lguns acreditam na encarnação de Jesus, creem em Seus ensinos, mas, quando se trata de Sua morte, têm dúvidas sobre como isso pode influenciar a vida hoje: “O que a morte de Cristo tem a ver comigo?”, podem questionar.
A morte de Jesus carrega em si uma mensagem tão profunda que a mente humana é incapaz de entender completamente. É impossível perceber tudo o que estava em jogo no Calvário, quando um corpo pendurado em uma cruz, aparentando derrota, conquistava a vitória definitiva no grande conflito.
A cruz, símbolo desprezível da crueldade humana, tornou-se o mais perene, rico e significativo ícone da história. Por quê? Porque nela ficou patente diante do Universo o quanto Deus ama Seus filhos, até que ponto Ele foi por amor!
A cruz aponta para a única chance de ser liberto do pecado e das forças negativas da natureza humana. O sangue derramado, a violência, o horror e o castigo demonstraram o que há de mais terrível e de mais sublime, o que há de mais vil e também de mais puro. O peso de nossos pecados “esmagou” a Cristo,
“e pelas Suas feridas fomos curados” (Is 53:5).
A cruz fundiu contradições, juntou em um só momento o que há de mais humilhante e santo, revelou o que há de pior no homem e o que há de mais sublime em Deus. Quando a verdade é grande demais, o Senhor usa a poesia para Se expressar, para Se fazer entender: “Ele cresceu diante Dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca” (Is 53:2). Onde não havia vida, passou a existir esperança, crescimento e frutos.
Por causa da cruz temos paz. Ele pagou o preço da nossa tranquilidade: “O castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele” (Is 53:5). O salmista afirmou: “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85:10, ARC).
E o mais importante disso tudo é que nessa guerra o amor venceu. Voltamos à pergunta: “O que a morte de Cristo tem a ver comigo?” Tudo! Ele tomou a minha cruz, sofreu a minha morte! Se estou vivo hoje e tenho chance de salvação é porque Ele derramou Seu sangue por mim. Diante de tudo isso, dá para ser indiferente?