No sábado, 6 de agosto, depois de ler a Bíblia e discutir o texto, meus três vizinhos e eu terminamos a última porção de comida que havia restado. Nós nos despedimos, decididos a orar com firmeza para que Deus, de alguma forma, nos ajudasse a chegar à cidade de Sofia, apesar das inundações. Mais tarde naquela noite, ouvi alguém chamando meu nome, da rua. Vi outra vizinha, Margarita, e sua filha, a quem não conhecia muito bem. Meu falecido esposo havia falado com elas sobre Deus, pouco antes de sua morte.
– Venha, preciso lhe contar uma coisa. – Animada e tremendo, ela disse: – Meu esposo acabava de colocar madeira na lareira quando ouvi um sussurro, que me disse: “Levante-se e pegue algum alimento para Slavka, porque ela está sozinha”. Quando eu estava preparando a refeição da noite, ouvi o sussurro das mesmas palavras novamente. Minha filha veio comigo para trazer isso para você.
Elas ofereceram uma deliciosa abobrinha e pão. Agradeci.
Fiquei profundamente emocionada com esse encontro. Sentia muita alegria interior e paz. Deus estava cuidando de mim, suprindo as minhas necessidades e usando pessoas que não estavam muito interessadas Nele! No dia seguinte, 7 de agosto, nossa eletricidade voltou. Até 12 de agosto, as três pontes ferroviárias arruinadas foram restauradas o suficiente para poder viajar para Sofia e comprar o que eu precisava. Ainda me pergunto como consegui viver em minha casa extremamente úmida, entre 26 de julho e 12 de agosto, sem ficar gravemente doente. O que teria acontecido comigo se Deus não tivesse intervindo, se Ele não tivesse fornecido comida e remédios, já que eu tenho uma doença cardíaca e diabetes que requer insulina? E por que Deus usou aquela família, em particular, para suprir as minhas necessidades?
Sim, os caminhos de Deus são únicos. Depois dessa experiência, essa família e eu ficamos muito próximas. Comecei a contar-lhes mais sobre Deus. Agora, eles também sabem que Jesus nos ama exatamente como somos: imperfeitos. E eles sabem que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam” (Rm 8:28), porque Deus prometeu ouvir nossas súplicas.
Quando O buscarmos com todo o nosso coração, Ele prometeu que iremos “encontrá-Lo”. Pois Ele está sempre próximo de cada um de nós. Não precisamos temer as “inundações” desta vida. Amém!
Slavka Simeonova