Quarta-feira
28 de julho
A lei do menor esforço
Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Provérbios 6:6

Caminhava com minha mãe quando observei uma florzinha branca se movendo. Na verdade, era uma minúscula formiga, dez vezes menor que a flor que ela carregava. Ela atravessou buracos, passou por baixo e por cima de obstáculos, até alcançar uma trilha onde outras formigas carregavam folhas e flores também. A formiga chegou à entrada do formigueiro e, com esforço, persistência e a ajuda de outras companheiras, entrou nele com sua carga especial.

Salomão deve ter observado muitas vezes as formigas, pois as mencionou em seus provérbios. De acordo com Ellen White, “as formigas nos ensinam lições de trabalho paciente, perseverança em superar obstáculos e providência para o futuro” (Educação, p. 117).

Steven Scott, autor da obra Salomão, o Homem Mais Rico que já Existiu, relaciona a preguiça, que deve ser evitada, a quatro raízes:

Egoísmo: Tendemos a defender nossos interesses. Atendendo apenas ao ego e aos desejos pessoais, não marcamos positivamente nosso futuro e o futuro de outros.

Presunção: Muitas vezes nos achamos mais espertos do que os demais. Por isso, agimos sem buscar ajuda. É mais cômodo agir primeiro e buscar conselho depois. Mas, ao fazermos o que nos passou pela cabeça, corremos mais riscos de errar.

Ignorância e irresponsabilidade, ou insensatez: Às vezes a preguiça resulta do desconhecimento dos resultados de nossos atos. É mais fácil agir por ignorância do que buscar aprender. Manter-se ignorante e seguir o caminho do menor esforço é mais cômodo, mas as consequências dessa insensatez podem ser trágicas. A irresponsabilidade é pior ainda, pois consiste em saber o que deve ser feito e também o que não fazer.

A preguiça pode se espalhar para outras áreas da vida. Contudo, a maior tragédia é a preguiça espiritual, que pode custar nossa missão no mundo e nossa entrada no Céu. Ainda que muito ocupadas com as coisas deste mundo, podemos estar “em pecaminosa ociosidade, em práticas que corrompem alma e corpo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1312).

Seja diligente nas coisas deste mundo, mas não se deixe conduzir pela preguiça espiritual, desconsiderando o que é eterno por excesso de envolvimento com o que é efêmero e passageiro.