Sábado
14 de agosto
A maior injustiça de Deus
O SENHOR lhe apareceu no passado, dizendo: Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí. Jeremias 31:3

Um fazendeiro rico tinha dois filhos. Os meninos cresceram sem que nada lhes faltasse. O pai amoroso os ensinara a respeitar limites, escolhas e consequências. Um dia, o caçula, jovem feito, rebelou-se, deixou de reconhecer o amor e o cuidado do pai e exigiu sua herança.

Triste, mas respeitando a escolha do filho, o pai entregou-lhe seus bens. Pouco depois, com dinheiro sobrando, o rapaz saiu de casa. Mal podia imaginar a dor e a saudade deixadas no coração paterno.

Cercando-se de amigos devassos, ele gastou egoistamente tudo com meretrizes, bebidas e diversões. Então houve uma grande fome. Sem dinheiro e faminto, restou ao filho do fazendeiro cuidar de porcos e comer com eles, num lamentável estado de degradação.

Sentindo-se miserável, sofrendo as consequências da própria loucura, reconheceu o que perdera e decidiu voltar para o pai.

Seria justo o pai não aceitá-lo, depois de tudo o que fizera, não é mesmo?

Contudo, os olhos de amor do pai perceberam, de longe, por trás do vulto maltrapilho, seu filho. E, correndo ao seu encontro, lançou-se sobre ele, abraçando-o terna e compassivamente. Depois, protegeu-o de olhares desdenhosos, pondo o próprio manto perfumado e caro sobre o filho. Enquanto o rebelde soluçava arrependido, foi conduzido à casa paterna e honrado com o melhor que o pai pôde lhe oferecer.

Diante de tamanha injustiça, que profunda compreensão o filho tem agora do amor paterno! Não merecia nada daquilo que o pai lhe oferecia, mas este não o denunciou nem o condenou; como estava arrependido, tratou-o como se nunca houvesse cometido erros.

Sob esse aspecto, nosso Pai tem sido paciente e misericordioso com cada um de Seus filhos errantes, os quais, como o jovem pródigo, reclamam Suas dádivas, como se tivessem direito, mas querem distância Dele.

O Pai não os abandona na miséria; ansiosamente aguarda o menor sinal de retorno para recebê-los de volta com amor e compaixão.

Você está longe de Deus? Colocou a esperança em planos enganosos e sente-se solitária, culpada e envergonhada? A mesma voz que a impressionou a não ir por esses caminhos é a mesma que agora lhe dirige o convite para que volte à casa paterna. Levante-se já! Vá ter com o Pai.