Sexta-feira
31 de julho
A aliança perdida
Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Mateus 7:7

Era o ano de 1991. Meu noivo e eu estávamos construindo nossa casa. Como é comum nessa situação, a ansiedade de acompanhar cada detalhe nos levava a visitar a construção praticamente todos os dias, especialmente nos fins de semana, quando tínhamos mais tempo para apreciar aquele projeto.

Em um domingo, meu noivo saiu cedo para a construção. Era necessário juntar com uma enxada a areia que estava no terreno vizinho, onde já crescia a grama.

Fazia pouco tempo que havíamos ficado noivos. Com todo zelo, tirávamos as alianças cada vez que tínhamos que fazer algum serviço mais pesado, para que elas se conservassem bonitas e brilhantes. Por isso, naquele dia, meu noivo tirou a aliança do dedo, colocou-a no bolso da camisa e fechou o botão.

Quando chegou o horário de almoçar, ele pegou suas coisas e foi para a minha casa. Contou todo empolgado sobre as obras feitas na construção durante aquela semana. Depois do almoço, nós nos sentamos na sala. Com os olhos “perspicazes” de mulher, notei que ele estava sem a aliança. Mais do que depressa, perguntei onde estava:

– Ah, eu a coloquei no bolso, para não arranhá-la. Mas ela está aqui…

Você pode imaginar o que aconteceu, não é? Na mesma hora, propus que fôssemos até a construção para procurar a aliança. Ele ficou desanimado e disse que não adiantaria. Possivelmente ela tivesse caído enquanto ele juntava a areia no terreno vizinho. Seria praticamente impossível encontrar uma aliança ali. Insisti, e ele concordou.

O caminho, que sempre fazíamos com alegria e empolgação, se tornou melancólico e permeado de dúvida. Será que encontraríamos o pequeno objeto?

Ao chegarmos à construção, antes mesmo de nos dirigirmos ao terreno ao lado para começar a procura da aliança perdida, decidimos que devíamos pedir o auxílio de Deus. Ele sabia da nossa ansiedade. E nós sabíamos que, se fosse da vontade Dele, não seríamos frustrados em nossa busca. Oramos e saímos diretamente para o monte de areia.

Na primeira passada de mão do meu noivo para espalhar a areia, lá estava ela. Tão escondida e tão visível! Ficamos emocionados com a rápida resposta de Deus. O que podíamos fazer senão orar novamente e agradecer a Ele?

Passados quase 30 anos, aquela aliança até hoje está no dedo do meu marido. Só mudou de mão. E é um lembrete poderoso do que Deus pode fazer por nós quando vamos até Ele.

Neila D. Oliveira