Quinta-feira
19 de outubro
A contabilidade do Céu
Eu afirmo a vocês que aquele que tem muito receberá ainda mais; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. Lucas 19:26

Das quatro operações básicas da matemática, de qual você mais gosta? Somar, diminuir, multiplicar ou dividir? É óbvio que todas elas são importantes, mas somar e multiplicar parecem mais simpáticas do que diminuir e dividir. Concorda? Enquanto as primeiras nos lembram crescimento e desenvolvimento, as outras parecem se referir a coisas ruins, como perdas e separações.

No que diz respeito a nossos dons e talentos, Deus tem uma predileção especial pela multiplicação. Em realidade, a diminuição só entra em cena na matemática divina quando alguém resolve não multiplicar o que recebeu.

O versículo de hoje se refere à versão do evangelista Lucas de uma das mais conhecidas histórias contadas por Jesus: a parábola dos talentos, que, em Lucas, recebe o nome de “As dez moedas de ouro”. Nessa narrativa, o Senhor nos apresenta a um homem rico que, antes de viajar, distribuiu uma moeda de ouro para dez de seus empregados, com a ordem de que eles deveriam multiplicar o que receberam.

Na sua volta, ele chamou três deles para ver o que tinham feito com a moeda. O primeiro conseguiu multiplicá-la por dez, o segundo, por cinco, mas o terceiro não quis se arriscar nos negócios e resolveu esconder o dinheiro.

Para o primeiro, o patrão disse: “Você é um bom empregado! E, porque foi fiel em coisas pequenas, você vai ser o governador de dez cidades” (Lucas 19:17). Para o segundo, a resposta também foi positiva: “Você vai ser o governador de cinco cidades!” (Lucas 19:19). Para o terceiro, porém, a resposta foi devastadora: “Você é um mau empregado!” (Lucas 19:22). E ordenou: “Tirem dele a moeda e deem ao que tem dez” (v. 24). Na contabilidade do Céu, para quem multiplica, Deus adiciona mais bênçãos; mas, para quem escolhe empatar, Ele subtrai o que ficou guardado.

Essa história nos faz pensar nos dons que Deus nos concedeu e na expectativa que Ele tem a respeito do uso que faremos deles. Ellen White nos ajuda a refletir sobre a questão: “O que faço com o que tenho? O desenvolvimento de todas as nossas faculdades é a primeira obrigação que devemos a Deus e a nossos semelhantes. Ninguém que não esteja crescendo diariamente em capacidade e utilidade estará cumprindo o propósito” (Parábolas de Jesus, 329). Não esconda seus talentos. Multiplique-os e contabilize os acréscimos de bênçãos que Deus fará em sua vida.