Quando os colonizadores do Novo Mundo chegaram aqui, encontraram uma legião de serpentes, centopeias e aranhas. Mas a jiquitiranaboia foi um dos mais famosos incômodos desses nobres invasores. Causava arrepios saber que uma cobra venenosa voadora vivia nas matas. A cabeça dessa parente das cigarras tem um “bico” parecido com um amendoim em casca. As laterais exibem desenhos bem definidos que lembram os olhos e a dentadura exposta de um jacaré. Os olhos verdadeiros são bem menores e ficam junto ao tórax. De perfil, a cabeça se parece com a de uma serpente. Mas de cobra mesmo não tem nada. Não é venenosa como muita gente pensava e não passa de uma inofensiva cigarra disfarçada de réptil. Ela também não seca a árvore onde pousa. Como toda cigarra, tem dois pares de asas e um ferrão que usa para sugar a seiva das plantas.
A maior cigarra do Brasil não perdeu a fama de má. Para muitas pessoas ela ainda é uma cobra voadora. O texto de hoje fala dos terríveis resultados do pecado sobre a serpente, a criatura usada por Lúcifer para enganar Adão e sua mulher. A maldição divina a fez rastejar e comer pó. Isso pode significar que a serpente tinha asas e voava.
Não foi apenas a serpente que sofreu com isso. Os efeitos do pecado são visíveis no mundo todo, nos animais, no homem e na mulher: a folha que murcha e cai, a borboleta que é devorada pela ave, a dor e a morte. O pecado entristece o rosto e afugenta a paz. Mata a alegria e sufoca o amor. O perdão divino é real, mas enquanto Jesus não voltar continuaremos a sofrer as consequências do mal. É como uma tábua onde se enfia um prego. Você pode tirá-lo, mas o furo permanece. Um pouco de cera disfarça a cicatriz, mas não restaura totalmente.
Graças a Deus, a morte de Cristo na cruz irá anular todo e qualquer efeito do pecado. E nada que lembre suas consequências será deixado, senão as cicatrizes nas mãos de nosso Salvador. Deus nos dará uma Terra nova, um corpo novo, uma mente nova, uma vida nova. Ele não Se satisfaz com retoques.