Segunda-feira
06 de fevereiro
A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
Setenta semanas estão determinadas para o Seu povo e para a Sua santa cidade, para acabar com a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna. Daniel 9:24

Expiação é um ritual oferecido a Deus com o propósito de remover a culpa do pecado e alcançar a reconciliação. Como cristãos, cremos na expiação realizada por Jesus. Ocorre que, nas Escrituras, alguns enxergam uma aparente contradição quanto ao alcance dessa expiação. Há textos que afirmam que ela foi realizada em favor de toda a humanidade (1Jo 2:2; 1Tm 2:6; 5:10; Tt 2:11; Jo 3:16; Rm 5:19); outros declaram que somente aqueles que se arrependem e creem são realmente salvos por ela (Ef 1:4; 2Tm 1:9, 10; Jo 17:9, 20).

Na verdade, há harmonia entre esses textos quando se percebe que as passagens que apresentam a expiação como universal e ilimitada a consideraram de um ponto de vista objetivo e coletivo, como uma satisfação à justiça divina em um tempo específico da história, realizada de uma vez por todas. Dessa maneira, não há mais nada no tribunal divino contra a humanidade representada por Cristo. O outro grupo de passagens trata do aspecto subjetivo e diz respeito à aceitação individual da expiação mediante o arrependimento dos pecados e a fé na Pessoa e obra do Substituto.

Isso pode ser ilustrado pelo que ocorreu na Páscoa original e pelo que ocorre em uma cerimônia de Santa Ceia. Na Páscoa, por ocasião da morte dos primogênitos na décima praga do Egito, a salvação dependia da morte do cordeiro, mas envolvia mais do que isso. O primogênito devia permanecer dentro da casa, cuja porta devia estar assinalada com sangue, e sob a mesa, o cordeiro morto, a fim de ser consumido por seus moradores (Êx 12:1-13). Na celebração da Santa Ceia, o pão deve ser comido; o vinho, bebido (1Co 11:23-26). Desse modo, em ambas as cerimônias, só ocorre bênção e salvação quando há recepção da parte humana.

Por isso, embora a expiação feita por Cristo seja suficientemente ampla para incluir a todos e seja, de fato, a todos oferecida, ela encontra limitação no número de pessoas que a aceitam. Hoje, digamos “sim” a Jesus, aceitando a expiação que Ele fez por nós.