A história do soldado japonês Hiroo Onoda é um exemplo de lealdade e perseverança. Ele era um tenente de elite treinado como oficial de informação e em táticas de guerrilha. Em 1944, com 22 anos de idade, foi enviado para a ilha Lubang, nas Filipinas, para a batalha contra as tropas americanas. Onoda planejava missões especiais contra o exército inimigo a partir de seu esconderijo na mata. Ele tinha critérios inegociáveis, como nunca se render, não realizar ataques suicidas e manter-se firme até a chegada de reforços. A Segunda Guerra Mundial terminou em setembro de 1945, mas o tenente Onoda não ficou sabendo. Para ele, a luta continuava.
Ele não confiava no inimigo. Aviões semeavam na selva panfletos informando o fim da guerra, mas ele os interpretava como tentativas de capturá-lo. Seguindo esse padrão, ele viveu isolado, forjando estratégias de combate por mais 30 anos. O conflito só acabou para ele em 1974, quando o governo japonês enviou o antigo comandante de Onoda até a selva para lhe ordenar a deposição das armas por conta do fim do conflito. Somente com essa medida, ele foi convencido.
Essa história é carregada de lições importantes para a nossa caminhada em meio ao grande conflito. Estamos em uma guerra milenar e não podemos nos dar ao luxo de cair nas armadilhas do inimigo. Não podemos baixar as armas. Diferentemente da história de Onoda, o combate não acabou, mas, de fato, o inimigo quer nos convencer disso.
Por outro lado, não temos condições de lutar sozinhos. Não podemos imaginar que podemos nos encastelar na selva de nosso orgulho espiritual e imaginar que temos força para resistir, por nós mesmos, ao inimigo. Dependemos exclusivamente do Comandante. Ele está ao nosso lado e é poderoso para vencer o inimigo. Nossa parte é uma resoluta decisão de permanecer alistados no exército vencedor, apropriando-nos das armas disponíveis no arsenal celestial. Assim seremos vitoriosos.
Em breve, o Comandante virá e nos resgatará da selva do pecado. Ele declarará o fim do conflito. É possível que você passe por momentos difíceis em que se questione se vale a pena ou não continuar a luta. Tudo isso faz parte da guerra. Não se preocupe. Apenas tome a importante decisão de não retroceder. Só pare de lutar quando tiver certeza de que a guerra terminou. Só assim, você poderá depor as armas e descansar em segurança.