Domingo
24 de janeiro
A habilidade de dizer não
Seja o seu “sim”, “sim”, e o seu “não”, “não”; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5:37

Deus nos criou, incluindo em nossas faculdades mentais o item: falar sim e não na hora certa.

Você já sentiu tensão ao optar entre sua convicção e o que alguém lhe pedia? Muitas pessoas evitam dizer “não” por medo de perder oportunidades, de complicar uma situação, de desfazer laços, por comodismo ou culpa.

Dizer não é necessário à saúde emocional. Fugir do não compromete nossa autonomia e nos coloca sob o controle alheio, contrariando o propósito divino.

Para usar o “não”, Greg Mckeown dá algumas orientações em seu best-seller, Essencialismo: A Disciplinada Busca por Menos (p. 139-151):

1. Tenha clareza do que é essencial. Você deseja ser fiel à razão e à consciência ou agradar os outros? Deseja ser honesta ou manter as aparências? A clareza nos poupa das constantes concessões contra a vontade.

2. Vença o medo simples e inato do mal-estar social. A necessidade de estar bem com os outros gera o desconforto de dizer “não” ao convite da amiga para jantar, a mais um projeto do chefe. O medo atrapalha o discernimento: dizer “não” gera desconforto temporário; dizer “sim” por pressão causa mal maior.

3. Exclua o “sim” como resposta automática, sem pensar, por pressão ou para agradar alguém. Assim, não sacrificará a razão e a consciência.

4. Separe a decisão do relacionamento. Não confunda dizer “não” com rejeição do outro.

5. Concentre-se no que terá de perder ou abrir mão, ao dizer “sim”. Dizendo “sim”, aproveitarei ou desperdiçarei tempo, paz, respeito próprio e popularidade? O que mais importa?

Dizer “não” pode ser mais gentil do que um “sim” vago e sem compromisso. Ele pode gerar um impacto imediato no relacionamento: desapontamento, irritação ou raiva. No entanto, passado o rápido incômodo, surge o respeito. Expressar recusa com eficácia, mostra ao outro que temos prioridades, personalidade, postura e que não somos joguetes de ninguém.

O verdadeiro cristianismo implica honestidade, inclusive em relação àquilo que a razão e a consciência dizem. Não é virtude sermos conhecidas como boazinhas, que fazem tudo o que os outros pedem, que não sabem dizer “não” a ninguém. Sejamos cristãs, cujo “sim e cujo “não” tenham tanto peso e confiabilidade quanto uma declaração mais elaborada.