A lepra é uma doença cruel, que felizmente já tem como ser superada. No passado, porém, o leproso era obrigado a deixar o convívio familiar para viver fora da cidade, em um lugar reservado para os acometidos por esse flagelo. Quando os dez leprosos souberam da chegada de Jesus, ficaram animados com a esperança de cura. Isso permitiria que recuperassem a vida que haviam perdido.
Jesus lhes deu uma simples ordem para que fossem se apresentar aos sacerdotes em Jerusalém, que eram os únicos com autoridade para atestar o restabelecimento de um leproso. Enquanto se dirigiam ao santuário, a cura miraculosamente aconteceu (Lc 17:14).
Dos dez, apenas um voltou para agradecer. Ele carregava em seu coração um sentimento que o atraía ao Salvador: a gratidão. Jesus lhe disse: “Levante-se e vá, a sua fé o salvou!” (Lc 17:19). Esse homem recebeu muito mais do que a cura. Seus companheiros, por outro lado, contentaram-se apenas com a solução para os problemas imediatos.
Quantas vezes somos tentados a nos esquecer do contínuo cuidado de Deus. Ele sara nossas doenças, livra-nos de perigos visíveis e invisíveis, provê o sustento e, acima de tudo, a salvação. Os olhos do Altíssimo estão sempre sobre nós.
O coração grato está preparado para receber outras bênçãos, pois, ao reconhecer as já recebidas, tem confiança para pedir mais. Dessa forma, ele cresce no conhecimento do amor divino.
Assim como Davi, devemos louvar: “Bendiga o Senhor, ó minha alma, e não se esqueça de nenhuma das Suas bênçãos!” (Sl 103:2). A gratidão é a memória do coração. Lembre-se, hoje, das incontáveis bênçãos de Deus em sua vida.