Quarta-feira
30 de agosto
A FEIA MAIS BELA
O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. 1 Samuel 16:7

Mary Ann nasceu em uma família humilde e, desde cedo, precisou trabalhar para ajudar nas finanças de casa. Na juventude, atuou como enfermeira. Naquela época, Mary era uma garota bela e atraente que sonhava ter uma família. Seus sonhos se tornaram realidade aos 29 anos, quando se casou com Thomas Bevan, com quem teve quatro filhos. Ambos permaneceram juntos durante 11 anos, até a morte precoce de Thomas. 

Anos depois, Mary começou a ter problemas de saúde: enxaquecas, dores nos músculos e nas articulações. Ninguém sabia o que ela tinha, até que os sintomas da sua doença se tornaram cada vez mais evidentes: o crânio se alongou, os ossos faciais se tornaram proeminentes e as formas femininas começaram a desaparecer. Em pouco tempo, Mary perdeu totalmente a beleza. 

O diagnóstico foi acromegalia, uma síndrome associada à produção excessiva de hormônio do crescimento. O resultado é o aumento de ossos, dos órgãos internos e dos tecidos moles, acompanhado de dores de cabeça. 

No início do século 20, Mary Ann não tinha a mínima chance de recuperação. Dia após dia, todos percebiam que sua formosura se esvaía. Por causa da aparência, teve dificuldade de conseguir emprego. Todo mundo zombava dela ou a olhava com desdém. Como cuidaria dos seus quatro filhos? 

Naquela época, surgiu um concurso na Inglaterra para descobrir quem era a mulher mais feia. Ao saber que o prêmio seria uma boa quantia de dinheiro, Mary fez a inscrição. Você deve imaginar o que aconteceu: ela venceu o concurso. 

A vida de Mary virou de cabeça para baixo. Ela foi contratada por um circo para fazer parte de uma exposição de “pessoas exóticas”, como se fosse uma espécie de monstro. Ao longo dos seus 59 anos de vida, embora tivesse lucrado muito dinheiro exibindo sua deformidade, ela foi motivo de zombaria – tudo em prol dos filhos. 

Quando li essa história, refleti a respeito da beleza interior de Mary Ann, algo digno de nota. Ela usou a própria doença para sustentar sua família. Para o Senhor, essa beleza do coração é a única que realmente importa. 

A qual beleza você dá valor?