Quinta-feira
13 de março
A brevidade da vida
Ajuda-nos a entender como a vida é breve, para que vivamos com sabedoria. Salmo 90:12, NVT

A temida fase da velhice bate à minha porta e vai entrando audaciosa. Estou na iminência de completar 60 anos de idade, e isso me assusta. Em menos de 2 meses, entro para a estatística das pessoas idosas do país. Apesar dos benefícios que posso aproveitar desse estágio da vida, saber que estou caminhando para a “idade avançada” não é algo que põe um sorriso no meu rosto.

A passagem do tempo pode, de fato, causar medo. Considerando a expectativa da vida humana segundo a Bíblia, só me resta um quarto de existência neste mundo (20 anos em média). O livro sagrado descreve que nosso ciclo médio é de 70 anos, podendo chegar a 80 ou mais, dependendo do estado de saúde (Sl 90:10). Moisés, que reflete sobre a transitoriedade da vida no Salmo 90, viveu 120 anos; em nossos dias, trata-se de um período longo, mas, comparado à idade que os antepassados antediluvianos alcançaram, é pouco. Adão viveu 930 anos; Sete, 912; Enos, 905; e Matusalém chegou a 969 anos, quase um milênio (Gn 5)! Após o dilúvio, a Bíblia revela um declínio na vivência, mostrando que alguns personagens chegaram a idades similares da atualidade.

Nossa duração foi reduzida. Mesmo que vivamos 80 anos ou mais, é um período curto. Como parte da raça humana caída, do nascimento à morte, nossa história é um sopro e passa velozmente. Tudo que temos aqui é uma rápida passagem, se pensarmos na eternidade. Mil anos para Deus é como um dia, “breves como algumas horas da noite” (Sl 90:4, NVT). Essa realidade nos coloca diante do desafio apresentado pelo salmista: viver com sabedoria, ou seja, aproveitar intensamente cada segundo como um presente valioso de Deus.

Como viver com sabedoria, usando sensatamente o curto espaço de tempo que Deus nos concede? Entre as muitas coisas que poderia listar aqui, destaco: livrar-se de toda a ansiedade, deixando que Deus assuma o controle total da nossa vida; buscar o que é essencial, estabelecendo prioridades; cultivar o sentimento de gratidão e alegrar-se com os pequenos prazeres da vida; ter sempre sonhos a alcançar, não importa a idade; e desenvolver bons relacionamentos. No entanto, o mais importante, e que deve transpor tudo o mais, envolve nosso preparo para a vida eterna: se entendemos a celeridade da vida, devemos aplicar cada minuto de nossa existência para receber o lar que Cristo nos prometeu, na eternidade.

Arlene Araújo Nogueira