Quinta-feira
17 de agosto
A IRA DO CORDEIRO
E disseram aos montes e aos rochedos: “Caiam sobre nós e nos escondam da face Daquele que está sentado no trono e da ira do Cordeiro! Porque chegou o grande Dia da ira deles.” Apocalipse 6:16, 17

A expressão “em Cristo” é frequente no Novo Testamento. Ocorre dezenas de vezes, especialmente nos escritos do apóstolo Paulo. Ela nos ensina que tudo o que Deus realiza neste mundo é feito por meio de Cristo. Assim, a criação do mundo (Jo 1:3; Cl 1:16), sua manutenção (Cl 1:17), a obra de salvação (2Co 5:19) e o julgamento da humanidade (1Ts 2:8; Ap 19:11-21), tudo é feito por meio de Cristo.

Cristo também é apontado como executor da ira divina. Embora essa não seja uma ênfase da Bíblia, pode ser claramente percebida, especialmente no Apocalipse. Precisamos considerar que a vontade do Pai e do Filho é a salvação do mundo, mas a contrapartida é o juízo daqueles que rejeitam a salvação (Ap 7:10; 6:16, 17). Por isso, ao final da história humana neste mundo infectado pelo mal, a ira de Deus também é a ira do Cordeiro. Essa é a ira de Alguém cujo imenso amor foi desprezado e rejeitado, apesar de todo o sacrifício e empenho. 

Em sua soberania, Deus estabeleceu que nosso destino eterno estivesse vinculado à pessoa de Seu Filho. Qualquer um se salva ou se perde em função de sua relação com Cristo. Não há outra opção. Em sua primeira carta, o apóstolo João afirmou: “Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no Seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo 5:11, 12). Por essa razão, o Apocalipse apresenta a alternativa: ou o sangue do Cordeiro (7:14) ou a ira do Cordeiro (6:17). Aquele que aceita o sacrifício de Cristo e O abraça como Seu Salvador pessoal recebe a vida eterna e não sofrerá a ira do Cordeiro quando esta se manifestar. 

Assim como os israelitas, às vésperas do êxodo do Egito, foram protegidos pelo sangue do cordeiro que marcava as portas dos lares daqueles que creram em Deus (Êx 12:21, 22), no final, os que estiverem apegados a Cristo estarão seguros, enquanto os demais perecerão. Pensando nisso, não rejeitemos o amor de Deus nem recusemos o sangue de Cristo.