Depois do meu nascimento, uma semana inteira passou antes que minha família escolhesse um nome para mim. Saber disso fez com que eu me sentisse menosprezada durante boa parte da minha vida. Por fim, casei-me com um músico sul-africano. Em Joanesburgo, em um concerto em que me deram as boas-vindas à África do Sul, uma das convidadas me entregou um pedaço de papel com um nome escrito. Meu coração deu alguns saltos de expectativa, porque ali estava eu, uma americana de linhagem e herança africana, em solo africano e na terra dos meus antepassados. Agora, em minha mão, estava um nome sul-africano que me foi dado por uma mulher africana. Seria realmente um nome? Eu teria que perguntar a alguém.

Meu anfitrião, caucasiano sul-africano, e também meu esposo, Victor, o diretor musical da noite, me conduziram de volta àquela mulher, Sibongile Khumalo (uma renomada cantora sul-africana, como fiquei sabendo), que me havia dado o pedaço de papel. Aproximei-me respeitosamente e lhe pedi: “Por favor, pronuncie isto para mim. Faria a gentileza de me dizer seu significado?” Ela pronunciou meu novo nome, “Busisiwe”. Depois, disse: “Gail, ele significa abençoada!” Quando ela repetiu meu novo nome, eu sorri feliz.

Alguns anos antes, uma farmacêutica de ascendência judaica, recém-saída da licença-maternidade, me disse o nome de seu bebê, uma menina: Janet Gail.

– O que, exatamente, quer dizer Gail? – perguntei.

– Bem – ela explicou –, em hebraico significa “alegria do Pai”. As lágrimas encheram meus olhos. Durante tantos anos eu havia ansiado por alguma explicação – sob a perspectiva do nome – quanto ao meu valor. Agora (em uma farmácia!) aprendi aquilo que o Céu sempre soubera: que eu sou conhecida e sempre serei conhecida como a “alegria do [meu] Pai”. Ele havia escolhido Gail para mim. Ele me havia trazido para minha pátria adotiva a fim de endireitar o registro, e eu seria agora e para sempre conhecida como “abençoada” (Busisiwe) por ser a “alegria do Pai” (Gail)!

É possível que você, assim como eu, tenha lutado ao longo de anos com questões relacionadas ao valor próprio por causa de coisas que você não entendia sobre sua vida. No entanto, cada uma de nós tem uma identidade e um propósito divinamente ordenados, para os quais o Pai nos criou. Pergunte como você pode dar alegria a Ele hoje; depois, seja abençoada.

Gail Masondo