado?

Respostas e atividades da semana: 1. Ele entregou o próprio Filho por nós. 2. Que tudo o que pedimos de acordo com a vontade de Deus acontecerá; que, por causa de Seu sacrifício por nós, podemos reivindicar Suas promessas; Jesus quis demonstrar Sua unidade com o Pai e Seu amor por nós. 3. Esse poder está disponível a nós e podemos reivindicá-lo. 4. Comente com a classe. 5. Deus sabe do que precisamos, ele tem cuidado de nós.6. Deus não Se cansa, e Sua sabedoria é insondável. Nada é encoberto Dele.

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Resumo da Lição 8
Vendo o Invisível

TEXTO-CHAVE: Hb 11:27

FOCO DO ESTUDO: Is 40:27-31; Jo 14:1-14; Rm 8:28-39; Ef 1:18-23

ESBOÇO

A fé é outro pilar das três virtudes teológicas de 1 Coríntios 13:13. A exemplo da esperança, a fé é uma realidade complexa e pertence à nossa natureza espiritual e relacional. O apóstolo Paulo define a fé em relação à esperança e ao invisível: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11:1). Sendo que Deus não é visto, a única maneira de nos aproximarmos Dele é pela fé (Hb 11:6). No entanto, como Hebreus 11:1 estabelece, esse ato de crer Nele não é imaginação humana nem autoprojeção humana ao absoluto. Em vez disso, nossa fé cresce a partir de evidências: das promessas, das profecias cumpridas, da criação, da providência divina e do cuidado divi- no por nós em nossa história pessoal ou coletiva, e de Seu amor por nós na encarnação do Filho, quando Deus Se fez carne, andou conosco e morreu em nosso lugar (Jo 1:1-3, 14; 3:16, 36), e da evidência de que, na ressurreição de Cristo, Ele tem poder sobre o mal, o pecado, o sofrimento e a morte (Ef 1:18-21). Por meio dessas evidências, quem crê em Deus e em Sua Palavra “vê” o Invisível pela fé.

Temas da lição

A lição desta semana destaca dois temas principais:

  1. A dúvida surge quando não cremos que Deus tem a melhor solução para nossos problemas.

  2. O maior fundamento de nossa fé é Cristo, Sua encarnação, Seu sacrifício por nós e Sua ressurreição. Jesus é a evidência divina de que o Senhor pode carregar nosso pecado, sofrimento e morte sobre Si mesmo para que possamos vencer nossos crisóis.

COMENTÁRIO

Ver Deus

O que nós, como cristãos, queremos dizer com “ver” Deus? Desde que o pecado nos separou Dele, levando-nos através do vale do sofrimento e da morte, ansiamos por ver o Senhor. Mas o que significa vê-Lo no contexto do pecado? Depois de acordar de seu sonho sobre a escada que ligava o Céu e a Terra, Jacó concluiu: “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: – Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos Céus” (Gn 28:16, 17). Depois de uma noite de oração e de luta com o Senhor, Jacó descobriu que tinha visto Deus “face a face” (Gn 32:30). Moisés também é conhecido como o profeta que falou com Deus “face a face” (Êx 33:11; Nm 12:8; Dt 34:10). Ele declarou ao povo de Israel que Deus havia falado com eles “face a face” (Dt 5:4). O patriarca também abençoou Israel dizendo: “O Senhor faça resplandecer o Seu rosto” e “sobre vocês levante o Seu rosto” para conceder-lhes bênçãos, proteção, providência, paz e graça (Nm 6:25-27). Quando Moisés expressou o desejo de conhecer mais a Deus, Ele lhe garantiu que Sua “presença” acompanharia o povo de Israel (Êx 33:14). No entanto, Moisés desejava um encontro “face a face” e pediu a Deus que lhe mostrasse Sua glória divina (Êx 33:18; veja também Êx 3:6). O Senhor explicou a Seu servo que ninguém podia ver Seu rosto e continuar vivendo (Êx 33:20; ver também Is 6:5) e que o ser humano é capaz de “ver” apenas aquilo que demonstra a glória divina: Seu nome, Sua bondade, compaixão e misericórdia (Êx 33:19, 21-23).

Da mesma forma, Davi ansiava ver a face de Deus. Como Jó, o patriarca (Jó 13:24), o rei

Davi, quando em perigo, sentia como se Deus escondesse Seu rosto dele e de Seu povo (Sl 13:1; 27:9; 30:7; 44:24; 69:17; 88:14; 102:2; 143:7; veja também Lv 20:3, 6; Dt 31:17,

18). Mas Davi encontrava ânimo na promessa de que o Senhor não esconde Seu rosto dos justos em aflição (Sl 22:24; Sl 24:6). Mesmo quando em apuros ou sofrendo por causa do pecado, Davi depositou a esperança em Deus, que o salvaria e faria resplandecer Sua face sobre ele novamente (Sl 17:15; 31:16; 80:3; veja também Sl 51:9). Por isso Davi sem- pre cantava: “Buscai o Meu rosto; o meu coração disse a Ti: O Teu rosto, Senhor, buscarei” (Sl 27:8, ACF; veja também Sl 105:4; 119:58, 135).

Como líder do povo de Deus, Davi sabia que Israel só seria abençoado se Deus resplandecesse o rosto sobre ele (Sl 4:6). Obviamente, ele compreendia, como Jacó e Moisés, que o ato de ver a face de Deus tinha um sentido figurado, e não literal. Essa figura aponta para a presença de Deus entre Seu povo por meio do Espírito Santo, para o perdão divi- no, para a salvação, a segurança, o cuidado, a providência, a proteção, as bênçãos de saúde e paz, as revelações proféticas e a orientação divina para Seu povo em sua existência e missão. Todos esses conceitos e experiências representam “ver” Deus através da fé!

Claro, não podemos ver Deus como Ele é em Sua natureza divina. Estamos no Universo;

Deus está conosco, mas também é transcendente ou está além de nossa realidade. Somos finitos, Deus é infinito. Além disso, somos pecadores, Deus é santo. É por isso que simplesmente não podemos vê-Lo como Ele é. Porém, podemos ver o que Ele escolhe revelar a nós, da maneira pela qual Ele decide revelar. O que o Senhor nos revela é Sua glória no Universo, que é Sua criação e o domínio de Seu reino. Ele demonstra Seu amor e cuidado por nós por meio de Suas revelações e de Sua providência. Por essa razão, em Hebreus 11:1 e 6, o apóstolo Paulo concluiu que, no contexto do pecado, fé é “ver” a evidência e as revelações proféticas da existência e da presença divina conosco. O amor, por exemplo, é materialmente “invisível”, mas é evidente na manifestação da pessoa que nos ama.

Por outro lado, podemos literalmente “ver” Deus na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo Deus, tornou-Se humano para habitar entre nós a fim de que pudéssemos “ver” a “glória” de Deus e Sua “graça e verdade” (Jo 1:14; ver também Mt 1:23; Fp 2:6-9). Por isso, João declarou: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida – e a vida se manifestou, e nós a vimos e dela damos testemunho, e anunciamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada –, o que vimos e ouvimos anunciamos também a vocês, para que também vocês tenham comunhão conosco” (1Jo 1:1-3)."Ao compartilhar seu testemunho sobre o que tocou, viu e ouviu, o apóstolo João desejava que tivéssemos comunhão ou compartilhássemos de sua experiência com o Verbo que Se fez carne. Essa comunhão evoca outra maneira pela qual podemos “ver” Deus. No Salmo 34, Davi relatou seus temores e falou também que “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra” (Sl 34:7). Em seguida, convidou: “provem e vejam que o Senhor é bom” (Sl 34:8). A figura de linguagem que significa “provar” reflete uma forma íntima de conhecer Deus por meio da experiência pessoal. Na experiência cristã, se, por um lado, lemos o testemunho de João sobre ver e ouvir o Deus encarnado, por outro, precisa- mos também “vê-Lo” por nós mesmos por meio da mediação do Espírito Santo (Jo 14:16- 18; 16:14; Rm 8:2-17). Por isso Davi concluiu que bem-aventurado é aquele que “Nele se refugia” (Sl 34:8), e Paulo concluiu que nem “a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada nos separará do amor de Cristo” (Rm 8:35)."

Em última análise, em nossa situação, “ver” Deus significa experimentar, por meio da Palavra divina e da obra do Espírito Santo em nós, a providência, o amor e a segurança de Deus, significa sentir Sua presença conosco e ter Sua paz e a certeza de que Ele está conosco. Isso é fé.

Ressurreição de Cristo; nosso sofrimento e morte

A ressurreição desempenha um papel crucial na teodiceia cristã ou na explicação da origem, existência e destino do mal no Universo de Deus. A respeito disso, é possível destacar três pontos:

  1. A Bíblia coloca a ressurreição no centro de nossa fé em Deus e de nossa esperança quanto ao futuro. O apóstolo Paulo concluiu que “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (1Co 15:19). O mal e a morte findarão com a ressurreição daqueles que depositam a confiança em Deus.

    Essa restauração é garantida pela ressurreição de Cristo, o que demonstra Sua divindade. Nossa única esperança de salvação reside em Deus, que leva nossos pecados sobre Si e também nos ressuscita com Seu poder. Se Cristo não tivesse ressuscitado, ficaria provado que Ele tinha sido um simples ser humano que precisava de salvação, e nós seríamos deixados em nossos pecados, destinados ao seu salário, ou seja, a morte (1Co 15:12-17; Rm 6:23).

  2. A promessa divina de nossa ressurreição é a melhor maneira de explicar por que Deus permite que Seu povo sofra e morra. O apóstolo Paulo afirmou que “tivemos em nós mesmos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos” (2Co 1:9). Deus pode “arcar com os custos”, por assim dizer, do sofrimento e da morte de Seus fiéis, porque Ele os criou e, portanto, pode recriá-los ou ressuscitá-los. Na verdade, seria digno o suficiente, para aqueles que colocam sua confiança em Deus, morrer por Ele e por Sua causa, mesmo sem nenhuma possibilidade de ressurreição. Mas tal resultado, em última instância, privaria Deus da condição e do poder de criar a vida do nada, tornando-O, assim, outra entidade egoísta e limitada no Universo. Aqueles que se colocaram ao Seu lado teriam morrido em vão, pois no fim não teriam provado nada sobre as reivindicações divinas. Porém, visto que Deus tem o poder comprovado de ressuscitar, Ele pode consentir que Seu povo morra.

No entanto, esse argumento se aplica apenas a Deus porque Ele é o único que tem o poder da ressurreição. Como ninguém no Universo, além Dele, possui o poder de criar e de ressuscitar, nenhum outro ser no mundo pode permitir que pessoas morram, ou matar e ser justificado por tais atos horríveis. Daí a declaração do sexto mandamento para a hu- manidade (Êx 20:13). Uma boa síntese sobre a importância da ressurreição para a fé cristã encontra-se em Josh McDowell, “Support of Deity: The Resurrection – Hoax or History”, The New Evidence That Demands a Verdict (Nashville, TN: Nelson, 1999), cap. 9, p. 203-284.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

  1. Lance sua ansiedade sobre Deus. Quando o apóstolo Pedro ensinou os membros da igreja a lançar sua ansiedade sobre Deus (1Pe 5:7), não pretendia endossar a inércia espiritual nem a irresponsabilidade (2Pe 1:5-7). Da mesma forma, Jesus ensinou Seus discípulos a não se preocuparem, e sim confiar em Deus (Mt 6:25-33), ao mesmo tempo que lhes ensinou que deviam ser diligentes e responsáveis (Mt 24:45-51; 25). Como podemos entender corretamente essas verdades bíblicas paradoxais? Como ensinar aos cristãos jovens os princípios contidos nesses versos?

  2. Como você tem visto Deus em sua vida? Isso tem fortalecido sua fé e confiança Nele, mesmo em meio às provações?

 


Ultimato sobre o sábado

Diogo

Brasil | 13 de agosto

Diogo era desesperadamente pobre, e seu patrão lhe dera um ultimato: “Trabalhe no sábado ou você será despedido”.

O que ele poderia fazer?

Meses antes, quando Diogo se casou, ele era tão pobre que não podia alugar uma casa em sua terra natal, o Brasil. Então, ele e a noiva foram morar com uma tia que não cobrava aluguel. Na época, Diogo trabalhava como estagiário.

Então, ele soube que sua esposa, Nayara, estava grávida, e começou a procurar um emprego com uma remuneração melhor. Porém, seu verdadeiro sonho era ter seu próprio negócio.

Diogo falou com Deus sobre seu sonho. “Querido Deus”, orou ele, “por favor, ajude-me a encontrar um emprego onde eu possa ganhar dinheiro suficiente para realizar meu sonho de ter minha própria empresa”.

Não foi fácil encontrar trabalho por causa de suas convicções sobre o sábado. Ninguém parecia querer contratar um adventista do sétimo dia que pedia um tempo livre para adorar a Deus do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado. Mas Diogo não desistiu e continuou orando. Um dia, ele recebeu uma ligação de um posto de gasolina que queria contratar um segurança. Ele disse ao proprietário que era adventista do sétimo dia e não podia trabalhar aos sábados. Pela graça de Deus, o dono dava folga aos sábados, e Diogo tinha um emprego.

O posto ficava a uma distância considerável da casa de Diogo. Ele viajava para o trabalho de motocicleta e trabalhava todas as noites, exceto aos sábados. Era um trajeto perigoso e um trabalho perigoso. Mas ele realmente precisava do trabalho.

Um dia, o dono do posto disse a Diogo que não ia mais dispensar o sábado. Ele deu o ultimato: “Trabalhe no sábado ou você será demitido”. O que Diogo poderia fazer? Diogo lhe disse que já não podia trabalhar no posto.

Naquela época, a igreja de Diogo estava organizando o projeto Missão Calebe. A Missão Calebe é uma iniciativa da Divisão Sul-Americana que incentiva os membros da igreja a participarem de atividades comunitárias por meio de visitas domiciliares, estudos bíblicos e outras atividades. Diogo sempre gostou de realizar serviços comunitários e pensou: “Se eu não tiver emprego, posso ter tempo para ser voluntário!” Mas então ele se lembrou de que trabalhar como voluntário acrescentaria despesas extras ao seu orçamento limitado. Além disso, ele tinha uma filha recém-nascida e ainda sonhava em abrir seu próprio negócio.

Depois de muita oração, Diogo decidiu se voluntariar para a Missão Calebe. Ele queria ser fiel a Deus e responder ao Seu chamado para a missão.

Quando a Missão Calebe terminou, Diogo descobriu que tinha um extra de 700 reais no bolso, apesar das despesas extras. Com esse dinheiro, ele abriu seu próprio negócio.

Deus foi fiel a ele. Há quatro anos, Diogo é dono de uma padaria de sucesso. Como membro leigo, ele também ajuda a liderar uma Igreja Adventista no Brasil. A igreja organiza uma Missão Calebe todos os anos, e muitos jovens foram batizados como resultado. Diogo diz: “Aprendi que, quando somos fiéis a Deus, Ele cuida de nós".

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a estabelecer quatro novas igrejas no Brasil. Obrigado por planejar uma oferta generosa em 24 de setembro.

Dicas para a história

  • Mostre a foto de Diogo com a família.

  • Leia mais sobre a Missão Calebe na Enciclopédia dos Adventistas do Sétimo Dia em: bit.ly/Caleb-Project.

  • Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

  • Baixe publicações sobre a missão e fatos rápidos da Divisão Sul-Americana: bit.ly/sad-2022.

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º trimestre de 2022

Tema geral: Provados pelo fogo

Lição 8 – 13 a 20 de agosto de 2022

Vendo o invisível

 

Autor: Célio Barcellos

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

Conhecido como pai do movimento ambientalista, o cientista prussiano Alexander Von Humboldt viveu no século 18 e tinha a ideia de que a Terra era “um todo natural animado e movido por forças interiores”. Com uma capacidade mental invejável, ele enxergava as coisas além do senso comum. Até mesmo Charles Darwin e Simon Bolivar foram influenciados por seus escritos. O primeiro para a formulação da teoria da evolução e o outro para a Revolução na América Latina.

Apesar de sua linha naturalista, Humboldt, por ocasião de sua visita à América do Sul, teve um lampejo sobre o design inteligente, ao reconhecer que o vulcão Cotopaxi, em sua exuberância no formato cônico, tinha sido projetado por alguém. Ele expressou a seguinte frase ao contemplar o Cotopaxi, no Equador: “Era como se um marceneiro [o] tivesse fabricado em seu torno mecânico” (Andrea Wulf, A Invenção da Natureza: A Vida e as Descobertas de Alexander Von Humboldt [São Paulo, SP: Planeta, 2019], p. 32, 133). Quem dera se Humboldt tivesse lido Gênesis 1 a 3 e reconhecido os atos criativos de Deus!

Certamente ele teria deixado de lado a ideia de que a Terra era “um todo natural animado” e afirmado que nada existiria e funcionaria sem a mente inteligente do Criador, pois a Terra no princípio das coisas era sem forma e vazia (Gn 1:1). Até mesmo Paulo, ao citar o poeta cretense, ensinaria a Humboldt que somente em Deus “vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28). Mesmo com as suas intuições que o conduziram a experiências empíricas, Humboldt poderia ter se detido um pouco mais no invisível.

A galeria da fé em Hebreus 11 mostra homens e mulheres que enxergaram além. Abraão, por exemplo, obedeceu ao Senhor “e partiu sem saber para onde ia” (Hb11:8); Moisés abandonou as riquezas do Egito e “permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível” (Hb 11:27); Raabe, apesar da vida duvidosa, creu na Palavra de Deus e “acolheu os espias com paz” (Hb11:31). A história bíblica e a história do cristianismo estão repletas de personagens que enxergaram o invisível por meio da fé.

O escritor Henrique Komatsu em seu livro infantil “A Menina Que Viu Deus”, conta a história de Aleteia, uma menina que morava com sua avó ao pé de dois cumes: Alegria, o cume menor, e Tristeza, o cume maior. Um belo dia, Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?” Sua avó respondeu: “Deus”. Aleteia ficou bastante intrigada ao ouvir que Deus havia criado todas as coisas. Após muita reflexão e observação na natureza, Aleteia disse que era mentira.

Assustada com a resposta da neta, a avó de Aleteia decidiu levá-la a Deus. No dia seguinte bem cedinho, a avó escolheu a montanha mais alta e convidou a neta para subir. Aleteia reclamou da escolha da montanha mais alta, e a avó respondeu: “do alto da Tristeza nós vemos toda a Alegria, mas do alto da Alegria nós só vemos um lado da Tristeza”. E apressou a neta: “Vamos, Deus está esperando”. Quando chegaram ao topo, ela observou que a Alegria possuía diversas cores. No momento do pôr do sol, ela notou a montanha avermelhada.

Naquele momento, sua vovozinha perguntou qual era a cor da Alegria. Aleteia respondeu: “depende da hora do dia”. E, mais uma vez, a avó perguntou: “E qual é a cor do dia?” Aleteia não pôde responder, pois o dia não tinha cor, mas contava com todas as cores. Então, a vovozinha disse: “Deus é como a cor do dia. Nós não enxergamos, mas, por causa dela, vemos tudo ao nosso redor, porque ela está em todos os lugares, mostrando tudo”. Daquele momento em diante, a pequena garota entendeu que Deus é luz. Não a luz do sol, mas a luz do coração (Henrique Komatsu, A Menina Que Viu Deus [Smaswhwords, 2010], livro digital-ebook).

Existem pessoas que, ao contemplar a natureza, negam a existência de Deus, e há também aquelas que veem Deus em tudo, tratando a natureza como divindade. Davi, por exemplo, ao contemplar as belezas da criação, não demonstrou incredulidade nem tratou a natureza como deus. Pelo contrário, ele disse que “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos” (Sl 19:1). Davi conseguiu ver o invisível quando atribuiu tudo o que contemplava ao Deus criador do céu e da Terra.

O grande problema para os incrédulos é que a própria Escritura menciona que “os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez” (Rm 1:20). O apóstolo chama os incrédulos de insensatos, pois neutralizam o próprio raciocínio para o conhecimento de Deus (v. 21). Nesse contexto, até mesmo os loucos de Isaías se mostram mais inteligentes, pois eles não erram o caminho (Is 35:8).

A neutralização do próprio raciocínio impede o ser humano de ver as coisas espirituais. O campo da filosofia que aborda a natureza do conhecimento é chamado de epistemologia. De acordo com o Dicionário Porto, em um sentido mais amplo, epistemologia significa teoria do conhecimento. Num sentido mais estrito, significa hipótese, estudo crítico, a busca pela origem lógica de algo. É através desse campo filosófico que o cristianismo é bombardeado para a mudança de cosmovisão. O fiel servo de Deus tem o dever de, em sua cognição, manter sua confiança na Palavra e continuar vendo o invisível. Do contrário, ele poderá até saber muito sobre o mundo natural e social, mas será um míope em enxergar as coisas de Deus.

Ver o invisível exige humildade para reconhecer a grandiosidade do Criador e não simplesmente criar teorias para tentar fugir dessa realidade. Além de Humboldt e Darwin, outros surgiram e estão tentando tirar o sentido da realidade que oferece acesso ao invisível. Entre esses ou os crentes da lista de Hebreus 11, o melhor é ficar com o segundo grupo, pois eles enxergaram muito mais longe. O cientista Isaque Newton disse: “Se enxerguei mais longe é porque me apoiei em ombros de gigantes”. Além de ter sido um excelente cientista, Newton cria em Deus. Ele enxergou o invisível ao reconhecer a grandeza da criação de Deus.

Como leitor da Bíblia, ele fez ciência reconhecendo a existência de Alguém maior que ele. Isso é o que cada um de nós precisa fazer. Tudo ao nosso redor foi pensado com detalhes para revelar o invisível. Não é preciso criar teorias, pois o enredo da verdade está pronto, só precisamos encaixar as coisas. Mesmo que nos apresentem evidências para afrontar a Deus, o melhor é nos mantermos firmes na revelação segura que nos foi dada.

Sigamos firmes crendo no invisível! Esse é o dever daquele que enxerga além. O falecido professor Orlando Ritter disse que a “revelação é o maior de todos os conhecimentos”. Por isso, vemos Abraão deixando sua terra, sua cultura, sua herança e partindo para onde Deus indicaria, a fim de seguir na jornada de fé e esperar o cumprimento da promessa. Assim como Abraão, tantos outros viram o invisível. E, à semelhança de todos eles, nós também podemos ver pela fé aquilo que os néscios não conseguem enxergar, pois não conseguem ver “um palmo à sua frente”. Deus quer abrir os nossos olhos para ver uma realidade de glória que não pode ser comparada com os sofrimentos do tempo presente. Você está disposto a abrir os olhos pela fé?

 

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Célio Barcellos é pastor no distrito de Pirassununga, na Associação Paulista Central. Atualmente cursa jornalismo e possui MBA em Liderança Missional. Contribui com artigos em veículos denominacionais e seculares, além de transcrever palestras e pregações para auxiliar a igreja. É natural de Itaúnas/Conceição da Barra, ES. Casado com Salomé Barcellos, tem dois filhos, Kairos Álef, de 18 anos, ilustrador e estudante de Arquitetura, e Krícis Barcellos, de apenas 10 anos.